O Primeiro Baile do Ano
(N/A:Quero dedicar essa capítulo à Sílvia Lovegood Potter Radcliffe - Ufa! -, pq foi ela q me passou o vírus HP, que é super-hiper-ultra-contagioso e esse capítulo é especial!! Bjinhus Sílvia...)
Parvati não estava muito animada sobre o baile. Ela ia acompanhada por Simas, que ela não notara, mas estava muito bonito a seu modo. Parvati olhou seu vestido mais uma vez: era preto, com pedrinhas pratas na barra. Ela estava bastante chateada por continuar brigada com Lilá por causa de uma besteira. Mas, logicamentre, toda vez que a via, Parvati fingia estar felicíssima com a situação.
Lilá também fazia a mesma coisa: apesar de estar super feliz por estar com Victor, ela sentia falta de uma companheira para contar todos os seus segredos, tudo o que acontecia com ela e também para fofocar. Hermione não servia para tudo isso porque tinha mais o que fazer, então... o jeito era depositar essa carência em seu novo namorado.
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Snape estava sentindo falta de Narcisa. Ele estava ficando com raiva de si mesmo, porque toda vez que tentava tirá-la da sua cabeça, ele lembrava mais dela. E isso estava refletindo-se no seu dia-a-dia. Agora estava sendo ainda mais rude com seus alunos - se é que isso é possível - e qualquer coisa era motivo para ele distribuir detenções.
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Harry estava um tanto atordoado. Havia sonhado uma coisa um tanto estranha: sonhara que dois homens conversavam - ou seria "brigavam"? - numa Torre da escola. Eles chagaram a citar alguns nomes mas Harry não se recordava de quais eram. Inclusive o dele.
- Pensa, pensa, pensa! - ele batia a palma da mão na testa, numa tentativa de lembrar-se.
- Harry, você pirou? - perguntou Rony, enquanto vestia-se para descer.
- Não, eu só estou tentando lembrar de uma coisa... Besteira. Vamos tomar café? - ele desistiu "temporariamente". "Quando eu tiver tempo, eu tento de novo." Pensou.
- Vamos.
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Alison McGuire estava conversando com Ben Taylor, na mesa da Sonserina:
- E com quem você vai ao baile? - perguntou.
Ben arregalou os olhos.
- Por Merlin, eu esqueci de convidar Courtney Thomson!
Agora foi a vez de Alison arregalar os olhos.
- C-Courtney Thomson? Aquela lufa-lufa?
- É, ela mesma. Ela faz parte da aposta... - ele abaixou o tom de voz.
Até agora, Alison não sabia direito quem eram os "alvos" dos colegas. Ele só sabia que eram duas de cada Casa... e só.
- Por quê? O quê que tem a Thomson? - Ben estreitou os olhos.
- Não, n-nada.
- Alison não tente esconder nada de mim... Você sabe que eu tenho Veritasserum. Não me obrigue a usá-lo... - percebendo a reação do amigo, ele desconfiou que ele estivesse escondendo alguma coisa.
Alison engoliu seco.
- que... Bem, eu tive um rolo com ela e...
Bingo! Então deveria ser por isso que ela "odiava a Sonserina".
- ... ela achou que era sério e quando nós terminamos, ela...
Ben não esperou ele terminar. Levantou-se rapidamente, dirigindo-se à mesa da Lufa-lufa.
- O que esse cara tem? - Alison disse a si mesmo.
Courtney comia, no seu habitual mau-humor. Ela sempre se sentava de costas para a mesa da Sonserina e não viu Ben aproximar-se, apesar dos murmurinhos que aumentavam.
- Thomson. - ele anunciou.
Recusando-se a virar-se, ela largou a torrada e rolou os olhos:
- O quê?
- Eu preciso falar com você.
Courtney virou sua cabeça.
- Sobre o quê?
- Eu quero conversar com você agora.
Courtney riu desdenhosamente, voltando beber seu suco e dando as costas a ele.
- Thomson. - ele repetiu.
Ela ignorou-o.
- Você não vai falar comigo?
Ela olhou-o mais uma vez, dizendo:
- Não.
Ben sentou-se ao lado dela.
- Eu já sei porque você não quer que eu me aproxime de você...
Com raiva, Courtney bateu o copo, já vazio, na mesa. Ele piscou com o susto.
- Não sei do que você está falando.
- Você não precisa fingir...
- Não sei do que você está falando. - voltou a falar.
- Eu não sou como ele.
- Você não entendeu que eu não sei do que você está falando? - ela aumentou o tom de voz, num quase grito.
- Ei, você. - uma voz falou a esquerda de Courtney, a frente. Era Susan. - Saia da mesa. - ela disse num tom frio para Ben.
Ele estreitou os olhos:
- Pensa que manda em quem, lufa-lufa?
- Sai. - era Courtney.
- Mas você não vai me ouv...? - ele olhou-a.
Sem olhá-lo, ela continuou:
- Levanta a sua bunda daí e volta para a sua turminha. - ela disse carrancuda.
- Eu preciso lhe explicar que...
- Tchau, Taylor.
- Por qu...?
- Tchau. - ela falou pondo um ponto final na história.
- Eu levanto, - ele o fez e continuou - mas eu levo você junto comigo. - e puxou o braço dela, arrastando-a da mesa.
- Me solta. - ela tentou livrar-se.
Courtney ainda viu Susan e Bridget soltarem um "Ei!" e levantarem-se para ir atrás dela, mas Ben apressou o passo.
- Sai, seu verme. - ela empurrou-o, depois que eles já estavam fora do Salão Principal.
- Você quer ir ao baile comigo? - ele perguntou, de supetão, inesperadamente.
- Ahn? Não. - Courtney ia embora, de novo, e ele puxou seu braço e colocou-a contra a parede. Então, pôs os dois braços ao lado dos ombros dela, impedido-a de sair.
- Qual o seu problema?
- Você. - ela percebeu que ele estava vindo de encontro a seus lábios, lentamente.
- Alguém já te chamou para ir ao Baile do dia das Bruxas?
Ela limpou a garganta, hesitando.
- Eu não vou.
"Como eu imaginava." Pensou ele.
