cftm.
Under a lover's sky, Gonna be with you
And no one's gonna be around
Emme bocejou, passando as mãos pelos cabelos, tentando ajeitá-los no reflexo do vidro da janela. Estava atrasada para a aula de Herbologia, primeira da segunda-feira, e sentia cada célula do seu corpo pedir por cama. Quando entrou na estufa, todo mundo já estava lá, e a professora parou de falar para olhar para ela.
- Com licença, bom dia, professora Sprount – pediu educadamente – Me atrasei uns minutinhos.
- Dou licença, senhorita Vance, porque essa será a matéria dos exames finais, mas descontarei cinco pontos da Grifinória por isso e avisarei McGonnagal. – a mulher baixinha falou, e então virou-se novamente para a sala, tornando a falar sobre algum raio de planta em um vasinho ali perto.
“Não precisa ser tão má”, a loira pensou, divertida, enquanto ia até a sua carteira guardada com Dorcas, já que a aula era com a Corvinal. Piscou um olho para Remo quando passou por ele, e o garoto ergueu uma sobrancelha, sem conter um sorrisinho torto. Sirius mandou um beijo pra ela e Emme fez uma careta, revirando os olhos.
- Olá, Dor – ela cumprimentou baixinho, recebendo um sorriso.
- Hei, dorminhoca – Marlene começou a falar do outro lado do balcão – Por que chegou tão tarde ontem?
Emme lançou uma olhada para a professora antes de responder:
- Ah, você sabe. O Remo. Terminamos ontem de novo, pra variar.
O olhar das duas voaram para ele, que percebeu no mesmo instante que era o assunto da conversa e coçou a nuca, desconfortável. Lílian olhou para ela:
- E você está bem?
- Estou ótima. – sorriu – Só sonolenta.
- Ah, quantos dias você dá, Dorcas? – Lene começou, dando uma risadinha – Três?
- Eu chuto cinco. Da última vez eu disse três e eles voltaram em uma semana. Tem que ser mais rápido agora, certo?
- Senhorita Vance! Quer tirar mais pontos da sua Casa?
Emme olhou para ela, estupefata.
- Mas, professora, eu...
- Retruque e eu farei exatamente isso!
- Ok, me desculpe, senhora! – exclamou, cruzando os braços.
- Isso mesmo. Agora, abram seus livros na página setenta e dois e façam uma breve leitura sobre as mandrágoras e suas funções...
E a voz da professora novamente perdeu o sentido para ela, porque seus olhos encontraram os dele. Aqueles avelãs, contornados por cílios longos sexies, bondosos e tão profundos que às vezes a deixavam sem rumo, perdida. Ele estava encarando-a distraidamente, como se pensasse em alguma coisa, enquanto sua mão havia parado de folhear o livro à procura da página setenta e dois. Emme só conseguiu responder o olhar, nem mesmo tocou no livro, nem nada. Então Dorcas a cutucou e ela saiu do transe e olhou para a professora, que a fulminava, e apressou-se em procurar o livro porque não queria realmente causar prejuízos para a Grifinória.
-
- Sabe, não é que eu não fique chateada – Emme estava explicando para Dorcas na hora do almoço, quando a amiga a puxou para o lado e perguntou se tudo estava bem mesmo – É só que nós já terminamos tantas vezes sem motivo algum... Não acho que dessa vez vá ser diferente.
- Você tem que perguntar porque raios ele termina com você, Em.
- Verdade – Lene falou, e deu um gole no suco para continuar – Até porque ele não fica com nenhuma garota e continua flertando com você.
- Ah, gente, talvez ele apenas seja viciado nessa coisa da emoção dos primeiros dias de namoro – Lílian riu – Quer dizer, nós não podemos definir o tempo exato em que eles ficaram juntos, certo?
- Tecnicamente, a gente fica sempre junto. Desde o ano passado.
- E já terminaram o quê? Onze, doze vezes? Ah, não. Eu no seu lugar estaria pirada. – Dor continuava a falar. – Hm, meninas, tenho que ir! – ela levantou-se e saiu em direção à mesa da Corvinal.
Emme ficou olhando até as costas dela sumirem e então virou-se para Lene e Lily, que estavam com aquele olhar significativo.
- O que foi? – ela perguntou.
- Você sabe por que a Dorcas insiste tanto nessa coisa de você terminar com o Remo né? – Lily quis saber, ainda com um sorriso colado nos lábios.
- Hm, não. Peraí, o quê? Como assim?
- Quer dizer, ela fica batendo encima e tal, e todo mundo sabe como você e o Remo são, cara – Lene explicou.
- Sei lá, acho que ela só é preocupada, só isso.
- Não, Emme – Lílian passou uma mão por cima da mesa para poder pegar a de Emmeline – Ela é caidinha pelo Remo. Essa é a razão.
- O quê? Ah, gente, não. Sério.
- Bom, a gente avisou – Marlene deu de ombros.
