Capítulo 01



Capítulo 01 – odeio quartas-feiras.


Bem, olá. Meu nome é Lily Evans, tenho dezoito anos, sou uma bruxa, mas não dessas com a cara verde e uma verruga gigantesca na ponta do nariz torto de tucano. Na verdade, a única coisa verde em mim são meus olhos. Sou uma bruxa boazinha, até certo ponto, não sou dessas que ficam saltitando alegremente em campos floridos. O que quero dizer é que sou uma pessoa normal. Com poderes mágicos. Mas bem, você entendeu, já que está na minha mente.


Quando eu tinha onze anos, recebi uma carta estranha, que falava sobre uma escola mágica, a qual eu estava convidada a ingressar. Claro que isso foi mais um motivo para minha irmã acreditar que eu era uma aberração da natureza, mas enfim, não é sobre isso que quero falar, e sim sobre Hogwarts.


Hogwarts tem sido a minha casa nesses últimos sete anos. Aqui eu encontrei pessoas de todo o país, alguns, assim como eu, nascidos trouxas, e outros vindos de linhagens bruxas antiguíssimas. Posso dizer que a maioria deles sempre foi bastante agradável. Vamos começar pelas minhas melhores amigas.


Marlene McKinnon foi provavelmente a primeira pessoa com quem falei quando cheguei a Hogwarts (exceto por Snape, mas este é um caso a parte). Ela vem de uma dessas antigas famílias bruxas, porém não liga nem um pouco para isso, e achou fascinante o fato de eu ter nascido trouxa. Ela tem os cabelos escuros, nunca soube se castanhos ou pretos, e incríveis olhos azuis, sem falar que é estonteantemente bonita. Mas essa é outra coisa para qual Marlene não liga. É divertida, engraçada, amiga, quase sempre com um sorriso no rosto.


Emmeline Vance também estava entre as primeiras pessoas a se aproximarem de mim. Juntas nós formamos um trio inseparável. Emme tem os cabelos claros, e olhos escuros. Ela é a mais quieta de nós, porém sempre tem alguma frase sábia ou atrevida na ponta da língua. É tão bonita quanto Lene, sendo a mais alta do trio. Perto das duas eu me sinto um patinho feio anão e ruivo.


- O que está fazendo? – ouvi a voz de Marlene perguntar logo atrás de mim. Eu estava no Salão Comunal, sentada no parapeito da janela, do lado de dentro do vidro, é claro, fazendo absolutamente nada. Virei a cabeça devagar para ela, que vestia seu roupão cor de rosa, e me olhava com os braços cruzados e uma sobrancelha erguida.


- Nada. – falei sincera, pulando do parapeito. – Eu perdi a noção da hora. – ela deu de ombros e subimos a escada.


- Você tem que aprender a ser mais responsável com a hora de dormir, senhorita monitora-chefe. – ela falou divertida, o tom de voz sério de antes havia desaparecido completamente.


- Eu sei disso, reles aluna. – eu disse, e nós duas rimos.


- Não vá perder a hora amanhã de manhã. Boa noite. – ela falou se jogando em sua cama e se enrolando em vários cobertores. Como ela consegue dormir com todos aqueles cobertores é um mistério para mim. Eu usava só um fininho nessa época do ano, e ainda assim sentia calor.


Emme, Alice Harper e Gwen Morrinson já estavam no décimo sono. Alice anda conosco às vezes, mas não sempre, ela tem mais amigos na Corvinal. Já Gwen, acho que nunca nem ao menos dirigiu o olhar a nenhuma de nós quatro, o que sinceramente não faz a menor diferença para mim. Ela é daquelas garotas que se fossem trouxas, com toda a certeza seriam líderes de torcida nojentas, esnobes e que vivem para correr atrás dos jogadores de futebol. Como não tem nada disso aqui em Hogwarts, ela apenas faz parte do grupo de garotas normais nojentas, esnobes e que vivem para correr atrás dos jogadores de Quadribol.


