Capítulo 5
Bom, gente, sei que fiquei um mês (que ta completando hoje) sem postar, mas foi por motivos maiores do que a minha vontade ><
Espero que gostem, pois desviei um pouco do Harry e do Lacbel :x
Comentem plz ;-; isso deixa os autores felizes - nos fazendo desprender mais tempo para escrever nossas histórias - e não custa nem 1 minuto da sua vida como leitor mandar algo de incentivo, certo?
COMENTEM! xD
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- O que pretende fazer com o garoto? - falou uma voz atrás de Voldemort, desviando a atenção deste da bacia á sua frente, virando a cabeça calmamente para o retrato do antigo diretor, morto no sexto ano de Harry Potter.
- Creio que não vai gostar de saber, Amante de Trouxas. - ele respondera, sorrindo e tornando seu rosto ainda mais distorcido.
- Obviamente que está deixando-o vivo por causa de... - mas fora interrompido, com um gesto ríspido de Voldemort.
- Sejamos cautelosos, meu caro. As paredes têm ouvidos afiados. - havia um ar levemente malicioso em sua voz, seus olhos brilhavam maldosamente – Não quer piorar a situação em que se encontra Lacbel, não?
- Entrarei em seu jogo por hora, Tom, apenas porque não quero deixar a vida de... Lacbel – ao pronunciar essa palavra, havia um toque de ênfase e os olhos azulados se estreitaram. - ainda pior. Mas essa farsa não pode perdurar por muito tempo... São as leis. Uma hora a verdade sempre vem à tona. Demora, mas vem.
- Por isso estou apressando o que desejo, velho tolo. - a voz dele denotava leve irritação. Não gostava quando Dumbledore falava aquele ridículo nome com o qual fora batizado - Quando a verdade vier à tona, tudo já estará perdido e já não haverá mais volta.
- Particularmente, eu sugeriria que tomasse cuidado. Sabe a tempestade que ocorreu após a calmaria. Talvez a morte seja a forma mais gentil de retribuir o que proporciona à... Ele... - os olhos do velho diretor eram sérios e levemente preocupados. O que quer que fosse que tivesse falado, ambos sabiam que era perigoso. E não apenas para Voldemort.
- Eu sei com o que mexo. Apesar desses aurores tolos não terem mentalidade para compreender a magia, eu tenho. E agora que já tenho a parte faltante do meu quebra cabeça... - sua voz terminara de modo sutil, dando já a entender o que faria em seu passo seguinte.
- Achei que pretendia matar Harry Potter. As opções são tão poucas, Tom? - havia um quê até mesmo um pouco debochado em sua voz.
- Matar Harry Potter continua em pé, meu caro. Ele só está tendo um pouco mais de utilidade, antes de fazê-lo. A sorte daquele pirralho foi apenas gostar de fuçar lugares perigosos, o que lhe garante, talvez, algumas semanas... ou alguns poucos meses a mais de vida em meus domínios.
- Vai... - o ar debochado se desvanescera do rosto idoso, para ser trocado por uma expressão de puro espanto e pavor. - Mas isso seria loucura!
- Mas será exatamente o que farei. A morte sempre esteve reservada aos corajosos que se atreveram a desvendar o que há por detrás da capa. - o sorriso cruel de seus lábios dizia tudo – Mas não se preocupe, Amante de Trouxas. Nada vai acontecer... apenas a morte mais rápida de Lacbel. Poderei, desse jeito, alcançar dois objetivos com apenas um plano.
- Pela primeira vez, seus planos me parecem incompreensíveis. Mas uma coisa eu sei. É impossível não desencadear todo aquele poder, principalmente agora que você lhe deu treinamento. Se o que tem em mente der errado, nem que seja minimamente, sabe que estará colocando em risco milhares de vida! - o diretor havia dito meio sibilante – Inclusive a sua... principalmente a sua, pela qual tanto preza.
- Nada dará errado. Nada... - a voz sibilante era convicta e seus olhos vermelhos demonstravam a sua confiança naquele estranho plano que Dumbledore não compreendia. Ainda...
A muitos quilometros dali, no Beco Diagonal...
