Um



   #Capítulo 1  - A questão da amizade


   jay
 
 
Narrado por: James Potter



Estava escuro. Muito mesmo. E não via nada a mais de um palmo na minha frente. Sinistro, foi a palavra mais inteligente que eu murmurei. Andei mais um pouco, tocando a ponta do pé antes de pisar, pois realmente não via nada. Um vento estranho e gélido pairava pelo local estranho, fazendo-me arrepiar e cruzar os braços no peito e esfregar as mãos nos braços para acalmar os pêlos. Algo me dizia, lá no fundo, que era para eu continuar andando.


Acho que depois de uns minutos, ou horas, não sei ao certo, ouvi algo que não era o som dos meus passos e nem o som da minha respiração. Era baixo e abafado. Andei mais um pouco e apurei meus ouvidos. O som estranho foi, aos poucos, se tornando um gemido fraco. E aquela vozinha lá dentro da minha cuca me dizia para continuar andando, além do sentimento estranho de medo.


Baguncei mais os meus cabelos, enquanto andava. Aquilo estava ficando muito cansativo e eu estava prestes a me sentar ali mesmo, mas aquele gemido baixo me instigava. E foi ficando mais alto e mais alto. Não era um gemido de prazer ou algo assim, era de dor. E eu conhecia ele, de alguma forma.


Um grito alto e estridente me fez pular onde estava meu coração batendo a mil e minha mente esmagando meus pensamentos. Corri para qualquer direção, tropeçando em alguns lugares, mas eu não tinha interesse de saber em quê, por que aqueles gritos eu realmente conhecia.


Foi quando uma luz ofuscante surgiu de algo acima de mim, fazendo-me tapar os olhos com as mãos e retroceder um pouco. Pisquei forte algumas vezes, obrigando meus olhos a se acostumar com aquela claridade, por que precisava saber o que estava acontecendo.  E vi.


No meio do escuro, a luz branca apontava para um lugar. A silhueta de uma mulher foi se materializando aos poucos, enquanto eu me aproximava. Ela estava no chão, com as costas meio arqueadas, gemendo alto. Seus cabelos longos e vermelhos estavam esparramados no chão verde, todo molhado. Portava um vestido prateado, o que ela usou na formatura de sua mãe, este um pouco sujo e rasgado nas pontas. Corri meus olhos para seu rosto, torcendo realmente para não ser ela.


No minuto seguinte, estava ajoelhado a seu lado, tentando tocá-la, mas os ferimentos do rosto e colo dela me intimidavam. Eram marcas roxas e outras feridas que sangravam bastante. Passei a mão no cabelo dela, levando meu braço para debaixo de sua cabeça, para depois levanta-la e coloca-la no meu colo.


- Lily, meu Deus, o que houve? –perguntei, tentando levanta-la, mas ela fazia força contrária. – Lily, você precisa...


- Jimmy – ela gemeu baixinho. Toquei as bochechas sujas dela, fazendo-a sorrir um pouco.


- O que houve? – perguntei de novo. Ela abriu a boca três vezes, mas não saia nem um som, apenas o sussurro do apelido que ela me dera quando tínhamos dez anos. Momentos depois, um ganido estranho saiu por sua garganta, fazendo-a fechar os olhos com força, liberando lágrimas. Entrei em desespero.


- Lily! Lily, por favor, abre os olhos! – pedi, dando cuidadosas batidas no rosto dela que estava mais branco que o normal. – Lily!


Mas ela não abria os olhos. E seu corpo foi amolecendo rápido nos meus braços junto com a respiração que se tornava pausada e logo escassa. Não sei o que deu em mim, juro que não sei. Primeiro, eu estava chorando, coisa que eu nunca faço, mesmo que seja pela minha melhor amiga. Segundo por que... Sei lá, num momento de puro desespero, eu a beijei. Não foi algo ''Ah, meu Deus, James, você pegou sua melhor amiga quando ela estava morrendo'', não. Foi mais um ato protetor ou despedida, sei lá. Só sei que não sei o que deu em mim.


Ela deu um ultimo suspiro, que eu não sei se era pelo fato de ainda estar dando pequenos selinhos nos lábios dela ou por ainda estar lutando por ficar viva, e parou de respirar.