Os Jogadores de Quadribol são, definitivamente, iguais aos do futebol de escolas trouxas: acham que são o centro do universo, e que todas as garotas devem cair aos seus pés. James Potter, o capitão do time da Grifinória, é o pior deles. Vem de uma família bruxa antiga, que mal se sabe onde começou. Ele acha que é o ser supremo da escola, e que todos os outros são pobres mortais que estão aqui para servi-lo. Patético. Sem falar que não faz nada durante nenhuma aula, e ainda sim consegue notas melhores até do que eu, que procuro prestar atenção a cada palavra dita por um professor.


Essa tarde mesmo, no Salão Principal, ouvi os gritos de Gwen quando ele a dispensou. Não sei o porquê de todo o drama, é lógico que ele ia fazer isso mais cedo ou mais tarde, e geralmente é mais cedo. Ouvi dizer que ela descobriu que ele estava com uma garota da Sonserina ao mesmo tempo em que saia com ela. O que eu não acredito muito. O fato de ser uma Sonserina, não de ter outra, o que é bem provável, já que Gwen é uma chata de primeira, e duvido que até mesmo ele a agüentaria por muito tempo.


Acho que chega de ficar pensando na vida dos outros. Já são quase duas da manhã, e logo cedo tenho aula com a McGonagall, e será bom para minha saúde chegar no horário.






Acordei com uma claridade fraca no rosto, mas que estava me incomodando. Foi então que levantei em um pulo. Procurei por meu relógio de pulso, e quase enfartei ao ver que já eram dez para as oito, sendo que as aulas começam as oito.


Corri feito uma louca pelo quarto, que estava vazio, grandes amigas essas que eu tenho. Escovei os dentes voando, e vesti o uniforme de qualquer jeito, deixando alguns botões para abotoar enquanto corria pelos corredores do castelo. Para minha sorte eu havia deixando um pacotinho de bolachas na mochila, as quais comi ao mesmo tempo que tentava dar o nó na gravata.


- Isso são horas para a monitora-chefe entrar na sala, senhorita Evans? – McGonagall perguntou com a voz áspera no mesmo instante em que abri a porta. Todas as cabeças de meus colegas viraram para mim, e pude sentir todo o meu sangue ir para as bochechas.


- Desculpe professora, eu perdi a hora. – lancei um olhar para Marlene e Emme, que a meu ver era acusador. Fechei a porta tentando não fazer barulho, o que é praticamente impossível, já que nunca devem ter passado um óleo nessas dobradiças.


- Que isso não se repita. – expirei aliviada, e fui em direção às garotas, que estavam sentadas do outro lado da sala. – Nada disso. Sente-se com… - ela analisou a sala com os olhos rápidos. - … senhor Potter.


- Co…como? – gaguejei, estancando no meio do caminho. Olhei para as duas, e constatei que estavam com os olhos arregalados. Corri os olhos para o lado, e vi Sirius e Remus, que são outros amigos nossos, sentados juntos. O primeiro parecia se divertir bastante, nota mental: acabar com a vida desse cachorro pulguento depois da aula. Já o segundo sorria apenas de canto, divertido.


Então eu o vi. Sentado na fileira perto da janela, bem no fundo, estava James Potter. Os cabelos do mesmo jeito que estavam quando acordou, provavelmente, as mãos atrás da cabeça, enquanto equilibrava a cadeira apenas nas pernas de trás, a gravata sem o nó, jogada sobre os ombros, e um sorriso irritantemente idiota no rosto.


Respirei fundo, fechando os olhos por alguns segundos, e despertando ao ouvir o pigarro nada discreto de McGonagall, e o estranho silêncio mortal que a turma fazia. Fiz a cara mais feia que podia, despejei minha mochila no chão ao lado da mesa, e me joguei na cadeira, com os braços cruzados e um bico enorme, que deveria parecer muito engraçado ao invés de ameaçador, já que Potter não parava de me encarar e rir.


