Como tudo devia ter ocorrido..
– Varinhas em punho, não acha melhor ?- Sua voz revelava certo nervosismo.
-É – disse Harry, satisfeito que Cedrico tivesse sugerido isso por ele.
Os dois puxaram as varinhas. Harry não parava de olhar para todo lado. Tinha, mais uma vez, a estranha sensação de que estavam sendo observados.
-Vem alguém aí – disse de repente.
[...]
De muito longe, acima de sua cabeça, ele ouviu uma voz fria e aguda dizer ‘’Mate o outro. ’’
Harry ouviu isso imaginando que havia duas pessoas, mas apenas conseguia enxergar um vulto, uma sombra. Esta sombra hesitou por um momento e tremeu cogeladamente.
Um zunido, e uma segunda voz que arranhou o ar da noite.
-Avada Kedavra
Harry já ouvira falar sobre essa maldição. A Maldição Da Morte. Ele entrou em pânico, não visivelmente, mas sentia um pânico interior dizendo a ele para sair de lá o mais rápido possível.
Ele, então, olhou para os lados vendo quem havia morrido em seu lugar, provavelmente. Harry não via ninguém caído no chão, ou morto. Lá havia apenas, ele, Cedrico e esse vulto.
-Seu estúpido. Como pode errar ? Seu castigo vai ser decidido mais tarde. – Harry ouviu a voz fria novamente. Ele olhou para Cedrico, ele estava em pânico como o Harry, mas diferentemente do mesmo, ele colocou tudo para fora.
-Harry, o que houve ? – sussurrou Cedrico
Harry apenas fez sinal para que se calasse. Cedrico compreendeu.
Eles viram a sombra se aproximando cada vez mais, e a cicatriz Harry explodiu de dor. Com a mão na testa, ele disse fascinado:
-Peter Pettigrew.
-O que ?
-Shhhh
Logo, Pettigrew já estava na frente dos dois. Ele carregava algo, que Cedrico jurava ser um bebê, mas Harry tinha 99% de certeza do que era.
-Venham comigo –disse Rabicho
-NÃO ! – os dois disseram ao mesmo tempo
‘’Vamos logo’’ falou a voz fria, com certeza de:
-Lord Voldemort.
-Não diga esse nome ! – Cedrico quase gritou.
-Cale-se ! – sussurrou Harry, para apenas Cedrico ouvir.
Por mais que os dois tentassem resistir, Peter segurou-os com tamanha força, que Harry nunca pode imaginar que o mesmo tinha. Eles foram guiados até uma estátua, de um homem importante pensou Cedrico. Lá, ao lado, havia uma corda, bem grande aparentemente, Harry tinha certeza que não estava ali para se pular.
Logo em seguida Rabicho pegou a corda (deixando o pequeno Voldemort no chão, cuidadosamente.) com uma mão e os dois, pela gola do uniforme, com a outra. Os dois foram forçados a ficarem lá, amarrados em quanto Pettigrew preparava algo indecifrável. Colocara várias coisas, desde a própria mão até o sangue de Harry tirado a força.
-Está pronta, meu amo.
Então Rabicho pegou no colo novamente o ‘’bebê’’ , e o desembrulhou dos panos que o rondavam. Então Harry pode realmente confirmar suas especulações. Lá havia um pequeno ser humano, se é que podia-se chamar aquilo de humano. Feio, foi a primeira coisa que veio a cabeça de Harry. Logo começaram a surgir coisas muito mais arrogantes em sua mente. Peter Pettigrew soltou Voldemort dentro do caldeirão, com os ingredientes. Cedrico riu seriamente, pois a primeira coisa que veio em sua cabeça foi que Rabicho estava afogando o suposto ‘’ bebê feio e estranho’’. Harry encarou-o com o rosto pasmo e um tanto cínico. Como podia rir em uma hora dessas ?