- Por que você não vem comigo?
- Só quando eu estiver morta. - ela respondeu.
- Não me faça cumprir sua palavra para poder levá-la comigo.
Courtney engoliu. Ele sorriu.
- Eu estou brincando. - ele disse com a voz divertida.
Ela sorriu forçadamente, abaixando a tensão dos ombros.
- Você fica mais bonita sorrindo. - ele recomeçou, acariciando sua bochecha.
A garota ficou séria. Ele olhou em seus olhos e chegou mais perto.
- Eu preciso ir. - disse, desviando-se dele e passando por debaixo de seu braço direito.
- Ei, Thomson.
Ela fingiu não ouvir e continuou seu caminho.
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- Finalmente alguma coisa para fazer! - exclamou um homem - O que ele disse?
- Que precisamos ir até a Inglaterra. Mas irão apenas sete de vocês. - respondeu Matt Nashwone. - Precisamos estar lá hoje para raptar alguém e levar a pessoa até Aquele-que-não-se-deve-nomear.
- E quem é este ou esta infeliz?
- Vocês saberão.
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- Dylan! - uma voz chamou atrás dela.
Ela virou-se e viu Blás correndo em sua direção.
- Dylan. - ele falou mais calmante.
Clarie sorriu - elas estavam com os braços entrelaçados - dando um pequeno beliscão no braço, ao que Dylan deu um sorriso amarelo.
- Eu posso conversar com você? - perguntou ele.
Blás e Dylan olharam, ao mesmo tempo, para Clarie, que ainda sorria, mas o desfez após perceber o recado:
- 'Tá, já entendi... Tô sobrando...
E foi embora.
- Dois minutos e meio. - anunciou Dylan, olhando o relógio.
- Você tem horário, é?
- Dois minutos e vinte e cinco... quatro... três...
- Ok, eu vou ser rápido.
- Dezenove...
- Você pode me companhar no Baile?
Ela levantou os olhos.
- Quinze... Não, obrigada. - e virou-se para ir embora.
- Ei, você está me devendo um minuto e quinze minutos! - ele correu até ela e ficou na sua frente. - Venha comigo ao baile...
Dylan deu um sorriso falso e falou:
- Eu já tenho companhia. Para sua informação eu vou com o apanhador da Lufa-lufa.
Blás estava estupefato.
- Você está me trocando pelo Cavenraul? Aquele imbecil de sobrenome horroroso?
- Que besteira! Eu nem conheço você direito. Nós conversamos uma única vez e você acha que já temos um compromisso? Caso não se lembre, nós não combinamos nada. Então não venha me cobrar, Zabini! Aliás o seu sobrenome é ridículo.
Ela deu as costas a ele e foi embora.
- Eu não terminei minha conversa com você.
Dylan fez um jesto obsceno com a mão direita, sem virar-se.
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Harry estava no Salão Comunal, terminando uma tarefa de História da Magia, juntamente com Rony. Hermione e Gina estavam arrumando os últimos detalhes para o Baile de mais tarde, assim como 99% das garotas na escola.
- Rony, me dá o livro que tá aí do seu lado?
Ele o fez e Harry mal havia tocado no grosso livro, sentiu sua cabeça girar e o a vista embaçar, ao mesmo tempo que ele viu uma forte luz branca invadir sua visão e vozes dizendo:
- O primeiro seqüestro está próximo. O herdeiro de Hufflepuff poderá salvar vidas.
- Helga previu isso?
- Você sabe que ela não tem poderes de Adivinhação. São intuições, sexto sentido aguçado.
- Não importa. Quem é herdeiro dela?
- Não lhe falei? É...
Harry havia acabado de tocar o chão e perdera totalmente a consciência.
- Harry! - Rony largara as coisas e, com a varinha em punho, conjurara uma maca para levá-lo à tão conhecida Ala Hospitalar.
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Gina, com Hermione ao seu lado, entrou desesperada na Ala Hospitalar, fazendo muito barulho.
- Srta. Weasley! - ralhou Madame Pomfrey.
- Desculpe-me. - e aproximou-se da cama onde Harry descansava. Rony estava sentado numa poltrona ao seu lado, observando o nada.
- O que aconteceu Rony? - Hermione tirou as palavras da boca de Gina.
- Eu não sei. Ele pediu para que eu desse um livro a ele, mas quando ele tocou-o, desmaiou.
- E onde está esse livro? - Gina foi mais rápida.
- Deve estar no Salão Comunal...
- Por que você não o trouxe? - perguntou, com a voz esganiçada, Gina.
- Você acha que eu tive tempo? Prefiria que eu trouxesse o livro ou Harry para a Ala?
Gina abaixou os olhos e sentou-se na cama próxima a de Harry.
- Ele está certo, Gina. - Hermione disse
- Eu sei que está. - então ela levantou-se, dessa vez mais devagar - Eu vou pegá-lo.
- Nós vamos esperar você aqui. - ela comunicou.
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Ela passou pelo buraco do retrato e viu Dino juntando livros da mesa onde antes estivera Harry e Rony.
- O que você pensa que está fazendo? - Gina estava com a voz inquisidora.
Dino olhou-a com insatisfação.
- Estou juntando os livros de seu namoradinho e de seu irmão. - respondeu com a voz irritada.
- Mas, mas... Deixe que eu arrumo. Vá embora, vá. - ela falou como se ele fosse uma criança.
Ele lançou-lhe mais um olhar frio.
- Vá embora, Thomas.
Dino girou os calcanhares e saiu pelo buraco do retrato.
- Calma, Gina, calma. - ela começou a tocar um a um os livros mais nada acontecia.
"Talvez tenha sido uma concidência." Pensou ela, depois de juntar todos os livros.
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- E então?
- Não há nada de errado com os livros, Hermione. - Gina sentou-se e enterrou o rosto nas mãos.
- Mas... como?
- Não tem nada... não aconteceu nada... Os livros estão tão normais quanto antes. Foi ele, não o livro. Coincidência ou sei lá o quê. - ela estava com a voz abafada.
Rony resmungou alguma coisa e depois disse:
- Não se preocupe, Gina. Pomfrey disse que ele vai melhorar.