Uma mulher de estatura mediana observava três cartazes pendurados nas paredes de uma loja com ar natural. Aparentava ter uns trinta anos, com cabelos lisos até a cintura, de um tom loiro escuro, e sua pele era alva. Trajava roupas bruxas comuns, negras, e sentia os olhos dos comensais que, às vezes, observavam suas costas.
Seus olhos, de um azul metálico, passavam pelas figuras que estavam estampadas. A imagem era de três adolescentes, abaixo encontrava-se os seus nomes.
Procurados
Hermione Granger, Harry Potter, Ronald Weasley
Seus olhos pararam sobre o nome "Hermione Granger", sorrindo levemente, meio divertida. Era uma imagem de alguns anos antes, quando ainda cursava Hogwarts, mas, mesmo tendo passado esse tempo, ainda era reconhecível se retirasse o disfarce que utilizava desde que Voldemort começara a ganhar tanto terreno de uma hora para outra e era caçada como uma fugitiva. Fora até drástico demais, tornando a procura pelas Horcruxes, que já era difícil antes, quase impossível.
Então, naquele ano, Harry decidira desfazer o trio, separando-os, para dificultar o reconhecimento dos três, pois todos procurariam por um trio, e não individualmente. Havia também a vantagem de fazerem uma varredura maior e em menos tempo pela localização delas.
Antes da separação, no entanto, para continuarem a manter contato e em segurança, pedira para ela produzir novamente os galeões mágicos - antigamente utilizados para avisar sobre as reuniões da AD. Periodicamente, mandavam mensagens uns aos outros, comunicando as descobertas ou as suspeitas.
Mas a última mensagem de Harry havia lhe preocupado.
"Farei algo suicida, mas não se preocupem comigo. Preciso me aproximar de Você-Sabe-Quem e matar aquela cobra."
Após isso, outras mensagem apareceram, mas apenas para ela.
"Hermione, caso eu não consiga, por favor, poderia procurar uma pessoa para mim?"
"É algo muito importante mesmo. Mandei uma coruja com a imagem de quem procuro."
"Por favor, você necessita encontrá-la, viva ou morta. Não importa como, encontre-a."
"Caso falhe na minha missão, você deve continuar também a destruir as Horcruxes restantes."
No dia seguinte, uma coruja chegara até ela, onde havia apenas uma página de jornal antiga e meio amassada com uma reportagem de um desaparecimento. Pesquisara alguma coisa naquele tempo de desaparecimento de Harry, mas não encontrara nada anormal com a pessoa, para tanto interesse do amigo. Além disso, aquela página de jornal era de 7 anos atrás, quando ainda estudavam. Porque Harry estaria procurando aquela pessoa e agora?
Ao virar-se, deixando assim de encarar os cartazes, colocara a mão no bolso, sentindo o papel velho entre os dedos. Desde aquela última mensagem, Harry não dera mais nenhum sinal de vida. Mas ela sabia que, provavelmente, ele devia estar vivo, pois Voldemort faria questão de pendurar a cabeça dele em uma Praça Pública, apenas para retirar o último fio de esperança da população.
Não era consolador pensar nisso, mas era a prova de que ele ainda respirava.
Seus olhos percorreram o Beco Diagonal. O lugar não era nem a sombra do que outrora fora. Poucas pessoas andavam por ali, silenciosas. Ladeando a rua principal, comensais olhavam atentos os passantes, parando aqueles que se atreviam a encobrir o próprio rosto. Uma garoa fina começava a cair dos céus acinzentados, tornando aquela visão ainda mais deprimente. Era naquilo que se tornaria a Inglaterra, assim que Voldemort conseguisse vencer aquela Guerra?
Com passos calmos, começou a se dirigir à Floreios e Borrões, onde uma pequena placa abaixo podia-se ler "Recrutamento". Hermione sabia que estava para fazer uma loucura, mas não encontrara Harry em lugar algum e temia mandar alguma mensagem para ele através do galeão. E se as mensagens fossem lidas por pessoas erradas?
O único lugar que sobrara para procurar era aquele. Se fosse pensar pelo lado positivo, caso conseguisse infiltrar-se sem ser percebida, estaria no lugar mais seguro para se esconder. Afinal, seria o último lugar onde procurariam uma fugitiva renomada, com direito à cartazes por todos os lados e recompensas para quem a entregasse.