Depois das aulas, elas foram para os jardins, pois tinham os dois últimos tempos livres. Marlene esticou-se na grama de uma forma que parecia que ela estava em sua própria cama, e Lílian estava lendo um livro silenciosamente. Emme estava jogando pedrinhas no lago, pensando em Remo, para variar. Pensando na maneira como eles discutiram na noite anterior, nos argumentos dele e em tudo. Eles sempre ficavam horas conversando e no final, quando deitava a cabeça no travesseiro, Emmeline não conseguia se lembrar do porquê. Só lembrava que ele sempre falava e a convencia de alguma forma.
- Hei, gatas – a voz de Sirius chamou-as – O que fazem nessa bela tarde fria de sábado?
Lílian e Emme sorriram para ele e Lene apenas abriu os olhos e disse:
- Dando uma bela e fria fugida de você.
- Uh, quanta energia negativa, querida – ele deitou-se ao lado dela, rindo – Tá na falta?
Marlene sentou-se na hora, fulminando-o com o olhar. James terminou de descer o jardim, conversando baixinho com Remo, e aproximou-se para dar um beijo em Lily antes de sentar-se ao lado dela e jogar o livro bem longe. Emme continuou jogando pedrinhas no lago, tentando ignorar o que Remo fazia. Hm, ela tentou ignorar que ele sentou-se bem atrás dela, e que se ela se movesse um centímetro só esbarraria nele. Quer dizer, ela podia sentir o calor dele em ondas. Suspirou, sentindo aquela vontade costumeira de virar-se e beijá-lo, e então lembrou-se que haviam terminado e não podia fazer isso ali na frente de todo mundo, como reconciliação.
- Então, hum, Emme? – James chamou – Festa este sábado! Você vai, ok?
- Claro! – a loira sorriu e levantou-se, fazendo questão de fazer isso bem perto de Remo para que ele tivesse uma boa visão de suas pernas cobertas pelas meias grossas.
Viu quando a mão dele agarrou um punhado de grama e sorriu.
- Acho que eu vou subir, tenho uns deveres – falou, passando as mãos pelos cabelos – Além disso, está muito frio aqui, e não há nada que me esquente.
E foi subindo os jardins. Ela ouviu a risada das meninas e o uivo de Sirius, provocando Remo, e sorriu, sabendo o que estava por vir.
Mal passou pela primeira escadaria e já percebeu que alguém a seguia. Parou de andar e virou-se, deparando com Remo tão perto que fez sua respiração prender-se.
- Não é nada bonito seguir as pessoas, Remo. – ela falou baixinho, aproximando-se mais dele.
- Eu achei que você queria... Companhia. Sabe.
If you think that you won't fall
We'll just wait until
A loira mordeu o lábio inferior, sorrindo, e deslizou um dedo pelo peito dele, na linha dos botões da camisa, seguindo o rastro com o olhar. A respiração dele ficou mais ofegante e, com uma olhadela, Emme percebeu que ele fechara os olhos no mesmo instante em que deu um passo pra trás. Então subiu o dedo para o lábio inferior dele, sem se conter, acariciando com suavidade, apreciando a maciez. Remo abriu os olhos, escurecidos de desejo, e por alguns segundos, ela soube que ele estava hesitando entre entregar-se aos impulsos ou responder à razão. Ela mordeu um lábio inferior ao mesmo tempo que fazia um biquinho, para provocá-lo, e o seu dedo desceu do lábio dele para o queixo. Então Remo soltou um suspiro impaciente e puxou-a pela cintura para perto.
- Achei que você queria que alguém a esquentasse. – ele murmurou com a voz baixa e arrastada.
Emmeline estremeceu.
- Na verdade, aqui dentro já está bem quente, sabe – ela desvencilhou-se dos braços dele, e tirou o casaco grosso da escola, revelando a camisa branca com alguns botões a mais abertos – Bem quente... – repetiu quando viu o olhar dele sobre seu decote.
Remo aproximou-se novamente para segurar sua cintura e perguntar, depois de um segundo de intensidade:
- Ah, Emme... O que você quer de mim?
Ela jogou o casaco no chão ao lado dele e encostou-se na parede.
- Quero uma razão pra tudo isso, Rem. – falou, seriamente – Eu tento lembrar de tudo o que você me disse ontem mas não encontro nada plausível e... e... – a sua voz se perdeu, porque ele havia colocado os dois braços envolta dela, prendendo-a, e estava começando a beijar seu pescoço – Não sei por que você faz isso se... ah, droga.
As mãos dela subiram na camisa dele, agarrando-a e puxando o corpo dele pra mais perto. A pele dele estava tão, tão quente, que ela quase podia jurar que não era outono.
- Não consegue falar? – ele provocou com a boca em sua orelha.
- Não, eu... consigo. – Remo aprofundou o nível dos beijos em seu pescoço só pra entorpecê-la – Eu quero que você me conte tu... tudo. Ah, Remo, meu Deus – ele estava beijando sua orelha agora, as mãos quentes na cintura de Emme subindo para as costelas.
Ela afundou as unhas em seu ombro, completamente asfixiada e esquecida do que tinha para falar.
- Não, você não consegue falar.
- Você me provoca, Rem.
- Eu? Coitado de mim, Emmeline – ele mordeu seu ombro e afastou-se para olhá-la. Suas bochechas estavam coradas e havia aquele brilho dividido entre maroto e desejo em seu olhar.