O susto que levei foi o suficiente para cair da cama quando o despertador gritou. Soltei um palavrão, me sentando no chão e dando um tapa no aparelho. Respirei fundo, passando a mão nos cabelos e gemendo com o provável hematoma que ficaria na minha bunda. Deitei na cama de novo, mas não queria dormir. Não ia conseguir. Tivera o segundo pior pesadelo da minha vida, sendo que o primeiro foi quando sonhei que tinha virado o Sirius.


Meus olhos foram, automaticamente, para a janela do meu quarto. Eram cinco e meia da manhã ainda e eu tinha que correr para o banho, pois às seis e meia tinha que está no colégio para minha detenção, estranhamente marcada antes dos horários escolares. E eu realmente não me importava de ainda ser cinco e meia da manhã, quando joguei uma pedra, que estava no meu arsenal em cima da escrivaninha, na janela que ficava rente a minha.


- Vamos lá, Lily – pedi, pegando mais um pedra.


Foram necessárias cinco pedras para que a figura terrivelmente sonolenta da Lily aparecesse com uma cara de poucos amigos na janela. Dei um sorriso sacana para ela, que apenas bufou.


- Ultimo pedido antes que te mate? – ela murmurou, prendendo os cabelos num rabo de cavalo frouxo. Mordi o lábio inferior, enquanto me debruçava no parapeito da janela, tirando remela dos olhos.


- Tive um pesadelo horrível – respondi. Ela levantou uma das sobrancelhas, num gesto que ela faz que eu odeio, por que simplesmente não sei fazer, demonstrando incredulidade.


- E, tipo assim, era necessário me acordar? – ela gritou baixo, seu rosto ficando vermelho. Eu ri de novo.


- Foi com você – murmurei, passando a mão nos olhos. – E você morria.


- Hm, interessante, aí você joga dezenas de pedras na minha janela, me acorda as cinco da manhã, só para se certificar que eu estou viva? – odeio quando ela parte para o lado sarcástico.


- Também – ela colocou a mão na cintura e, não dava para ver, mas com certeza, estava batendo o pé freneticamente. – Estou sem sono.


Ela soprou a franja, impaciente, antes de me oferecer o dedo médio e fechar a cortina. Eu gargalhei baixo e joguei outra pedra na janela dela.


- O que foi agora? Potter, eu quero dormir! – sabia que estava abusando da paciência dela. Uma das lições que aprendi em sete anos de amizade com a Lily é nunca provoca-la o suficiente para que ela coloque a mão na cintura, que indica perigo - não, muito perigo - senão você não vive o suficiente.


- Cinco – disse, coçando a nuca.


- O quê? A quantidade de meninas que você pegou ontem?


- Não, seis. Foram seis.


- Parabéns – ela murmurou, puxando a barra da cortina.


- Seis pedras e não dezenas – falei, rindo triunfante quando ela me deu língua, disfarçando um sorriso.


Bem, ela estava viva. Quem não ia durar muito era eu se não a deixasse em paz ou se não chegasse à escola nos próximos quarenta e cinco minutos.

*


St. Bordings não é muito longe da minha casa, se você for de carro. No entanto, como fiquei em detenção por uma semana, meu pai tirou o meu carro de mim e me obrigou a pegar ônibus ou metro para ir ao colégio. O que é algo totalmente... Bom. Quero dizer, ir de carro é muito mais cômodo e etc. e talz, mas de metrô você conhece três, exatamente, três meninas diferentes por dia. O que dá uma calibrada no numero de meninas que eu beijo por semana.

De modo que, cheguei cinco minutos atrasado e ainda levei bronca da tia Minny – apelido carinhoso à Minerva – o que me deixou consideravelmente irritado. Eram seis e trinta e cinco da manhã e eu estava fazendo cinco atividades a mais por causa do infeliz do Snape que me dedurou. E, é mais que óbvio que da próxima vez que colocar laxante no suco dele, vou acrescentar uma dose de ameaça. E, o Sirius me paga.


