The Coolest Guy I Know

The Coolest Guy I Know



O cara mais legal que eu conheço

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- Você o que? – Perguntou o garoto.


- Eu sugeri que a pessoa poderia entrar de acordo com outra para uma falar da outra. Tipo, totalmente genial, né?


- Você quer dizer que eu vou ter que falar sobre você, e você sobre mim?


- Exatamente! Quero dizer, por um momento eu achei que a Diretora iria atacar aquela bolinha de borracha em mim, e então BAM!


- BAM o que?


- Eu dei a volta por cima! – Lily riu. – E eu achando que ia levar a maior bronca da história.


- Ela tava te chamando de senhorita?


- Só tipo, mil e uma vezes! – O garoto riu.


- Senhorita Evans você é a única que tem problemas temperamentais; Senhoria Evans vou ter que chamar o terapeuta; Senhorita Evans...


- OK, James, já pintei o quadro. – Disse Lily erguendo as mãos, mas não resistindo, acrescentou: – Senhorita Evans o diretor de artes quer se matar...


- Ele quer mesmo se matar?


- Não, pelo menos eu espero que não. Seria bom ter ele fora de nossas vidas, mas não tão drasticamente. Talvez só uma catapora.


- Não, não, my little: Pneumonia, assim ele poderia correr o risco de ser internado, mas não quero que ele morra.


- Uau! Alguém andou fazendo a lição de biologia! – Elogiou Lily.


- Prestei atenção na aula. – Disse dando de ombros.


- Isso não é justo, James! Como você, um jogador de basquete, desordeiro, malandro e popular pode ser inteligente também?


- Tem razão, não deveria me misturar. – James deu alguns passos para frente e Lily o alcançou dando-lhe um tapa no braço.


- Falando em doença, aparentemente a nossa querida diretora tem consulta com terapeuta e psiquiatra.


- Nossa, ‘ta falando sério?


- Totalmente.


- O que mais ela te falou?


- Tirando o fato de comentar que eu era um risco para a saúde mental das outras pessoas? – James concordou rindo. – Não sei, falamos muitas palavras que terminavam em ‘mente’, tipo: consequentemente, financeiramente, sei lá.


Os dois continuaram a andar pelo pátio da escola até chegar no estacionamento, onde encontraram com o restante do grupo.


- Ah Lily! Não! Por que?


- Vai me dizer que você preferiria ficar falando de você mesmo, pra o seu eu-futuro ouvir o que você mesmo disse dez anos atrás?


- Você conhece Sirius Black? – Perguntou o loiro balançando a cabeça.


- Considerei a possibilidade do Sirius-futuro amadurecer em algum aspecto de sua vida e talvez isso implicasse em ele não querer relembrar o tempo em que ele tinha um complexo egocêntrico. – Disse Lily dando de ombros.


- Já volto! – Disse ele saindo correndo em direção ao castelo. – Esperem por mim! – Berrou ele por cima do ombro.


- Sinto muito, mas vou ter que abandona-lo com vocês. – Disse Remus jogando a mochila por cima do ombro e se virando para o seu carro. – Tenho que por em dia minha lição de casa.


- Me da uma carona, Mooney. – Pediu Pedro indo em direção ao carona. – Minha mãe ta doente.


- Só sobraram nós três. – Comentou Lily observando Marlene atentamente. – Por que está tão quieta?


- Nada. – Disse ela virando o rosto para observar Remus arrancar com o carro para fora do estacionamento. Lily se aproximou e a virou pelos ombros, olhando-a nos olhos. – Eita, Lily!


- Tem alguma coisa haver com o Sirius, não tem? – Perguntou James.


- Claro que não! – Disse Marlene rápido demais.


- Você está triste porque ele não pediu pra você falar dele e ele de você, não está?


- Claro que não. – Disse ela após uma pausa. – Só estou pensando em outras coisas, OK? Deixa pra lá. – Lily ergueu as mãos em rendição e se apoiou no seu carro. – Eu acho que vou. Combinei de encontrar minha prima. – Antes que pudessem falar outra coisa ela saiu andando apressada.


- Ela está triste porque Sirius não pediu pra ela falar dele. – Afirmou James.


- É. – Concordou Lily. – Não tenho muitas expectativas em relação a essa minha idéia.


- Eu também não. Para eles foi uma péssima idéia. – Lily finalmente pareceu triste. – Mas hey, não porque é uma idéia ruim. – Disse James se encostando no seu carro, estacionado ao lado do de Lily, ficando de frente para ela. – É porque as outras pessoas não pensam como você.


