A aula de Necromância
Harry se isolou na hora do almoço. Rony e
Hermione estavam tendo outra discussão por causa de um garoto que veio a
convidar "Hermione como você pode dizer que vai "pensar"?, perguntou Rony
fulo".
– Francamente, porque Rony não convida Hermione, se tem tanto
ciúmes? – perguntou Harry para si mesmo.
A aula de oclumância daquela manhã, já havia sido esquecida,
mas Harry ainda não falara com Sara. Enquanto comia seu rosbife, varreu o salão
principal com o olhar. Primeiramente passando pela mesa da Corvinal. Veio a
mente de Harry, a necessidade de convidar uma garota para o baile, quando viu
Cho o fitando pensativa. Sempre que esse pensamento invadia sua mente, parecia
multiplicar-se o numero de garotas que Hogwarts abrigava, "Aquela Cho,
chorona..., murmurou para si mesmo, rindo debilmente".
Depois da "aula", Harry teve a brilhante idéia de comprar uns
livros que o ajudariam, tanto na carreira de auror, quanto na de matar
Voldemort. Precisava saber algo mais que estuporar, então enviou uma carta para
o Beco Diagonal, encomendando uns livros bem bons. Belltrix havia lhe dito que
nunca chegaria aos pés dela, "Deixe estar, pensou Harry enquanto soltava
Edwiges, naquela manhã."
Voltando ao cenário de Hogwarts, Harry estabelecia um quadro
geral da situação.
– Com quem eu vou sair? – perguntou para si mesmo.
Sempre quando tentava falar com pessoas que não fossem seus
amigos normais, eles iniciavam conversas com perguntas desagradáveis, que Harry
sempre procurava esquecer.
Olhou pelo salão inteiro procurando alguém que fosse
aproveitável, que não o achasse um herói, mas sim um garoto normal. Viu uma
série de garotas metidas e populares que nem ao menos sabia o nome, o analisando
risonhas. Harry ergueu uma sobrancelha, ao ver que eram muitas. Pareciam estar
interessadas em algo nele, então se analisou e nada viu de especial, voltou o
olhar para a mesa da Sonserina, onde esperou rostos o olhando com desprezo.
Sim. Haviam rostos o fitando com desprezo, principalmente os
garotos e filhos de comensais em geral. Mas havia também umas duas ou três
garotas que o fitavam sonhadoramente. Harry viu que estava afastado demais dos
outros grifinórios e viu que também tinham garotas, na sua própria mesa, que o
olhavam de uma maneira estranha. Piscando algumas vezes para tentar contar as
garotas que poderia convidar ao baile, e se perguntou:
– O que elas estão olhando? – Harry não se achava nem um deus
grego da beleza, não o suficiente para ter tantos rostos sonhadores, voltados
para ele, daquela forma.
– E você ainda pergunta – disse Sara hesitante que se
aproximara de Harry pela esquerda.
– Ah... – Sara causou umas reações estranhas em Harry. Ele
olhou para o rosto dela, depois olhou outra garota que também o olhava, a
diferença entre a expressão dos olhos era sinistra, Harry ia perguntar o que era
mas Sara o interrompeu.
– Queria te dizer uma coisa.
– Pode falar – disse sorridente.
– Queria te pedir desculpas, pelo modo com que te tratei
esses anos...
– Quê? – perguntou sorridente. – Nos conhecemos de verdade ontem! E
eu estava até gostando. Você não caia de amores por mim, como as outras garotas.
– Ótimo, inflei ainda mais seu ego – respondeu desconformada.
– Você gosta de pegar no meu pé com essa coisa de ego,
né? É o único defeito que você achou em mim – concluiu marotamente.
– Na na ni na não! Olha só, você nem é bonito, é rude, chato,
arrogante – a medida que ela definhava um rosário de defeitos Harry a analisava
pensativo, contava nos dedos a sua enumeração. Ela era bonita, um pouco chata,
mas não fazia perguntas desagradáveis, só lançava algumas indiretas
desconfortáveis, mas sempre era uma emoção respondê-las –, metido, tem cabelos
desarrumados como se estivesse constantemente saindo de uma vassoura, enfim...
– Oi Harry – Harry hesitou, confirmou que ela havia descrito
vinte e cinco defeitos.
– Vinte e cinco, McLagan, depois é minha vez...- Harry se
virou para a voz e viu a garota mais popular, gata e "Paty" de Hogwarts,
mais especificadamente uma morena de olhos azuis do sétimo ano da Lufa-Lufa,
tinha curvas especialmente sensuais e um rosto extremamente belo. Para olhos
marotos, um prato feito com direito a sobremesa. Harry ergue a sobrancelha, na
verdade nunca havia falado com ela, mas sabia de sua fama de papa-anjos. – Olá
Patrícia... – respondeu sem jeito. Harry olhou de esguelha para Sara que fitava
Patrícia com um olhar de desprezo.
