Capitulo Unico.
O dia no quartel general da Ordem fora extremamente cansativo. Com todas essas coisas que estavam acontecendo, os sumiços estranhos de Peter, a forma ansiosa que James e Lilly se encaravam como se quisessem comunicar alguma coisa, o rosto abatido de Emmie após deixar Remus agonizando no porão – lua cheia, ele sempre se trancava no porão do quartel – o rosto entristecido de Dorcas com a recente morte dos pais e Marlene. Ela como sempre mantendo aquela expressão firme, inabalável; de vez em quando eu até sentia o olhar dela sobre mim durante a reunião.
As coisas haviam esquentado entre nós depois que terminamos Hogwarts. O que era só um casinho entre dois estudantes havia se transformado em algo maior; eu não sabia o que era; só sei que era impossível ficar sozinho com ela sem beijá-la, tocá-la. E era quase impossível não tocá-la quando estávamos em reunião.
Eu despertei de meus devaneios quando escutei passos na escada. Eu me sentei bruscamente na cama e saquei a varinha. Olhei para o relógio, meia noite, eu abaixei um pouco a luz do abajur, deixando o quarto quase na penumbra. Escutei a porta do quarto abrindo lentamente com rangido. Eu levantei mais alto a varinha, apontado-a para meu invasor, mas meu braço caiu fazendo um baque surdo na cama quando eu reconheci quem era.
Meia noite no meu quarto, ela vai subir
Eu ouço passos na escada, vejo a porta abrir
Eu apertei a varinha com uma mão, fazendo com que ela soltasse algumas faíscas vermelhas e o lençol com a outra. Eu a olhava meramente vendo-a se aproximar da cama. Meus músculos estavam enrijecidos e meus olhos arregalados.
A luz fraca do abajur iluminava sua silhueta, mas eu conseguia ver perfeitamente seus olhos azuis brilhando maliciosamente para mim. Não sei por que, mas eu estava me sentindo estranhamente nervoso. Aquele nervosismo todo estava me sufocando, eu já tinha feito aquilo antes, e ela também; cansávamos de invadir o quarto um do outro a noite. Mas hoje havia alguma coisa de diferente. Eu a vi tirar o hobe e o vi cair lentamente, escorregando por seus braços nus, assim como o resto do corpo. Eu nunca havia ido além com Marlene, ela tinha seus limites e eu respeitava, mas hoje ela queria quebrá-los.
O abajur cor de carne, o lençol azul
Cortinas de seda, o seu corpo nu
Senti o colchão afundar quando ela apoiou as mãos, debruçando-se sobre mim. Seu rosto estava agora muito próximo, na mesma altura do meu. Eu podia ver agora com clareza seus olhos azuis penetrantes, e sua boca que não estava mais curvada em um sorriso, ela mordia levemente o lábio inferior, seus cabelos negros estavam presos em um nó. Senti uma das mãos dela na minha, tirando lentamente a varinha de minha mão e a colando em cima do criado mudo ao lado da cama. Minha respiração estava ofegante e eu não conseguia me mexer.
Ela se apoiou nos joelhos ficando um pouco mais alta, não quebramos o contato visual. Fechei os olhos pedindo à Mérlim por um controle que não vinha. Prendi a respiração quando senti a mão de Marlene suspendendo a minha camisa, seus dedos quentes roçando em meu peito frio. O choque foi inevitável.
- Lene... – sussurrei.
Ela continuou em silêncio, as mãos passeando em meu peitoral, as minhas voaram por instinto para sua cintura fina. Eu abri os olhos e encontrei os dela muito próximos aos meus, eu sentia a respiração dela em meu rosto. Ela deu um sorriso malicioso e seus olhos brilharam perigosamente, ela chegou mais perto e disse perto do meu ouvido, sua pele roçando na minha, e seu hálito soprando em meu pescoço me arrepiou.
- Eu quero você. – sussurrou com a voz sensualmente rouca.
Eu não consegui, não pude mais me controlar. Eu não tinha mais o comando de meu corpo, ele agia por conta própria. Desencostei da cabeceira da cama e fiz com que Marlene se sentasse no meu colo, as pernas dela uma de cada lado. Minha mão voou para suas costas, colando ainda mais nossos corpos, a outra eu entranhei em seus cabelos, soltando-os, puxei seu rosto para mim e tomei sua boca.