- Está tentando me animar, James, porque assim só ta piorando...


- É um elogio, Lily, e você sabe. – Ele esticou o braço e pegando-a pela manga da blusa, a puxou, abraçando-a - Você é especial. – Murmurou antes de depositar um beijo em sua testa.


Lily sentiu o estômago embrulhar e um calor passou pelo seu corpo com aquela seqüência de gestos carinhosos. Abraçou-o pela cintura, escondendo seu rosto na jaqueta dele, tentando ignorar aquelas sensações repentinas, falhando miseravelmente ao quase estremecer com o perfume da roupa dele.


- Lily? - Uma voz a distraiu, fazendo-a desenterrar a cara do corpo de James e encarar quem a chamou.


- Amos? - Perguntou colocando a mão em cima dos olhos, tentando enxergar com a claridade.


- Posso falar com você? - Lily se remexeu, não querendo sair da posição. James a soltou quase que bruscamente.


- Ahn, claro. - Se afastou tropeçando de James até onde Amos estava. - O que foi?


- Eu estava pensando... Nós nos divertimos no cinema, semana passada, certo? - Perguntou incerto.


- Claro. - Lily disse suspeita, temendo o que viria a seguir.


- Que tal repetirmos a dose? Sei lá, jantarmos e depois pegar um cinema na sexta?


- Eu tenho que confirmar com minha mãe, porque acho que vai ter um jantar na casa do noivo da minha irmã, então não posso dar certeza.


- Ah, e no sábado?


- Eu vou sair com o pessoal. - Disse apontando por cima do ombro para James, que ainda estava encostado no carro. Amos pareceu triste e exasperado. - Que tal eu te ligar? - Sugeriu Lily, sem querer descartá-lo.


- Claro! - Disse Amos feliz. - Você tem meu celular, certo? - Lily acenou, concordando. - OK, então. Até mais, Lily. - Ele deu um beijo no rosto de Lily e se afastou. Lily suspirou ao vê-lo se afastar, os cabelos loiros ao vento, dando um ar de galã de cinema a ele. Voltou-se para o carro se encostando de lado, encarando James.


- Vão sair na sexta? - Perguntou ele.


- Depende, na verdade. Talvez eu tenha que almoçar no celeiro com a minha irmã e o noivo dela. - James pareceu relaxar ao rir. Pareceu sério de repente. - Ainda está de pé para sábado?


- Claro. - Disse Lily sorrindo. - Acho que essas vão ser as duas semanas de aulas mais divertidas da minha vida.


- Suas semanas de aulas são divertidas desde que caí na sua sala, Lily.


- Haha, engraçado. - Disse empurrando ele. - Eu me refiro a parte que volto das aulas, para casa.


- Duas semanas sem a cara feia da sua irmã. - Concordou James


- Duas semanas sem meus pais para tentar fazer com que nossa relação volte a ser o que era.


- Como começou esse negócio da sua irmã, mesmo? Acho que eu nunca soube.


- Nada demais, coisas de garota invejosa.


- Inveja do que? - Perguntou James casualmente, tirando um chiclete da mochila e oferecendo a Lily, que aceitou e ficou brincando com a embalagem antes de abri-la.


- De como sendo quem eu sou eu conseguir tanto.


- Conseguir tanto o que?


- Você acha que eu deveria dar uma daquelas festas americanas em que convido apenas vocês, e acaba vindo o colégio inteiro?


- Acho que com a gente tudo bem. Eu, claro, vou todos os dias, sou exclusivo. Só não deixe Sirius saber sobre as duas semanas sem seus pais, se não ele vai acabar sendo o responsável por colocar o colégio todo na sua casa.


Lily riu finalmente abrindo a embalagem do chiclete, mas James interceptou e o tirou de sua mão, colocando-o na boca.


- Hei! - Reclamou ela.


- Era de cereja.


--xx--


- Alô, Tia Sophie?


- Olá, Lily querida.


- Tudo bom?


- Sim, e você?


- Ótima.


- E sua mãe? Seu pai?


- Vão muito bem, obrigada. A Marlene 'tá?


- Está sim, só um momento. MARLENE! É A LILY! - Lily removeu o telefone de sua orelha com uma careta.


- JÁ VO ATENDE! - Riu ao ouvir a voz alterada da amiga. - PODE DESLIGAR!


- Tchau, querida.


- Tchau tia. - Ouviu o barulho do gancho. - E ai, bitch?


- O que você quer?


- Saber como você tá.


- Bem, e você? - Perguntou a amiga fingindo casualidade.