Já havia planejado toda sua falsa vida, desde a época de escola. Falsificara seus documentos e colocara um encantamento em sua varinha para falsificar sua assinatura mágica. Assim, ela também não seria rastreada por comensais que estavam trabalhando no Ministério para encontrar aurores e todas as pessoas que estavam contra Voldemort através de seus feitiços. Rony achava idiota pensar em cada detalhe, mas ela sabia que o menor deslize seria o último que faria em vida.
Ao adentrar a loja, demorara a se acostumar com a parca luminosidade, mas conseguira notar que o aposento estava mais cheio do que supunha. Várias pessoas se inscreviam para o recrutamento de comensais, mas provavelmente vinham através da Rede de Flu, por vergonha do que estavam fazendo.
Percebia-se que a maioria dos rostos que ali estavam pareciam meio abatidos e assustados. Mesmo ela estava sentindo-se apreensiva, mas tinha muitos motivos bem mais preocupantes do que a maioria ali. Das sombras, um comensal aparecera, fazendo-a parar antes de adentrar mais a loja.
- Recrutamento? - sua voz era baixa e até mesmo a assustara quando viera daquele modo furtivo, pois não o percebera ali ao entrar.
Virou-se na direção dele, processando o que havia falado tão de repente. Fez um sinal positivo firme, mas sem falar nada. Ele ficara olhando-a por alguns momentos, antes de começar a explanar como seria feita a inscrição. Parecia, pelo modo natural com que a tratou, que a maioria ali não respondia sim ou não.
Ouviu suas explicações atentamente antes de pegar a fila onde, também, estava atenta à qualquer conversa que poderia estar transcorrendo. Tentava manter-se o máximo possível informada do mundo bruxo, mas sua condição não era propícia para ser muito "xereta".
Poucos trocavam palavras entre si, preferiam manter silêncio e apenas a voz de uma mulher era ouvida, quando falava em voz alta "Próximo!".
Concluiu que com aquele novo "emprego", suas perquisas poderiam ser debilitadas. Não tinha certeza, mas, por via das dúvidas, avisaria Rony do que estava fazendo. Afinal, não sabia se manteriam vigilância sobre ela depois de ter se inscrito.
Poderiam perguntar o porque de não ter avisado Rony antes. Era simples. Ele não deixaria e atrapalharia suas tentativas futuras. Mas se já tivesse feito, não haveria mais volta. Provavelmente iria ficar furioso, mas era um mau necessário, talvez conseguisse dar informações valiosas para a Resistência, como foi chamada a união dos aurores após terem perdido o Ministério da Magia, e a Ordem da Fênix infiltrando-se ali dentro. Mesmo que isso não fosse o principal objetivo, poderia ser feito.
- Próximo! - chamou a mulher, observando-a com olhos atentos e fixos, como se a analisasse.
Aproximou-se, sentando-se em uma cadeira de frente a ela, transparecendo naturalidade. Um interrogatório começou, onde ela respondeu à tudo que pedia. Isso até a mulher lhe pedir para entregar a varinha. Não sabia para quê.
Essa parte não estava entre o planejado.
Assim que entregou sua varinha, a mulher a estendera para alguém logo atrás dela. Foi naquele momento que percebeu que tudo iria por água abaixo. Em meio às sombras, sem que ninguém pudesse ver, havia um homem vendado. Dois comensais estavam ao seu lado, obviamente mantendo-o como um tipo de prisioneiro. Logo reconheceu. Era Olivaras, o vendedor de varinhas, conseguindo reconhecê-lo pelos cabelos prateados, agora meio ralos pelo estresse. Sentiu seu estomago contorcer-se e os músculos enrijecerem, mas manteve em seu rosto as expressões calmas, mesmo que agora elas parecessem meio estáticas.
Observou os hábeis dedos tateando a varinha, verificando-a. Olivaras, obviamente, não precisava ver suas criações para descrevê-las detalhadamente. Logo Olivaras perceberia que acabara de pegar a varinha de Hermione Granger. Mesmo que ele quisesse ajudar, como ele poderia fazê-lo? Claro que em sua ficha dissera pertencer a outro país e decidiu se naturalizar na Inglaterra algum tempo mais tarde. Mas e se ele tentasse mentir algo que não fosse compatível com o que dissera?
