Amores e...
Pronto. Estava feito. Olhou a carta mais uma vez. Sua caligrafia estava perfeita. E ela realmente dava umas pistas do que ele sentia. Mas seria só isso e nada mais. Lupin era tímido demais para dizer com todas as palavras que estava gostando de Tonks - pelo menos era o que achava -. Se ela entedesse e o correspondesse... Ah, estaria tudo bem. Mas se ela não gostasse del..
"Não seja pessimista." Um outro pensamento interrompeu o primeiro. Ele, por fim, assinou seu nome e mandou uma coruja com o pergaminho.
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Draco estava dirigindo-se para o Salão Principal, que àquela hora da manhã, estava praticamente sem nenhum aluno. Rastejando, foi até a mesa da Sonserina. Após algum tempo tomando café, viu Luna ir até a mesa da Corvinal, e sentar-se com algumas garotas. Havia duas semanas depois de sua detenção, e eles ainda não haviam conversado novamente. Não que Draco quisesse realmente conversar, ele queria tomar logo uma atitude quanto à ela. Alison não iria participar; Pansy, logicamente não deixara.
Depois que eles - ela e Draco - haviam terminado, ela tinha que segurar qualquer um. Blás estava tentando algo com Dylan Mabbianie, uma morena da Corvinal, que agora estava conversando com Luna. Victor Dalton estava tentando aproximar-se de Lilá Brown, uma Grifinória muito bonita. Justin Vangier pelo jeito estava conseguindo fisgar Lindsay Williams, uma Lufa-lufa bem charmosa. Ben Taylor estava atrás de Courtney Thomson, uma Lufa-lufa mais esquisita. E, por fim, Joey Heringer queria conquistar Mary Rusterd, a batedora da Grifinória.
"Tenho que fazer alguma coisa, rápido." Pensou ele.
Luna despediu-se das amigas e saiu do Salão Principal; estava indo em direção à biblioteca. Draco sorriu para si e levantou-se da mesa, também. Seguiu Luna, tomando uma certa distância. Quando percebeu que não havia mais ninguém no corredor, aproximou-se. Agarrou sua cintura por trás e beijou sua nuca, rapidamente.
- Por que você não pára de fazer isso? - ela falava devagar, enquanto torcia seu pescoço numa tentativa de afastá-lo.
- Porque você não me deixa continuar; sempre me interrompendo... sempre me interrompendo... - agora ele virava-a para que pudesse encontrar seus lábios.
- E é o que eu vou continuar fazendo. - ela disse em seu ouvido, depois que ela já estava de frente para ele.
Luna empurrou-o e voltou a seguir seu caminho. "Ela não me escapa." Ele pensou.
- E não me siga!! - Luna falou por fim, como se adivinhasse o que ele iria fazer.
- Por que você está me evitando, desde a nossa detenção? - ele puxou um braço dela, obrigando-a a encará-lo.
- Deixa eu ver... - Luna fingiu pensar - Talvez porque você não pára de me atacar, sempre que estamos sozinhos. O que você quer, hein? Depois de Gina, agora eu sou seu novo joguinho, é? Pois eu vou lhe dizer uma coisa: - Luna apontou o dedo indicador para Draco - eu não quero que isso que acabou de acontecer se repita. Eu não sei o que você pretende com tudo isso, mas eu vou descobrir. E é bom que você esteja bem longe para que eu não faça um enorme estrago em você. - Luna puxou seu braço e foi embora.
Draco a viu dobrar o corredor. A impressão que ele teve ao ouvir tudo aquilo, era que ela já sabia sobre a aposta.
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Hogwarts estava bonita naquela manhã de setembro. Tonks estava mudando sua aparência e quando abriu seus olhos, depois de contemplar seu cabelo roxo, viu uma coruja familiar em sua mesa, próxima de alguns livros.
Já sabia de quem era. Abriu a carta e leu:
Nymphadora,
Tonks ficou realmente com raiva de Lupin iniciar a carta chamando-a pelo primeiro nome.
Por aqui está tudo correndo bem. Alastor disse que não virá ninguém para substituí-la nas tarefas. Segundo ele, você é insubstituível. Tenho que concordar com ele.
Espero que esteja correndo tudo bem por aí. Realmente não é fácil ser professor de Defesa Contra as Artes das Trevas em Hogwarts. É muita responsabilidade. E, pelo que tenho ouvido, você está desempenhando a função com louvor. Quanto à comparação entre você e eu, não tenho muito a dizer. Eles só tiveram um professor decente, diferente dos anos anteriores.
Agradeço à foto que me mandou; você está realmente bonita.
Mande notícias.
Remo J. Lupin
Tonks leu e releu a carta. Era imaginação dela ou ele estava se decla...? "Que besteira!" Ela interrompeu seu devaneio, antes que pudesse Ter esperanças demais. Mesmo assim, queria dar pulos de felicidades pelos "Tenho que concordar com ele" e "Você está realmente bonita."
Prometeu a si mesma que mostraria a carta para Gina e Hermione, mais tarde.