- Rony, ela sempre diz isso...
- E ele sempre volta ao normal.
- Você sabe tanto quanto eu que tem alguma coisa de errada nessa história! - ela aumentou o tom de voz
- Não faça escândalos. Nunca foi novidade Harry desmaiar. Isso você sabe tanto quanto eu.
Gina ficou quieta.
- O que mais a enfermeira disse? - perguntou contidamente.
- Ele vai ficar aqui até... hum, segunda.
- Segunda? E você acha que não foi nada demais?
- Gina, calma. - admoestou Hermione
- Eu não disse que não é nada demais, eu disse que você está ficando paranóica. Aprenda a ler nas entrelhinhas. - Rony disse
Apesar de saber que estava realmente soando como uma paranóiaca, Gina não quis se dar por vencida.
- Eu passo a noite com ele, hoje. Eu e Hermione já conversamos e ela não faz questão de ir ao Baile. - Rony comunicou.
- Por Merlin, o Baile... - desanimou-se Gina. - Deixe que eu fico aqui.
- Não, você não precisa. - ele disse pondo um ponto final na história. - Você fica aqui no domingo, com Hermione.
- Você não vai ficar aqui, hoje, Mione?
- Não, Madame Pomfrey não deixou. - Hermione falou com um sorriso enviesado. - Não com Rony aqui também. Mas tudo bem, eu preciso terminar algumas tarefas.
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Courtney estava atrás do seu companheiro do trabalho de Herbologia: Harry. Ele estava atrasado; Courtney havia marcado o horário para continuarem o pouco que haviam começado no trabalho. Ela avistou um grifinório vindo da biblioteca.
- Ei, você viu Potter? - ela parou-o.
Dino respondeu:
- Ele está na Ala Hospitalar. Desmaiou hoje de novo. - e continuou seu caminho.
- Tinha que estragar tudo! - resmungou para si mesma, enquanto ia até lá.
Courtney abriu a porta com um pouco de violência por estar com raiva.
- Cadê a mocinha? - ela disse um tanto rispidamente.
Ela viu os rostos de Gina, Rony e Hermione virarem-se para vê-la.
- O que foi que aconteceu? - ela exigiu.
- Um pouco de educação às vezes ajuda. - Gina levantou-se com um cenho formando-se em seu rosto.
- O que ele tem, Weasley? - ela referiu-se a Rony, ignorando totalmente Gina.
- Ele só desmaiou. Segunda ele deve estar saindo daqui...
- Segunda? - alarmou-se. - Mas o trabalho é para entregar quarta-feira! A planta - Courtney começou a andar de um lado para o outro. - demora três dias para florescer. E nós precisamos fazer tudo juntos.
- Fale com Sprout. - sugeriu Hermione.
- Não. Prefiro levar uma péssima nota do que pedir para entregar depois. Isso não é bom. O que exatamente aconteceu?
Rony explicou. Ao final, Courtney falou:
- Que livro era esse?
- Nós não sabemos. - foi Gina quem disse.
- Pegue-o para mim. - mandou. - Eu quero dar uma olhada nele.
Gina ia responder-lhe, mas Hermione impediu-a.
- Vá. - sussurrou.
Muito a contragosto, ela foi e trouxe os quatro livros que antes haviam sido usados pelo namorado e pelo irmão. Courtney analisou dois deles, mas não encontrou nada de mais, porém quando começou a folhear o terceiro livro, começou a Ter um tipo de flashback:
- Hoje é seu dia, menina. - ela ouviu a doce de uma mulher dizer. E depois ela ouviu um riso - Eu blefei, contando a eles que eu tinha um herdeiro. É uma herdeira. Agora faça o que é preciso sem temer o futuro.
- Thomson! - ela sentiu alguém tentando acordá-la.
Courtney abriu os olhos.
- Pare com isso, eu estou bem.
- Não pareceu, você ficou pálida. - Gina falou
- Tem certeza que você está bem? - Rony perguntou.
- E-estou. - ela olhou no relógio. - Eu preciso ir, vou continuar o trabalho sozinha.
E deixou a Ala Hospitalar.
- Essa garota é louca. - comentou Gina ao ver a porta se fechar.
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Um grupo de sete homens, liderados por Nashwone, haviam acabado de chegar em frente a um grande castelo que tinha enormes portões. Matt abriu-os sem trabalho algum e seguiu em direção a uma sombria escada que deveria levar aos aposentos. Ao entrar no que deveria ser um salão, ouviu a voz de Voldemort, que descia uma outra escada em caracol.
- Vejo que trouxe os homens. Exatamente como mandei.
- Sim, mestre. - Matt fez uma pequena reverência - Os outros ficaram na Austrália, de olho nos Aurores.
- Muito bem. Subam para que eu possa lhes dar os últimos detalhes do rapto.
Os homens obedeceram sem dizer mais nada.
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Hermione apanhou o livro que Courtney havia tocado pela terceira vez e observou-o.
- O que foi, Mione? - a voz de Gina veio distante.
- Nada. É que Courtney ficou daquele jeito depois de folhear esse livro. - Hermione fechou-o para ver sua capa. Era "Grandes Personalidades do Século XVIII e XIX".
- Há alguma coisa errada com ele? - perguntou Rony.
- Eu não sei. Gina, você sentiu alguma coisa quando tocou-o?
Gina balançou a cabeça negativamente.
- Eu também não senti nada. - Hermione falou e depois olhou para
Rony, como se fazendo a mesma pergunta.
- Nem olhe para mim.
Hermione bufou:
- É, talvez tenha sido somente coincidência.
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Os garotos estavam todos reunidos nas masmorras da Sonserina, conversando. Justin e Victor estavam se gabando por serem os únicos dos seis que iam com as garotas que faziam parte da aposta.
- Draco... Eu não entendo... - começou Blás - Como você está apostando na Lovegood e está indo ao Baile com a Paterson?
- Isso se chama tática, caso não saibam.
- Ha, tática... - Justin riu - Como se eu não soubesse... A Lovegood deve Ter dado um pé na bunda dele...
Os outros não conseguiram conter o riso.