Emme sentiu o coração bater tão, tão rápido. Céus, aquilo podia nunca passar que ela ficaria eternamente satisfeita. Estava completamente apaixonada por Remo, desde sempre.
- Cachorro – ela sorriu, apoiando os braços no ombro dele – Vamos conversar, vai. Pára com isso de terminar.
Remo piscou e o sorriso sumiu de seu rosto enquanto ele avaliava a situação. Então ele ergueu os olhos pra ela novamente e seu polegar fez círculos na cintura dela.
- Se eu te contar, você nunca vai me perdoar, Em. – revelou de repente.
Emmeline ficou sem saber o que pensar enquanto ele se afastava e dava as costas. Ele nunca tinha falado que havia alguma coisa que pudesse comprometê-lo. Nunca havia dado pistas de um segredo. “Mas que diabo”, ela pensou enquanto recolocava o casaco, olhando para o fim do corredor onde Remo tinha sumido. Ela própria nem desconfiava que pudesse haver qualquer coisa. Intrigada, voltou para o jardim a fim de tentar tirar qualquer coisa dos amigos dele.
De longe, viu James e Lily se beijando perto de uma árvore, mais afastados dos outros, e Sirius e Marlene em um daqueles momentos carinhosos que eles tinham e negavam até o fim que haviam tido. Eles estavam com o rosto bem próximo e ele falava alguma coisa enquanto afastava o cabelo dela, que sorria, do ombro. Emme suspirou e tornou a girar os calcanhares, então foi para o salão comunal para realmente fazer os deveres, sem ninguém para esquentá-la dessa vez.
Mais tarde, quando já tinha feito todos os deveres atrasados sozinha em uma mesa afastada de todo mundo no salão, ao lado de uma pilha de livros, ela começou a escrever uma carta para sua irmã enquanto observava o movimento. Marlene entrou e acenou para ela, sorrindo, antes de subir para o dormitório. Lílian chegou logo depois com James e uma olhada pra trás fez Emme perceber que já era noite e uma lua cheia fantástica iluminava o céu escuro cheio de estrelas. Ah, o outono. Perdeu-se um pouco naquela visão linda do céu até que percebeu uma movimentação estranhamente reconhecível.
- Mas eu disse pra você, puta merda, Jay, vá se foder – Sirius estava realmente nervoso enquanto atravessada o salão.
- Vá você, oras. Ele não deu nenhum sinal e simplesmente sumiu, Almofas, não é nossa culpa se o Aluado gosta de se isolar por caus...
- Hei, Emme! – o outro gritou, interrompendo propositalmente o amigo, que estancou a fala instantaneamente.
- Hei, garotos. Aonde vão tão tarde? – perguntou, tirando as pernas de cima da outra cadeira.
- Nenhum lugar!
- Cozinha! – eles gritaram ao mesmo tempo.
Emme ergueu uma sobrancelha, desconfiada. Eles murmuraram qualquer coisa e saíram do lugar antes que ela perguntasse novamente. Lílian acabava de descer a escada e ia até ela com um sorriso pregado no rosto:
- Alguém esquentou você? – ela perguntou debilmente. Ah, a Lily brava com o James era tão mais engraçada!
- Mais ou menos... – Emmeline respondeu pensativa – Ham, Lil? Onde o James disse que ia?
- Ah, não lembro – a ruiva respondeu, distraída – Conseguiu fazer todos os deveres?
- Sim... – ela foi levantando-se – Eu acho que tem alguma coisa a ver com Remo.
- Emmeline, senta aí. Me passa alguma coisa.
- Cala essa boca, você é mais inteligente que eu. – a loira ainda estava desconfiada – Eu quero saber onde é que eles vão.
- Garooootas, ah. Emme, aonde você vai tão tarde? – Marlene havia chegado, pulando os três últimos degraus da escadaria do dormitório.
- Isso mesmo, está super tarde! – Lílian insistiu – Não vai querer sair e levar uma detenção, vai?
- Lílian, pelo amor de Deus, o que você está escondendo de mim? – Emme virou-se de repente e foi até a ruiva – Você sabe onde eles vão? O que Remo está fazendo?
- Do que vocês estão falando? – Lene quis saber.
- Eu não sei de nada, Emme. Só estou falando que é perca de tempo, sei lá, eles devem estar aprontando alguma e...
- Que porra! Quero saber! – Marlene insistiu.
- Aprontando alguma como? Tipo com garotas?
- Não! – Lil riu, aliviada – É claro que não!
- Então por que eu não posso saber?
- Hm, não é algo que você vá se interessar, sabe.
- O que você sabe que a gente não sabe, Lílian Evans? – Marlene ajudou, colocando as duas mãos na cintura em pose de mãe.
- Nada! Não sei de nada! Só não acho prudente ficar por aí perseg...
- Ah, por favor, o que é prudente hoje em dia? – Emme perguntou antes de sair apressada pelo quadro da Mulher-Gorda.
- Eu vou junto! – Marlene seguiu saltitando do seu lado.
- Ah, gente, parem! Voltem aqui!