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- Ah, meu Deus!! - vibrou Hermione. Ela e Gina estavam lendo a carta, as duas de bochechas coladas. - Tonks ele está...
- Não, não está. - ela interrompeu, presumindo o que Hermione iria falar.
- Ah, está sim! - continuou Gina. - Ele está dizendo com todas as letras que gosta de você...
- Não, ele só está fazendo um comentário...
Hermione e Gina olharam-na, ambas levantando as sobrancelhas, em surpresa.
- Me engana, Tonks... - falou Hermione
Tonks sorriu.
- Digamos - eu disso digamos, Hermione! - que ele realmente esteja... - Tonks gesticulou ao final da frase. - Ele tem que vir falar comigo, não tem?
- Talvez sim, talvez não. - disse Gina - Você pode tomar a iniciativa, também.
- Mas não fica parecendo que eu estou me oferecendo?
- Não, se você souber fazer isso com delicadeza. Tem homens que gostam de mulheres assim...
- E Lupin tem cara de quem é tímido... - lembrou Hermione.
- Acho melhor esquecermos isso por enquanto. - Tonks pegou o pergaminho e guardou-o. - É melhor vocês irem tomar café.
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Haviam acabado de chegar em Sassari e agora os Aurores dirigiam-se, ao modo trouxa, para o hotel.
- Nossas tarefas começam pela manhã. - informou Paul - Emmeline e Kingsley, vocês serão os primeiros.
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Bellatrix acordou subitamente. Olhou para a paisagem lá fora e percebeu que ainda estava amanhecendo. Esqueceu-se com o quê havia sonhado. Um segundo depois lembrou-se. Seus olhos, insistentemente, ficaram marejados e ela sentiu-se entristecer.
Havia sonhado com o único homem que realmente havia amado. Ou achava que tinha amado. O homem que matara há dois anos atrás. Sirius Black.
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- Nossos treinos começarão na semana que vem. Quartas e sextas. - comunicou Harry ao time.
- Você já reservou o campo? - perguntou Samantha.
- Já, e nosso primeiro treino vai ser amanhã...
- Mas amanhã é Sábado! - falou Anne
- Eu sei, mas temos que fazer o reconhecimento do campo... McGonagall aconselhou que fosse amanhã...
- Que horas? - era Bernard
- Às dez e meia.
- E quando jogamos?
- Na primeira semana de novembro, contra Lufa-lufa.
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- Teremos que fazer outros planos. - disse um homem de aparência assustadora, à alguns companheiros. - Eles resolveram adiar sua ida à Verkoyansk.
- Mas já estava tudo pronto! - falou uma outra pessoa.
- Eu sei. - vociferou o primeiro - Mas agora já está feito, e não podemos pôr tudo a perder... Se falharmos vamos pagar caro. Você sabe que Aquele-que-não deve-ser-nomeado não mede esforços para punir quem falha.
- E o que vamos fazer agora? - um homem baixinho e magricela perguntou
- Esperar. Apenas esperar para mais tarde vingar a prisão de nosso maior companheiro.
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Trabalhando de novo. Aparar as ervas daninhas e desgnomizar Azkaban realmente não era fácil. Bellatrix já estava exausta, apesar de Ter começado há pouco tempo o trabalho. Ela podia ver os limites da prisão ao horizonte. Imaginava-se saindo de lá. Se saísse. Bellatrix estava absorta em sua tarefa e não viu Lúcio Malfoy aproximar-se. Ele também estava trabalhando lá fora. Lúcio chegou mais perto dela e observou-a trabalhar. Lestrange estava abaixada, observando uma pequena e bonita flor, que ela nunca imaginara poder nascer naquele terreno onde a desgraça de muitos fazia parte de sua rotina. Agora, Malfoy estava realmente perto e ela pôde ver seus pés. Quando levantou-se, bateu sua cabeça no queixo dele.
- Ah! - ele pôs a mão no queixo.
Bellatrix não falou nada, ou a dor em sua cabeça seria enorme. Ela chegou perto do seu queixo e, tirando um pedaço de sua manga, limpou o pouco de sangue que havia em seu rosto. Ele ficou observando-a fazer aquilo.
Aproximou seu rosto do dela e deixou-se levar pelos instintos.
Beijaram-se.
- Sirius. - ela sussurrou, entre os beijos.
Ao ouvir aquilo, Lúcio empurrou-a e ela caiu no jardim, arranhando-se com algumas plantas. Ele foi embora.
- Por que, Sirius? Por que você continua a me atormentar? - ela começou a chorar, e aos poucos voltou a concentrar-se no trabalho.
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Quando chegou em sua cela, depois de algum tempo de trabalho, Lúcio ficou a observar o céu, enraivecido. Pôs novamente o dedo indicador no coração, como estivera fazendo há algum tempo.
- Ah, Narcisa... - e tamborilou o dedo na altura do coração - Você merece isso... - ele disse sombriamente. - E você sabe o porquê...
