Desculpas e o Último Paladino



Enquanto o frio ia chegando, a escola estava num clima pesado. As batalhas contra comensais não estavam mais sendo tão bem sucedidas. Draco Malfoy, porém, era o inverso da maioria dos alunos, andava bradando para que todo mundo ouvisse que adorava o que estava acontecendo, agora namorando firme com outra garota, tão perversa quanto “Harry eu juro que não vou lhe dar uma detenção se você fazer algo bem divertido com eles, propôs Rony. Harry aceitou.”

Susan estava temerosa, a saber, a reação de Justino, quando retornasse do velório dos pais assassinados por seu pai. Dumbledore disse a ela que tomaria todas as precauções para que seu pai não fosse morto por Voldemort e ficou contente de ela ter sido tão decidida por quem deve lutar.

Todos sabiam que a essa altura a guerra não afetava apenas a Inglaterra. Ocorrem batalhas em partes remotas do planeta, longe dos olhares trouxa. O mundo esta em guerra.




Um guerreiro, de honra e espírito, agora olhava a campina, onde a neblina pairava. Sentia o vento frio e cortante, bater em seu rosto, trazendo o cheiro de sangue de seus amigos e de seus inimigos. A cabeça era a única parte de seu corpo que não estava coberta pela armadura, mostrava cabelos negros e sedosos, que balançavam com o vento, olhos azuis e penetrantes, muito tristes também e uma barba curta e negra. “Agora retornaram ao espírito da terra, pensou”. Sua armadura, dourada e prateada, magicamente resistente, suja de sangue, refletia a imagem de sua espada. A batalha que acabou de enfrentar foi vencida, mas os exércitos dizimaram um ao outro, restando apenas o último paladino.

A Escócia era seu lar, onde seu templo agora jazia abandonado. Todos os outros morreram em combate. A batalha contra os exércitos das trevas foi sangrenta. Voldemort subestimou as forças desses nobres guerreiros, acabou por perder. Maverik Atalon, era um paladino, o último. Esses bruxos nasceram e com seus pais aprenderam a desenvolver-se em um combate especial, onde usavam a arte branca de seus poderes e suas espadas.

Sabendo que a guerra ainda não acabara ele teria que tomar alguma atitude. Teria que viajar para o centro da guerra e ajudar os poderosos bruxos que lá ainda resistiam. Pensando no seu destino, lembrou-se da velha lenda do Herdeiro da Luz.

- Um guerreiro excepcional, dominador das artes brancas, seria responsável pelo destino da terra. Destacaria-se dos demais, ainda quando muito jovem, apareceria em uma época de trevas - lembrou-se das palavras do ancião – Sabemos quem é ele. Temos o dever de protegê-lo.

Cravou sua espada prateada no chão, fez uma meditação pelas vidas perdidas na batalha de hoje e aparatou para a Inglaterra. Mas especificadamente aparatou dentro do ministério da magia, precisava falar com o ministro ou com Alvo Dumbledore, sobre a sua batalha e seu futuro. Como o ministro da magia atual era Arthur Weasley, Maverik andou pelo átrio, sobre os olhares de muitos bruxos espantados.

- Um paladino? Aqui? – indagavam, o guarda que checava as varinhas ficou atônito.

- Preciso falar com Alvo Dumbledore ou com Arthur Weasley – disse em inglês, Maverik – Sou o novo representante dos paladinos, Maverik Atalon.

- S-só um minutinho – respondeu.

Enquanto o bruxo usava um equipamento para se comunicar com o superior, Maverik ficou observando as novas defesas do ministério. Ele já vira nesse mesmo local, acompanhado de seu pai. Na época ainda não era um paladino, mas seu pai era o representante dos guerreiros. Existiam muitos guardas de prontidão e alguns trasgos de segurança. Portões grandes onde existia apenas uma porta para a passagem de apenas poucas pessoa, por vez.

- Alvo Dumbledore o espera em Hogwarts – disse o Guarda. – Aconselho que aparate para Hogsmaead e caminhe até o seu escritório, ele disse que o zelador Filch o receberá.

- Obrigado – disse aparatando.




Harry e Sthefany estava deitados as margens do lago, com seus namoricos. Aquele havia sido um dia cansativo e agora estavam tendo seu merecido descanso. Sthefany agora sabia usar algumas magias que Harry lhe ensinou, por isso também estavam exaustos.

- Sabe o que estive pensando? – indagou Harry, olhando a bela garota de olhos verdes a sua frente. Estavam meio agasalhados para se proteger do vento.