Mas a voz de Lily sumiu quando elas viraram o primeiro corredor.
- Onde a gente tá indo mesmo?
- Atrás dos meninos.
- O-ow. Isso não vai dar certo. O Sirius o-deia que sigam eles. Ele vai ficar tipo, o mais...
- Sssssh! – Emme segurou Lene pelo braço e a puxou para se esconderem na parede oposta de onde vinham vozes.
- Cala a boca, velho! Já entendi o que você quer dizer e...
- Se a Emmeline entendesse alguma coisa, eu não quero nem saber o que restaria de você e da sua carcaça escrota, Pontas.
- Tudo bem, tudo bem. Mancada minha, ela ficou de boa, nem desconfiou.
- Nããão, magina! Cala a boca e tira essa porra de cinto.
Emme teve que segurar a boca de Lene para ela não gritar. “Tira esse cinto? Mas o quê...?” ela enfiou a cabeça na parede e viu os dois, na porta de saída para os jardins, e eles estavam tirando as roupas. “Oh, Meu – Deus”, pensou quando viu as costas musculosas de Sirius “Desde quando essa desgraça é gostosa e... gay?”.
- O que eles estão fazendo? – sussurrou Lene, curiosa.
- Tirando as roupas.
- Quê?!
- É. Espera.
Ela deu outra olhadela e viu que eles tinham sumido, mas as roupas continuavam no chão. Esticou-se para ver e avisou dois vultos escuros nos jardins, mas eram grandes demais para serem Sirius e James...
- Vocês! – Lily apareceu de repente – Mas que merda estão fazendo?
- Lily, eu acho que o James é gay. E todos eles também são. – Marlene começou a se explicar rapidamente – Eles estavam ali na porta tirando a roupa e isso é tão estranho!
- Quê? Eles não são gays! Caramba, a gente tem que voltar agora para o dormitório, se alguém pega a gente aqui...
Till the sun goes down
Então, antes que ela completasse a profecia, elas ouviram um uivo muito longo, assustador, que vinha das portas abertas. Emmeline ficou atenta, aguçando os ouvidos. Marlene estremeceu e afastou-se um pouco da parede. Lílian suspirou profundamente, passando as mãos pelos cabelos.
- Vamos voltar, aqui à noite é perigoso. – ela continuava insistindo.
- Não. Eu quero achar o Remo.
E dizendo isso e tomando toda a coragem que podia reunir, Emmeline saiu a passos largos e decididos para fora do castelo. E teve a visão mais surpreendente de todas que já havia pensado ter.
Haviam três animais gigantescos lá fora, um mais distante, erguido nas patas traseiras. Lobisomem. Os outros dois eram um cão negro e um cervo imponente. O animal mais distante deu outro uivo e começou a avançar na direção dos outros animais. Imediatamente, Emme entendeu. Os dois animais eram James e Sirius. Entendeu porque sempre havia se perguntando que raios significavam os apelidos de marotos deles – e bem, Sirius humano não era exatamente diferente de um cachorro.
Ela gritou quando o lobisomem investiu contra o cervo furiosamente, e os três animais se viraram na direção do castelo.
- Você fo-deu a gente – Lene gaguejou atrás dela.
Emme continuou parada ali no pé da escada, a respiração ofegante. Sua garganta rasgava, seca. Um vento gelado a percorreu quando o cachorro negro começou a voltar entre as flores, esmagando-as suavemente, e o cervo afugentava o outro bicho. O cachorro latiu várias vezes quando estava perto, e, intrigada, a loira ficou apenas o encarando, tentando entender que raios... que raios...
Underneath the star light, star light
Com um assombro, tudo ficou claro demais. Quer dizer, eles estava juntos há quase um ano, e todas aquelas sumidas, as manhãs de mal estar misterioso que o fazia acordar na Enfermaria, as escapadas estranhas dos outros amigos. Remo era o lobisomem. Emme ergueu as duas sobrancelhas, sua boca entreabrindo-se de encanto. Não soube quanto tempo ficou em transe ali, observando no alto da colina enquanto Remo era segurado por James animago, mas acordou quando percebeu que Sirius retornara à forma humana, e ele estava realmente, realmente furioso, como Marlene previra.
- Que porra vocês estão fazendo aqui fora? Voltem pra dentro agora!
Ela deu um passo pra trás, e Lily segurou seu ombro.
- Vão logo, cacete! – Sirius gritou novamente, antes de tornar a correr escuridão adentro e virar cachorro no meio de um pulo.
Lílian puxou Marlene e Emmeline de volta pelos corredores. Lene estava pensando sobre a animagia dos meninos, perguntando como é que nunca desconfiara – e Emme pensou que ela não percebeu sobre Remo e tudo, mas ela sim. A ruiva a olhava preocupada enquanto Marlene fazia comentários sensacionalistas para si mesma.
- Era ele, não era? – Emme não conseguiu evitar perguntar.
- Sim. – Lílian murmurou, meio a contra-gosto.
Não conversaram sobre aquilo quando estavam se trocando, após tomarem banho ou depois que se deitaram. Apenas ficaram em silêncio, cada uma com seus pensamentos. Cada uma com suas conclusões.