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Anoiteceu. E junto com o escurecer em Hogwarts, veio a visita secreta de Narcisa Malfoy. Aparatou na Estação de Hogsmeade e, com a ajuda de Hagrid, entrou no Escola. Sabia um caminho que ía até a sala do professor
Snape e que não era usado por muitos; principalmente àquela hora.
Chegou às masmorras e bateu na porta de seu escritório. Ao abrir a porta, viu a escuridão da sala e Snape escrevendo algo em pergaminho, apenas com uma pequena iluminação ao seu lado. Snape levantou-se e ela fechou a porta:
- Alguma novidade? - perguntou
- Não muitas, mas acho que algumas delas não lhe convém...
- Como assim? - ela intrigou-se - O que você quer dizer com isso?
- Coisas de adolescente. Aposta envolvendo garotas.
- Oh, sim. Então esqueça. O que mais?
Snape contou sobre o que sabia. De repente, Narcisa sentiu outra pontada no peito.
- O que foi? - ele alarmou-se.
- Nada... Lúcio anda fazendo isso ultimamente.
- Você quer ir à Ala Hospitalar?
- Não... Não precisa. Isso logo passa. - dizendo isso Narcisa desmaiou.
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Hermione estava no banheiro de seu dormitório, conversando com Parvati e Lilá, como fazia muitas vezes. Ela e Parvati tomavam banho, enquanto Lilá mudava a cor de suas unhas a cada cinco segundos.
- E sabe o que ele disse? - Lilá falou.
- Hum? - Hermione e Parvati perguntaram de dentro de seus respectivos boxes.
- Que ele está doido por mim. Mas eu já sabia disso... - ela fez pouco caso.
- Você se acha, hein? - disse Hermione
- Ele me acha. O que eu posso fazer se sou linda...
Parvati riu.
- Não querendo desmerecer sua beleza, mas eu não acho que você deve levar Victor Dalton à sério... - falou Parvati
- Você fala isso porque está sem namorado...
Hermione resolveu não se meter no início de discussão das duas.
- Não, eu falo isso porque sou sua amiga.
- Você deveria estar me apoiando, ao invés de falar mal dele.
Parvati pegou um roupão e saiu do box, seguida por Mione.
- Lilá, ele é um sonserino!
- E daí? Nem todos eles são iguais, sabia?
- Me diga pelo menos um que não está ligado às Trevas. - falou Parvati
- Isso... Isso não importa, Parvati. E você fala como a Hermione. - ela retorquiu
Hermione reesolveu não responder. Saiu e foi até onde suas coisas estavam. Ainda dava para ouvir suas vozes.
- Como assim "isso não importa"?
- Não importa. Ele gosta de mim e eu gosto dele e isso basta.
- Não, não basta. Garotos como ele não são confiáveis.
- E o que você entende por confiável?
- Se você não sabe, eu não vou lhe dizer... - Parvati estava saindo do banheiro e Lilá foi atrás. - Mas, se você prefere acreditar num garoto que mal conhece a acreditar na sua amiga, o problema é seu.
- Falou e disse. O problema é meu e você não tem que se meter na minha vida. E a partir de agora, finja que não me conhece mais.
Parvati torceu o nariz em confirmação.
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- Ela acha mesmo que eu estou a fim dela... - Victor falou.
Estava deitado em sua cama, no dormitório sonserino. Draco estava no banheiro e tomava banho; Blás, Joey Heringer e Justin Vangier jogavam um joguinho que tinham inventado. Ben Taylor e Alison McGuire dormiam em outro dormitório, mas de vez em quando apareciam por lá.
- Que idiota é essa Brown... - comentou Justin.
- Ela só tem um corpinho bonito, mas quando abre a boca... - Joey deixou escapulir.
- Tome cuidado com ela. - Draco apareceu na porta do banheiro, com uma toalha enrolada na cintura (N/A: Fiu-fiu!!!). - A sabe-tudo Granger é amiga dela e pode perceber que isso tudo é armação...
- Ela não vai desconfiar de nada. - garantiu Victor - E vocês, como é que estão com as garotas?
- Essa tal de Dylan é muito difícil de enganar... - começou Blás. - Ainda não caiu no meu papo, mas já já vai estar na minha mão.
- Ah, Lindsay já está caindo no meu papo furado... Não desconfia de nada, também. - comunicou Justin.
- E você, Draco? Ainda nem sabemos quem é a "felizarda"... - disse, em tom sarcástico, Victor.
- Ela é da Corvinal. Só isso que posso dizer...
- E ela está acreditando que você gosta dela? - perguntou Joey
- Para falar a verdade, não. Tenho a impressão que ela até chega a desconfiar de algo... Mas não vai tardar e ela vai estar implorando para que fique com ela.
- E o Ben? Está atrás de quem? - foi a vez de Blás perguntar
- Da Courtney Thomson. Eu, particularmente, acho que ela é muita areia pro caminhãozinho dele... - falou Victor.