- Hmm? – disse sorrindo

- Em comprar uma casa para nós dois – sugeriu esperando a resposta. – Isto é... você não pretende voltar para os EUA, pretende?

- Vou aonde você for – respondeu.

- Ótimo! – disse contente – Assim compro a casa antes das férias de natal e Dumbledore coloca Fidelius e uma outra porção de feitiços lá e então podemos todos nós passar o natal! Imagine quanta gente! Eu e você, Rony e Mione, Neville e Aghata, Marry e “quem mesmo?”, Susan e espero Justino. Teria que arranjar muitas camas...

Sthefany riu com gosto.

- O-o quê? Qual o problema? – indagou Harry não sabendo da onde veio a graça.

- Pensei uma coisa um pouco maliciosa – disse rindo, da cara que Harry fez.

- Ta bom. Então compro só uma cama para nós dois – disse maroto.

- Só se for bem grande – disse dando um ardente beijo no namorado. Harry e Sthefany estavam chegando naquela fase.

Ficaram ali algum tempo, contemplando as águas calmas.

- Eu vou comprar mesmo a casa – disse Harry.

- Eu sei que vai.

- Eu vou mesmo comprar uma cama maior pra nós dois – disse maroto.

- Eu sei que vai – disse ela fitando o corpo do namorado. Ele fez o mesmo. Beijaram-se.

Era quase oito horas, quando ouviram o barulho de algo que parecia uma armadura andando. Interromperam o beijo para olhar a origem do barulho e viram que um forte guerreiro estava os olhando. Ficaram meio vermelhos, mas como eram namorados não havia muito problema ali. Harry percebeu que ele o fitava com os olhos arregalados, levantou-se e viu que Filch também estava junto, olhando e acenando negativamente com a cabeça.

- Namorando ah? – reclamou Filch. – Estou cansado de pegar vocês dois nesse estado, garotos arruaceiros.

- Não estamos transgredindo nenhuma regra – retrucou Harry ao lado de Sthefany. Filch fez uma cara de indignado. O guerreiro com a bela armadura prateada, com desenhos em ouro, suja de sangue, ainda o fitava, desviou o olhar para Sthefany e voltou para Harry. De repente ele se ajoelhou e tirou a espada, ficando na terra à frente. Harry num susto tirou a varinha.

- Harry Potter é uma honra conhecê-lo, sou um paladino. Sou o último paladino que restou dos grandes exércitos – Harry havia estudado os paladinos em história da magia, no quinto ano, antes de reprovar nos N.O.N.s, sabiam que eram bons e guardou a varinha.

- Último? – indagou estranhando.

- Sim. Meu exercito venceu a ultima batalha, porém apenas eu fiquei vivo. Meu nome é Maverik Atalon general dos exércitos nórdicos. Vim aqui para ajudar o senhor em seu destino, é o máximo que posso fazer.

Harry estava atônito. Sthefany estava pasma. Filch estava zangado. O paladino estava se levantando.

- Preciso falar com Dumbledore – disse com a cabeça baixa. – Com licença.

- A-até mais – gaguejou Harry. Observando o Paladino se afastando.

Harry olhou para Sthefany procurando informações, mas nada.

- Você prefere na praia ou no campo - mudando de assunto.

- Na Inglaterra, prefiro no campo.

- Vou escrever para uma imobiliária bruxa. Conheço uma que tem umas casas no campo ótimas, estive olhando no beco diagonal, vou pedir para me mandarem um panfleto.

Depois disso, os dois voltaram para a sala comunal da Grifinória. Sthefany se juntou ao grupo de alunos do sétimo e quinto ano que estudavam e Harry disse que ia falar com Dumbledore.

- Sorvete de Limão – disse a senha à gárgula.

Quando subiu viu que Dumbledore estava de pé, praticamente o esperando com o costumeiro sorriso. Existiam muitas corujas pousadas na janela e montes de cartas na escrivaninha, o velho andava mesmo ocupado. Maverik estava sentado numa cadeira, agora com a armadura sem sangue e a bela espada encostada ao lado.

- Boa noite Harry – disse Dumbledore. – Estávamos justamente falando de você.

- Boa noite – disse Harry para os dois. - Achei que vocês iriam falar sobre Voldemort, por isso vim. Se importa se eu ouvir a conversa?

- Claro que não Harry – disse Dumbledore – Sente-se. Bom voltando ao assunto com o Sr Atalon, o Harry aqui está treinando as Antigas Magias, sim. Estou o instruindo todas as noites de sábado, ele e Sthefany que agora adquiriu alguns poderes. Me sentiria honrado em poder lhe fornecer aposentos neste castelo. Deve estar com fome, o jantar já foi servido a uma hora mas os elfos podem lhe preparar uns pratos bem apetitosos.