McGonagall recomeçou sua aula, mas a essa altura eu já tinha me arrependido de sequer ter levantado da cama quando vi que estava atrasada. Poderia ter inventando uma desculpa qualquer, obviamente a professora acreditaria em mim, já que posso dizer que sou uma aluna exemplar.


Puxei meu caderno de dentro da mochila. Sim, caderno, prefiro isso a usar pergaminho. Pergaminho é estranho de escrever, além da cor, que não me parece algo limpo.


Motivos para odiar quartas-feiras:


1º: acordar atrasada e ter menos de dez minutos para me arrumar, comer, e chegar à sala que fica do outro lado do castelo.


2º: não importa o quão organizada eu seja, não consigo ser com minhas meias, resultando num grande problema para encontrar os pares certos. Só espero que ninguém repare que elas são diferentes.


3º: ter me esquecido de fechar a passagem do quadro da Mulher-gorda. Ok, eu sei que ele fecha sozinho depois de um tempo, mas isso não teria acontecido se não fosse quarta-feira.


4º: chegar quase quinze minutos depois do inicio de uma aula da McGonagall não é nada divertido. Não tente fazer isso em casa.


5º: ser obrigada na frente da turma inteira a me sentar ao lado de James Potter.”


- O que está escrevendo? – o garoto perguntou, curioso demais para o meu gosto, esticando o pescoço para olhar para o meu caderno.


- Quem sabe estou escrevendo o que a professora está passando. Sabe, é isso que as pessoas devem fazer na aula. – falei baixo, indicando a mesa vazia dele com a cabeça.


- Qual é Evans, não seja velha. O que está escrevendo? – ele riu, e perguntou novamente.


- Se fosse do seu interesse eu lhe falaria. – fechei o caderno com força, fazendo um barulho alto. Arrependi-me no segundo seguinte. McGonagall correu rapidamente os olhos para mim, e então para Potter, que está sentado folgadamente na cadeira.


- Algum problema, senhorita Evans? – ela perguntou sem expressar emoção alguma. Neguei rapidamente com a cabeça. – Ótimo, porque acabei de decidir que você e o senhor Potter farão o trabalho da Grifinória que será apresentado na formatura. Juntos. – fez questão de frisar. Bem, esqueci de falar, estamos no último mês de aula do sétimo ano, e todos os anos cada Casa faz um trabalho de despedida, ou algo assim, para ser apresentado na formatura. Ótimo, não?


- Desculpe professora, mas achei que a Alice ia fazer esse trabalho. – eu falei de forma educada, de maneira que, espero que ela não ache que eu estivesse duvidando de sua sanidade mental. Mas era exatamente isto que eu estava fazendo, pelo menos mentalmente.


- Eu sei disso senhorita Evans. Acredito que a senhorita Harper não se importe, e é claro, ela pode ajudá-los. – a professora falou como se não fosse nada demais. Olhei rapidamente para Alice, seus olhos estavam meio marejados. Ela queria mesmo fazer este trabalho, contudo concordou com nossa professora insana. No entanto, poderíamos contar nos dedos as pessoas que teriam coragem de discutir com alguém como McGonagall.


- Temos como não fazer isso? – Potter perguntou displicentemente, com uma sobrancelha erguida.


- Não senhor Potter, vocês vão fazer isso sim. Considere isso como uma substituição de uma detenção.


- Mas eu nem fiz nada para receber uma detenção! – ele exclamou indignado. Foi a minha vez de erguer uma sobrancelha. Como não fez nada?


- Estou considerando todas as suas infrações que ficaram apenas em boatos, como andar pelo castelo quase todas as madrugadas, entre outras. – ela falou e pigarreou de novo, indicando que ia voltar com a aula. Eu conseguiria pensar em pelo menos dez infrações dele, somente durante esse mês passado, mas na minha situação era melhor ficar quieta, mesmo não tendo feito nada para ser punida dessa forma.