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Snape não sabia o que fazer. Impediu que Narcisa encontrasse o chão ao desmaiar e agora a tinha em seus braços. Passou seus braços por debaixo de suas pernas e carregou-a completamente. "A Ala Hospitalar!" foi o que ele pensou primeiramente. Estava indo em direção ao local e começou a recear que pudesse encontrar algum aluno e tivesse que explicar aquela situação: estava carregando a mãe de um de seus alunos, àquela hora, pelos corredores de Hogwarts. Bateu na porta da Ala com dificuldade e ouviu os passos de uma sonolenta Madame Pomfrey chegarem até seus ouvidos.
- Mas o que...?
Snape interrompeu-a:
- Ela desmaiou. Sentiu uma dor no peito, disse que era culpa de seu marido e simplesmente desmaiou - ele disse rápida e rispidamente.
- Oh. Espere um pouco. - Papoula entrou na sala ao lado e trouxe um frasco com um líquido azulado e pôs o conteúdo na boca de Narcisa. Disse, por fim: - Ela vai ficar bem. Só precisa repousar e tomar um pouco mais de cuidado, mas vai ficar bem.
- Não deixe que nenhum aluno a veja por aqui. Principalmente o garoto Malfoy.
Madame Pomfrey assentiu e pediu que Snape levasse-a até um quarto particular da Ala. Snape percebeu que não trouxera a varinha, mas mesmo assim o fez e sentou-se ao lado de seu leito. Esfregou as costas de seus dedos nos olhos, na tentativa de espantar o sono ou então não teria forças para seguir até as masmorras. Ao abrir seus olhos viu a silhueta do rosto de Narcisa na escuridão. Ela não parecia a mesma garota esnobe e arrogante que conhecia desde os tempos de Hogwarts. Parecia serena, parecia tranqüila e parecia... jovem. Rejuvenescia sem aquelas feições duras e sem a preocupação que a cercava. Suas madeixas loiras pareciam fios de prata com a pouca iluminação da saleta. Seus pensamentos foram interrompidos por Papoula.
- O senhor vai ficar aí? - ela perguntou cautelosamente
Ele parecia estar adormecido, mas um segundo depois havia despertado.
- Não. Lógico que não. - ele falou secamente e retirou-se da sala, sem ao menos dizer "Boa noite.".
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- Ok, vocês podem parar com tudo isso?! Essa tensão no ar está me desconcentrando. - Hermione disse de repente.
Parvati e Lilá trocaram olhares rápidos e frios.
- Parem de criancisses! - continuou.
- Fale isso para ela. - Parvati apontou para a amiga. Ou ex amiga. - Ela é que é a criança. Acredita em tudo o que qualquer garoto diz e não acredita no que a amiga diz...
Lilá mostrou a língua para a morena:
- Você está com in-ve-ja. Pelo menos eu tenho alguém... Não sou a única encalhada nesse quarto...
- Ah, você vai calar essa sua boca!! - Parvati partiu para cima de Lilá e, como naquelas brigas ridículas de mulheres, agarrou seus cabelos.
- Parem! PAREM AGORA! - Hermione bradou. - Já chega. Eu não agüento mais essa situação.
- Cale a boca você também, Hermione. - retrucou Lilá.
Hermione estava boquiaberta.
- Tudo bem. Eu estava tentando ajudar e é assim que vocês me agradecem? Vão se ferrar vocês duas também. - Hermione pegou alguns livros e saiu do dormitório.
- Olhe o que você fez. - Parvati falou, ao ouvir a porta se fechar.
Lilá revirou os olhos e saiu do quarto batendo a porta com força. Em resposta, Parvati atirou-se na cama.
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Narcisa acordou e viu por uma pequena janelinha que já havia amanhecido.
- Dormiu bem, Sra. Malfoy?
Ela ouviu uma voz dizer. Virou-se e viu Madame Pomfrey. Tentou levantar-se rapidamente, porém foi impedida pela enfermeira.
- Acho melhor a senhora continuar deitada. Precisa descansar.
- O que foi que aconteceu?
- A senhora desmaiou e o professor Snape lhe trouxe até aqui.
- Onde ele está?
- Não sei, por que?
- Nada.
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Emmeline e Kingsley já estavam em missão. Estavam atrás de um grupo de bruxos que estariam tramando fazer um ritual ilegal e que poria em risco alguns dos mais importantes bruxos da Itália. O local parecia inusitado: um salão de beleza. Emmeline esboço um sorrisinho à Kingsley, que também tentou esconder um. Entraram devagar, fazendo o mínimo de barulho. O prédio tinha dois andares e era muito largo. Ao se aproximarem de uma porta próxima, foram jogados para longe e ouviram um enorme barulho. Proteção mágica.
Os bruxos que estavam lá saíram e quando iam atacar os dois Aurores, Vance e Shacklebolt aparataram no hotel.
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Na Rússia tudo estava muito calmo. Calmo até demais. A equipe de Aurores estava desconfiada porque ninguém ligado a George Goldway havia dado sinal de vida. Eles já haviam falado com Alastor e ele lhes disse que iriam viajar na próxima semana, no Sábado.
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Analisou as notícias. Ninguém desconfiava de onde Voldemort estava escondido. Não tinha ninguém ao seu lado, como escravo, além de Nagini.