- Obrigado pela hospitalidade Dumbledore – disse com a voz grossa fazendo uma reverência com a cabeça. Ele parecia extremamente triste. – Me sentirei satisfeito em poder ajudar. Vou me retirar – disse se levantando.

- Creio que antes de sair, gostaria de ver isso – disse Dumbledore acenando a varinha, trazendo a espada de Godric Gryffindor a suas mãos.

- A espada de Gryffindor? – indagou surpreso.

- Sim. Está aqui a quase cinco anos.

- É uma ótima espada para bruxos, que não querem abandonar a varinha, leve, para apenas uma mão – disse analisando a espada, mas sem tocá-la. Harry se lembrou dela fincada na cabeça do basilisco. – Quem afinal conseguiu tirá-la do chapéu? Gostaria de conhecer essa pessoa, deve ser um grande espadachim.

- Harry a tirou.

O paladino olhou confuso da espada para Harry, que já estava acostumado com esses olhares confusos.

- Gostaria de treiná-lo – disse por fim Atalon. Harry desanimou, seu tempo já era curto e mais uma seção treinamento tortura, com um espadachim doidão, vai acabar com a sua disposição. Mas aquilo poderia ser divertido.

- Como essa espada está realmente destinada a Harry Potter, creio que não há coisa melhor do que ensiná-lo a usar, ajudaria muito num confronto direto.

- Ótimo! – parecia que a idéia de treinar Harry havia animado o guerreiro, decidiu então não discordar.

- Tudo bem – concordou Harry. – Mas eu não tenho muito tempo.

- Apenas uma vez por semana Harry, assim como seus treinamentos na sala de testes.

- Muito bem Dumbledore, agora realmente preciso me retirar – disse o paladino saindo. – Boa noite.

- Siga Filch, ele o levará aos seus cômodos.

- Obrigado.

Quando Atalon fechou a porta atrás de si, Dumbledore olhou para Harry.

- Prof Dumbledore, preciso falar uma coisa – disse Harry pensando.

- Sim Harry?

- Bom, eu sou maior de idade... então eu estive pensando em comprar uma casa para passar o natal... e entende né... não posso viver a vida inteira com os Dursley, por mais seguro que lá seja... enfim... o senhor poderia fazer alguns feitiços de proteção e fidelius, com o senhor de fiel? Para nós da Grifinória passarmos o natal lá...

- Ótima idéia Harry... só que terão de ter cuidado... somente a casa seria segura, os terrenos seriam perigosos. Você já comprou a casa?

- Não.

- Então deixe que eu compre com outro nome. É mais seguro que todos pensem que Harry Potter vai passar o natal em Hogwarts. Susan pode garantir que Voldemort ache isso, assim você poderão aproveitar os terrenos da sua casa.

- Bom, vai estar tudo meio congelado mesmo, vamos ficar do lado da lareira – disse Harry animado – Mas é melhor garantirmos.

- Aconselho que só levem pessoas de confiança – disse Dumbledore. – Vou lhes armar uma chave de portal. Nem mesmo eles vão saber a exata localização.

Dumbledore enviou Faewkes para a imobiliária, que já troce os panfletos, Harry escolheu tudo. Era uma casa grande e branca, de madeira. Custaria caro, mas valeria a pena, Harry passaria bons tempos lá. Tinha espaço para dez pessoas morarem com conforto. Comprou-a pensando num futuro, que poderia não existir, mas que era seu sonho. Dumbledore, disse que no dia seguinte ele resolveria essa questão dos feitiços, e faria a chave do portal. Comprou a casa em nome de Arthur Weasley, que não se importou.

No dia seguinte, Susan estava ansiosa para o retorno de Justino. Harry já havia convidado, Neville e Agatha, que finalmente oficializaram o namoro, que aceitaram, Marry não poderia ir, passaria na casa de uma tia da Inglaterra, Susan iria de qualquer jeito, Rony e Hermione estavam entusiasmados, depois de um interrogatório de Hermione. Susan aceitou fazer o que Dumbledore lhe pediu, dizer que Harry passaria o natal em Hogwarts. Dumbledore já entregou a chave de portal a Harry, mas só funcionaria na véspera do natal, para a qual faltavam duas semanas.

- Susan! Susan! – disse Mione ao chegar no Salão comunal para o almoço. – Justino está chegando. Harry está falando com ele do seu estado, vai dizer se ele quer ou não conversar com você. – disse sussurrando para que os outros não soubessem que ela gostava se importava com ele. Malfoy poderia estranhar.

