O Natal dos Lovegood
Voltei,como prometido.Curtam mais dois capítulos.
O Natal dos Lovegood
Era natal na casa de Xenofílio Lovegood.Sua filha e seus netos vieram comemorar com ele.
-Que bom que veio, Luna!Mas onde está seu marido?
-Está na África, papai!Encontraram rastros de um raro Espinodonte por lá!
-Esse é o meu genro!-Disse o velho, orgulhoso. -Sempre tentado encontrar as belas criaturas!
Os Lovegood eram uma família feliz.Tinham suas crenças e eram tidos como loucos e excêntricos.
Mas não ligavam para isso.Para eles, o que importava era ser eles mesmos.Tudo corria bem, até bater à porta.
-Quem será?-Disse Xenófilo.-Talvez papai Noel tenha atendo ao meu pedido e esteja me presenteando com um novo chifre de Bufador de Chifre Enrugado no lugar do que explodiu.
Quando abre a porta, Xenófilo dá de cara com um jovem alto com aspecto arrogante, cabelo curto e jeito de mauricinho.
-Boa Noite, Senhor Lovegood.-Disse o jovem.-Meu nome é Derick Dorabont.Faço parte dos aurores Americanos.Preciso falar com o senhor. É muito importante.
-Se é sobre o tal Reisler, eu já falei com seus superiores que não tenho idéia do motivo que o levaria até mim.
-Mas temos um palpite que está relacionado com as Relíquias da Morte!
-Você disse Relíquias da Morte?-Luna entrou na conversa.
-Sim, Senhora Scamander.Reisler demonstrou um enorme interesse sobre as relíquias.O que o Senhor Pode me dizer sobre esse assunto?
-O Senhor conhece o Conto dos 3 irmãos?-Perguntou Xenófilo.
-Me lembro vagamente.
-Acho que tenho um exemplar aqui.Você pode pegá-lo, filha?
Luna assentiu com a cabeça e subiu as escadas para buscar o livro.Voltou com ele instantes depois.Sentou-se perto do pai e começou a ler:
"Era uma vez três irmãos que viajavam numa estrada deserta e tortuosa ao anoitecer. Depois de algum tempo, os irmãos chegaram a um rio fundo demais para passar a pé e perigoso demais para atravessar a nado. Os irmãos eram, porém exímios em magia, e então simplesmente agitaram as suas varinhas e fizeram aparecer uma ponte sobre as águas traiçoeiras. Iam a meio da ponte quando viram o caminho bloqueado por um vulto encapuzado. Era a Morte.
E a Morte falou-lhes. Estava zangada por ter sido roubada em três novas vítimas, porque o normal era os viajantes se afogarem no rio. Mas a Morte era astuta. Fingiu felicitar os três irmãos pela sua magia, e disse que cada um ganharia um premio por ter sido inteligente o bastante para lhe escapar.
Então, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu uma varinha mais poderosa que todas as que existissem: uma varinha que vencesse sempre todos os duelos, uma varinha digna de um feiticeiro que derrotara a Morte! Então, a Morte atravessou a ponte, dirigiu-se a um velho sabugueiro na margem do rio, moldou uma varinha de um galho da árvore e entregou-a ao irmão mais velho.
Depois, o segundo irmão, que era um homem arrogante, resolveu humilhar ainda mais a Morte e pediu o poder de restituir a vida aos que ela levara. Então a Morte apanhou uma pedra da margem do rio e entregou-a ao segundo irmão, dizendo-lhe que a pedra tinha o poder de ressuscitar os mortos.
Depois, a Morte perguntou ao terceiro e mais jovem dos irmãos, o que queria. O irmão mais novo era o mais humilde e também o mais sensato dos irmãos, e não confiava na Morte. Pediu, então, algo que permitisse ele sair daquele lugar sem ser seguido pela Morte. E a Morte, de má vontade, entregou-lhe o seu próprio Manto da Invisibilidade.Depois a Morte afastou-se para um lado e deixou os três irmãos continuar o seu caminho e foi o que eles fizeram, comentando, com espanto, a aventura que tinham vivido e admirando os presentes da Morte.