There's a magical feeling' so right
It'll steal your heart tonight
Se Emmeline dissesse que tinha conseguido dormir por pelo menos cinco minutos, ela estaria mentindo. Seus olhos não pregaram nem um segundo durante a noite toda, apenas imaginando como os meninos estariam lá fora, se estariam cuidando bem dele. Aluado. Então, era isso. Aquele era o segredo.
Ela marchou para a Enfermaria sentindo-se um zumbi, mais ou menos às cinco e meia, quando o sol voltou para o céu. Encontrou exatamente quem esperava encontrar. Remo estava deitado em uma das macas, e Sirius e James estavam falando alguma coisa para ele. Emme nem tentou prestar atenção. Primeiro que ela já sabia qual era o assunto. E segundo que, no momento em que empurrou a porta vai-vem, seu olhar encontrou o dele e este era tão suplicante que quase a assustou.
Sem se dar ao trabalho de pedir licença para os garotos, Emme chegou bem ao lado da maca de Remo e meteu um soco com força em seu braço.
- Auch! – ele exclamou molemente – O que foi?
- O que foi? O que foi? Remo, você é o cara mais idiota que eu poderia ter conhecido na face da Terra! – ela começou a falar tudo o que pensara durante a noite.
- Em, eu entendo se você quiser se afast...
- Você quase me deixou maluca, está entendendo? Como você teve coragem de esconder uma coisa dessas de mim? Nós ficamos um ano inteiro juntos e eu pensava saber tudo sobre você!
You can try to resist
Try to hide from my kiss
Por um instante, Emme pensou em continuar gritando, mas sua respiração estava apressada demais e precisava se acalmar – sabia estar no lugar certo para a tal da crise de asma, mas seria realmente insuportável ter uma ali, agora. Remo a olhou daquela maneira surpresa, aqueles olhos lindos brilhantes na direção dela como se ela fosse a princesa mais linda do planeta. Isso ajudava a loira a acalmar os nervos, também.
- Você está brava? – ele perguntou devagar – Não está com medo? Está... brava?
- Medo? Ah, por favor, cala essa boca!
- Mas eu posso saber que gritaria é essa na minha Enfermaria? – uma mulher baixinha saiu de seu escritório, parecendo irritada, na direção deles.
“Não mais irritada que eu”, pensou Emme, espreitando na direção de Remo, que parecia realmente confuso e feliz.
- Eu acabei de descobrir um segredinho aqui – ela respondeu bruscamente.
- Emmeline, larga de ser barraqueira – Sirius riu.
“Por que eles estão com tanto bom-humor? Vou matá-los.” James riu acompanhando-o.
- Dá pra vocês pararem de rir? Nós estamos discutindo aqui!
- Mas você é a única que está gritando – Jay falou, rindo baixinho.
- Espera um segundo – a enfermeira interrompeu – O que a senhorita está fazendo fora da cama? Xispa! Nada mais que uma visita por vez, não basta esses guris doentes que ficam aqui como moscas varejeiras!
- Eu sei o que ele é, senhora! – Emme a desafiou.
- É? Pois eu também sei. Agora, se mandem, todos vocês. Nada de conversinha, daqui a pouco começam as aulas.
Ela conseguiu lançar um último olhar ferido para Remo antes de saírem. Mesmo assim, ele pareceu estranhamente esperançoso, e isso a frustrou mais ainda. Ignorou James e Sirius enquanto seguiam para o salão comunal. O que quer que eles estivessem falando sobre Remo, agora, ela já sabia. E estava furiosa por não saber antes, como Lílian. “Se eu te contar, você nunca vai me perdoar, Emme.” Mas quem raios ele pensava que ela era? Uma idiota preconceituosa e além de tudo medrosa? Diabo!
Remo faltou em todas as aulas da manhã, e, nas da tarde, ele tentou sentar-se perto de Emme, mas ela evitou ao máximo sequer desviar o olhar para o dele. Embora isso fosse bem difícil, ela ainda fisgou umas olhadelas curiosas de Dorcas para eles. Então, duas verdades num dia só. Ótimo.
No fim das aulas ela juntou todo o seu material e saiu desviando de todos os alunos pelo corredor. Também não sabia onde estavam Lily e Marlene, mas foi andando simplesmente até chegar a um corredor bem distante e vazio onde pôde jogar seus materiais no chão e encostar-se na janela para admirar a vista dos fundos do castelo.
Assim como previra, lá estava ele, as mãos enfiadas nos bolsos no fim do corredor, aqueles cabelos bagunçados lindos brilhando por causa do reflexo fosco das vidraças do sol da tarde. Ela desviou o olhar o mais rápido que conseguiu e suspirou.
But you know, but you know that you
Can't fight the moonlight
- Hei – Remo cumprimentou, tocando seu ombro com o dela.
Emme não respondeu, apenas espreitou os olhos para o horizonte.
- Vai me ignorar pro resto da vida, agora?
- Não, você sabe que eu não conseguiria – respondeu Emme.
Pela visão periférica ela percebeu o sorriso dele. E virou-se indignada.