- Isso, riam... - Draco levantou-se - Quem ri por último ri melhor.
- Não, - corrigiu Joey - quem ri por último é retardado...
Eles riram mais escandalosamente, agora. Draco ignorou-os e foi para seu dormitório.
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Crystal vibrou:
- Amiga, você vai com o Heringer? - ao sinal positivo de Mary, ela gritou - Ah, eu sabia que você ia esquecer aquele Weasley idiota...
- Êpa! Eu não disse isso. Eu só vou com o Joey porque o Rony com certeza vai estar lá também...
Crystal revirou os olhos.
- Que besteira, Mary. Se ele for ele vai com a namoradinha dele.
- Eu dou meu jeito de ficar sozinha com ele...
- Parece que o que eu falo entra por um ouvido e sai por outro.
- Exatamente. Agora me ajude a arrumar alguma coisa para mim usar essa noite...
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Luna havia sido convidada para ir ao Baile com o goleiro da Corvinal, Trevor Ross. Ela realmente não queria ir mas ele insistiu tanto... Luna temia mesmo era ver Draco com outra garota, o que ela sabia que ia acontecer.
Mas mesmo assim ela ia tentar não dar muitas pistas que estava morrendo de ciúmes dele.
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"O que será que aquilo queria dizer?" pensava Courtney, indo em direção a lugar nenhum.
- Courtney? - perguntou Ben
Ela, mergulhada em seus devaneios, não ouviu e seguiu. Ben pensou que aquilo era por causa da tentativa frustrada dele de querer beijá-la.
- Você não vai falar comigo? - ele segurou um de seus pulsos.
- 'Solta. - ela puxou seu braço de volta - Eu não tenho tempo para conversar com você.
- Está com raiva de mim porque eu tentei te beijar?
- Não... Quer dizer, sim... Eu... ah, sei lá...
Courtney retomou seu caminho.
- Eu desisto de tentar entender essa garota.
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A noite chegou e alguns, principalmente as meninas, estavam ansiosos. Apesar de ser segredo, Tonks havia contado a seus alunos que a banda WITCH, que era formanda só por meninas, ia se apresentar.
Lilá e Parvati estavam se arrumando e Hermione organizava um monte de papel que estavam espalhados pela sua escrivanhinha.
- Você não vai se arrumar, Hermione? - foi Lilá quem disse, enquanto arrumava os cabelos.
Parvati só olhou-a, como se fizesse a mesma pergunta.
- Não, Rony vai ficar na Ala hoje e eu não quero ir sem ele...
- Acho que nem poderia, se quisesse. - comentou Parvati, fazendo as três rirem, mas quando os olhares de Lilá e Parvati se encontraram, elas ficaram sérias.
- Vocês me contem como foi, depois..
- Nos mínimos detalhes. - garantiu Lilá. - Tchau.
- Tchau.
Parvati não respondeu, mas um instante depois ela também saiu.
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Dylan estava de braços dados com John quando viu Blás com uma garota qualquer. Ele levantou uma sobrancelha para ela, que virou a cara.
Ela entrou no Salão Principal, que estava muito bonito: havia mesas com pequenos arranjos laranjas, pretos e roxos e abóboras com velas dentro, ao estilo trouxa. Aliás, essas cores predominavam na decoração. Bem no meio haviam uma pista de dança com muitas luzes e mais a frente haviam um palco com cortinas que pareciam de seda. O céu estava mais escuro que o normal e de vez em quando morcegos podiam ser vistos pelo Salão. Do lado esquerdo, uma imponente mesa fora colocada, com os comes e bebes.
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Rony estava termindo uma tarefa de feitiços, quando Hermione entrou devagar.
- O que você está fazendo aqui, senhorita? - ele imitou uma voz mandona.
- Eu não tinha nada para fazer e as meninas já foram para o Baile... - ela chegou devagar e deu um beijo nele. - Onde está Madame Pomfrey?
- Ela foi até Hogsmeade comprar algumas ervas... Já que você está aqui... - ele falou quando Hermione sentou-se no seu colo - você pode pegar um livro de Feitiços para mim? - Rony fez uma carinha irresistível a namorada.
- Tudo bem, mas quando eu chegar, nós vamos namorar, ok? Você faz as tarefas depois.
Rony levantou uma sobrancelha e respondeu:
- Você que manda.
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Já haviam bastante alunos pelo Salão e Dylan viu algumas de suas amigas por lá. Os professores estavam numa mesa à direita, observando a movimentação. De repente, as cortinas começam a abrir e Tonks, que estava alta, com cabelos encaracolados, pretos, falou, podendo ser ouvida por todos:
- Eu espero que vocês aproveitem a noite de hoje, que foi organizada com muito carinho. - ela sorriu - Agora, vocês terão a apresentação das WITCH e considerem o Baile iniciado.
E saiu do palco. Cinco garotas, uma diferente da outra entraram. Duas delas com guitarras, uma com um baixo, uma foi para a bateria e uma sem nenhum instrumento. Todas tinham um microfone à sua frente, inclusive a baterista.
- Oi, gente. - começou uma menina de cabelos curtos e ruivos, que empunhava uma guitarra, e foi respondida com uma gritaria geral - Nós somos as WITCH e eu sou Will.
- Irma. - continuou uma.
- Taranee. - respondeu a baterista.
- Cornelia. - era a baixista.
- E Hay Lin. - era a outra guitarrista.
O Salão, que já estava cheio de alunos, irrompeu em gritos.
- E - recomeçou Cornelia - a primeira música que vamos tocar, foi o nosso primeiro sucesso: Love Potion.
Outros gritos. Snape achou aquele título ridículo e odiou cada parte da música. Mary olhava para todos os lados atrás de Rony.
- O que foi? - perguntou Joey.
- Ah, eu perdi a Crystal de vista. - inventou.
- Você quer ir atrás dela?
- Oh, sim.
- Mas não demore.
Ela praticamente correu em direção a amiga.
- Você viu o Rony? - ela perguntou o mais baixo possível.
- Eu soube que ele não vem. Ele vai ficar lá na Ala porque o Harry desmaiou hoje de novo.