No devido tempo, os irmãos se separaram, seguindo cada um o seu destino. O primeiro irmão viajou uma semana ou mais e, ao chegar a uma vila distante, procurou outro feiticeiro com quem tinha desavenças. Armado com a Varinha de Sabugueiro como arma, ele não poderia deixar de vencer o duelo que se seguiu. Deixando o inimigo morto estendido no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem, onde se gabou, em alto e bom som, a poderosa varinha que arrancara à própria Morte, e que o tornava invencível.Na mesma noite, outro feiticeiro aproximou-se silenciosamente do irmão mais velho enquanto dormia na sua cama, embriagado pelo vinho. O ladrão levou a varinha e, por cautela, cortou o pescoço ao irmão mais velho. Assim a Morte levou o irmão mais velho.
Entretanto, o segundo irmão viajou para a sua casa, onde vivia sozinho. Aí, tomou a pedra que tinha o poder de ressuscitar os mortos e girou-a três vezes na mão. Para seu espanto e satisfação, a figura da rapariga em que tivera esperança de desposar, antes da sua morte precoce, surgiu instantaneamente diante dele. Contudo, ela estava triste e fria, separada dele como que por um véu. Embora tivesse retornado ao mundo dos mortais, o seu lugar não era ali, e ela sofria. Por fim, o segundo irmão, enlouquecido pela saudade, matou-se para poder verdadeiramente se unir a ela. E assim a Morte levou o segundo irmão.
Embora a Morte procurasse o terceiro irmão durante muitos anos, jamais conseguiu encontrá-lo. Somente quando atingiu uma idade avançada é que o irmão mais novo tirou, finalmente, o Manto da Invisibilidade e o deu ao seu filho. E então acolheu a Morte como uma velha amiga e acompanhou-a de bom grado, e como iguais, partiram desta vida.”
-E o Senhor acha que essa historia tem alguma relação com as Relíquias?-Perguntou o jovem Dorabont.
-Sim, meu rapaz!-Respondeu Xenófilo.-Tenho a certeza que a pedra, a capa e a varinha da historia são as famosas Relíquias da morte.
-É disso que Reisler está atrás?-Perguntou Luna, curiosa.
-Sim.Encontramos um bilhete em que ele escreveu: 1-Relíquias. 2-Lovegood. 3-Hogwarts. 4-HP.
-HP?-Perguntou Xenófilo.
-Harry Potter?-Perguntou Luna.O nome chamou a atenção do auror.Seus olhos encontraram com os da mulher.Tinha um ar meio sonhador.Era jovem, apesar de ter dois filhos.
-O que a Senhora disse?
-O único HP que eu conheço é Harry Potter.E ele tem uma relíquia.Talvez duas.
-Como é?-Disse Derick.Suas suspeitas estavam se confirmando.
-Eu ouvi alto e claro quando ele disse que a Varinha das Varinhas era dele.
-Tem certeza disso?
-Sim, mas está quase na hora de comer.O Senhor está convidado.Mais tarde continuaremos o assunto.
E o jovem sentou-se à mesa.Era o banquete de Natal mais estranho que ele vira em sua vida.Em vez de Peru, uma imensa tigela de sopa ocupava a mesa.
-Não comemos Peru, pois ele dá um azar danado.-Disse Xenófilo.
-Azar?-Surpreendeu-se o Jovem.
-Sim.-Disse Luna.-O barulho que eles fazem: ”Glú-Glú-Glú!”, nada mais é que uma adoração às Artes das Trevas.Quem comer da carne deles será amaldiçoado para sempre.
Derick achou graça.O Senhor Lovegood era bem excêntrico.Vestia roupas chamativas e usava um estranho gorro na cabeça.Parecia ser muito feliz do jeito que era.Não devia se importar com a opinião dos outros.
Sua filha, no entanto, não tirava os olhos de cima do jovem.Parecia intrigada com ele.Como se pudesse enxergar através da alma.
Dorabont estava assustado e ao mesmo tempo fascinado com a jovem mulher.Não era muito diferente do pai e mantinha um aspecto inocente ao mesmo tempo em que parecia saber bem mais do que demonstrava.
Os dois meninos também pareciam muito felizes.Eram parecidos fisicamente.A única diferença era a cor dos cabelos e dos olhos.Mas as personalidades eram bem diferentes.
O de cabelos negros era completamente paranóico com limpeza.Era só cair uma migalha em sua roupa que ele se desesperava.
O loiro não se incomodava com sujeira.Era tão sonhador quanto a mãe e o avô.Adorava falar de animais estranhos.
Após o jantar, os meninos foram se deitar e os 3 retomaram a conversa.