- Emme, me desculpe por estar feliz, mas é que... – e a puxou pela cintura para mais perto – Eu achava que você ia ficar com medo, com nojo de mim e iria me expulsar da sua vida. Por isso não contava a você. E pelo mesmo motivo eu terminava com você, porque você não merecia namorar alguém como... como eu. Eu sou um monstro, Em.
- Você é... o quê? Ah, Remo, você não é um monstro. Não é algo pelo qual você teve escolha. Esse é simplesmente você. – ela tentou se desvencilhar das mãos dele em seu corpo, mas eram quentes demais e...
- Eu achei que você se afastaria, e eu não poderia suportar ficar longe de você. Você sabe que eu não suportaria porque no fim eu sempre voltava pra você depois de terminar. Eu sei que isso é egoísta, mas agora você tem o seu motivo para todas as chateações deste ano.
Emme ainda estava relutando. Era um baita segredo para se guardar de quem ele dizia amar. Mas ela pensou e, mesmo que a contragosto, sabia que se estivesse no lugar dele, acabaria fazendo exatamente a mesma coisa. E de repente sua raiva toda se dissipou e ela se viu novamente tomada de vontade de fazê-lo sorrir daquela maneira linda e marota só dele. Ergueu as mãos para os braços dele e acariciou seus músculos, até alcançar o pescoço.
Deep in the dark
You'll surrender your heart
- Esse é até que é um bom motivo. – ela murmurou.
- É um ótimo motivo.
- Eu não sou uma idiota sem cabeça, Remo. Você poderia ter compartilhado.
- Querida, eu sei disso. Eu só estava com medo.
- Você não pode ter medo de contar as coisas pra mim. Eu conto tudo a você.
- Eu sei, só que... ah, Deus. Emme.
- O que foi?
- Você não... Eu sei, não quer continuar, não é? Comigo.
- Quê?
- Ahm, droga, eu e minha maldita criativid...
- Hei, cala a boca.
- Mas...
- Agora. Chega de auto-piedade por hoje, ok?
- Emmeline...
- ...você aceita namorar comigo de novo? Aceito! – ela riu.
Remo inclinou a cabeça para o lado e então sorriu, abraçando-a forte. Como ele poderia pensar que ela sentiria medo dele? Aqueles braços fortes eram o que a acalentavam, ali ela se sentia realmente protegida. Então, antes que desse conta, havia falado tudo isso para Remo, e ainda mais.
- ...eu conheço você e sei que nunca faria qualquer mal à mim, Remo. Você tem que confiar, me deixar entrar em você e daí você vai entender.
A respiração dele falhou e Remo fechou os olhos. Emme colou sua testa à dele, acariciando sua nuca.
- Eu amo você. Independente do que você faz na lua cheia.
Remo riu e a abraçou mais forte dessa vez, suas costas se arqueando na direção dela, formando um pequeno ninho no qual ela se acolheu.
- Eu amo você mais. Você é incrível. – ele falou depois de um tempo, afastando-se.
But you know, but you know that you
Can't fight the moonlight, no
Emme viu as lágrimas no canto dos olhos dele e secou-as com as pontas dos dedos delicadamente, acariciando o maxilar dele em seguida, sorrindo. Então ficou na ponta dos pés, abraçando-o de novo, dessa vez menos intensamente. E distribuiu beijos pelo seu pescoço, até chegar na orelha e colar seus lábios lá para falar:
- Se quer saber, mesmo, eu até acho tudo isso sexy.
Remo riu pelo nariz, acariciando seu cabelo.
- Pare de brincar com isso, garota... – repreendeu rapidamente antes de descer a mão para a cintura dela.
- Sério. Você já era o cara mais sexy que eu já tinha conhecido, agora você virou o cara mais sexy que eu vou conhecer durante toda a minha vida.
- E havia por acaso alguma possibilidade de isso não acontecer? – a voz dele estava meio sufocada, no meio do cabelo dela.
Emme riu alto, deliciada pela sensação de ficar tão perto dele.
- Eu sou muito sexy. – ele falou brincando, com uma careta de egocêntrico.
- Ok, senhor Black. – ela teve tempo de falar antes de receber cócegas enquanto ele ia falando:
- Hei... não fale assim... do meu amigo... ok?... eu sei que ele é um idiota... que se acha, mas... ele só tem problemas mentais, coitado!
Quando conseguiu parar de rir, com lágrimas nos olhos, encontrou aquele sorriso maravilhado que costumava flagrar nos lábios de Remo na direção dela. Ela sorriu de volta, pensando na tamanha sorte que tinha por ter encontrado alguém tão gentil e carinhoso como ele. E não esperou nem um segundo mais para aproximar-se de vez e puxá-lo pela camisa para beijá-lo com ferocidade porque, ah, sim, ela já estava com saudades de sentir aquelas mãos passeando por seu corpo enquanto os lábios se moviam contra os dela num ritmo perfeito e inebriante.
Ele mordeu seu lábio inferior enquanto ela abria os botões de sua camisa para passear os dedos ali, e gemeu baixinho quando estes foram parar abaixo do seu umbigo, logo acima.