– O que quer Paty? – perguntou Sara, meio rispidamente.
– Vim falar para o Harry, que ainda não tenho par para
o baile – disse com uma voz falsamente triste, colocando o dedos nos lábios
carnudos e deslizado até o decote. Harry arregalou os olhos e não pode deixar de
ter uma pontada de desejo, prendeu a respiração e fechou as pernas. Olhou para
os lados e viu que haviam garotos babando pela atitude de Paty, Harry muito
nervoso com a indireta (praticamente direta) olhava para algum lugar pedindo um
auxílio, olhou para Sara e essa ignorava Paty, se virando e apertando os olhos.
– Ah... que tragédia – murmurou Sara, para si mesmo, mas
Harry ouviu.
– Isso é realmente uma calamidade, Paty – comentou parecendo
falsamente impressionado. Sara o olhou impressionada. – Mas tenho certeza que
algum tap... – tapado, pensou –, quer dizer, sortudo terá a honra
de acompanhá-la – terminou sarcástico. Sara segurava o riso. Os garotos do
salão pareciam ter se revoltado com o fora que Harry havia dado em Paty, ela
levaria qualquer um ao delírio. Os que tinham a honra de acompanhá-la, eram
realmente populares. Ate mesmo Harry estava impressionado com que havia feito.
Paty parecia ter petrificado, deveria ser seu primeiro fora, ou coisa parecida,
parecia não acreditar. Harry queria sua capa de invisibilidade.
– Ah... – começou Paty, como se demorasse muito para entender
o que havia acontecido.
– Me desculpe Paty, mas tenho que pegar uns... é... umas
coisas... – disse Harry saindo e para o dormitório, meio nervoso. Sara foi
atrás, para rir junto.
Quando os dois se afastaram o suficiente da mesa, subindo as
escada, Sara começou a rir. Harry a fitava espantado com o que havia feito.
– Não ria... – ralhou Harry. – Ainda to tentando me recuperar
do choque.
– Eu não esperava isso... – disse gargalhando.
– Eu te impressiono cada vez mais, não é? – começou
sarcástico, enquanto iam para o Salão comunal da Grifinória. – Da para diminuir
um pouco mais aquela lista de defeitos, não dá?
– É... talvez... – disse pensativa.
– Harry eu vou te matar! – disse a voz de Rony que vinha logo
atrás. Hermione estava ao seu lado e teve um ataque de risos ao ver o rosto de
Harry.
– Não é engraçado – disseram Harry e Rony juntos.
– Tem que ter muito controle mental sobre os hormônios, para
fazer isso – ralhou Rony. As duas se desataram a rir. – Harry ta se guardando
para quem? Deve ser especial, para dar um fora daquela magnitude, naquela
garota.
– Ela n-não presta R-Rony – disse Sara as gargalhadas.
– Ah... você que não ouviu os relatos do Matheus – disse
Rony. Matheus era um dos sortudos que haviam saído com ela.
– Ela não tem cérebro algum – disse uma garota que havia
chegado e também ria. Harry e Rony se entreolharam e uma linha de compreensão
passou por eles.
– Nós não satisfazemos nossos "hormônios", com o
cérebro dela... – disse Rony. – Harry jogou fora um filé de primeira... Mas a
questão é porquê?
– Ou melhor, por quem? – ajudou Simas que também estava
chocado.
– Bom... – Harry ainda não sabia ao certo, mas a questão era
que ele havia visto Sara ignorando a garota e foi ai que Harry decidiu. Talvez
Sara fosse a questão mas Harry decidiu guardar isso para si. – Na verdade eu não
sei – disse coçando os desgrenhados cabelos e corando. As garotas que iam
chegando no salão comunal iam rindo e os garotos olhavam Harry incrédulos.
– Você é... gay? – perguntou um estudante do sétimo
ano.
– Não! – Harry estava assustado. O que iriam pensar
dele, precisava achar um par para sair rapidamente... a Sonserina não deixaria
barato. Sara notando o aperto de Harry, foi socorrê-lo.
– Não de bola a esses comentários Harry, todas nós estamos
impressionadas com a sua atitude – disse calmamente sorrindo, o puxando para o
dormitório masculino.
– Me chamou de Harry! – comemorou. Sara o olhou
assustada – As coisas estão melhorando...
– Não se empolgue – alertou com as sobrancelhas erguidas.