As aulas começam as sete e meia e eu ainda tinha quase uma hora para fazer trocentas atividades que eu demorei só trinta minutos para terminar. Ainda tinha bastante tempo para planejar uma vingança contra o Sirius, que é meu melhor amigo, mas ele não pensou nisso quando saiu correndo na hora que eu ia envenenar o Snape com laxante.


- E aí, Jay, boa detenção? – Remus perguntou, quando o encontrei na porta da sala de Inglês, que fica perto da sala de Química, minha primeira aula do dia. Minha resposta foi um dedo.


- James do meu coração, como está? – Sirius chegou, logo atrás de uma Lene irritada. Entenda, o Sirius diz que ama a Lene, o que eu, particularmente, não acredito muito, já que ele fica com um monte de meninas o que deixa a morena mais irritada.


A vontade de atacar meu melhor amigo foi quase o tamanho da vontade que eu tinha de vingança. Porém, não dava o mesmo sabor, e por isso o respondi com outro dedo levantado.


- Você me paga, Six – murmurei, quando sentei do lado dele nas cadeiras brancas do laboratório. Remus já tinha ido para aula de Inglês com a Lene e Dora devia está esperando a Lily para a aula de Literatura.


 


 


                                                           



    lils
     
N
arrado por: Lily Evans

Eu estava horrível. Tanto que peguei qualquer roupa do closet e vesti, sem pressa alguma. Odeio segundas. Ainda mais do porre que levei ontem. Meu cabelo parecia ter brigado com ele mesmo e a única solução foi uma trança mal feita, com algumas mechas domáveis caídos na frente. Vesti minha calça jeans, All Star e minha camiseta verde do lado avesso que só fui perceber quando tinha entrado na escola. (N/A: isso já aconteceu comigo, abafa ¬¬). Ainda bem que estava de casaco.


Encontrei a Dora na entrada da sala de Literatura, com uma cara de dar medo.


- Remus não fala mais comigo – ela resmungou, cruzando os braços, juntos com os livros, no peito. Revirei os olhos. Só Dora não via que o Rem era louco varrido por ela.


- Você começou – revidei, sentando na cadeira branca, de frente para o quadro. Ela sentou do meu lado, soltando alguns palavrões.


- Ele que é um idiota. E, por favor, Lily, ele é um Maroto.


- Faz sentido – cocei o canto da testa, sorrindo disfarçadamente, senão Dora me atacaria.


O nome estúpido foi o Six que deu a eles mesmos, depois que ele ouviu uma menina dizendo que eles sorriam marotamente. Não pergunte, por favor.


A professora Linn chegou minutos depois, escrevendo algumas coisas no quadro. Dora não fazia nada, apenas suspirava e mudava de posição na carteira e eu ria. Estava aparentemente concentrada, mas não entendia merda nenhuma do que a professora falava. Para começo de conversa estava mal, mas ninguém sabia disso. As imagens da noite anterior vieram na minha mente como banho de água fria.

>>> Flashback on <<<


James já estava beijando a quarta garota naquela noite e pretendia não parar por ali. Sirius tentava chamar Lene para dançar e Remus dançava com Anne, mas olhando de forma preocupada para Dora que apenas enchia a cara no barzinho. Lily olhou mais uma vez para o cara que dançava, franzindo o cenho e tentando lembrar do nome dele. Rick, Rils, Rob... Não tinha mesmo como lembrar. Por seu ombro, viu James beijando desesperadamente Kris e depois saindo para conversar com Sirius. Abaixou a cabeça, seu olhos lacrimejando de forma rápida. Fechou os olhos, encaixando sua cabeça no pescoço do garoto, tentando ou não ver a próxima garota que ele agarasse ou numa tentativa de esconder a vermelhidão de seu rosto.


- Está tudo bem, Lily? – o cara perguntou, se afastando.


- Eu vou ao banheiro – ela murmurou, sorrindo fraco para ele e se dirigindo ao canto esquerdo do bar.


A música estava alta e as luzes estavam prestes a deixá-la tonta. Suspirou mais uma vez, passando pelo lavabo e entrando na porta que indicava damas. Retocou a maquiagem, arrumou a postura e colocou seu costumeiro sorriso de feliz no rosto. Está tudo bem, repetiu a si mesma, enquanto saia do banheiro.