- Não reconheço essa varinha. - fora a resposta, em voz muito baixa, que ele dera – Não vendi nada parecido com isso. - para o seu alívio, parecia que Olivaras tinha ouvido o interrogatório e pudera mentir sem hesitar.
Aquelas palavras fizeram seus músculos relaxarem e até mesmo sorrira na direção da mulher. Olivaras não devia ser usado com frequencia, apenas quando achavam um candidato suspeito, como ela. E no território da Grã-Bretanha, Olivaras era o único vendedor de varinhas, o que fazia com que conhecesse cada bruxo que comprara uma varinha em sua loja.
- Muito bem. - a mulher havia entregado sua varinha de volta e depois indicara o fundo da loja. - É por ali, para terminar seu recrutamento.
E assim que havia se levantado, ela já pedia pelo próximo candidato. Caminhou até o fundo da loja, onde um comensal esperava por ela, com ar carrancudo. Ou talvez suas feições já fossem feias daquele jeito por natureza.
- Levante a manga do braço direito. - ordenara rispidamente assim que se aproximou.
Agora era finalmente comprovado que tinha se tornado uma comensal, assim que erguera sua manga, deixando seu braço nu à frente dele, deixando-o que ele desenhasse a marca com sua varinha sobre o seu braço. Ardera bastante, mas mantinha uma expressão simplesmente concentrada enquanto aguentava a dor.
- Sua ficha será mandada para o Lorde das Trevas e, caso você tenha muita sorte, você será convocada a presença dele. - ele sorrira de modo torto em sua direção. "Ou caso eu tenha muito azar" ela pensara, assim que fora deixada com mais algumas informações sobre o que ocorreria nos próximos dias.
Pronto, aquele passo estava dado na busca por Harry. Se Voldemort o havia capturado, saberia de algo através das fofocas que provavelmente deviam rolar entre os comensais.
Quase um dia completo havia se passado e aquela ardência de quando fora marcada ainda doía-lhe a parte de cima do braço. Escrevia, através do galeão mágico, sobre o que fizera para Rony. Estavam tendo uma discussão fervorosa e sabia que ele ficaria chateado por dias à fio, mas ela não tinha dias para esperá-lo melhorar.
Ela precisava deixar todas as suas pendências que sabia não poder seguir em frente agora que tinha se transformado em comensal. Mandou a reportagem da menina desaparecida para ele, sem nem mesmo se importar se acabariam por interceptá-la. Não havia mandado com destinatário, pois a própria coruja sabia para quem estava mandando, e seu conteúdo era apenas uma página velha de jornal. Provavelmente, foi a mesma coisa que Harry pensou ao mandar para ela.
Apenas depois de dois dias, quando ela teve certeza que não estava sendo vigiada, mandara uma carta, codificada e com feitiços anti-decodificação, para Rony, explicando suas descobertas e pedindo, gentilmente, para que continuasse suas pesquisas e mandasse mensagens se precisasse de ajuda ou alguma dica de onde procurar.
Sabia que Rony entenderia quando recebesse. Só esperava que ele colaborasse, ao invés de fazer a infantilidade de mandar-lhe uma mensagem via galeão falando que aquilo era problema dela por ter escolhido se transformar em comensal da morte. Mas não ficaria admirada se recebesse isso...
Seus primeiros dias como comensal da morte eram enfadonhos, sempre convocando-os para fazer coisas banais como roubos, arrombamentos e certo caos em alguns locais. Isso até eles decidirem fazer um treinamento à sério com os novatos e ver o quanto eles sabiam obedecer ordens. E ela viu sua vida complicando.
Ela e mais 11 novatos haviam aparatado em uma praça deserta àquela hora da noite. Observava como eles estavam apreensivos, mas as ordens recebidas a menos de 5 minutos eram bem claras.
"Precisamos de Matthew Bricmon. Tragam-no vivo. O restante deve ser morto."
Deram o endereço num papel escrito à mão para ela. Não sabia exatamente porque eles pareciam tão confiantes em confiar a liderança deles a ela, mas tinha alguma noção de que aquilo significava algo. Só não sabia se positivo ou negativo.