Potter apenas deu de ombros, com um sorriso de canto, e voltou a apoiar a cadeira nas pernas de trás. Eu realmente havia feito algo muito ruim na vida pecados que eu cometi na encarnação atual não justificam tal carma.






- Você não está realmente entendendo a gravidade da situação! – eu estava praticamente chorando para Lene. Ela apenas sorria, sem nem ao menos me olhar, e continuava servindo seu prato do almoço. – Lene, presta atenção em mim! Como eu vou sobreviver a isso? Quer dizer, só temos um mês de aula, e eu achei que fosse conseguir me formar sem nenhum dano mental!


- Lily, chega de drama, ok? – ela falou, finalmente prestando atenção em mim. Meus cabelos deveriam estar em pé já, de tanto que eu os puxava. – Não é o fim do mundo, e você pode pedir ajuda a Alice, ela está louca para fazer isso, e McGonagall nunca precisa saber. – era um bom argumento. Ela enfiou uma grande colherada de purê de batata na boca. – Sem falar que você e James são monitores chefes, e durante esse ano todo não aconteceu nada que comprometesse a saúde física ou mental de qualquer um dos dois. – terminou de falar com a boca cheia, balançando o garfo freneticamente.


- Drama? Eu não faço drama, Lene! Isso é a realidade! E…


- Você faz drama sim. – Sirius me interrompeu, sentando entre mim e Lene, e bebendo mais da metade do suco dela de uma vez. Ele era nosso amigo há algum tempo, desde o quinto ano, quando eu o livrei de uma detenção por estar matando aula. Inventei que ele estava ajudando um aluno do primeiro ano com um dever. Desde então ele se aproximou bastante de nós, se tornando um grande amigo, principalmente meu. Mas nos últimos meses tenho notado certa perseguição da parte dele à Lene. Pode ser só um palpite. – James nem é tão ruim assim. – falou terminando de beber o resto do suco.


Sim, eu me esqueci de mencionar que ele e Potter são melhores amigos, como irmãos, o que eu não consigo entender, já que Sirius é uma pessoa tão legal. Ok, ok, ele não é uma pessoa tão legal assim, mas Potter é pior.


- Você fala isso só porque ele é seu amigo! – exclamei me acomodando mais para o lado no banco, já que Sirius estava sentado praticamente em cima de nós.


- Nisso eu devo concordar. – Lene falou, com a boca novamente cheia de comida. Não sei qual é o problema dessas pessoas, ficam se empanturrando de comida enquanto eu fico sofrendo aqui. – Mas é sério Lil’s, James não é tão ruim. Ele é que nem o Sirius.


- Por isso mesmo, dois me bastam. – falei em tom de quem finaliza. Pude notar que Lene e Sirius se entreolharam, e então deram de ombros.


Remus e Emme logo chegaram para sentar conosco, dizendo que tinham ido entregar uns livros na biblioteca, o que só serviu de pretexto para Sirius exclamar “entregar livros na biblioteca? Não sabia que ‘se agarrar num corredor deserto’ tinha mudado de nome!” fazendo boa parte das pessoas que estavam em volta se engasgarem de tanto rir, com seus sucos ou comida, e deixando nossos amigos vermelhos dos pés a cabeça. Mas a nossa paz não durou muito tempo.


- Qual é a graça? – Potter chegou, sentando na nossa frente, e servindo rapidamente uma montanha de comida em seu prato.


- Eles acham que nos enganam com essa história de “somos amigos, e sempre estudamos juntos”. – Sirius falou apontando para Emme e Remus. O segundo atirou um pedaço de pão com raiva no outro. O recém chegado comia na mesma velocidade em que havia servido o prato. Lene ainda estava com a boca cheia de purê, e eu observava a todos entediada, sem um pingo de fome, e louca de vontade para que Alice resolvesse parar de entregar livros na biblioteca com Frank e entrasse logo no Salão Principal para salvar minha vida.