- Você só pode estar querendo me deixar louco, certo?
- Hm, Remo – Emme fez questão de encostar os lábios em seu ouvido: - Eu não sou assim tão má.
- Ah, você é, sim. – ele grunhiu, erguendo-a pela cintura e enchendo seu pescoço de beijos.
Ela riu pela pressa dele, mas toda a graça dissipou quando ele foi abaixando os beijos, junto com a sua sanidade.
You can't fight it
It's gonna get to your heart
Lílian deu um cutucão suave no braço de Emme. Já era a terceira vez naquela noite, e ela sabia o que aquilo significava. Dorcas estava tentando atacar Remo na pista de dança novamente. Ah, céus. A loira passou as mãos pelos cabelos e deu uma boa olhada à sua frente. a pista estava cheia de gente de todas as Casas de Hogwarts que dançavam e bebiam, envoltos por uma fumacinha de festa que Sirius havia conseguido providenciar em algum lugar. Falando em Sirius, ele havia conseguido milagrosamente beijar Marlene naquela noite – elas não sabiam se a amiga estava bêbada, mas depois conversariam para conferir. Emme só sabia que olhá-los naquela noite era perceber romance no ar, quase palpável – e aquilo a deixava feliz, porque de alguma maneira, parecia diferente para Sirius. Enfim, mais à esquerda estava o som, onde James selecionava as músicas com a ajuda de Frank, e ali perto também estava a caixa de bebidas literalmente transbordando de cervejas amanteigadas. Isso era só para os convidados. Os vip – como Sirius dizia – podiam desfrutar dos prazeres dos whisky de fogo e da vodka alemã que havia atrás do som.
Então ela encontrou quem queria. Remo havia passado boa parte da noite conversando com James ou Frank por ali, e vez ou outra Dorcas aparecia. Bem, não era por menos, eles haviam terminado outra vez. Agora por um motivo muito mais nobre, e pensar nisso fez Emmeline sorrir torto. Lá estava Dorcas, parecendo insistir a Remo que dançasse com ela, mas ele apenas sorria e negava qualquer coisa que ela falava.
Emmeline sorriu mais abertamente ainda.
- Sinto cheiro de que alguém vai marcar finalmente marcar território? – Lílian perguntou, entusiasmada.
- Você sabe que eu vou, ruiva – ela piscou para a amiga antes de ir até eles.
Ela bem que pensou em parar e dar um tapa no rosto de Dorcas pela traição fajuta, mas decidiu fazer algo com mais classe. Passou reto, encarando Remo, que parou de falar qualquer coisa para a garota à sua frente e ficou meio boquiaberto, e isso fez Emme sorrir enquanto pegava uma cerveja na caixa.
Ela a abriu enquanto ia na pista, fazendo questão de ficar bem no campo de visão de Remo, e começou a dançar sozinha, passando as mãos pelos cabelos e mexendo o corpo conforme a música pedia. Aquilo era inebriante. Ela sorriu para uma das garotas que ela conhecia da Lufa-Lufa que estava ali perto e virou-se para ver: sim, Dorcas já havia perdido completamente as esperanças de convencer Remo, e havia cruzado os braços, encarando-a ferozmente ao mesmo tempo em que dava olhadelas para o seu objeto de desejo.
No matter what you think, It won't be too long (not too long)
Till you're in my arms
Primeiro ele pareceu totalmente hipnotizado, e ela riu, rebolando até o chão e voltando. Isso fez com que ele puxasse a gola da camisa, como se de repente estivesse sentindo muito calor. Ele olhou para os lados, tentando disfarçar, e Emme virou a garrafinha nos lábios, dançando mais ainda, dando uma volta no próprio eixo bem devagar.
Então, antes do tempo que ela estimou, sentiu aquelas mãos quentes em sua cintura, de costas, e sorriu para si mesma.
- Deus do céu, Emmeline. – ouviu ele falar roucamente, o nariz perto do seu ouvido, e continuou dançando mesmo assim, dessa vez com uma mão segurando a dele em sua cintura e a outra para cima de modo que segurasse sua nuca.
Remo dançou com ela por alguns minutos, até que ela se virou de frente e sorriu pra ele, que respondeu.
- Já cansou de me torturar ou vai continuar com isso a noite toda? – perguntou, o nariz muito perto do dela. Emme acariciou o dele com o seu, mordendo o lábio inferior enquanto sorria.
- Vou continuar até quando eu puder – respondeu, aproximando-se o suficiente para sugar o lábio inferior dele.
- Hmmm, então eu vou ter que obrigar você a me tratar direito.
- Você não pode mais me obrigar a nada, Remo querido – ela inclinou-se para sussurrar no ouvido dele – Nós não estamos namorando, não é?
- Mas que diabo, mulher – ele apertou sua cintura, colando-a ao seu corpo – Eu juro que vou pirar por causa de você.
- Como eu quase fiz... ah, sinta na pele.
- Que vingancinha sem coração, Em.
- E eu estou adorando isso – ela o provocou novamente, dessa vez mordendo seu pescoço, e se afastou dele, misturando-se entre as pessoas.