- Todos leram? - ela perguntou de modo ríspido e frio, enquanto encarava cada capuz. Observou as mãos deles, enquanto passavam os papéis. Tremiam com tudo. Eles nunca deviam ter matado em suas vidas.
- Vai ser bem simples. Dois de vocês ficarão aqui fora, para não deixar ninguém escapar. Quem se candidata? - ela poderia dizer que nem mesmo se reconhecia enquanto falava, parecendo um general.
Vários ergueram as mãos.
- Quantos covardes... - ela resmungara de mau-humor, enquanto simplesmente indicava aqueles que queria que ficassem na porta. - Vocês foram os escolhidos. O restante vai vir comigo para dentro da casa.
A tremedeira deles era praticamente perceptível agora. Aquela não seria a primeira morte que ela produzia. Para sobreviver como fugitiva, atacar ao invés de defender não era uma opção, era uma obrigação. Virou-se em direção onde deveria estar a casa onde indicava o endereço.
E lá estava a casa.
- Vamos devagar. Usem feitiços desilusórios em si mesmos. Não podem perceber nossa aproximação antes de atacarmos.
Assim como ordenara, em silêncio, todos produziram seus próprios feitiços desilusórios. Então, ela sussurrou, pois sabia que aquilo seria um desastre se tentassem matar logo de cara.
- Estuporem. Depois, nós matamos. - e sentiu o alívio de muitos às suas costas, enquanto começavam a avançar. Revirou os olhos, enquanto se aproximava.
Observava as janelas atentamente, mas parecia não haver nada. Parecia... Não podia ter certeza. Arrombou a porta, abrindo-a vagarosamente e adentrando na frente, logo sendo seguida pelo resto.
Silêncio. Era um sinal de perigo.
Num reflexo, ela protegeu-se de uma azaração. Fora o estopim para a batalha. Era habilidosa em duelos com mais de um, pois os comensais só vinham aos bandos, como, na verdade, faziam naquele momento. E foi sorte ela estar entre eles, pois se não estivesse, com certeza estariam perdendo feio.
Seus feitiços eram poderosos e, se não fossem desviados com frequencia ou bloqueados, eram extremamente certeiros. Seus reflexos eram rápidos e conseguia processar as informações do que ocorria à volta com rapidez e decidir-se com ainda mais agilidade.
Sentia-se um pouco hipócrita, enquanto lutava contra os poucos aurores que ali estavam, quando ela deveria lutar ao lado deles. Mas ela havia mudado de lado, para encontrar Harry. As vidas deles eram importantes, mas com a morte de Harry tudo estaria acabado. Toda a resistência que estavam fazendo contra Voldemort iria morrer junto a Harry. A lenda não podia morrer, esse era o principal objetivo.
Após quase 10 minutos de luta, os aurores finalmente haviam sido nocauteados ou feridos gravemente, mas sobraram poucos em pé dos comensais que trouxera, que também haviam sido feridos. Os dois que sobraram em pé, ofegantes com a batalha, chamara para matar os aurores, enquanto procurava pelo tal de Matthew Bricmon.
- Se eu voltar com Bricmon e não os tiver matado, vão se ver com a minha pouca paciência. - ameaçara, enquanto dava as costas aos comensais, que pareciam estar prestes a ter um colapso nervoso.
Primeiro, subira as escadas. Nada encontrara, além dos quartos onde eles dormiam. Mas, como sempre, gostava de saber se não havia informações ali. Não, todas as cartas que recebiam eram queimadas e qualquer informação que tinham deviam estar na própria mente deles.
Voltou para o andar térreo, indo em direção ao porão, ignorando completamente os dois comensais, que, ainda, para o seu aborrecimento, não haviam retirado a vida de ninguém.
Chegando ao porão, descobriu que Matthew Bricmon era um comensal que estava sendo mantido prisioneiro. Pelo estado lastimável, devia estar sendo torturado para tentarem extrair informações. Não imaginava isso, mas tinha uma idéia de que ele devia estar morto, assim que entregasse para os seus superiores.
Libertou-o, percebendo-o acordar de um sono leve e olhar para onde deveria ser o seu rosto com um ar de espanto. Logo após, pareceu apavorado. Aquilo era a certeza de sua sentença de morte.
