CAPITULO ÚNICO
No Principio
A rua da Fiação, antes uma rua ocupada apenas por Trouxas, em meados do começo do século XXI, uma rua que é ocupada por famílias de bruxos que fingem ser trouxas, O bairro Saint Breock, era famoso no mundo bruxo, graças ao livro escrito pela ilustre jornalista Rita Skeeter, “Snape, Santo ou Canalha?”
Inicio de dezembro, tempo de neve e frio na Inglaterra, o dia estava claro, mas nublado, ainda era de manhã, a rua estava deserta, pois as crianças estavam na escola e os adultos, trabalhando.
Um homem de cabelos grisalhos e curtos passava por esta rua junto com o filho de sete anos, que caminha ao seu lado.
- Pai, não gosto daqui – disse o menino – é muito frio.
- Logo você vai se acostumar Tobias – disse o homem – quando chegar o natal, você vai poder fazer aquele boneco de neve que você sempre quis.
O menino é o Tobias, que é pequeno, pálido de cabelos e olhos negros, que nasceu em um pais tropical, isto é, nunca viu a neve na vida e está ansioso em vê-la cair.
Então, o pequeno sente uma gota gelada caindo na ponta do seu nariz, ele olha para cima e seus olhos brilham.
- Pai, está nevando! – exclamou excitado, ele para e deixa alguns flocos minúsculos caírem sob suas luvas de lã.
- Filho, não temos tempo para isso, precisamos achar a casa – disse o homem, que puxou o filho e carregou no colo, o menino ainda é pequeno, mas o homem sabe quando crescer, ficará alto.
No fim da rua, perto de algumas arvores que se formara, foi encontrado uma casa grande e velha, parecia anos que ninguém ia lá.
- É aqui – disse o homem – chegamos meu filho.
O menino ficou visivelmente assustado com a aparência da casa, e não era para menos, ele havia assistido um filme de fantasmas no dia anterior e ainda estava impressionado com a mansão mal assombrada, que era um dos cenários do filme.
- Vamos morar aqui pai?
- Vamos sim, mas claro que antes, vamos reformar a casa e transforma-la no nosso lar aqui no Reino Unido, mas hoje, só vamos conhecer.
A neve começou a cair com mais intensidade e os dois entraram na casa rapidamente.
Estava tudo escuro, mas uma brecha fez o homem abrir as cortinas que havia. Apenas uma janela não estava com pedaços de madeira pregados, o homem lançou um feitiço que desprendeu os pedaços de madeira de todas as janelas e fez abrir as outras cortinas.
Com a claridade dava para ver que a casa estava coberta de poeira, encima dos lençóis que cobria os moveis, que estavam acinzentados.
A casa tinha um ar rústico, abandonado, mas o homem gostou muito, o menino ficou encantado, olhando as estantes repletas de livros até o teto.
O homem tirou um lençol e encontrou uma poltrona velha, mas que parecia bem conservada, sentou-se e relaxou.
Tobias tirou um livro qualquer, que estava com as paginas amareladas, abriu e logo reconheceu o idioma.
- Pai, este livro está todo escrito em latim! – exclamou, excitado – o homem pegou sua varinha, fez um feitiço que tirou os lençóis que estavam em cima de uma mesa e das cadeiras, para que o filho possa se sentar.
O homem suspirou, pois pela primeira vez na vida, ele se sentia em casa, bem, na verdade, a casa era dos seus pais.
Ele sabia que os pais morreram há muitos anos atrás e que precisava arrumar tudo, mas felizmente, conseguiu a escritura da casa no ministério da Magia e juntou dinheiro suficiente por alguns anos, para fazer a reforma.
Também soube que o antigo morador desta casa, um tal de Severo Snape – deve ser um tio ou um primo distante, pois ele soube que seu pai era trouxa, e ele só conhecia um tio, por parte de pai – que havia deixado uma pequena fortuna.
Se tudo der certo, o homem pretendia usar esse dinheiro para comprar moveis novos, pagar a escola trouxa do filho e se sustentar até arranjar um emprego.
Perdido nos seus sonhos, o homem se assustou quando viu um enorme quadro que estava acima da lareira, em frente a poltrona onde esta sentado. O quadro está coberto por um veludo verde puído.
Ele retirou o veludo que cobria o quadro com cuidado e se deparou com a foto de um homem, todo vestido de preto que é idêntico a ele.
