Escolhendo o lado
No escritório de Dumbledore, estavam, Rony, Harry, Susan, Sthefany, Hermione, McGonagall, Snape, Hagrid e, é claro, Dumbledore. Todos estavam espalhados em volta de Susan, que acabara de mostrar ser uma espiã. Dumbledore acabara de colocar as gotinhas de poção na língua de Susan.
- Está me ouvindo?
- Sim.
- Qual era o plano Susan?
- Eu tinha que fazer com que Harry Potter fosse para longe dos olhos de Dumbledore, também precisava levá-lo juntamente de uma boa refém – disse na voz sem emoção. Susan havia ingerido uma poção que a ajuda a ocultar certos fatos da verdade – Então mandei um bilhete para Sthefany, dizendo que Harry estaria a esperando nas arquibancadas e avisei Potter que ela estava lá. Hermione desconfiou da minha movimentação: invadiu meu quarto e pegou as minhas correspondências.
“Meu pai queria que Dumbledore acreditasse que eu fui controlada por imperius a fazer tudo o que fiz, desde fugir da escola até forçar o encontro de Potter com os comensais hoje à noite. Meu pai sabia que não iria conseguir fazer Potter de prisioneiro, até porque nem Voldemort conseguiu. Se Dumbledore acreditasse que eu estava sendo realmente controlada pela maldição imperius, eu poderia continuar a me corresponder com meu pai, e lhe enviar algumas informações valiosas quanto ao movimento de Harry Potter. Meu pai espera que eu vá a julgamento e conseqüentemente, Potter teria que ser uma das testemunhas de que ele confessou estar usando imperius em mim, assim eu diria quando era a data da conferência e os exércitos de Voldemort atacariam e prenderiam todos dentro do ministério, inclusive Harry Potter.
“Potter se tornou o principal alvo de Voldemort. Ele queria ter certeza de que quando atacasse ele estaria lá para morrer. Ele ficou feliz quando soube que a fiel filha de um de seus fiéis comensais tornara-se amiga de Harry Potter. Seria muito útil, para o que ele desejava. Então forjaram tudo, eu tenho que avisar meu pai através de uma carta, do que aconteceu.
Nesse momento Susan estava se segurando para não contar a outra parte do plano. Seu pai a orientou a fazer tudo o que fez, no início do ano letivo, logo depois de ser apresentada a Harry Potter, pediu para que guardasse todas as cartas que recebesse em uma caixa. No primeiro plano aconteceu justamente o que seu pai disse que aconteceria, caso falhasse. Alguém notou a movimentação de cartas e procurou a caixa, depois de saber que fingira estar sendo controlada por imperius. Seu pai pediu para que ela não fosse discreta, que fizesse com que alguém suspeitasse dela, e pediu para não fazer mais perguntas, para uma situação de interrogatório como essa. Mas ainda tinha uma coisa a fazer, teria que apontar a varinha para seu braço e murmurar “Próximo passo”. Havia alguma coisa oculta lá, seu pai o fez no mesmo dia em que a instruiu do plano.
- Mas você irá avisar que o plano ocorreu como o esperado. Vai dizer que eu acredito que você foi forçada através da maldição a fazer tudo o que fez. Vai dizer que a data da conferência vai ser marcada e que Harry Potter irá comparecer como testemunha – disse Dumbledore. – Assim poderemos escolher quem vai estar dentro do ministério e quem não vai. Podemos escolher a data e o horário. Podemos nos preparar.
Susan escreveu a carta enquanto Dumbledore a observava.
- Vê Harry, as cartas, todas têm os planos de fingir estar sobre controle de Imperius. Hoje a noite, depois de você voltar das arquibancadas ela tinha que ficar jogada no meio do campo e fingir não se lembrar de nada. Esperto, muito esperto.
Dumbledore olhou Susan debaixo de seus óculos de meia lua, colocou uma poção para cancelar o efeito da veritasserum e perguntou:
- Porque você faz essas coisas? Você sabe pelo que eles lutam? – indagou calmamente.
- Por que ele é meu pai. Me ensinou tudo o que sei. Me mostrou como os sangues ruins não prestam – respondeu meio em duvida do que falava.
- Pois eu sei que você não pensa como eles – aquilo acertou como um soco no estômago de Susan, “como ele poderia saber?” - Todos me dizem que sou famoso por dar segundas chances às pessoas, mas neste caso será uma primeira chance. Você terá a chance de ainda conviver com quem pretende matar por poder. Você continuara a ter suas aulas normalmente, lhe dou essa chance, porque sei que se tivesse a escolha: as coisas não estariam como estão hoje. Pode voltar para o seu dormitório – aquelas palavras, trouxeram a mente de Susan, lembranças de seus pais no passado.
Susan se ergueu da cadeira que estava sentada, quase chorando e se dirigiu rapidamente para o seu dormitório. Observada por toda a Ordem da Fênix presente em Hogwarts.
- Dumbledore! – disse Hermione indignada. Após a saída de Susan – Como você pode confiar nela? Ela pode ser perigosa... ela sabe quem pode ter conhecimento de onde Harry está caso não esteja no ministério e pode informar ao pai!