Parou de uma vez só, se escondendo atrás da palmeira do canto do lavabo quando ouviu seu nome ser pronunciado por uma voz conhecida.


- Ela está bonita – disse Sirius, tomando mais algum líquido vermelho.


- Ela é – Lily corou e sorriu bobamente com o comentário.


- Acho que vocês combinam, Jay.


James sorriu incrédulo para ele e balançou a cabeça, tomando mais ponche.


- Não dá. Eu não tenho coragem.


Lily acompanhou Sirius e franziu o cenho, este gargalhando.


- Como assim? Meu Deus, cadê o James Potter?


James corou um pouco e respondeu:


- Gosto da Lily. Mesmo. Mas, não sinto atração por ela. – ele se aproximou mais e sussurou no ouvido do amigo – Não tenho desejo por ela, como sinto com as outras, entende? Ela é só minha amiga.

  >>>Flashback off<<<


***


Balancei a cabeça, distraída, como se quisesse expulsar aquelas palavras. Doía. Tudo bem, ele me chamara de bonita e isso quase fez com que eu ganhasse o resto da semana, mas ele não me desejava da forma que eu luto anos para fazer com que ele me desejasse. Sou bonita, mas não atraente. E isso não é exatamente bom, por que eu sei o tipo de meninas que o James gosta. E, com certeza, não sou eu.


- Aspirina. Preciso de uma aspirina – Lene disse, quando pegávamos nossas bandejas e nos encaminhávamos para a mesa de canto. – Minha cabeça vai explodir.


- Se fosse só a sua... – Dora murmurou, tomando o leite da caixinha e ficando com uma patética barba branca em cima dos lábios. – Não dormi nada essa noite.


Eu não sou muito chegada em sanduíches naturais e hoje era dia de sanduíches naturais, por isso apenas comia em silêncio a maçã servida. Olhei pelos ombros de Lene, que estava na minha frente, e vi os meninos conversando com as chealanders estúpidas que riam exageradamente alto para que o pátio inteiro ouvisse. Entendam, somos amigas dos Marotos, mas fazemos questão de não nos igualarmos às pessoas com quem eles andam. Decisão nossa, pelo simples fato de que eu não agüentaria ver o James beijando trocentas meninas, assim como a Dora e, por mais que diga que não se importe, a Lene também.


- Lily? – Lene balançava a mão na minha frente – Terra chamando Lily.


- Oi – disse, sorrindo para ela. Dora e ela franziram o cenho, me olhando com atenção, meio que perguntando o que havia acontecido comigo. Claro, que eu não ia contar o que ouvira na noite anterior, não ali. Na nossa mensal festa do pijama – que seria no sábado – eu contaria. Precisavam pensar se aquela conversa era boa ou não o suficiente para, ou entrar em emice crônica, ou em alegria retardada.


- O que foi? – Dora perguntou, jogando os cabelos rosa para trás. Ela perdeu uma aposta e teve que pintar o cabelo de rosa choque. Além de dormir uma semana lá em casa por que o pai dela quase surtou.


- Ah, nada. Só não dormi bem também – disse, mordendo a maçã – O James me acordou as cinco por que teve um pesadelo comigo.


- E qual foi? – os olhos negros de Lene brilharam de excitação como sempre brilham quando eu coloco James e Lily numa mesma frase. Ela apostava as fichas que ficaríamos juntos um dia. É, um dia. Próxima encarnação talvez, a que eu vou virar a mulher melancia.


- Sei lá – dei de ombros, fingindo um desinteresse que eu realmente não tinha. – Na casa da Dora?


A de cabelos pink parecia em outro mundo. Acho que não estávamos de bem com a Terra hoje. Seus olhos estavam vidrados na mesa que eu acabara de ignorar, provavelmente praguejando a menina que conversava animada até demais com o Remus, este sorrindo forçadamente. Não conheço o Remus e o Sirius muito bem – eles entraram no colégio ano passado – mas sei o tipo do Remus e também sei que ele gosta mesmo da Dora. Só que o fato dele ser um Maroto complica a reputação dele para ela.


- O quê? – ela perguntou de forma abrupta.