O retrato do quadro se mexeu e se assustou, ambos perguntaram em uníssono.
- Quem é você?
O menino viu o rosto do pai, que estava mais branco do que já era, foi até o pai, mas quando viu o retrato, ele soltou um gemido de susto.
- Quem é você, moleque? – perguntou o retrato, com rispidez.
- Olha como fala do meu filho, retrato – disse o homem, com a mesma rispidez.
- Você que deveria prestar atenção com quem fala – disse o retrato – Sou Severo Snape e...
- AH, então você é o tal Snape de quem eu tanto ouvi falar no ministério da Magia? – interrompeu o homem – é, realmente nos parecemos muito.
- Não vai me dizer que nunca ouviu falar de mim, se somos tão parecidos
- Não, vim do Brasil há 3 dias atrás com meu filho para morar aqui.
- Aqui? Na minha casa?
- Minha casa, você quer dizer, Sr. Snape – disse o homem.
- Mas em testamento, esta casa só pode ser ocupada por um...
- Por um menbro da família? – completou o homem – pois meu filho e eu fazemos parte da mesma família que o senhor.
- Qual é o seu nome? – perguntou o quadro.
O homem fitou os olhos do quadro e respondeu
- Saulo.
– Sobrenome?
– Prince, por parte de mãe e Snape, por parte de pai.
Os olhos do quadro ficaram esbugalhados, sem entender nada.
- Não é possível.
- O que, senhor? – perguntou o menino.
Foi então que o quadro reparou de verdade no pequeno, que mais parece uma copia muito bem feita dele mesmo de quando era criança, a única diferença estava no nariz, que era pequeno, pontudo e bem feito.
- Esse é o seu filho?
- Sim, este é o Tobias.
- Se parece muito com você.
- Com você também – disse o homem, sorrindo levemente.
Saulo se senta, relaxa na poltrona e põe seu filho no colo, Severo faz o mesmo, na sua poltrona do quadro.
- Quem são seus pais, Saulo?
- Elieen e Tobias Snape, Severo – disse como se fosse a coisa mais normal do mundo, apesar de nunca ter conhecido-os.
Severo também percebeu que só havia uma explicação, eles eram irmãos gêmeos, o cara do quadro se acomoda na sua poltrona, pensativo.
- Essa é a maior noticia que tenho desde que morri – disse fitando o Saulo e ensaiando um sorriso – sempre achei que fosse filho único.
- Eu também pensei o mesmo – disse Saulo – mas esperava encontrar algum parente, quando ouvi o seu nome, eu pensava que fosse alguém próximo dos nossos pais.
Mas então, Saulo se deu conta do que Severo disse.
- Você morreu?
- Há mais de dez anos, na ultima guerra bruxa que teve.
- Então é por isso que você parece tão bem conservado.
- Eu não sou de elogios mas, se eu estivesse vivo, nós teríamos a mesma idade, portanto, você é quem está bem conservado, se não fosse pelos cabelos grisalhos e curtos, você poderia perfeitamente se passar por mim.
E ficaram conversando por algumas horas, na verdade, Tobias dormiu no colo do pai, enquanto este batia um caloroso papo, que se extendeu pelo dia.
Na semana seguinte, começa a reforma, Saulo conseguiu os direitos que tinha sobre o dinheiro que Severo deixou e conseguiu matricular o filho numa escola trouxa, pois estava ocupado demais para ensinar as matérias básicas para o menino.
A casa ficou muito bonita depois que a reforma foi terminada, o cômodos da sala ficaram ainda maiores, grande parte dos livros do Severo foram doados ou vendidos para livrarias ou sebos do Beco Diagonal, apenas ficaram os livros mais raros e valiosos da biblioteca dos Snape.
Saulo conseguiu um emprego como Supervisor de uma fabrica de Poções, pois também é Mestre em poções e foi professor durante muitos anos no Brasil.
Tobias não teve grandes dificuldades de se entrosar com outras crianças da rua, entre elas, conheceu um garoto chamado Escórpio a oportunidade de conhecer a família Malfoy.
Severo apenas recomendou ao seu irmão e ao sobrinho para manterem distância de Lucio e de Narcisa, mas que poderiam ter amizade com Draco e a sua esposa, Astória.
Esta é uma introduçao para uma fanfic que estou escrevendo, chamada Marotos Sonserinos.
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