Agora, lia a carta que os seus Comensais russos haviam lhe mandado. Eles estavam agindo de forma cautelosa e silenciosa; exatamente como o seu Lord havia dito. Os americanos estavam progredindo sem que ninguém os percebesse. Os italianos estariam começando hoje um ritual perigoso. Os australianos estavam, por enquanto, quietos até segunda ordem. E os egípcios estavam tentando descobrir uma maneira definitiva de Voldemort retomar o poder.
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Dumbledore entrou na Ala. Narcisa estava tomando café, mas afastou a bandeja assim que viu o diretor.
- Continue a tomar café. - ele disse gentilmente. - Você precisa de energia.
- Quando eu poderei ir embora? - ela desistiu de tomar seu suco.
- Eu preciso comunicar-lhe Narcisa, - Dumbledore sentou-se perto dos pés dela, no final do leito - que você não poderá ir. É para sua segurança. - adicionou ao ver a cara confusa dela. - Veja bem, não é a primeira nem a segunda vez que isso acontece. E eu temo que a sua saúde corre risco se essas dores acontecerem com mais freqüência e com mais força. Dessa última vez, particularmente, você ficou frágil e fraca. Se Lúcio Malfoy acumular mais raiva e ódio, ele pode debilitar você. Eu sei que ele não pode matar-lhe, mas enfraquecer já é grande coisa e isso pode fazer parte de algum tipo de plano. Depois das notícias que venho recebendo de Aurores, presumo que todo e qualquer cuidado é pouco. Por isso acho melhor ficar sobre a nossa vigilância.
- Mas... Como eu poderei explicar isso ao meu filho? - Narcisa estava um tanto exasperada.
- Deixe isso conosco. Snape falará com ele hoje.
- Tudo bem. - ela abaixou o tom de voz. Seria melhor para ela ficar em Hogwarts do que continuar sozinha na Mansão.
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Depois de algum tempo, Voldemort soube que o ritual que os italianos iniciariam não dera certo ou as conseqüências já seriam grandes. Prometeu a si mesmo que tiraria as pedras do seu caminho o mais rápido possível. Ou seja, em pouco tempo os Aurores estariam a sete palmos do chão. "Isso, se encontrarem os pedaços deles que eu vou espalhar..." pensou.
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As semanas passaram-se rapidamente e já era início de Outubro. Tudo estava indo anormalmente bem. E isso, com certeza, era preocupante. Sharon, Robert e Lupin não tinham muito a fazer ultimamente. Os trabalhos em Melbourne não estavam no mesmo ritmo que tinham em Sydney. Mas sabiam que era uma questão de tempo até que algo realmente acontecesse.
Ultimamente, Lupin não mandava cartas a Tonks. Não havia muito o que falar e ele resolveu que era melhor esquecê-la. Ela não respondera-lhe à carta que mandara ainda em Setembro, e para ele isso queria dizer claramente que ela não sentia nada por ele. Agora, empenhava-se somente no seu trabalho. Lupin descobrira também o quão formidável era a companhia de Sharon a ele. Conversavam durante horas e ela parecia ler seus pensamentos a cada segundo. Ambos tinham muito em comum e era fácil conversar com ela.
- Está pensando nela, não é? - ela perguntou. Estavam no hotel e Sharon descansava sua cabeça no ombro de Remo.
Ele pareceu despertar da hipnose que o mar a sua frente causava nele.
- Nela quem? - ele fingiu não saber.
- Como você é cínico! - ela sorriu, afastando-se de seu ombro para poder encarar seus olhos. - Você acha que depois de todo esse tempo eu não percebi o que anda acontecendo?
Lupin conteu um sorriso.
- Não está acontecendo nada...
- Se não está acontecendo é porque vocês são dois idiotas. - ela disse amigavelmente - Eu acho que vocês formam um casal tão... simpático.
- Ela não gosta de mim.
- Então ela precisa de óculos. Precisa de óculos para enxergar o homem fantástico que você é.
- Nem todas pensam assim.
- Mas deveriam.
Remo queria, ao mesmo tempo, finalizar aquela conversa e continuar para saber que rumo ela deveria tomar.
- E eu acho que você está enganado sobre Tonks. Acho que ela gosta de você, mas tem medo de alguma coisa... Medo de se machucar. - continuou Hurtdaily
- Ou medo de lobisomem.
- Essa é uma alternativa ridícula. - Sharon falou divertidamente. - Você sabe, ninguém quer realmente se machucar quando o assunto é coração.
- Mas se você entra na chuva é para se molhar.
- Talvez Tonks prefira continuar seca. Você tem que convencê-la que molhar-se também tem seus encantos.
Lupin estava particularmente pasmo com a afirmação de Sharon. Depositou um beijo em sua testa e seguiu para seu quarto.
