Adeus, Rua dos Alfeneiros



Estava parado na janela um garoto magricela com cabelos negros e olhos fantasticamente verdes que tinha lágrimas escorrendo o rosto. Harry andara pensando muito em seu padrinho e em tudo que lhe tinha acontecido no ano anterior. Será que valia a pena continuar lutando? Instantaneamente a resposta veio em sua cabeça. Lembrou-se de seus melhores amigos, Rony e Hermione e de seus pais, Tiago e Lílian, mortos tentando o salvar de uma das maldições imperdoáveis, a pior de todas: a maldição da morte. Harry foi o único que sobreviveu e assim, só ele poderia deter Lord Voldemort, o mais poderoso bruxo das trevas.

Seus amigos, Rony e Hermione, tinham feito de tudo para tentar animá-lo nesses últimos dias com cartões e doces e Fred e Jorge mandavam amostras de seus logros. A morte da pessoa mais próxima a um pai ainda provocava muita angústia em Harry. Será que estava amaldiçoado? Será que todas as pessoas de quem ele gostava corriam perigo? Perguntas e mais perguntas não paravam de atormentar a cabeça de Harry.

Ainda tinha os Dursley que não paravam de atormentá-lo. Pareciam ter percebido que ignorá-lo não bastava e passaram a mandar Harry fazer alguns serviços de casa para ajudar Tia Petúnia. "Isso pelo menos me ajuda a esquecer meus problemas", pensou Harry.

Estava deitado em sua cama refletindo quando uma coruja começo a bicar a janela. Era uma carta de Rony:


Caro Harry,

Como está? Espero que tenha melhorado. Olhe, decidimos que é melhor você vir logo para o Largo Grimmauld do que ficar aí sozinho com todas suas preocupações. Vamos te buscar domingo ás 5 horas.

Esteja pronto e nos mande uma resposta.

Uma abraço,

Rony




Finalmente o que desejara as 2 semanas na Rua dos Alfeneiros se tornara realidade. Não entedia como o Largo Grimmauld ainda era a sede da Ordem da Fênix, mas essa era uma pergunta que iria ser respondida quando ele chegasse lá. Tentando parar de pensar no seu padrinho e, um pouco mais feliz com a notícia, Harry pegou um pergaminho e uma pena e escreveu:



Caro Rony,

Está certo então. Estarei pronto.

Um abraço,

Harry




Desceu para comunicar aos Dursley sua partida e se deparou com uma discussão. Os Dursley tinham descoberto que o Duda era um pequeno marginal e desde isto Tio Válter ficou duro com ele. Ele estava brigando com Duda, pois o tinha visto bater em um garotinho.

- JÁ TE DISSE NÃO DISSE? - disse tio Válter - OU VOCÊ PÁRA COM ISSO MOLEQUE, OU ENTÃO...

- OU ENTÃO O QUE? - disse Duda em tom duvidoso - DIGA, VAI ME TRATAR COMO O HARRY AGORA?

- Realmente não quero... Mas se continuar a agir como esses “marginaisinhos” vou te tratar sim. Ou você anda na linha ou então vai ajudar sua mãe todo dia em seus trabalhos de casa e só se alimentará de verduras e legumes.

Duda saiu em disparada em direção ao seu quarto. Harry nunca o vira assim. Tia Petúnia agora era vista chorando freqüentemente e Tio Válter a criticava por isso, dizia que tinham criado um monstro. Até Duda subir, não tinham reparado que Harry estavam ali até que:

- Hem Hem - disse Harry - com licença.

- Que foi? - resmungou Tio Válter.

- Vou partir, domingo. Só estou comunicando.

- Vai para aonde? - disse Tio Válter.

- Para a sede da Ordem da Fênix, - respondeu Harry, sabendo que o tio não entendera nada - portanto vou arrumar minhas malas.

- Sede da... O que? Ei garoto espere! Volte aqui! Ingrato! Bom, está bem. Suma o mais rápido possível da minha casa, moleque! - berrou Tio Válter.

Harry ficou feliz com a falta de objeções de Tio Válter, mas não questionou nada. Foi direto arrumar suas malas, pois no dia seguinte estaria dizendo adeus a rua dos Alfeneiros. Esperara isso o verão inteiro e agora não cabia em si de felicidade. Esquecera-se por um minuto a morte de Sirius e começou a s lembrar de seus amigos e da Ordem da Fênix. O que estaria acontecendo no mundo dos bruxos? Agora que Voldemort não tinha mais como se esconder o que estaria acontecendo? Harry estava recebendo o Profeta Diário, mas isto não significava muita coisa. A Ordem da Fênix continuava a ser uma sociedade secreta e Voldemort ainda não agira muito. Era muito recente esta novidade ao Ministério e Voldemort não tivera tempo de planejar muita coisa.

Deixando um pouco os pensamentos de lado, Harry fora preparar sua partida da rua dos Alfeneiros.

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