- Você não presta, Sirius Black. – Emmeline falou com a cara fechada. O caso secreto dela com Remus, de secreto não tinha nada, mas eles não gostavam de admitir na frente dos outros, e então, costumavam fazer de conta que não era nada.


- Sabe, eu vivo dizendo isso. – Potter falou com a boca cheia de comida, rindo, e eu fiz uma careta de nojo. – Não sei vocês, mas eu tenho treino agora. – falou logo em seguida, levantando da mesa e deixando um prato limpo no lugar daquele transbordando de tanta coisa. Levantei uma sobrancelha para isso. – Aliás, você também tem Sirius. E nada de ficar matando como sempre. Sábado da semana que vem temos o último jogo do ano! – falou como se fosse a coisa mais empolgante do mundo. Suspirei de tédio.


- É mesmo. Vejo vocês depois. – falou Sirius, mas todos pudemos perceber que ele se dirigia mais para Marlene, em quem ele deu um estalado e demorado beijo na bochecha.


E os três (eles haviam arrastado Remus junto) saíram do Salão, deixando para trás vários olhares e suspiros de garotas que acham que eles são a melhor coisa que Merlin criou.


- Bando de idiotas. – resmunguei remexendo o arroz em meu prato. Ainda não sentia fome, ainda mais depois de ver alguém comer tão vorazmente o almoço.


- Reclamona. – Lene revirou os olhos. – Nós temos que ir também, aula de Runas antigas. – foi sua vez de resmungar. Ela odiava essa matéria, só fazia porque eu e Emme também fazíamos.


- Só um instante. – falei no que ela levantou. Abri minha mochila, peguei meu caderno e o abri na página da lista.


- O que é isso? – Emme perguntou, esticando o pescoço do outro lado da mesa.


- Uma lista com motivos para odiar quartas-feiras. – falei como se fosse algo muito sério. O que na verdade é para mim. “6º: ter que fazer a apresentação final com James Potter = sentença de morte. Isso nunca teria acontecido se não fosse quarta-feira.” Escrevi. – Pronto, agora sim podemos ir. – elas riram ao ler, e então fomos para a aula.






n/a: eu sei que falei que não ia ter fics por um tempo, mas não resisti :D antes de qualquer coisa, já vou falar logo, não sei quantos capítulos vão ter, nem a cada quanto tempo vou atualizar :/
Quero muito agradecer a Ju Montez, que aceitou betar a fic, e já deu várias idéias que eu achei o máximo *-* valeuzão Ju!
Quero também agradecer a quem já comentou *-* e comentem mais, ok?  hoho.  A quantidade de comentários é proporcional a garantia de um novo capítulo (?) ok, isso ficou meio sem sentido, mas entenderam o espírito da coisa :p
Ah, e não se esqueçam dessa pobre velha coitada aqui, que no próximo sábado (dia 23) vai completar duas décadas de existência, embora ainda tenha a mentalidade de apenas uma :D já estou começando a me preocupar com os cabelos brancos...

Beijos.


n/b: Eu adorei! Mal posso esperar para que eles (Lily e James) comecem a trabalhar juntos neste trabalho de formatura. Sirius não é um fofo? Ok, ele implica com Remus e Emme, mas isso só o deixa ainda mais irresistível. Como invejo Marlene, queria um desses me perseguindo. Esperando por mais capítulos, onde, tenho certeza, a Lil vai começar a conhecer o James de verdade, aquele que é doce, perfeito e etc... Ai ai, não me canso destes marotos.


Como beta sou um tremendo desastre, mas fiquei muito feliz de poder ler as fics antes de todo mundo. Aee! Obrigada, Lizzie!


Beijinhos,


Ju.

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