Crystal nem bem tinha terminado e Mary já havia ido embora. Mary abriu a porta rapidamente, assustando Rony.
- Merda! - ele havia borrado o pergaminho.
Rony virou-se e avistou a loira.
- Desculpe. - ela disse.
- Não, tudo bem.
Mary fechou a porta atrás de si.
- Como ele está? - ela apontou com o queixo para Harry.
- Ah, está bem. Segunda ele deve estar saindo daqui...
- Humm. - Mary aproximou-se dele e sentou numa cama, perto da poltrona onde Rony estava.
Ele percebeu a roupa que ela usava e quebrou o silêncio:
- Não era para você estar no Baile?
- Ah, - ela olhou sua própria roupa - era... mas está tudo tão chato lá...
- Hum. - Rony continuou a escrever.
- E onde está sua namorada? No Baile? - havia um pequeno sorriso se formando no canto de seus lábios.
- Não, ela foi pegar uns livros para mim. Daqui a pouco deve estar chegando...
Mary arregalou os olhos, pensando "Agora isso vai ficar interessante..."
- O que você está fazendo?
- Tarefa de Feitiços.
Em resposta, ela fez algum barulho nasal.
- Eu posso fizar aqui com você? - ela perguntou, deitando num leito - Eu estou morrendo de dor de cabeça...
- Tudo bem. - ele nem ao menos olhou-a de tão concentrado que estava.
Ela percebeu:
- O que aconteceu com o Harry?
Rony, mesmo sem a mínima vontade de conversar, contou.
- Nossa, vocês passam o tempo todo fazendo tarefas! - ela sentou-se na cama.
- Se nós não estamos fazendo os muitos deveres, nós estamos treinando ou atrás de pequenas pestes que nunca ficam quietas...
- Mas deve ser bem legal ser monitor... Poder tirar pontos, dar pontos, dar detenções...
- Às vezes é divertido. Mas nós também temos as nossas obrigações.
- Bem, mas para você e a Hermione deve ser bem mais interessante: vocês podem namorar à vontade e não tem ninguém para atrapalhá-los.
- Na verdade tem, nós não somos os únicos monitores e ainda têm os professores...
- Ah, você entendeu o que eu quis dizer. E pegar aqueles pervertidos se agarrando pelo corredor... Eu mesma já fui pega uma vez pelo seu irmão. Não me leve a mal, não, mas ele era bem chato.
- Ele pode ser bem pior, acredite.
- De todos vocês, os mais engraçados com certeza, eram Fred e Jorge. Acho que Hogwarts nunca mais vai Ter duas figuras como aquelas.
Hermione abriu a porta devagar, mas ainda assim deu um susto em Mary.
- Eu estou atrapalhando alguma coisa? - ela entrou com um livro na mão.
- N-não, não. - respondeu Mary, deitando-se de novo. - Nós só estávamos conversando...
- E o que você está fazendo aqui? - perguntou Hermione mais ríspida do que queria.
- Eu só estou com um pouco de dor de cabeça. Daqui a pouco passa.
- Aqui está seu livro. - Hermione entregou-o a Rony.
Quando ele pegou-o, Hermione aproximou-se dele e deu-lhe um beijo de tirar o fôlego. Mary começou a interessar-se pela fronha da cama.
- Eu tenho que ir. - ela despediu-se. - O Salão Comunal está uma zona.
- Ok. Amanhã a gente se vê.
- Tchau. Depois eu venho pegar o livro, eu também não terminei a tarefa.
- Tchau.
Eles jogaram beijos no ar e Hermione foi embora.
Narcisa estava terminando de tomar seu banho quando ouviu um estrondo na parte da frente de sua casa, que mostrava que a porta fora arrombada. Pelas muitas vozes, eram vários homens. Ela rapidamente pôs um roupão e saiu, sem fazer barulho, do banheiro, indo em direção ao quarto para refugiar-se.
- Procurem a mulher. - mandou Matt à três homens.
Eles obedeceram. Dois deles foram para o quarto, e Narcisa pôde ver, por uma pequena fresta do assoalho, que eles estavam desorganizando tudo. Eles não acharam ninguém e voltaram a falar com seu mentor.
- Voltem lá e olhem cada canto do lugar.
Os homens voltaram e um deles, ao andar sobre o esconderijo de Narcisa, percebeu que o piso era falso.
- Me deixem, seus brutamontes. - ela gritava enquanto os dois tiravam-na de lá com dificuldade.
Ambos, segurando-a pelos pulsos e depois ajudados pelo outro que segurou seu tronco, levaram-na para a sala.
- Aqui está você. - disse Matt, vendo uma Narcisa totalmente descabelada a sua frente - Você morde? - ele tocou seu queixo e ela virou - Ah, chegamos na hora do banho, é? - com uma cara doentia, Matt deslizou suas mãos por dentro do roupão. - Hum, ainda dá para o gasto... - ele falou, enquanto acariciava-a.
Narcisa estava se debatendo, mas de nada adiantava.
- O que vocês querem de mim? - ela perguntou com a voz trêmula.
- Creio que você não saiba... Então, vamos levá-la até o nosso mestre. - Matt mostrou a Marca Negra em seu braço.
Narcisa boquiabriu-se.
- Agora, atrás do que o Lord das Trevas pediu, vamos! - ordenou.
Os homens jogavam as coisas para todos os lados, mas ainda haviam os três homens que seguravam a mulher.
- Não, minhas coisas! Me solta, seu maldito!! - Narcisa se debateu de novo.
- Fique quieta ou eu lhe lanço maldição. E eu não quero fazer isso; ainda tenho muitos planos para você. - novamente ele olhou para o roupão que escorregava pelos ombros da loira, deixando a mostra apenas suas roupas íntimas.
- Você vai se arrepender disso, seu verme. - ela sibilou
- Ah, ela me chamou de verme! Eu nunca mais poderei me olhar no espelho, agora. - ele fingiu estar desesperado.
Os três que seguravam-na riram. Mais uma vez ela tentou se livrar deles e por pouco teria conseguido.
- Segurem-na seus incompetentes!
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Madame Pomfrey havia acabado de pegar as últimas ervas de que precisava.