Eu deitei, fazendo com que Lene deitasse também, e depois a virei, ficando por cima dela. Desci os lábios para seu pescoço, minhas mãos percorriam por seu corpo, demorando um pouco em locais mais íntimos. Eu sentia as unhas dela arranhando minhas costas com força e os dentes dela mordendo meu ombro.
Sem poder mais me conter, eu a olhei, como se pedisse permissão, ela sorriu, assentindo. Eu fui de encontro a ela, fechei meus olhos um pouco depois dela fechar os seus. Eu me sentia quente, estar dentro dela era como estar no paraíso, era indescritível. Diferente de todas as outras, era especial, era único.
Começamos uma dança hipnótica e louca, suspiros e gemidos desconexos saiam de nossas bocas. Eu abri meus olhos e vi aquele par de safiras me encarando com um brilho de total satisfação e prazer, aquilo me enlouqueceu ainda mais. Nossos corpos suados iam um de encontro ao outro com intensidade, até que juntos, chegamos ao céu. Eu vi estrelas coloridas diante de meus olhos, mas nada era parecido com o azul brilhante dos olhos de Marlene.
Menina veneno, o mundo é pequeno demais prá nós dois
Em toda cama que eu durmo só dá você...
Seus olhos azuis no espelho brilham para mim
Seu corpo inteiro é um prazer do princípio ao fim
O cansaço começou a tomar conta de mim, e eu me deixei cair em cima dela. Escondi o rosto na curva de seu pescoço, respirando pesadamente, mas o sorriso de satisfação não saía de meu rosto. As mãos dela acariciavam ora meus cabelos ora as minhas costas. Eu queria poder dizer alguma coisa, mostrar de alguma forma o quão eu estava satisfeito, mas as palavras não me viam a mente, então fiquei calado, sentindo o cheiro floral que exalava de seus cabelos negros.
Eu saí de cima dela e a puxei para mim, fazendo com que ela deitasse a cabeça em meu peito. Eu vi que ela também tinha um sorriso tímido nos lábios. Eu acariciei seu braço com as pontas dos dedos, sentindo os pelos dela se eriçarem. Realmente palavras seriam pequenas demais para descrever esse momento. Eu senti o sono chegar e deixei que ele me levasse, com um sorriso no rosto.
Quando acordei no dia seguinte de manhã, Marlene não estava mais na minha cama comigo. Eu me sentei coçando os olhos me perguntando se tudo não havia passado de um sonho. Eu olhei para o lado, a parte que costumava ficar quase que intocada do lençol estava amarrotada. Não, não foi um sonho, foi real. Eu inspirei fundo o ar, e o cheiro floral dela ainda empesteava o quarto.
Eu não a vi durante o dia, ninguém a viu. Lills disse que ela saíra cedo para resolver algumas coisas. Eu esperei por ela, esperei no meu quarto, resmungando para as paredes, perguntando se ela vinha.
Sozinho no meu quarto eu acordo sem você
Fico falando pras paredes até anoitecer
Ela veio naquela noite, assim como na outra e na outra, ela veio em todas. Da mesma forma, sempre na mesma hora. Com o mesmo olhar brilhante, com o mesmo sorriso malicioso nos lábios. Todos os dias a mesma dança hipnótica e louca, os mesmos suspiros e gemidos desconexos, o mesmo brilho de imensa satisfação e prazer, a mesma intensidade, o mesmo céu. Nenhuma estrela era bonita o suficiente, brilhante o suficiente, hipnótica o suficiente, nada era suficiente perto dos olhos de Marlene. Ela me enlouquecia, me hipnotizava, me entorpecia.
Menina veneno, você tem um jeito sereno de ser
Toda noite no meu quarto vem me entorpecer...
Menina veneno, o mundo é pequeno demais prá nós dois
Em toda cama que eu durmo só dá você...
(Menina veneno...)
Menina veneno, você tem um jeito sereno de ser
Toda noite no meu quarto vem me entorpecer...
Menina veneno, o mundo é pequeno demais prá nós dois
Em toda cama que eu durmo só dá você...
(Menina Veneno...)
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E aí, gente, gostaram? É a minha primeira NC. Ficou boa? Eu espero que não tenha ficado muiito vulgar. Tentei deixar bem suave,acho que consegui né? E aí, o Sirius nervoso foi demais né? Eu queria um Sirius pra mim, mas infelizmente o Papai Noel não trouxe quando eu pedi. Saco. :/ Mas mesmo assim, fiquei feliz com meus presentes. Não se pode ter tudo né? hahahahaha
Bom, é isso. Comentem, espero que tenham gostado.
Beiijos.
Carol. :D
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