– Quê? – perguntou incrédulo
– Você sabe muito bem do que estou falando, Harry –
disse brava.
– Ih... eu em, depois são os homens que tem mente poluída –
comentou risonho.
– Sei... – disse o olhando de canto. Estranhara Harry, mas
até que não seria mal, ele era até que legal, fora aquele ego
insuportável.
– Ah... Olha o que chegou! – Harry se abaixou e pegou uns
pacotes feitos com papel tosco, endereçados a ele. Harry abriu, havia comprado
uma série de livros, por coruja, do Beco Diagonal.
– Que livros são esse? – perguntou estranhando a capa.
– Umas coisinhas que eu encomendei... Feitiços fura
dragões; Defesa avançada; Duelos mais famosos... Sabe, auror
tem que saber algo mais que estuporar – comentou, pensando que em
quem pretendia usar mesmo aqueles feitiços, era em Voldemort. – Olha entrega em
menos de quinze minutos, depois da chegada da mensagem, para qualquer lugar do
planeta!
– Mas você já tentou fazer algum? Sabe... precisa de muito
poder e e e... – A sua voz falhou ao ver o rosto de Harry, afundado em
pensamentos. – Harry?
– Ah... – disse voltando. – Desculpe... tava pensando numa
coisa. E... a não, eu não fiz nenhum feitiço, na verdade eles acabaram de
chegar.
Harry começou a folhear, vendo se achava algo realmente útil.
Sara o olhou.
– Eu aprendi alguns desse feitiços ano passado.
– Ah... é? Você deve ser forte... parecem ser realmente
difíceis – disse a olhando nos olhos.
– É mais uma questão de talento fazê-los, de acordo com o que
meu professor disse...
– Humm – disse Harry pensativo vendo o livro mas não lendo.
– Vamos para a aula de DCAT! – disse assustada. – Estava
esquecendo, vai começar em cinco minutos, vamos chegar uns vinte minutos
atrasados!.
Harry ficou de pé. DCAT, era uma aula que não queria perder.
Pegou no braço de Sara.
– Vem eu sei uns atalhos – disse serio. Sara hesitou, mas
também não queria perder a aula.
Harry foi a frente pulando em uma série de túneis, que Sara
incrivelmente jamais vira, eram todos ocultos por tapeçarias e quadros com
senhas secretas e coisas como puxar castiçais ou fazer cosquinhas nas axilas de
uma velha. Em menos de cinco minutos atravessaram o castelo inteiro correndo e
chegaram a tempo na sala.
– Uns atalhos? – estranhou Sara. – Você praticamente
atravessou a escola ao meio. É assim que sempre escapa do Filch?
– Você não sabe elogiar? – Sara o olhou erguendo as
sobrancelhas. Sem perceber haviam sentado na mesma carteira, em par. Harry olhou
os outros alunos e esses fitavam os dois curiosamente.
– O que eles estão olhando? – perguntou Sara pelo
canto da boca.
– O que vocês estavam fazendo no dormitório masculino?
– perguntou Rony, se virando para olhá-los, com um sorriso maroto. Hermione lhe
deu um cutucão. Harry e Sara ruboreceram, entendendo o motivo dos olhares. –
Acho que entendi porque Harry recusou Paty – disse Rony no ouvido de
Hermione, mas Harry e Sara não deixaram de ouvir.
– Não é nada disso do que você está pensando Rony – começou
Harry.
– É – concordou Sara.
– Por enquanto – completou Harry marotamente.
– Merlin me livre – rosnou Sara. – Prefiro a lula-gigante –
Harry abafou uma risada, a frase de Sara lembrou-o de uma sena na penseira de
Snape. – O que foi?
– N-nada – disse. Lançar indiretas em Sara, ainda era um
diversão para Harry, não estava querendo realmente falar sério.
Naquele momento o Professor Felix Felicius entrou na sala.
Harry prendeu a respiração, havia esquecido de mencionar o sonho e o professor
para Dumbledore. Felix realmente parecia um leão, provavelmente estudara na
Grifinória.
– Bom dia alunos! – começou alegremente. – Sou o professor
Felix Felicius e lecionarei DCAT este ano para vocês. Soube que a professora do
ano passado, não era, digamos, alguém que queria que vocês realmente aprendessem
algo. Vou tentar corrigir este erro. Agora vocês são uma turma mais selecionada,
somente os que tiveram notas acima de Excede as Expectativas nos NOM's, podem
estudar para os NIEM's de DCAT.
Nesse momento Harry percebera a presença de todos os membros
da AD, inclusive Neville. De algumas outras casas também pois a turma diminuíra
e não havia necessidade de divisão.