- São cinqüenta e sete galeões e dois sicles. - disse a atendente da loja, entregando as sacolas com as mercadorias.
- Aqui. - Papoula deu o dinheiro e saiu da loja ouvindo o sino da porta.
Enquanto andava, percebeu uma movimentação por perto da casa onde Narcisa estava hospedada. Ela precisava mesmo visitar Narcisa, porque Dumbledore mandara, e aproximou-se. Quando estava a um pouco mais de cem metros da casa, ouviu gritos. Poppy assustou-se e ia chegar mais perto para identificar o dono ou dona da voz, mas não precisou.
- Me solta, seu maldito!! - era Narcisa Malfoy.
A enfermeira deixou cair as compras e, antes que pudesse ser vista, encondeu-se num breu. A imagem de alguns vultos tentando segurar uma pessoa que se esperneava ainda estava fresca na sua mente.
Dentro da casa:
- Segure-na seus incompetentes! - bradou Matt a três de seus homens, enquanto ele e outros quatro vasculhavam a casa toda, deixando tudo bagunçado.
- O que o maldito do meu marido fez? - Narcisa estava com a voz quase chorosa.
- Na verdade, foi o que ele não fez. Mas pelo menos ele conseguiu escolher uma boa esposa. Então, acharam alguma coisa? - ele perguntou aos capangas.
- Nada.
- Não.
- Nadica.
- Vamos, então. - ele acenou para os outros e eles levaram Narcisa para fora da casa, ainda com o roupão. - Terei muito prazer em levá-la ao Lord, ao meu modo, lógico. - os homens soltaram-na, mas Matt já a segurava e ela não pôde escapar.
Matt segurou-a com força na altura do cotovelo e beijou-a com violência. Quando soltou-a, estavam no antigo castelo onde estiveram desde mais cedo.
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Harry estava sonhando.
- Daqui a pouco tempo, segundo as estrelas, o herdeiro de Helga entrará em ação. - falou um homem de cabelos negros, um pouco longos.
- Não creio que ele terá inteligência o bastante para deter os futuros acontecimentos. - resmungou um outro, esse com uma face envelhecida e cabelos ruivos.
- E quem terá tamanha sagacidade? O seu herdeiro? - disse com a voz debochada, o primeiro.
- Talvez ele seja mais perspicaz que o seu. O seu escolhido não tem capacidade para nada, além de ser um bom perdedor.
- Perdedor? Veja só quem vos fala! - bradou.
- Salazar e Godric, parem de uma vez com isso! - brigou uma mulher de cabelos pretos e olhos profundos.
Eles se olharam mais uma vez, furtivamente.
- Assim está melhor. Vamos observar como o escolhido de Helga se sairá. - falou, pondo um fim àquela discussão.
Então ele acordou, mas não conseguiu abrir os olhos.
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No Baile, Joey estava que nem louco atrás de Mary.
- Você viu a Mary? - ele perguntou a Crystal
- Cara, é a quinta vez que você me pergunta e é a quinta vez que eu respondo: eu não sei. Se você não deu conta dela, aí eu não posso fazer nada...
Joey fez cara de insatisfeito e foi embora.
- Mary, eu vou te matar... - falou para si mesma.
Luna deixou Trevor na mesa, dizendo que ia pegar uma bebida.
- Humpf. - bufou, enquanto pegava sua bebida.
- Com problemas, Lovegood?
Ela levantou a cabeça e viu Draco, com uma sobrancelha levantada, bebendo algo e uma cara de puro deboche.
- Licença. - ela passou por ele e fez questão de "esbarrar" em seu ombro.
- Ei. - ele pegou sua mão. - O que você está fazendo com aquele otário do Ross?
Luna riu-se por dentro. Era sua impressão ou ele estava com ciúmes?
- Ele me convidou e eu vim. Aliás, eu não devo satisfações a você.
Ela afastou-se e, sem Trevor ver, saiu do Salão Principal para andar pelos jardins. Draco esqueceu-se da sua acompanhante, Patricia Paterson, e seguiu-a.
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Rony e Mary estavam conversando há algum tempo. Ambos sentados no mesmo leito, do lado direito de Harry, de costas para a porta. Mary estava sentada sobre as pernas.
- Você se lembra do meu teste? - Mary disse divertida - Eu parecia uma retardada no meio de todas aquelas pessoas.
- Mas você jogou bem.
- É... bem mal. Eu estava completamente perdida. Até agora eu não sei como consegui entrar para o time.
Mary observava Harry dormindo e percebeu a expressão confusa que ele mostrava.
- Por que ele 'tá assim? - ela mostrou a Rony o semblante de Harry.
- Provavelmente deve estar sonhando.
- E você fala isso com essa calma?!
- Acredite, eu já estou acostumado com isso.
Ela sorriu, mordendo o lábio inferior. Mary bocejou e olhou para Rony.
Encostou a cabeça no ombro dele. Logo que ela encostou-se, Rony ia se afastar, mas não deu tempo.
- Tudo aqui é tão... silencioso e pacífico. - ela sussurrou.
- Seria tão bom se tudo fosse assim. - ele disse mais para si mesmo do que para ela.
- Hum-rum. - ela ficou observando o perfil de Rony, ainda com a cabeça encostada em seu ombro.
Ele ficou bastante sem-graça e suas orelhas ficaram vermelhas. Harry havia acordado, mas parecia que alguma coisa o impedia de abrir os olhos. Era como se suas pálpebras pesassem mais do que ele próprio e ele não tinha forças para levantá-las. Mas ele conseguia ouvir algumas vozes. Pelo menos havia alguém ali.
Mary esticou-se e conseguiu alcançar a boca de Rony, iniciando um longo beijo. Ela também lançara-se sobre ele, abraçando-se ao seu pescoço.
- Mary, não... - Rony começou entre os beijos, mas foi interrompido pelo barulho da porta se abrindo.
Hermione. Num primeiro instante ela ficou paralisada, e então Mary afastou-se, colocando uma mecha de seu cabelo loiro para trás.
- Rony... O que...? O que diabos você pensa que estava fazendo? - as palavras custavam a sair e os olhos de Hermione começaram a ficar rasos d'água.