Underneath the star light, star light
We'll be lost in the rhythm so right
Já eram aproximadamente cinco e meia da manhã quando a festa acabou, e Lily ajudava James com a bagunça com feitiços rápidos. Sirius e Marlene haviam sumido há algumas horas. Emme estava sentada em um dos puffs, sentindo que poderia continuar com aquela festa até o meio dia que não ficaria cansada como Lil estava parecendo estar – e pelo que viu quando o quadro girou e alguém passou por ele, Remo também poderia agüentar muito mais. Ele parecia muito enérgico, as bochechas coradas e os cabelos recentemente molhados. Ela ergueu uma sobrancelha ao vê-lo encarando-a enquanto atravessava o salão, sem conseguir definir sua expressão. Na verdade, de longe, sua expressão parecia furiosa.
Mas quando Emmeline aproximou-se dele, que havia se encostado perto das caixas do som, e murmurou no ouvido dele que e encontrasse na Sala Precisa, a expressão dele não mostrava nada além de ansiedade e satisfação. Como alguém que vai receber o que quer depois de tentar muito. Ela disse também pra ele esperar alguns minutos pra ninguém perceber que eles sumiriam juntos – óbvio que isso era impossível, já que o salão estava praticamente vazio – porque ninguém sabia realmente que eles tinham voltado e feito aquele trato...
Mas antes mesmo de alcançar a escadaria, Remo já a havia agarrado pela cintura e a levado de encontro à parede, ficando com o rosto muito próximo do dela. O seu hálito quente a fez suspirar imediatamente e sentir o coração bater muito mais rápido.
- Qual é o problema comigo, Emme? – ele perguntou com a voz rouca, os olhos encontrando os dela por uns segundos e passeando entre seus lábios e rosto enquanto ela ofegava.
- Talvez o problema seja comigo – respondeu brevemente.
- É verdade, talvez seja. Eu te digo que sou um lobisomem horripilante e mesmo assim você me provoca e diz que isso não te afeta...
Emme sorriu torto, subindo as mãos pelo peito dele até seu rosto, onde acariciou por alguns minutos.
- Eu sou problemático por insistir nisso, mesmo sabendo que eu sou perigoso pra você.
Quando notou a hesitação nos olhos dele, ela parou de sorrir imediatamente. Mas não era possível que ele ia novamente propor o término do namoro, mesmo agora que ela já soubesse e ele soubesse também que ela não se importava.
- O problema não é com ninguém. Talvez seja com nós dois, mas isso não importa agora, não é? – a sua voz foi ficando mais doce à medida que se aproximava do pescoço de Remo.
Começou a beijar ali e as mãos dele imediatamente se tornaram mais urgentes em sua cintura. O corpo dele ainda estava tenso e parecia estar lutando contra uma força invisível para agarrá-la de uma vez só, como havia esperado a noite toda para fazer.
- Porque o que realmente importa agora é que nós dois estamos aqui... é fim de festa e... e não é mais lua cheia... – Emme começou a abrir os botões da camisa dele, ainda beijando seu pescoço levemente esticado para ela.
Afastou-se devagar, para apreciar a visão de tortura que ele tinha. Sorrindo, tornou a se aproximar, dessa vez enfiando as mãos por dentro da camisa na altura dos ombros, puxando-o para mais perto, e sugou os lábios dele. No momento em que seus lábios entraram em contato ela sentiu toda a resistência dele se dissipar e seus músculos relaxaram à medida em que a puxava para si, aprofundando o beijo. Se ele não estivesse segurando-a tão firme, Emmeline tinha certeza que suas pernas bambas a levariam ao chão em segundos.
E bem, agora ela já sabia o que fazer quando ele viesse com aquele papo de terminar o namoro. Afinal... ele não podia simplesmente fugir.
Feel it steal your heart tonight
Can't Fight The Moonlight - LeAnn Rimes
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n.a: sim, babies, já pirei e postei a fic sem ninguém ter comentado nem nada. Bom, não tenho muito a dizer. A não ser que isso simplesmente surgiu na minha cabeça (quase a JK, haha) no momento em que eu li a letra da música e eu até me perguntei como diabos nunca ninguém tinha tido uma idéia dessa. Quer dizer, a música não é tão nova assim, e a maioria das clássicas já são títulos e tals... achei totalmente compatível com esse shipper. Pessoalmente eu prefiro Remo & Emmeline à ele & Dorcas ou & Dora, porque, sei lá, dá pra gente inventar ela de toda maneira que quiser. Eu sei que não há muitas informações sobre a Dorcas nos livros também, mas ah, eu prefiro a Emme. E mesmo assim eu ainda misturo o Remo com as D’s em outras fics (autora pouco confusa, há); mas sei lá. Quem leu My Moon sabe do que eu tô falando, né? Ai, pra quem não tinha muito a dizer falou demais. Pra não perder o costume: comeeeeenta, gente, vcs simplesmente não tem idéia de como isso é importante pro autor e pro seu futuro como.. autor. Fim. Beijo, aamo vocês! ♥
p.s: eu não estou conseguindo arrumar os erros de formatação, se alguém desvendar isso, help!
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