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Tonks estava em seus aposentos, naquela tarde de Sábado. Estava elaborando as próximas aulas e os testes que mais tarde viriam. Desviou seus olhos do pergaminho por um segundo e avistou a carta que Lupin mandara-lha há algum tempo, ali, escondida. Era mais ou menos isso que ela estava tentando fazer: esconder-se dele. Lupin nunca mais havia mandado cartas e talvez isso fosse para mostrar a ela que ele fora precipitado no que dissera. Isto é, se ele disse alguma coisa. Porque ela é que poderia estar sendo precipitada, enxergando coisas onde não havia nada. Enxergando declarações onde só haviam palavras amigáveis.
Espantando esses pensamentos de sua cabeça, Nymphadora resolveu que seria melhor concentrar-se no seu trabalho.
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Luna estava no Salão Comunal da Corvinal. Cercada de livros, como era geralmente encontrada, ela terminava as recentes tarefas. Com a quantidade de exemplares que o Salão Comunal detinha, eram raras as vezes que os corvinais precisavam ir à biblioteca. Luna ia até lá de vez em quando; mais por causa de Gina do que por vontade própria. Hermione acharia a Torre da Corvinal um paraíso na terra.
Luna levantou-se para procurar o livro "As Poções Descobertas nas Épocas Medievais".
- Ah, não acredito! - ela não encontrou-o nas prateleiras.
Em 99,9% dos casos, ela não precisava ir à biblioteca para fazer uma tarefa tão simples como essa. Pelo jeito hoje era o dia em que ela fazia parte dos outros 0,01%.
Ela entrou na silenciosa sala. Antes que pudesse ir atrás do que procurava, foi puxada para trás de uma prateleira.
- Já estou cansada disso, Malfoy. - Luna disse, sem ao menos ver seu rosto.
- Malfoy? - perguntou Gina.
- Ahn? Eu... er... Precisava me puxar desse jeito Gina?
- Bem, precisava. Você anda bem distraída, Luna.
- Er... É por causa das tarefas... Sabe, eu 'tô cheia de dever e...
- Ok, ok. Eu já entendi.
- E o que você pretendia, me puxando dessa maneira?
- Eu 'tô precisando de sua ajudinha para uma coisa...
- Para...?
Gina explicou a Luna que ela e Hermione queriam fazer Lupin e Tonks "se acertarem". Disse que os dois não estavam se correspondendo mais. E como nem Gina nem Hermione tinham nenhuma idéia do que fazer, resolveram recorrer a Luna.
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Harry, Rony e Hermione estavam numa das salas menos usadas de Hogwarts, próximo da Torre Oeste. Os três estavam iniciando seus estudos (acredite se quiser!) de animagia. Todos estavam lendo seus livros "O Manual da Animagia" e "Animagia: Uma Nova Identidade". Tornar-se um animal não era tão simples quanto parecia. E principalmente, fazê-lo as escondidas, onde os riscos podem ser maiores e permanentes. Segundo os cálculos de Hermione, em cinco meses ou mais precisamente em fevereiro, eles já seriam animagos.
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Lilá e Victor estavam no maior amasso no meio de um corredor deserto. "Essa aposta já está ganha." pensava ele. Lilá, desde sua briga com Parvati, tentava esquecer a antiga amiga. Ela estava tendo um pouco de dificuldade, mas não admitiu. E uma forma de deixar seus problemas de lado foi entregar-se inteiramente a Victor.
Parvati estava no início do corredor quando foi avistada pelo sonserino. Lilá, ainda de olhos fechados, estava de costas para a morena. Parvati, enojada com aquela cena deprimente, dobrou os calcanhares e seguiu, com sua nova amiga, Monica Rosenberg, para a direção contrária.
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Courtney Thomson estava na estufa nº 3, terminando sua experiência de Herbologia. Jogou por sobre as raízes um pouco de essência de sangue de dragão, que fortalece as plantas. Após tirar um pequena e irritante mecha de seus cabelos pretíssimos da frente de seu rosto, retirou as luvas protetoras e todo o resto do material protetor e saiu da estufa.
- Você poderia me ajudar na minha experiência em Herbologia? - ela ouviu uma voz, a sua esquerda.
Ela reconheceu-o imediatamente: era aquele garoto nojento da Sonserina; Ben Taylor.
- Ah, é você? - Courtney disse, com desgosto.
- Sim, sou eu. - ele respondeu com um sorriso torto - E então, você vai ou não me ajudar?
Courtney, que já havia começado a andar, rolou os olhos.
- Você está pedindo ajuda a pessoa errada. A Ala de Caridade é na Torre da Grifinória.
- Você sabe que nós odiamos os grifinórios, Thomson.
- Assim como odeiam a nós também. - falou, aproximando-se da entrada do castelo.
Ben a seguiu.
- Olha, eu sei que a maioria de nós não se dá muito bem com vocês e... - recomeçou Ben
- Com tamanha inteligência você deveria estar na Corvinal... - retrucou Courtney. E depois emendou - Ah, desculpa. Como posso comparar sonserinos com corvinais?! Vocês são bons demais em comparação a eles... Pena que até os lufa-lufas sejam mais espertos que vocês...
Dizendo isso a garota apressou o passo, indo em direção ao Salão Comunal da Lufa-lufa, deixando Ben para trás.