- Ah, qual é, Marlene! E aquele showzinho na escola?


- Não teve show nenhum, oras.


- E a parte do: "Me deixa em paz, Lily! Sai da minha cola sua besta retardada!" - Lily gritou no telefone com uma voz estridente fazendo Marlene rir.


- Primeiro: Minha voz não é assim, segundo: Como exagera.


- Falando sério, agora. É por causa do Sirius, né?


- Não Lily. Não é por causa do Sirius.


- Por que então?


- OK, é por causa dele. - Lily revirou os olhos. - É só que... Eu não entendo como você e James podem ter essa amizade e eu e o Sirius não! Tudo bem que é só uma questão de tempo até vocês caírem na real, mas até ai eu quero algo assim.


- Acho que perdi alguma parte da história. Como é que é?


- Sabe, vocês são melhores amigos e tals.


- Hum...


- Mesmo com o passado de vocês! Vocês conseguem ser assim um com o outro.


- E toda a história de cair na real é o que, exatamente?


- O fato que vocês se gostam, mas não ficam juntos.


- Ah Marlene, não comece...


- É verdade, Lily. Qual é! Quem você acha que consegue enganar?


- Considerando o fato de que você é a única que fica achando isso? Então acho que bastante gente!


- OK, ache o que quiser, mas é fato, é só uma questão de tempo.


- O assunto não sou eu, mas sim você e o Sirius.


- Seguinte, acompanha comigo: Nós tivemos o mesmo passado do que você e o James, porque não conseguimos ser tão próximos quanto vocês?


- Marlene, não adianta. E desculpa, mas não foi exatamente a mesma coisa. Você é uma pessoa, eu sou outra, o Sirius é um cara e o James é outro.


- Sim, mas você terminou com ele por ele ser parecido com o Sirius, não é?


- Não exatamente...


- Lily, eu sei que somos diferentes, mas nossa mentalidade ainda é a mesma, certo?


- Está comparando a minha mentalidade com a de Sirius? OK, brincadeiras a parte, Marlene, você e Sirius tiveram um lance, e ainda vão ter muitos outros, com outras pessoas, entre os dois, mas vocês nunca se gostaram de verdade!


- Mas eu quero ter alguém que eu possa chamar de 'melhor amigo'.


- E esse 'melhor amigo' tem que ser Sirius?


- Não, claro que... Hei, espera, é isso ai!


- É isso ai o que?


- Você é genial, Lily! Eu vou encontrar outra pessoa, alguém pra ser meu melhor amigo.


- Marlene, você tem quantos anos, mesmo?


- Isso não importa! Tenho idade suficiente para estabelecer minhas prioridades e pra assumir meus próprios gostos e tendências, os quais meu melhor amigo vai ter que aceitar e até mesmo compartilhas, se for preciso!


-Ui, horripilante.


- Você vai ver! Eu vou ter um melhor amigo incrível!


- Ok, se você diz...


- Obrigada Lily, você é demais!


- Claro... - Disse Lily sozinha, já que Marlene se empolgara e desligara na sua cara. Encarou o telefone em forma de hambúrguer que havia ganho de James no seu aniversário, após ter tido um ataque de riso ao ver o objeto no filme Juno. Soltou-o como se fosse algo asqueroso, mas depois, cuidadosamente, desligou-o e o colocou em sua cabeceira. Tentava, por tudo, esquecer aquelas sensações com James. Óbvio que sentia isso o tempo todo, mas nunca tão... Perceptível, e nunca tão ali, na cara.


Pegou o telefone novamente e retirou o celular do bolso, verificando a agenda, digitando os números rapidamente. Precisava tomar uma atitude em relação aquilo. E faria naquele momento.


- Atende, atende, atende, atende. - Murmurava sozinha andando de um lado para o outro com o telefone na mão.


- Alô?


- Oi Amos, é a Lily.


- Oi Lily! - A voz dele pareceu mais animada. - Como vai?


- Vou bem, e você?


- Bem.


- Então, acontece que eu to livre na sexta. - Disse rapidamente.


- Sério? Que ótimo. Que tal eu passar ai as sete?


- Sete está ótimo!


- OK. Até lá.


- É... Até. - Disse Lily desligando o telefone, parando agora de frente para seu mural de fotos. Observou a que estava a sua altura e fez uma careta. - Não me olhe assim, já sofri demais.


Virou as costas para a foto em que ela, um ano atrás, estava de cavalinho em James, se escondendo da câmera com um pirulito de morango, enquanto ele estava com a cabeça inclinada para cima, encarando-a sorrindo.


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