Cedrico, então, entendeu por que não tinha razão para rir. O caldeirão começara a borbulhar fervorosamente, e de lá começou a surgir algo. Algo grande. Muito grande. Algo 3x o tamanho de uma pessoa normal. Algo assustador. Mas por incrível que pareça, algo familiar. Era como se o pequeno bebê tivesse crescido 5x mais, e tivesse ganhado poderes. Seu olhar era de triunfo. Como se tivesse conseguido ganhar o prêmio que esperara a 13 anos. E, Harry sabia que ia conseguir.
Lord Voldemort acabara de ressurgir.
-Então meu velho amigo Harry Potter. O menino que sobreviveu. Nã Nã, não sei se vai poder usar mais isso para ficar famoso Harry. Isso não vai durar tanto tempo. – a voz fria de Voldemort dissera as palavras, ao mesmo tempo em que ia chegando mais perto de Harry. A cicatriz doía mais do que a maldição Crucio, imaginara Harry. – O único que, quando era um bebê, saiu vivo da Maldição Da Morte com apenas uma cicatriz. Bem feia por sinal. – Voldemort riu cinicamente. –Magia Antiga, devia ter esperado. O amor de sua pobre mãe Lílian, fez o maior bruxo de todos os tempos...
-Dumbledore é o maior bruxo de todos os tempos ! – cuspiu Harry.
-...sumir, ficar sem poderes. Um nada. –terminou Voldemort
Houve um silêncio profundo, que Harry queria que jamais acabasse. Então, Lord das Trevas se virou para Cedrico:
-Cedrico Diggory. –apenas disse Voldemort fascinado mas certamente bravo. – Você não vai querer ver o que vai acontecer hoje, com seu amiguinho Potter. Mas como, além de ser um bruxo muito poderoso e temido, eu sou muito caridoso sabia, Diggory ? Você vai poder decidir, se quer acabar com tudo antes ou se quer ver seu colega Harry sendo torturado até a morte. O que você me diz ?
Cedrico não respondeu.
-Bom, então eu decido. –disse a voz fria – A, já sei, já sei. Vamos duelar, Harry. Cedrico pode ficar com Rabicho em quanto assiste você morrer. Não vai ser divertido ?
Ninguém ousou quebrar a palavra de Voldemort, então ele se virou para Rabicho:
- Estique o braço.
-Obrigada milorde, meu amo muito, muito obrigada...
-O outro.
Então Pettigrew, esticou o braço esquerdo, onde havia uma tatuagem. Uma tatuagem de uma caveira com uma cobra saindo da boca. Harry se arrepiou. É o que eu diga de Rabicho:
-Meu amo, por favor... por favor
Mas então, Voldemort pegou sua varinha e encostou-a na tatuagem. Rabicho soltou um gemido, como se estivesse ardendo.
-Vamos ver quem tem a coragem de reaparecer para seu Lord. Muitos me abandonaram, suponho. Vários em Azkaban. Vários morreram jurando lealdade eterna á mim. Mas vários, covardes, que nem procuraram seu amo.
Então surgiram várias pessoas encapuzadas, mas não tantas como Voldemort pretendia ver.
-É isso ? Claro, sem contar meu fiel comensal em Hogwarts. Ele sim é muito fiel. Vocês nem se quer viram como eu estava. Acreditaram que um menininho de 1 ano fosse acabar comigo. Como, Lúcio Malfoy, Como ?
Harry se virou para o comensal que Voldemort estava olhando. Viu, após a retirada da máscara e do capuz, um homem loiro prateado. O rosto fino, e o nariz um pouco grande. Lembrava bastante à Draco Malfoy. Assim Harry confirmou o que estava supondo há um tempo. Lúcio Malfoy era um comensal da morte.
-Me desculpe milorde. Eu queria mas...
-Estava com medo. Medo de voltar e ser descoberto. Medo de ir para Azkaban. Medo de morrer. Covarde. – disse Voldemort.
-Hoje em dia...
Voldemort fez sinal de ‘Já Chega’.
-Hoje vocês vão presenciar a um momento muito importante. O meu grande dia. O seu grande dia Harry.
Harry não compreendera. Seu grande dia ? O que havia de bom em fazer a morte de sua mãe não valer nada ? Ele se arrepiou e olhou para Cedrico. Que neste momento não compreendia mais nada. Ele olhava em pânico para Harry, mas fechava os olhos a cada momento que Voldemort olhava pra ele. Provavelmente, pensou Harry, está tentando pensar em coisas felizes ou como ia ser quando chegar em Hogwarts com a taça. Isso se chegar.