- Hermione, não era exatamente...
- Vá para o inferno, Weasley. - e bateu a porta, correndo em direção alguma.
- Mary, veja o que você fez! - ele praticamente gritou.
- Desculpe, eu... - ela suspirou - Desculpe. Se tiver algo que eu possa fazer...
- Não há nada que você possa fazer!! - e saiu da Ala Hospitalar batendo a porta.
Rony viu Hermione andar rapidamente para alcançar o fim do corredor.
- Hermione!
Ela nem sequer olhara para trás. Hermione passava a costa das mãos para enxugar as enormes lágrimas que brotavam de seus olhos.
- Hermione, me escute. - ele pegou seu braço e virou-a gentilmente.
A garota tentou esconder seu rosto:
- O que você aindar quer comigo?
- Nós precisamos conversar...
- Não, não precisamos não. Eu não preciso de mais problemas, ok? Não preciso de mais sofrimento. Eu quero esquecer que eu vi alguma coisa. Aliás, eu quero esquecer que nós namoramos; esquecer você, entende?! - e retirou seu braço. - E quero esquecer que você existe.
- Hermione, - Rony se pôs na frente dela - foi tudo um mal entendido.
- Mal entendido? - ela quase bradou, enquanto batia nele a propósito de nada. Lágrimas grandes percorriam seu rosto e ela olhava para ele com profundo ressentimento; Rony se sentia pior a cada milésimo de segundo - Mal entendido foi eu... eu Ter namorado você! Tome esse seu pingente idiota! - ela pôs uma mão por dentro do uniforme e arrancou com violência um fino cordão que tinha um pingente em forma de anjo; ele havia dado a ela no seu aniversário. - E faça um favor a nós dois: não olhe mais para mim, não se aproxime nunca mais de mim, entendeu?
- Não precisa me devolver isso. - ele falou em voz baixa.
- Eu faço questão. - ela pegou a mão dele, ainda com raiva, pôs o pingente juntamente com o cordão e fechou sua mão. - Agora você pode voltar lá e terminar o que estava começando.
Hermione jogou a mão dele e fez menção de voltar a seu caminho. Rony ainda insistiu e segurou novamente, relutante, o braço de sua amada.
- Solte meu braço. - ela não se virou, continuou encarando o início do corredor.
- Nós precisamos conversar. - repetiu.
Ela se virou para encará-lo, a fúria estampada no rosto.
- Não faça eu me sentir mais idiota. Eu sei o que eu vi.
- Você tem que me escutar!
- Licença. - disse secamente e retirou seu braço das mãos dele.
- Mione, - ele bradou - você vai se arrepender por Ter sido injusta comigo!
- Eu me arrependo é de Ter acreditado na sua ladainha por quase um ano! - Hermione andava de costas e depois de gritar a última parte, virou-se para o primeiro corredor e seguiu-o rapidamente.
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Hermione correu para lugar nenhum assim que dobrara o corredor. Quando subia as escadas em direção ao Salão Comunal, foi vista por Gina, que ainda estava no início dos degraus.
- Hermione. - chamou.
Ela percebeu quem a chamava e, com os olhos inchados e o rosto marcado pelo caminho das lágrimas.
- Hermione! - Gina aproximou-se, assustada. - O que aconteceu? - ela alcançou-a.
- Vamos subir, eu lhe explico.
E subiram o restante dos degraus.
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Madame Pomfrey chegou exasperada à escola.
- Rúbeo me ajude, por Merlin. Eu estava voltando e pegaram Narcisa e havia havia um homem e...
- Calma, Papoula. O que houve?
- Eu preciso falar com Dumbledore, o mais rápido possível.
- Venha, eu levo você até a sala dele. Mas acalme-se mulher!
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Luna chegou ao jardim da escola e ficou observando-o, em pé. Draco chegou algum tempo depois.
- Quer praticar comigo? - ele referiu-se aos muitos casais que estavam se agarrando nos gramados e nos bancos.
Ela olhou-o com desprezo.
- Tudo bem, então. Eu prefiro os beijos de Patricia...
- Não. - ela interrompeu-o - Fique.
Draco sorriu tortamente.
- Isso não quer dizer que você pode fazer o que quiser comigo. - ela também sorriu.
- Eu só quero fazer uma coisa com você... - ele falou de um jeito safado.
- Ah, é? - Luna levantou uma sobrancelha - E o que é?
Em resposta, Draco passou uma mão por debaixo de seus joelhos e a outra na altura de seus ombros, carregando-a literalmente. Ela segurou-se no pescoço dele, rindo. Draco foi andando em direção as arvores mais escuras.
Andando, andando...
- Draco, seu imbecil! - gritou Luna, de dentro do lago.
Ele havia jogado a garota lá. Draco ria. "Ah, é?" pensou ela "Eu faço melhor!". A essa altura, eles já haviam chamado a atenção de muitos e outros preferiam continuar se agarrando.
- Draco! - Luna fingiu se afogar - Eu não sei - ela afundou - nadar!
Luna afundou de vez, deixando apenas algumas borbulhas no lugar onde estivera.
- Luna? Luna. Luna!! - ele gritou
Draco tirou o blazer que usava e jogou no chão, se atirando na água.
- Luna? - ele emergia e imergia novamente. - Luna! - ele mergulhou mais uma vez.
Quando ele veio à tona, totalmente desesperado, viu Luna à beira do lago, com os braços cruzados sobre o peito, totalmente encharcada.
- Ei, só quem faz as brincadeiras sem-graça aqui sou eu! - ele protestou.
- Não mais. - ela respondeu. - Vamos, saia daí.
- Pelo menos me ajude, então.
- Com todo o prazer.
Luna ofereceu uma mão e ele aceitou, mas quando ele estava se recompondo, Luna empurrou-o com força para ele cair novamente.
- Isso foi por Ter me jogado na água. - justificou.
- E o resto foi pelo quê? - ele agora saía sozinho.
- Ah, por que meu sonho era afogar você nesse lago.
- Você só tinha vontade de fazer isso comigo? - perguntou, fingindo-se de decepcionado e sorrindo largamente.