- Não parece que lhe trataram com muita gentileza, Bricmon. - sua voz era levemente debochada e perversa. Fazia um bom tempo que ela perdera seu ar pacifista, para compreender que o mundo era violento. Indiferença era o único método de não enlouquecer.
- Eu não contei nada. Eu não queria ter contado nada! Eles me obrigaram! - o tom apavorado desmentia descadamente aquelas palavras.
- Vamos ver o que os meus superiores acham disso. - dissera dando de ombros e nocauteando-o, pois sabia que ofereceria resistência para ser levado.
Levitou o corpo e convocou a varinha dele, recebendo-a em poucos segundos. Subira as escadas e, para sua mais completa fúria, eles não haviam feito nada do que ordenara. Tinham chamado os dois comensais que deixara na porta para ajudar a curar os companheiros feridos.
- Richardson. Evans. - ela havia chamado, fazendo ambos erguerem as cabeças. Os dois comensais que haviam sobrado em pé. - Venham até aqui.
Ambos estremeceram, entreolhando-se por alguns instantes, mas se aproximaram, para um canto, ela ainda carregando o comensal dedo-duro. Se estivesse sem o capuz, haveria uma carranca das mais furiosas estampando seu rosto, mas eles não puderam ver isso.
- O que eu ordenei para vocês, quando fui buscar Bricmon? - ela perguntara com a voz carregada de fúria.
- Matar os aurores... Mas, srta Lavransdatter, nossos companheiros... - ela os interrompera, de modo ríspido.
- Eles podem ser curados mais tarde. Richardson, se nós não cumprirmos ordens, seremos eliminados. É isso o que acontece: ou nós cumprimos as ordens ou não prestamos e devemos ser eliminados igual à lixo. Então, escolha. Ou eles ou nós. - sua voz era ríspida e aborrecida, enquanto indicava com a cabeça para eles irem até os aurores e terminarem o serviço.
Chocados, ambos perceberam que não haveria escapatória. Eles teriam de matar se quisessem sobreviver. Com relutância, foram até os aurores desacordados e, com lágrimas nos olhos, eles mataram um à um. É, fora chocante também a primeira vez que ela tivera de fazê-lo.
Ajudara a curar os feridos, para que estes pudessem pelo menos aparatar para o local combinado.
Assim que chegaram, já havia alguém os esperando. O comensal que os esperava estava sério, erguendo uma sombrancelha ao ver que quase 2/3 do grupo estava ferido, mas sorrira ao perceber que ela estava inteira e praticamente intacta.
- Trouxe Bricmon? - ele perguntara assim que haviam se aproximado, alguns deles sendo apoiados pelos mais inteiros.
- Aqui está. - respondera friamente, jogando o corpo dele aos pés do outro com desdém e desprezo.
- Hum, muito bem. Mataram todos? Verificaram a casa?
- Eles mataram, enquanto eu verifiquei a casa. - ela havia indicado Richardson e Evans, que estavam praticamente logo atrás dela - Mas não havia mais ninguém.
O comensal sorrira, completamente satisfeito.
- A senhorita tem um ótimo potencial de liderança, srta Lavransdatter. Creio que isso possa ganhar pontos extras com o Lorde das Trevas, quando mandarmos a sua ficha com essas observações. Você, junto a Richardson e Evans, passaram no teste. Quanto aos outros... Terão de fazer um novo. - os olhos dele eram ameaçadores ao encarar os 7 integrantes feridos. Os outros dois intactos eram, como ela soube desde o começo, e que não queria que interferissem, comensais experientes que estavam ali para analisá-los.
Hermione simplesmente sorrira, com ar confiante, típico de um comensal convencido. Fora proposital fazê-lo, pois seu disfarce dependia também da sua atuação. Adquirir a confiança das camadas mais altas de comensais era um objetivo que queria alcançar, assim receberia com mais facilidade informações mais concretas, não apenas boatos.
"Eu espero que consiga te achar a tempo, Harry... Espero mesmo..." ela pensava, assim que foram dispensados.
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Morais, aqui está... espero que você goste do jeito que fiz a Hermione, não sei exatamente se está do seu agrado, mas fiz o melhor possível ;D
Biank, acho que nesse capítulo acabarei por te torturar um pouco mais... ii provavelmente devo estar mexendo muito com a sua curiosidade xD
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