O peito do garoto se estufou de orgulho e felicidade, pois iria aprender algo
satisfatório este ano. Felizmente Malfoy não estava.
– Tenho uma lista aqui... – disse o professor tirando um
pergaminho, intitulado Armada de Dumbledore. – Uhumm... vejo que que todos os
aqui inscritos tiraram notas altas nos NOM's – Harry sorriu abertamente, os
membros da AD também. Sara estranhou isso
– É isso ai, Harry – disse Neville.
– Não é bom em DCAT... – ironizou Hermione sorrindo para
Harry.
– Estes alunos aqui eu diria que estão mais preparados para
duelos, com bruxos... Potter era o líder, não era? – disse erguendo os olhos da
lista que estava analisando, através de seus óculos e olhos amarelos.
– Foi – confirmaram outros alunos. O professor piscou
para Harry.
– Ótimo, então vinte pontos para a Grifinória! – começou o
professor e ignorando os olhares indignados dos alunos Sonserinos: – mais cinco
pontos para Ana Abbot, Neville Longbotton... – o professor disse todos os nomes
da lista. Harry sentiu um assomo de orgulho e felicidade, havia gostado do
professor.
– Bom. Vocês terão aulas com Jaques, ele irá especializá-los
nisso. Vamos a ementa do curso. Sou um especialista em Necromância e em
bruxos das trevas que controlam mortos através de magia negra. Confesso que é
feio eu usar magia negra aqui, mas se vocês querem aprender a se defender, tem
que aprender a enfrentar seus medos – todos ouviam atentamente. Hermione
arregalados de excitação.
"O.k., vamos começar... alguém poderia me dizer o que é
necromância?
Para varia Hermione ergueu a mão.
– Sim Granger?
– É a arte de controlar os mortos. Precisa-se de muita magia
negra, mas depois que um corpo é reanimado, o necromancer tem total controle
sobre ele. Houveram muitos necromancers no passado, que controlavam alguns
exércitos de zumbis e criaturas horríves, que lutavam por eles, na mais cega
obediência.
– Dez pontos para Grifinória – aprovou. – Muito bem, alguém
aqui pode me dizer o nome de algum necromancer famoso, ou quem sabe o
necromancer mais famoso da atualidade.
– Hamsés II – disse rapidamente Hermione. – Os egípcios
criaram o tipo mais forte de zumbi, as múmias faraônicas, corpos de faraós que
sempre eram grandes bruxos e quando morriam, eram colocados nas pirâmides, que
diziam captar a energia do universo, esperando vários anos para acordarem e
retornarem com grandes poderes. Ainda não acordaram e esse mito já se tornou
fraco.
– Mais dez pontos para a Grifinória! – disse o professor
feliz. – Os egípcios são um dos povos bruxos mais antigos e famosos da história.
Os trouxas estão tentando entender até hoje como eles montaram as pirâmides sem
magia – comentou em tom de piada. – Mas a questão é, os egípcios tem mistérios
até hoje guardados, que nem bruxos estudioso conseguiram decifrar. Bom mas
retornando a necromância, ninguém sabe o nome do mais famoso necromancer? –
todos se entreolharam procurando uma resposta. Harry ficou matutando, sabia da
existência de tais bruxos, mas nunca pesquisou a fundo como Hermione. Morte era
uma coisa voltada a magia negra.
– Morte... Mort... Emort...
Voldemort? – disse em voz alta e todos gelaram. Sara apenas o fitou espantada.
– Dez pontos para a grifinória! – disse o professor que não
se intimidara com o nome. – Pensei que ninguém ia fazer a relação por medo do
nome. Bom isso nem todos sabem, mas na época em que Voldemort ainda não teve o
seu fatídico encontro com Harry Potter – o professor de uma piscadela
para o garoto –, ele tinha um exército composto de mortos. Dragões, Acromantulas,
todos os monstros mortos possíveis ele conseguia controlar. Porque vocês acham
que os dementadores são tão devotos a ele? A questão é que ele é muito poderoso,
então pode ter muitos sob seu controle.
A mensagem ficou rodando na cabeça de Harry. Nunca soube
disso.
– Bom, mas então vamos combater nossos inimigos sem vida.
Hoje eu trouxe um morto voluntário. Morreu algumas semanas atrás e disse antes
que doava o seu corpo para estudos, então vamos estudá-lo!
O professor foi para trás da escrivaninha, brandiu a varinha
e um caixão veio a frente da sala. Todos estavam com os olhos arregalados.
