Os feitos de Snape



2 – Os feitos de Snape


 


Disclaimer: '' Devemos tudo isso a admirável, incomparável e extraordinária genialidade de J. K. Rowling, eu só pego emprestadas suas criações para me divertir um pouquinho ''.


 


Essa história se passa em Harry Potter and the Order of the Phoenix (Harry Potter e a Ordem da Fênix).


 


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- Senhorita Granger, imagino que esteja se perguntando por que a chamei aqui, certo?


A garota levantou os olhos. Dumbledore sentava-se em frente a sua escrivaninha, e a encarava. Snape encontrava-se em uma das poltronas em frente à mesa do diretor.


- Primeiramente, sente-se.


A garota deu a volta na escrivaninha e sentou-se ao lado do professor de poções.


- Bom, por onde começar...


Dumbledore percorreu os olhos pela sala, como se isso lhe desse uma idéia do que dizer.


- Senhorita Granger, eu acredite que você suspeite de algo... estranho ocorrendo na mente de Harry. Talvez algo que tenha ligação com a sua cicatriz.


Hermione ficou calada, era verdade que vinha suspeitando a algum tempo de algo com Harry, mais desistiu disso há algumas semanas, pensando que as constantes dores na cicatriz de Harry fossem, como todos diziam, reações ao que aconteceu aquela noite.
- Há muitos anos – começou Dumbledore - ainda quando os pais de Harry eram vivos, eu precisava de uma professora de adivinhação para Hogwarts. Sibila Patrícia Trelawney tinha uma entrevista marcada. O encontro foi em um bar em Hogsmeade, o Cabeça de Javali. Sibila não me pareceu grande coisa. Só sabia falar de sua tataravó, Cassandra Trelawney, uma adivinhadora muito famosa. Estava a ponto de recusar a vaga, quando ela, aparentemente, entrou em transe e fez uma profecia, uma profecia de verdade. Sei que é um tanto impossível acreditar nisso, mas peço que a senhorita acredite, e como prova, irei mostrar a você a tal profecia. Só peço antes que vejamos isso, a senhorita entenda que se aconteceu assim, era porque assim precisava ser. 


A garota sentiu-se mais confusa do que já estava. Dumbledore levantou-se e passou por Hermione em direção ao armário preto que ficava ao lado do poleiro da fênix. Curvou-se, correu um trinco e apanhou dentro do armário uma bacia rasa de pedra, com runas gravadas na borda. O diretor voltou, colocou a Penseira em cima da escrivaninha e levou a varinha à têmpora. Dela, retirou fios sedosos, diáfanos e prateados de pensamentos e os depositou na bacia. Acomodou-se outra vez à escrivaninha e observou seus pensamentos rodopiarem flutuando na Penseira por um momento. Então, com um suspiro, ergueu a varinha e tocou, com a ponta, a substancia prateada.


Ergueu-se da Penseira uma figura envolta em xales, os olhos enormes por trás dos óculos, que girou lentamente, os pés dentro da bacia. Mas quando Sibila Trelawney falou, não foi com sua voz normal, etérea e mística, mas em um tom áspero e rouco.


 “Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... Nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... E o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... E um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar...”.


A professora Trelawney, girando lentamente, tornou a afundar no liquido prateado e desapareceu.


O silencio no escritório era absoluto, nem Dumbledore, nem Snape, nem Hermione, e nem nenhum dos quadros fazia o menor som. Até a Fênix do diretor silenciara.


- Professor Dumbledore - falou Hermione, quebrando o silencio – Isso significa que... significa que...


- Significa que a pessoa que tem a única chance de vencer Lord Voldemort para sempre nasceu no fim de julho, há quase dezesseis anos. Esse menino nasceria de pais que já haviam desafiado Voldemort três vezes.


Hermione levantou os olhos novamente para o diretor. Ele a encarava por baixo de seus oclinhos de meia-lua.


- Significa... Harry?


Dumbledore respirou profundamente.


- O estranho – disse ele – é que talvez nem significasse Harry. A profecia de Sibila poderia se aplicar a dois meninos bruxos, ambos nascidos no mês de julho daquele ano, os dois com pais na Ordem da Fênix, os pais de ambos tendo escapado por um triz de Voldemort três vezes. Um, é claro, era Harry. O outro era Neville Longbottom.


- É claro... – sussurrou Hermione com seus próprios botões, olhando agora para seus pés, mas não vendo um palmo à frente dos olhos – então, é por isso que os pais de Neville foram... torturados. – levantou os olhos mais o diretor - Mas porque ele fez isso então? Porque tentou matar Harry ainda bebe? Ele talvez devesse ter esperado para ver se Neville ou Harry parecessem mais perigosos quando estivessem mais velhos e tentado matar quem fosse...