- Como eu disse Hermione: Susan não é igual ao pai. Acredite, eu sei disso. Ela pode ser melhor como uma aliada do que como uma inimiga sobre controle – Dumbledore se virou para Harry e disse – Como Susan disse, o maior alvo de Voldemort agora é você. Espero que tome mais cuidado.
Ainda não sei se realmente quero lhe colocar no ministério na última batalha, você pode ser um ponto chave. Quero que você e Sthefany fiquem aqui, quero lhes mostrar uma coisa, o restante podem ir e quero que tratem Susan como uma aluna normal, ela não teve uma vida fácil.
Susan estava chegando no seu dormitório, quando encontrou uma carta jogada em cima de sua cama. Sabia de quem era a carta, mas agora não era a hora para isso, Justino Finch-Fletchley, vinha se encontrando com ela quase todas as noites, para conversar. Apenas a colocou no bolso e foi para o banheiro, onde não havia ninguém. Dumbledore fez reviver as duvidas que começaram a despertar em sua mente nesse ano, após conhecer Justino. Mas agora não tinha tempo para isso, não poderia decepcionar o pai.
- Próximo passo! – murmurou apontando para o braço.
Ali umas inscrições, uma tatuagem começou a se formar:
Se chegou nessa parte do plano, ótimo. Pegue o espelho que lhe dei no seu aniversário e fale o nome de seu pai olhando para ele. Para apagar essas inscrições use a varinha dizendo “já vou”.
- Já vou! – murmurou e as inscrições desapareceram.
Abriu o espelho do banheiro e pegou o velho espelho de mão, com pedras preciosas, que usava para se maquiar. Se aproximou dele e disse “Teodor Marchinson”. O rosto de seu velho mas juvenil pai apareceu.
- Então o que aconteceu? – Susan ficou emburrada que ele não lhe disse nem um “oi”, mas contou tudo o que havia acontecido.
-...então ele quer que vocês acreditem que eu ainda sou de confiança para ele – disse monotonamente, odiava fazer aquilo.
- Então ele não disse onde o Potter vai estar na hora do ataque. Ele não nos subestimou por inteiro ou não sabe mesmo onde o quer – disse Teodor pensativo – Agora você terá que usar seus poderes. Presumi que após Dumbledore descobrir o meu “plano”, acharia você, mesmo assim, “inocente”, deixando-a perambular pelo castelo. Vive querendo dar segundas chances às pessoas – “primeiras” corrigiu mentalmente Susan. Seu pai sempre lhe disse do que deveria gostar e odiar. - Use a legilemancia na Granger ou no Weasley, depois use a magia obliviate, para apagar a memória. Eles devem saber onde Potter estará na hora da invasão, e onde quer que seja, o Lorde das Trevas também estará. Dumbledore podia já ter dado essa informação, mas já que nem ele sabe aonde quer que o garoto esteja você terá de continuar a segunda parte da missão.
“O plano é que, você use legilemância e obliviate, em Weasley ou Granger e todas as noites você me passe todas as informações que conseguir através desse espelho. Agora iremos matar mais uns pais de Sangues-Ruins...” – “mais alguém chorando” pensou Susan – “Acho que os nomes são Finch-Fletchley – aquilo foi como um soco na barriga de Susan “Finch-Fletchley” – bom isso não importa, venha falar comigo a essa hora amanhã.” – “NÃO IMPORTA!?” indignou-se mentalmente Susan, olhando para o espelho, agora normal.
Deixando Susan com seus pensamentos. Iriam matar os pais de Justino. Ela tentou não se encontrar mais com ele, desde que soube que era um “sangue-ruim”, mas não conseguiu. A vontade de ver o rapaz, era mais forte. Lembrou-se que tinha uma carta dele em seu bolso e a abriu.
Te espero na sacada norte.
Justino Finch-Fletchley.
Normalmente ela reviraria os olhos, para a insistência do rapaz, mas agora sabia que ele teria os pais mortos e não podia fazer nada, não havia tempo, ou havia?. Isso não era justo. Ele sempre foi tão alegre, aquela vez em que Susan foi repreendida pelos sonserinos por fazer amizade com a panelinha de Potter, ele a ajudou. Evitou que a azarassem, disse que fez parte da AD, por isso sabia alguns truques. Ele não era mais fraco que um puro-sangue, como seu pai sempre dizia serem os nascidos trouxas.
Susan estava com os pensamentos a mil. Desde pequena suas amizades foram escolhidas por seus pais, mas nunca mostraram o verdadeiro lado da coisa. Como podem matar pessoas inocentes apenas para impor medo e respeito? Não sabia de que lado ficar, sempre obedeceu e assim conquistou a sua confiança. Mas ultimamente... Seu pai estava fazendo coisas das quais não se orgulhava.
A única coisa que resolveu fazer foi se encontrar com Justino. Não sabia se continuaria a passar informações verdadeiras para o pai. Estava na hora de escolher um lado. Dumbledore lhe mostrou que as coisas poderiam mudar e ela estava realmente pensando nisso. Mas se traísse seu pai, Voldemort seria enganado também e poderia matá-lo. Decidiu resolver tudo na manhã seguinte conversando com Dumbledore, o velho se mostrou sábio, poderia fazer com que nada acontecesse.
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