Elas aguardaram sentadas na mesa. Susan já nem mais comia e Hermione a consolava. Harry apareceu depois e caminhou até elas, sozinho.

- Justino está te esperando na entrada do castelo, aconselho uma volta pelo lago – disse Harry sentando-se ao lado de Sthefany.

- Ok – disse Susan se levantando. – Já venho.

Susan se dirigiu até a entrada e encontrou um Justino com a cara amarrada. Não parecia muito afim de conversar com a filha do assassino de seus pais.

- Olá – disse Susan.

- Oi – disse meio bruscamente – Afinal de que lado você está?

- Do seu – respondeu. – Sinto muito pelo que aconteceu com seus pais, sinceramente nunca desejei isso, mas vamos para outro lugar, aqui tem muita circulação.

Justino ia retrucar, mas lembrou-se de que Harry disse que ela estava os ajudando, passando informações falsas para o pai, não seria bom que mais pessoas ouvissem isso. Harry e Dumbledore também disseram que ela realmente é uma boa pessoa e que tentou evitar que os seus pais fossem mortos. Então aceitou e foram pelo lago.

- Por que veio para o nosso lado? – indagou Justino. – É mais algum plano de conquista ao mundo, seu?

- Nunca pude escolhe em que “lado” ficar. Só agora que meu pai não está mais perto para controlar minhas amizades, foi que vi como as pessoas realmente são.

- E como as pessoas realmente são? – ele não queria dar mole para ela, queria explicações, queria ter certeza de que ela estava realmente falando a verdade.

- Existem vários adjetivos para qualificar as pessoas. Mas na verdade, como Harry disse, não são as qualidades que tornam uma pessoa boa ou má, mas as escolhas dessa pessoa. Ou seja, o sangue não importa. Não importa que eu demorei, o que importa é que agora eu sei o que realmente torna a vida interessante. – a frase trouxe a memória o ultimo encontro dos dois, tinha sido bom, até a manhã seguinte.

- Seu pai deveria morrer, não posso ver a cara daquele infeliz, assassino – disse com vontade de ofender o pai da garota.

- Não posso desejar a morte a ele...

- Pois devia! – interrompeu Justino.

- Mas não posso, ele é meu pai, e farei o possível para que ele não morra. Admito que as coisas que ele faz não são nada justificáveis. Sinto muito pelos seus pais, tentei evitar, nem que isso significasse meu pai preso e eu sem a confiança dele. Ele era muito severo quando eu o contrariava, mas agora posso decidir por mim mesma – disse parando e se postando na frente de Justino. – Posso escolher com quem serei amiga e com quem serei inimiga. Quem eu irei amar e quem irei odiar, e com certeza não vou tomar por base um preconceito idiota do meu pai.

- Aprendeu... é... – indagou lembrando-se de quanto ele insistiu para que ela esquecesse a história de Sangue-Ruim.

- Enxerguei – respondeu.

- Enxergou o quê? – estranhou.

- Quem eu realmente gosto – disse se aproximando de Justino. Sabia que ela falava sério, estava realmente triste no dia em que tudo aconteceu. –

Você me perdoa pela minha cegueira? – Justino lutou para dizer um “Não!” bem seco mas...

- Não consigo dizer não – disse sorrindo. Aproximaram-se e beijaram-se numa sensação tão boa quanto da ultima vez. As mãos de Justino passaram pelos loiros cabelos da garota que sempre tentou mudar e que conseguiu, mesmo que com um preço caro.

- Poderemos nos falar melhor hoje a noite, no mesmo lugar... – disse Susan.

- Enfim foi você que me convidou – comemorou Justino.

- As pessoas mudam, mas se mudar, que seja para a melhor, não é?

- Com certeza – disse voltando para o castelo. – Tenho que ajeitar umas coisas... Sabe os N.I.E.Ms e demais... agente se vê!

- Tchau! – acenou sorrindo. Ele retribuiu. - Harry vai lhe fazer um convite, espero que aceite!

Quando Susan voltou para o Salão Comunal, os amigos a cercaram perguntando o que havia acontecido.

- Voltamos – respondeu animada. – Harry tente convencer ele ir a tal casa.

- Com certeza! – disse triunfante. – Vou atrás dele neste instante mesmo.

- Que casa? – perguntou Sthefany – Você já comprou?

- Hmm... É... droga... queria fazer supresa... – disse triste.

- Foi uma surpresa! Então quando vamos? – sussurrou.

- Dia 24. De chave de portal. Ninguém sabe aonde é. Só eu e Dumbledore, está devidamente protegida e ninguém, além de mim e Dumbledore sabe quem é o fiel.

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