- Você é tão... nojento! - disse Luna, secando suas roupas.
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- Professor Dumbledore. - Pomfrey entrou rapidamente na sala circular - Narcisa Malfoy foi levada por Comensais de Você-Sabe-Quem.
Apesar de ouvir isso perfeitamente bem, Dumbledore continuou sereno.
- Rúbeo, chame os outros professores, por favor. - pediu com uma voz calma. - Agora, acalme-se Poppy e me conte o que você viu.
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Courtney estava sentada numa escada que ficava próxima ao Salão Principal e viu Hagrid passar com pressa. Ela, que conhecia o professor de Trato de Criaturas Mágicas desde quando era menor, foi falar com ele:
- Ei, Hagrid.
Ele virou-se.
- Eu não tenho tempo para conversar agora, Courtney. É sério.
- O que foi que aconteceu?
- Eu não posso responder agora. Preciso falar com os professores.
- Eu vou lá com você, então.
E seguir o guarda-caça. Hagrid se aproximou da mesa dos professores, onde Snape estava mais carrancudo que nunca, Tonks estava mais animada, mexendo-se um pouco conforme a música das WITCH, McGonagall observava a tudo e a todos atentamente, a professora Vector conversava animadamente com Flitwick...
- Professora Minerva, Dumbledore está chamando pela senhora na sala dele. A senhora Malfoy foi levada de Hogsmeade.
Courtney levou uma mão à boca.
- O que você disse? - Snape intrometeu-se.
- Exatamente o que ouviu. Ele pediu que eu chamasse alguns professores.
- Vamos, Hagrid. - respondeu McGonagall
- Eu também vou. - Snape levantou-se.
- Eu vou ficar aqui, depois eu organizo a saída dos alunos. - era Tonks.
- Professor, eu posso acompanhá-los? - perguntou Courtney
- Não seja petulante, garota. - Snape disse com aspereza.
- Por favor. - ela suplicou. - Eu acho que sei uma maneira de encontrar a senhora Malfoy.
Minerva olhou-a e depois concluiu:
- Tudo bem. Algo me diz que você pode nos ajudar.
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- Eu não acredito que Rony tenha feito isso! - falou Gina, levantando-se da poltrona de onde estivera sentada.
- Gina, shhh! - pediu Hermione.
Gina sentou-se.
- Hermione... Rony nunca faria isso com você! Eu o conheço. Isso não é do seu feitio.
- Mas ele fez. E agora - ela tentou dizer aos soluços - está tudo acabado. Ah, maldito livro de Feitiços! Por que eu tinha que ir pegá-lo!! - brigou consigo mesma.
- Você precisa conversar com ele, Mione.
- Não comece com isso você também, Gina.
- Mas é a coisa mais sensata a se fazer.
- Eu penso nisso depois. - Hermione levantou-se - Agora, eu preciso dormir. Já está tarde. Boa noite.
- Boa noite.
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Por algum motivo, Dumbledore abriu um largo sorriso ao ver Courtney entrar em sua sala.
- Olá, Courtney. - cumprimentou o diretor.
Madame Pomfrey ainda estava lá.
- O que aconteceu com Malfoy, Alvo? - perguntou McGonagall.
- Ela foi levada por Comensais, hoje, à pouco.
- E o que nós vamos fazer quanto a isso? - Snape estava preocupado.
- Que tal perguntarmos à srta. Thomson? - Dumbledore propôs, sorrindo e unindo as mãos a sua frente.
Courtney foi pega de surpresa.
- Bem, e-eu pensei que nós poderíamos fazer uma poção de ligação. Precisamos apenas de um fio de cabelo de Draco Malfoy para executarmos a Pontifex Pater. E também nós faríamos feitiços rastreadores em nós mesmos para podermos localizarmos quem estiver mais perto da sra. Malfoy.
- Isso qualquer um poderia propor... - disse Snape.
- Mas eu preciso ir até lá. - justificou Courtney.
- E por que justamente você? - ele falou com nojo.
- Porque eu sou a herdeira de Helga Hufflepuff.
Os professores fizeram barulhos de exclamação, mas Snape foi o primeiro a questionar:
- E como você tem tanta certeza disso?
- Porque eu tive uma Visão.
- Ha, Visão... - zombou Snape - Pessoas não tem Visões há séculos.
- Professor Snape, - Dumbledore aumentou o tom de voz, mas continuou calmo - não estamos aqui para discutir Visões. Viemos aqui porque Narcisa não pode continuar nas mãos de Voldemort.
Hagrid se contraiu um pouco.
- Srta. Thomson, você vai acompanhar a professora McGonagall. Snape, dê um jeito de pegar um fio sequer do garoto Malfoy e faça a poção; não hesite em pedir ajuda a Sprout. E Hagrid, depois que tudo estiver pronto, você vai acompanhar Snape e irá atrás de Narcisa junto com ele.
Todos assentiram e saíram da sala. Ao ver a porta fechar-se, Dumbledore abriu a terceira gaveta a sua direita e analisou de novo os pergaminhos.
Guardou-os de novo e falou para si:
- É, o encontro dos herdeiros não está muito longe.
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Algumas horas depois, quando estava tudo pronto, os professores e Courtney estavam na orla da Floresta Proibida. McGonagall já havia feito o feitiço de rastreamento. Agora, Snape estava trazendo a Poção. Ele colocou-a no meio de um semi-círculo e começou a murmurar algumas palavras.
Quando ele afastou-se, uma luz verde irrompeu do vasilhame e subiu pelos céus. Começou a turvar-se na altura da copa das árvores e então, virou-se para o nordeste.
- Vamos para lá. - falou Snape.
Tocando o recipiente, os professores foram "transportados" para o lugar onde a poção indicava. Não tiveram o sucesso esperado. Eles foram deixados num lugar vazio e escuro, que lembrava a Floresta da escola, mas esta, onde estavam, era mais destruída e seu solo era cinza.
- A poção só chega até aqui. O lugar onde eles estão deve estar protegido magicamente.
- Eu e Thomson iremos nessa direção. - Minerva apontou para o norte.
- Então nós vamos para o sul. - Snape comunicou.
E assim o fizeram.
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