- A festa do pijama, dããã – Lene disse, revirando os olhos. – Lá em casa não dá. A peste da Stella vai fazer uma festa.


Olhei de novo pelos ombros da Lene e vi a irmã dela quase no colo do Sirius. Elas eram meio parecidas, no físico, se não fosse o fato da Stella ser muito magra, quase anoréxica. Ela é – ou tenta – ser uma das chealanders.


- Lá em casa, então – Dora respondeu, jogando o sanduíche com força na bandeja – Preciso ir à biblioteca. – e saiu.


- Eu hein – murmurei, voltando meus olhos para a bandeja da minha frente. Eu e Lene conversávamos calmamente, dando o tempo necessário para que Dora se acalmasse e voltasse, pois sabemos muito bem que nunca se deve ir atrás dela quando ela estiver zangada. Lene parecia mais abatida que o normal, mas ela disse que aquele assunto não era uma boa hora.


- LARGA MINHA NAMORADA, SEU IMBECIL! – não sei por que eu ainda viro para saber com quem o Eliot está falando...


- James – murmurei, me levantando e pegando minha bolsa. Lene tentou segurar meu braço, mas eu sabia que só eu conseguiria segurar o James quando ele provocava e começava uma briga.


Atravessei o pátio, meus olhos grudados nos de Sirius pedindo a ele que o segurasse, mas Remus já fazia isso. A idiota da Kris olhava dele para o namorado, disfarçando o riso. Mark segurava o Eliot, mas eu sabia que não conseguiria por muito tempo. Elliot Runs era um daqueles caras bem mais fortes que o James – não que ele fosse propriamente fraco, não com aqueles músculos – e que faziam futebol na escola, mas que se acham a bala que matou Jonh Lennon. Ele tem o grupinho infame dele que só conversam sobre bombas e exercícios de academia.


- James, por favor – ouvi o Sirius murmurar, quando ele tentou se desvencilhar e partir para cima do Elliot que começava a falar um monte de besteiras.


- James – tentei, barrando-o colocando a mão no peito dele –, você já está de castigo, por favor.


- AH, JAMES, VOCÊ NÃO TEM CORAGEM, MARIQUINHA? SÓ QUER SABER DE PEGAR AS MENINAS DOS OUTROS? NÃO SABE ACHAR UMA PARA VOCÊ?


- E VOCÊ SÓ SABE PEGAR O RESTO, É? – Oh, Gosh, isso ia dar em merda. Kris arregalou os olhos verdes, colocando a mão com unhas em vermelho-sangue na boca. Bom, o James em parte estava certo. Me pus entre eles dois quando vi o rosto de Elliot ficar mais vermelho do que poderia.


- Êpa, êpa, êpa, vamos parar por aqui – gritei, esticando as mãos como se indicasse leste e oeste. Sirius e Remus me olharam assustados e eu apenas mandei que eles continuassem segurando o James – Estamos num colégio e vamos respeitar isso! – virei-me para o James que bufava e murmurei: – Potter, venha aqui!


Make tirou Elliot de lá, com certa luta, digo. Kris ficou tremendo os beiços rosados como se fosse chorar, mas sabia que espalharia aquela briga pelo colégio inteiro em menos de duas horas. Sirius e Remus levaram James para fora do pátio, no jardim da escola. Eu os acompanhei, pisando duro e irritada. Por que, qual é, a Kris já foi pega pela população masculina de quase toda Londres e o James ainda briga por ela? Ah, não ser... Oh, shit!


- Qual é o seu problema, garoto? – ralhei, quando Sirius e Remus saíram, sobre minhas ordens. James me olhou com aquela cara irresistível de cachorro sem dono. – James Potter, você já está de castigo e perdeu seu carro, quer ficar sem o basquete?


- A culpa não foi minha! – ele ainda estava vermelho de raiva – Aquele idiota que chegou na hora errada.


- James – disse, depois de respirar fundo – a Kris tem namorado.


- Ha ha, diz isso para ela – ele passou a mão nos cabelos, mas eu não conseguia ver muito bem a expressão dele, por que o sol atrás só fazia aparecer o contorno de seu rosto. Coloquei a mão na testa e virei um pouco para que o visse. – Ela que fica se jogando para cima de mim!