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Lindsay Williams era o tipo de garota que todas - ou pelo menos as com baixa auto-estima - em Hogwarts queriam ser: era popular, charmosa, e bonita. A garota de olhos acinzentados tinha acabado de terminar um relacionamento de poucos meses, com o jogador de Quadribol da Lufa-lufa, Bart Wayatch. Tinha ficar algum tempo sem envolver-se seriamente com garotos. "Eles me trazem muitos problemas" pensava ela.
Porém o destino havia lhe pregado uma peça. Depois de apenas uma semana, ela já estava caída de amores por Justin Vangier. Ela tentava não se derreter com os olhares que ele lhe mandava, durante as aulas em comum, mas era uma tarefa árdua. E ele era tão irritantemente atraente! No entanto, Lindsay - como a maioria das garotas -, apesar de estar gostando dele, estava se fazendo de difícil.
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Aproveitando que estavam livres das tarefas de monitores e o breu que a noite trouxera, Rony e Hermione estavam num corredor fazendo vocês-imaginam-o-quê.
(N/A: Não, eles não estão testando sua fertilidade... Estão só nos malhos) O problema era que um pequeno grupo de primeiranistas grifinórios aproximava-se, sem poder ser visto por eles.
- Rony, pare. Aqui não é local para fazermos isso. - Hermione disse, com a voz tremendo. Ela achava que podiam ser pegos por algum aluno ou professor, o que seria bastante embaraçoso.
Os alunos arrelagalaram os olhos, em assombro. Pararam para bisbilhotar.
Rony, que estava suportando boa parte do peso da namorada, reclamou:
- Hermione, está doendo!
Ela sabia do que ele estava falando e respondeu:
- Rony! Eu não coloco a culpa dos meus problemas em você!
- Eu também não faço isso. Mas você não tem esse problema freqüentemente e hoje está insuportável. - ele colocou uma mão em sua coluna. - Vê? - ele forçou o uniforme para baixo e Hermione viu que sua costa estava vermelha e havia um ponto inchado um pouco a baixo de seu ombro.
- Oh, por Merlin! Você deveria procurar Madame Pomfrey. Isso é um problema sério. Às vezes é hereditário, sabia?
Os alunos deram risadinhas abafadas.
- Meu pai não teve esse problema.
- Rony eu acho melhor você parar de... Sabe, por um tempo... - Hermione achava que ele deveria dar um tempo no Quadribol ou essa dor em seu ombro não diminuiria.
- Não, Hermione. Eu não vou parar. Essa é uma das poucas coisas em que sou bom.
Os alunos quase deixaram escapar uma gargalhada escandalosa.
- Não seja teimoso. Você ainda tem a vida inteira para continuar fazendo isso.
- Eu sei, mas eu não consigo ficar uma semana sem...
Hermione interrompeu-o:
- Mas vai Ter que aprender a lidar com isso, se não for se tratar.
- Hermione, não é tão grave assim para precisar de tratamento.
- Você que sabe, eu não vou forçar a barra. Mas você pode acabar se prejudicando com tudo isso.
- Ok, eu falo com Madame Pomfrey.
Nesse momento, os alunos passaram na frente dos namorados. Alguns cantarolando:
- O monitor é um ninfomaníaco.
- Não consegue ficar uma semana sem sexo.
- O problema dele é hereditário.
- E ele tem um problema no...
- Silentio! - disse Hermione, apontando a varinha para os garotos, contendo o riso.
Os alunos pararam, sem poder falar nada.
- Comportem-se. Eu não quero tirar pontos da minha própria casa, mas serei obrigada se vocês não pararem de bisbilhotar a vida alheia. - ela chegava mais perto deles, devagar, apontando o dedo indicador ameaçadoramente. Eles estavam assustados com a reação e afastavam-se devagar, toda vez que ela dava mais um passo em sua direção. - E acreditem - ela recomeçou com sua pior e mais fria voz, estreitando os olhos - todos vão repudiar-lhes se isso acontecer e nós acabarmos por perder a Taça para a Sonserina ou qualquer outra Casa por causa de vocês. - e mudou o tom de voz para um meigo falso. - Agora vão, queridos. Vão jantar, vão.
Eles não precisaram ser avisados duas vezes. Sumiram em um segundo, mesmo não tendo desfeito o feitiço silenciador. Quando virou-se, Hermione deparou-se com um Rony, no mínimo, surpreso.
- Fiquei até com medo, agora. - ele falou.
Ela sorriu para ele e lhe deu um beijo muito carinhoso para mostar a Rony que não precisava se preocupar.
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- Dylan! - Clarie (N/A: Não, não é Cassandra Clarie...), a colega de quarto da artilheira, chamou.
Ela, que estava organizando suas coisas, levantou-se do chão, de onde estava rodeada de coisas, e foi até a amiga.
- O que foi?
- Por que você fez isso? - Clarie apontou para um bouquet de rosas vermelhas, que estava jogado no chão com um cartão junto. Ela leu o bilhete e depois continuou - Você vai a esse encontro não vai?