– Quanto mais fresco o cadáver é, mais forte ele é – disse o
professor. – Empunhem as varinhas. Cadáveres bruxos são os tipos mais fortes de
zumbis. Este é um bruxo. Espero que vocês sejam fortes de estomago, por que numa
guerra você não tem tempo de vomitar – alguns alunos riam, mas os da frente já
tampavam o nariz. O fedor de enxofre tomou a sala. Harry conjurou o feitiço
cabeça de bolha.
– Me ajude... – implorou Sara. – Eu não sei esse feitiço! –
Harry sorriu e conjurou a bolha.
– Então lá vai... – disse o professor abrindo o caixão e
erguendo a varinha. – Necroanimátus!
Uma coisa negra saiu da varinha e e envolveu o caixão. Os
alunos da frente desviaram o olhar na hora em que o caixão foi aberto. Alguns
alunos estavam sufocando, com lágrimas escorrendo aos olhos. De repente, quando
a fumaça negra que saíra da varinha, se dissipou, uma mão, meio podre foi a
borda do caixão. Rony tinha uma cara verde amarelada e uma expressão de puro
nojo. Um homem com a cara totalmente podre se levantara do caixão, seu rosto era
nojento e haviam algumas larvas saindo dele.
Ouviu-se um estrondo e Harry se virou para ver uma Ana Abbot
desmaiada. Os alunos mais próximos vomitaram, seguidos de outros. Sara exibia a
expressão mais espantada possível. "Até assim ela é bonita, pensou
Harry", mas seus pensamentos farão dissipados quando o professor voltou a falar
alegremente.
– Eu esperava essa reação – disse sorridente, que nem se
importara com o cheiro pútrido. – Bone, por favor leve a sua amiga para a Ala
hospitalar. Ótmio, agora o senhor Thomas, por favor, vem até aqui – Dino se
levantou trêmulo, mas era um dos que menos se enojara com a cena. O zumbi
permanecia parado, sem reação alguma. – Está se sentindo bem? – Dino o olhou
descrente. – Eu imaginava. Muito bem... então repita comigo: Necroexumasse.
– N-Necroexumasse, Necroexumasse.
– Ótimo, agora pense que ele não vive mais, é só um
fantoche, um monte de carne e ossos que obedecem a minha vontade. Você não pode
pensar que ele está vivo. Muito bem... aponte a varinha para a cabeça ou tórax –
Dino obedeceu trêmulo. – Muito bem... agora as palavras... e pense que ele é
apenas um objeto, lembre-se.
– N-Necroexumasse! – falhou, apenas fagulhas
azul claro emergiram da ponta da varinha. – Necroexumasse! –
agora um feixe disparara, azul claro, e o zumbi cambaleou, tombou e ficou se
remexendo.
– Muito bem! – disse o professor. – Mas ele ainda está se
mexendo... vamos ver se alguém consegue derrubá-lo de primeira. Potter – Harry
se levantou. Não sentia o fedor e não estava se importando muito com a aparência
do cadáver, pois a bolha remexia um pouco a sua visão. – Ora tire isso da cabeça
garoto – o professor brandiu a varinha e um cheiro pútrido invadiu as narinas de
Harry. Ele fez uma careta e viu o zumbi, teve um nó na garganta, mas não vomitou
–, muito bem. Então, ele é todo seu... – disse o professor fazendo com que o
morto se levantasse, para receber um novo ataque.
– Hum, Hum... – pigarrateou Harry. Olhou para os alunos e
agora alguns já estavam mais acostumados com a cena e tentavam acompanhar o
desempenho de Harry. Ele apontou a varinha para o tórax e bradou: –
NECROEXUMASSE!
O efeito foi devastador. Um lampejo, não azulado, mas dourado
irrompeu da varinha de Harry, cegando quem para ele diretamente olhou. Ouviu-se
um grande e sonoro estrondo, seguindo de algo que parecia ser meleca sendo
jogada na parede. Harry se assustou com o efeito do seu ataque, mas então olhou
o professor e este parecia normal, apenas levemente curioso, com relação ao
corpo de seu zumbi.
Quando Harry conseguiu enxergar, viu que não havia mais corpo
e sim um monte de meleca umida junta num canto da parede, almentando ainda mais
o fedor da sala.
– Écaaaa que aula nojenta!!! – exclamaram Lilá e Parvati,
saindo correndo pela porta.
– Parabéns Potter, é o mais forte ataque que já vi... bom
alunos estão dispensados – disse limpando as coisas apenas com um toque da
varinha. – Prometo que as próximas aulas vou pegar um pouco mais leve – disse
rindo.
Harry e os outros saíram com a cara verde de nojo, a
aprendizagem prática, tinha seu preço... Nojento, nojento era apelido
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