- Você não ia ficar com ela, correto? – sim, eu ainda tinha miseráveis esperanças. Ele me olhou sugestivamente, o canto de seus lábios se elevando num sorriso – Ah, meu Deus, Potter!


- Ela provocou – disse, fazendo beiçinho. Engoli a seco toda frustração e raiva, dando um sorriso sarcástico a ele e colocando a mão na cintura. – Ah, Lily, pera lá, não é? Ela pra...


- Pera lá? PERA LÁ? Me respeite, Potter – disse, apontando o dedo para ele – Eu sei seu passatempo preferido, mas compromissadas não, James. Por Deus, ela tem namorado!


- E é a segunda vez que você me diz isso – cantarolou, ajeitando a bolsa preta nos ombros. – E, Lily, acorda, a Kris já ficou até com o Sirius depois que o Eliot assumiu que estavam namorando. Fala sério.


 - Você é incorrigível, James. – disse, triste mais do que eu queria que parecesse e ele pareceu notar, por que seu sorriso murchou e ele pareceu realmente se preocupar com o que eu falava. – Seu idiota, você está com o pescoço na faca e...


- É na forca – ela falou baixo, escondendo um sorriso.


- QUE SEJA! Eu não vou estar lá para te salvar de novo, imbecil. Se quiser ficar sem o basquete ou mudar de escola, o problema é seu – e sai.


Aquela história de sempre salvar o James já estava passando do suportável. Tudo bem, eu já até me acostumei com o fato de ele ficar com trocentas meninas por semana, mas eu sabia que ele tinha caráter o suficiente para não se atrever a entrar numa furada daquela. Eu sabia também que algo estava corrompendo a personalidade do meu melhor amigo e que esse definitivamente não era o James Potter que eu conhecia.


E isso sim estava me preocupando.



                                                                                        ***

N/A: genteeee, eu sou nova por aqui *-*' Estou tão retardadamente alegre :DDD' E essa é minha caçula (?) minha nova e única, até agora, fic :)'
Eu estava só como leitora, aí do nada me vem a idéia de fazer uma ficosa e eu escrevi num puro momento de inspiração (mais também, ler My Oásis, Just Luky, Up in Vegas... eu tinha que ficar inspirada... /;P') Agora eu tenho que ver até quando esse momento vai durar... -'-
Eu ia postar rápido, mas aí eu tive uma prova para fazer, aí lascou, fiquei estudando que nem uma nerd e ainda uso óculos... Triste, eu sei :o'
E, tipo, talvez eu demore um pouco porque próxima semana também é prova e eu sou emprestável esses dias ¬¬
Mããããns, obrigada as meninas que comentaram; Mad Black (primeiro comentário *rebola*), aqui está, flor, postado o caps. Ivilyn, postadinhos, baby *-* A Gaby Black que fez duas capitchas super sexys com o Zac, e se eu pudesse colocaria as duas :D' e a minha conterrânea e que faz aniversário no mesmo dia que eu, Lilás Malfoy, amor, está aqui, eu postei (viva eu!) e isso já é um grande avanço, UAHSUAHSUAHSUAHSUHASHUAHSUAHSH. Ei, Lils, eu conheço uma pessoa do Literato... depois nóis cunversa, baby *------------*

Anyway, eu queria fazer um pedido. Posso? (Todo mundo: PODE!) Então, já que vocês querem me ouvir por letras, eu venho pedir se alguma alma caridosa quer ser minha beta. É que eu estou precisando mesmo. Não sei como vai ser os proximos capítulos, mas se for na pressa, como esse, pode ter alguns erros e eu preciso que alguém me ajude, sim? Porfavorzinho *cruza dos dedos*

Bom, é isso. Eu vou parar por aqui porque esse na tá ficando GRANDE demais e eu aposto que ninguém ler tudo isso, apesar de que eu falo muita merda mesmo.

Aaaaaaaaaaaaaaaah, preciso de comentários, babys, pára continuar. Não dói, não arde e você não perde, ou ganha, peso. É só para dizer como é que está esse meu começo.
Comente, oks?

Beijos :*
                                           
  Nina Black 
  05.02.10


                                                                                                                             Câmbio, desligo.

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