Dylan olhou-a com reprovação e respondeu:
- Primeiro: rosas vermelhas são patéticas ! E outra, eu nem sei quem é esse garoto...
Clarie sentou-se em sua cama.
- Então isso quer dizer que se você soubesse quem ele é, iria encontrá-lo, não?
- Não, porque ele é mais patético ainda por me mandar rosas vermelhas.
Dylan voltou a sentar-se no meio de suas coisas, guardando tudo o que tirara do lugar. Clarie sentou-se perto dela e ajudou-a também.
- Eu sei que você está a-do-ran-do ser bajulada desse jeito: bombons, bouquets, cartas de amor...
- É, esse tipo de coisa clichê e idiota que todos conhecem...
- Dylan, e se ele for bonito?
- Como se tivessem garotos bonitos em Hogwarts...
- É lógico que tem. Por exemplo: Anderson Andersen, Josh Hunter, Tom Schwimmer, Draco Malfoy, Bob Richards, Ronald Weasley, John Cavenraul, Harry Potter ... - Clarie contou nos dedos.
- Ok, eu já entendi. - interrompeu
- Imagine se for um deles que tiverem mandando as flores. - Clarie falou com uma cara sonhadora - Vai, Dylan, por favor. Só para ver quem é... - ela fez uma cara de pidona.
- Se for alguma ameba, eu vou embora.
Clarie abraçou-a, dizendo:
- Ah, eu sabia que você ia concordar! Agora vai se arrumar, vai. O encontro é daqui a... - ela olhou no relógio e alarmou-se - quinze minutos? Levanta logo, por Merlin.
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Blás estava num lugar sombrio da orla da Floresta Proibida, com apenas os pés iluminados pelo luar. Olhou no relógio. Faltavam três minutos para às 20:30 horas. O horário que ele marcara para encontrar-se - em segredo - com Dylan. Ela sabia que ele estaria esperando-a na orla da Floresta, próximo do lago.
Ele viu a garota aproximar-se, olhando para várias direções, provavelmente procurando-o, depois avistou seus pés e chegou mais perto, parando poucos metros antes da iluminação findar-se, esperando que ele mostrasse seu rosto. Blás saiu da escuridão e ela pôde avistar o moreno. Dylan não soube o que fazer quando seus olhos castanhos encontraram os azuis de Blás.
- Você veio. - ele foi o primeiro a falar.
Dylan continuou parada, Blás ainda dava pequenos passos para diminuir a distância entre ambos.
- Não, você está vendo meu fantasma. Posso saber por que me mandou aquelas... coisas horrendas?
- Então você não gosta de flores ou de doces?
Dylan revirou os olhos.
- Achei que os sonserinos fossem mais astutos; pelo menos é o que o Chapéu Seletor diz. Aquilo que você me deu é totalmente...
- Ridículo, fora de moda e previsível? - ele interrompeu-a. - É, eu também acho. - Dylan fez cara de desentendida - Nunca mais sigo os conselhos de Malfoy.
- Por que você não tenta Ter suas próprias idéias? - ela disse, mas como uma forma de calá-lo do que como quisesse saber a resposta.
- E como eu iria me aproximar de você? Não jogo Quadribol, e mesmo que jogasse, iríamos discutir toda vez que nos falássemos, temos poucas aulas em comum e não dá para conversarmos, não somos da mesma Casa, o que dificulta muito em tudo...
- Eu quero saber o que você pretende com tudo isso. - ela gesticulou
- Tem certeza de que você não sabe? - Blás aproximou-se e estava a centímetros de distância dela.
A garota estreitou os olhos.
- Vou fingir que não ouvi essa pergunta besta.
- Sabe, eu gosto de garotas assim... com resposta para tudo.
- Ninguém perguntou. Agora me dê licença, eu preciso jantar.
Quando Dylan estava virando-se, fazendo menção de ir embora, Blás recomeçou:
- Você não veio até aqui para me dar um fora desses...
Dylan parou, e voltando-se para ele, falou:
- Ah, vim sim.
- Não, não veio. - ele olhou-a nos olhos - Seu olhar lhe contradiz.
Pela primeira vez, em quase toda sua vida, Dylan Mabbianie estava sem palavras. Abriu a boca uma vez, mas fechou-a ao não encontrar as palavras certas. Zabini ficou feliz ao perceber isso mas demonstrou nada, apenas lançou-lhe de um olhar sedutor. Dylan ficou paralisada depois disso. Ele aproximou-se mais dela, acabando com os poucos metros que estavam separando-os, e com a mão direita puxou delicadamente seu queixo para cima e beijou-a. Dylan continuava sem saber o que fazer, mas estava beijando-o. Ela podia aproveitar e se deixar levar por ele ou podia parar com tudo aquilo.
- Eu... tenho que ir. - ela sibilou, enquanto desviava seu rosto e afastava-se dele.
- Nós vamos nos encontrar de novo? - ele perguntou, enquanto ela ainda podia ouví-lo.
Dylan não respondeu e foi embora.
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