-Parece que a varinha passou de mão em mão até chegar na de Dumbledore.-Disse Luna.-Não sei como ele a conseguiu, mas Draco Malfoy o desarmou e se tornou o novo dono sem saber.Depois, Snape matou Dumbledore por ordem do próprio e acabou morto pelo Você-Sabe-Quem que achava que Snape fosse o dono da varinha.Harry desarmou Malfoy e se tornou o novo dono.Você-Sabe-Quem usou a varinha contra Harry e foi morto por seu próprio feitiço.
-Se Potter é dono da varinha, ele também possui as outras relíquias?-Perguntou Dorabont, após se recuperar de ouvir tanta informação de uma vez.
-Não sei dizer.-Disse Xenófilo.-Mas pelo que minha filha diz, ele usa a mesma capa de invisibilidade há anos.E todos sabemos que as capas perdem o poder com o passar dos anos.
-Mas como a dele não se desgastou, ela deve ser a verdadeira.
-Muito bem, meu jovem!-Xenófilo estava muito feliz de encontrar alguém tão interessado nas Relíquias.
-E quanto á pedra?Ela também está em poder dele?
-Não sei.-Disse Luna, que após dizer essa frase, notou um certo desapontamento no rosto do jovem.-Está interessado na Pedra.
-Por que diz isso?-Perguntou, levemente surpreendido pela pergunta.
-Você pareceu meio triste quando eu disse que não sabia.
-Bem...-Disse ele, tentando mudar de assunto.-Reisler Pichou esse símbolo na parede do irmão.Tem algum significado para vocês?
Os dois examinaram o estranho olho triangular e falaram ao mesmo tempo:”É o símbolo das Relíquias da Morte!”.
-Foi o que pensei!-Disse o jovem, tentando esconder o entusiasmo.-A lenda é verdadeira!
-Sim, meu caro rapaz!-Disse Xenófilo, partilhando do entusiasmo.-Se Reisler as está procurando, com certeza virá me procurar.Esse garoto deve ser um gênio!
-Ah, ele é!-Concordou Dorabont.-Sempre foi o mais esperto da escola!Era o mais invejado pelos garotos e o mais desejado pelas garotas!É perfeito em todos os sentidos!E é muito bonito!
-Puxa!-Disse Luna, como se matasse uma charada.-Fala dele como se fosse alguém importante pra você.Aliás, só vejo uma pessoa falando assim dela própria!
-Impressão sua!-Disse o jovem, tentando disfarçar.-Mas me digam uma coisa: Se Potter possui duas Relíquias, existe uma possibilidade de ter uma 3ª?
-Está mesmo interessado na pedra, não é?-Perguntou Luna.
-Na-não!-Gaguejou o rapaz.-Mas provavelmente Reisler vai querer juntar as 3, não?
-Bem, eu diria que se as 3 relíquias pertencerem a Harry Potter e Reisler desconfiar disso, como deixou no bilhete, então um encontro entre os dois será inevitável.
-É verdade que Reisler quer justiça para a irmã morta?-Perguntou Luna.
-Como sabe disso?
-È o boato que corre por aí desde que ele invadiu o ministério de Salém.-Disse Luna.-Se estiver atrás da Pedra da ressurreição, deve querer trazê-la de volta.Mesmo não sendo recomendável, pois ela não voltaria de verdade.
-Minha filha tem razão.O lugar de alguém que já morreu é ao lado dos outros mortos.
-Bem, preciso ir.-Respondeu o jovem.-Tenho que reportar o que escutei aqui para os meus superiores.Muito obrigado aos dois.Vocês não sabem o quanto ajudou.
-Muito obrigado ao Senhor!-Disse Xenófilo.Adoro falar sobre as Relíquias!
-Espero que encontre o que procura!-Disse Luna.-E que sua busca esclareça as coisas.
-O-obrigado!-Disse o jovem, dando mais um olhar indagador para ela e se afastando em seguida.Aparatou segundos depois.
Reapareceu numa cabana perto dos arredores de Hogsmeade.Estava preocupado.Teria a mulher desconfiado de alguma coisa?Parecia saber quem ele era de fato.Mas também parecia ser simpática a ele.
Foi aí que uma metamorfose aconteceu.O cabelo do jovem ficou louro e seus olhos azuis.Seu rosto e seu corpo mudaram de forma.
-O efeito da poção polissuco passou.-Disse Johnny Reisler.-Obrigado mesmo, Senhor Lovegood.As coisas ficaram MUITO mais claras para mim.Eu já sei o que fazer.
Continua...
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