-Vamos logo. Crucio. –disse Voldemort apontando a varinha para Harry.
Harry sentiu tamanha dor que queria pedir a Voldemort que o matasse, mas não. Ele apenas se contorcia sofrendo, perdendo toda a resistência. Mas então parou. Fizera o mesmo com Cedrico, que reagiu da mesma forma. Então ele disse:
-Calma, calma Harry. Vamos começar a duelar. Rabicho pegue o Diggory.
Então Rabicho se aproximou de Cedrico, mas então fechou a cara, olhando para a mão que faltava.
-Estique o braço.-ordenou Voldemort
-Obrigado meu amo. É linda. –disse Pettigrew logo após que Voldemort o dera uma mão de aço.
Rabicho continuou seu caminho ao Cedrico, rasgou as cordas e o agarrou pela gola do uniforme, andou até um canto, apontando a varinha para o queixo de Diggory.
-Vamos Harry.
Harry livrou-se das cordas já rasgadas por Rabicho, e se pôs a uns 3 metros de Voldemort. Então olhou fixamente para a taça. Se podia levá-los até esse cemitério, com certeza podia levá-los de volta a Hogwarts.
-O que houve Harry ? Com medo ? Acharia estranho se não estivesse. – falou Voldemort com a voz mais fria do mundo.
-Você não me amedronta, Voldemort. –mentiu Harry, entre dentes.
Voldemort apenas riu.
-Pense em um feitiço rápido Potter, pois no 3 você morre. Hahaha.
Harry não sabia o que fazer. Não sabia feitiços suficientes a ponto de destruir o grande Lord das Trevas. O único feitiço que se lembrava era Expelliarmus. Então deu seu voto de boa sorte a si mesmo.
-Um...Dois...Três !
Então ele gritou Expelliarmus ao mesmo tempo em que Voldemort disse Avada Kedavra. Mas ao invés de algo letal acontecer, os feitiços que saíram de suas armas fizeram um linha que se encontraram no meio dos 3 metros. Saíram faíscas vermelhas e verdes para todo lado. Harry começou a se sentir mais fraco, muito mais fraco. Sabia que ia perder. Mas não desistira, mantinha a mão firme em sua varinha. Ele olhou rapidamente para Cedrico. Ele estava sendo ameaçado pela varinha de Peter Pettigrew. Os olhos dele eram tristes, ele pensara na mesma coisa que Harry: Aquilo teria um fim. Mas voltou os olhos a sua varinha e a Voldemort, varinha, Voldemort. Mas algo extraordinário começou a acontecer. As faíscas, que estavam saindo dos feitiços unidos, começaram a se tornar brancas e maiores, bem maiores. Começaram a receber formas humanas, a primeira do jardineiro que estivera em seu sonho, ele murmurava coisas sobre Voldemort ser um bruxo, como se Harry não soubesse. Também dizia para não desistir, algo que Harry já havia pensado várias vezes durante aqueles 5 minutos. Então apareceu um casal, jovens. Harry logo se tocou que eram seus pais. Lá com ele. Conversando. Dando forças. Então sua mãe disse algo como:
-Depois que desconectar esse fio que os liga, nos agüentaremos pouco tempo. Você deve correr até a taça. Volte a Hogwarts e conte a todos o que houve. Boa sorte querido.
Harry olhou para Cedrico. Fez um sinal bem discreto com a cabeça. Olhou para Voldemort com um sorriso. Então Harry compreendeu que Voldemort estava bravo. Não bravo, furioso. Harry moveu a varinha para o lado e viu rapidamente seus pais e o jardineiro indo na direção da varinha de Voldemort. Que, por acaso, urrava de raiva. Harry saiu correndo, quando passou por Cedrico gritou:
-Expelliarmus !
Harry e Cedrico viram a varinha de Rabicho voando para o outro lado. Os dois correram e chegaram a taça. Tocaram-na.
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