- Este teria sido de fato o caminho mais prático, exceto que a informação que  Voldemort tinha sobre a profecia estava incompleta. O cabeça de Javali, que Sibila escolheu por ser mais barato, há muito tempo atrai, digamos, uma clientela mais interessante do que a do Três Vassouras. É um lugar em que jamais é seguro supor que ninguém esta nos ouvindo. Naturalmente, eu nem sonhava, quando sai para encontrar Sibila Trelawney, que fosse ouvir alguma coisa que valesse a pena. Minha... nossa... única sorte foi que a pessoa que nos ouviu foi descoberta, quando a profecia mal se iniciara, e expulsa do prédio.


- Então só ouviu...


- Ele só ouviu o inicio, a parte que predizia o nascimento de um menino em julho, cujos pais haviam desafiado Voldemort três vezes. Em conseqüência, ele não pode avisar ao seu senhor que atacá-lo seria correr o risco de transferir poderes para quem fosse e marcá-lo como seu igual. Então Voldemort nunca soube que seria mais perigoso atacar Harry, que poderia ser mais sensato esperar mais. Ele não sabia que Harry teria o poder que o Lorde das Trevas desconhece...


- Que poder?


- O amor. O amor senhorita Granger.


Hermione novamente ergueu os olhos para o diretor.


- O final... nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver – começou ela – significa que... ou Harry mata Você-Sabe-Quem, ou Você-Sabe-Quem mata... ou Você-Sabe-Quem mata ele?


- Sim.


‘’Não pode ser! Porque? Porque Harry?’’ – pensou ela.


- Quem foi? – perguntou ela.


Dumbledore franziu a testa.


- Quem contou? – esclareceu.


Houve um silencio na sala por alguns momentos, em que Dumbledore soltou mais um longo suspiro, depois, olhou para Snape. Hermione também virou-se para ele.


- Snape...? – sussurrou ela.


- Sim, senhorita Granger. Sim.


Hermione abriu a boca eu um perfeito ‘’o’’.


- Na pode ser, não acredito...


- Hermione – posso chamá-la assim? Ótimo – não tire conclusões precipitadas. O professor Snape contou parte da profecia a Lorde Voldemort, mas entenda a situação em que ele se encontrava. Não tinha ajuda e nem a quem recorrer, estava perdido e sozinho. Acabou se juntando a Voldemort como única solução de seus problemas, como hoje acontece com muitos Comensais. Voldemort o iludiu. Mas como pode ver, ele se arrependeu, e hoje esta do nosso lado, fazendo o possível para nos ajudar.


Ela continuou fitando Snape.


- Hoje, ele é encarregado de um cargo que eu não ofereceria a ninguém, a não ser a ele. Hermione, hoje, Snape é um espião infiltrado entre os Comensais da Morte, todos os seus movimentos são examinados. Ele sofre risco de vida constante, e tudo, para tentar retificar seus erros aquela noite.


- Professor, eu, desculpe, pensei que... – Hermione se dirigia a Snape, mas foi Dumbledore quem respondeu.


- Não se desculpe, Hermione. Snape exerce muito bem sua... profissão. Não tinha como você ter descoberto.


Hermione finalmente desgrudou seus olhos de Snape.


- Professor Dumbledore, ainda não estou entendendo. Porque o senhor me contou tudo isso?


- Porque queremos sua ajuda.


- Minha ajuda? Para que?


- Para combater Lorde Voldemort.


- Eu... como?


- Ajudando Severo. É claro, se a senhorita aceitar.


Hermione hesitou um momento.


- Sim, é claro que aceito.


- Muito bem, então, será avisado do que terá de fazer em outra ocasião. Pode se retirar, se quiser.


- Professor... só mais uma coisa. Quando o senhor disse que eu suspeitava de algo acontecendo com a cicatriz de Harry, e quando disse que Voldemort marcou ele como seu igual... Quis dizer que Voldemort... vê a mente dele?


Dumbledore assentiu com a cabeça.


- Certo.


Ela levantou-se, passou por trás da escrivaninha do diretor, ele lhe entregou o pó de flu. Mas quando ela ia entrar na lareira, Dumbledore a chamou novamente.


- Sua primeira, digamos, reunião... será na volta as aulas. Ah, e por favor, guarde segredo sobre tudo isso.


- Certo. – disse ela novamente.


Ela entrou na lareira, jogou o pó de flu no fogo que crepitava e gritou Ordem da Fênix, no mesmo momento, as chamas tornaram-se verde-esmeralda e ela começou a rodopiar rapidamente.


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N/A: E ai, o que será que rola no próximo capitulo? Comentem por favor.


Agradecimentos a minha beta: Aline, muito, muito e muito obrigada por seu maravilhoso trabalho, sem você não eu não seria nada.


Beijos galera, se vemos no cap. 3 ‘’A primeira visão’’.


 

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