Parte1: Capítulo 1
Parte 1
Capítulo 1
Primeiro dia de aula.
Escola Hipogrifo Mágico.
Ensino Fundamental. 1º ano
Idade: 6 anos.
8:30 da manhã.
- Eu tenho mesmo que entrar lá?– Perguntou a pequena criança ao elfo que cuidava dele.
- Sim.
- Sozinho?
- Temo que sim Senhorzinho. – Grow era a ‘babá’ de Draco, o elfo cuidava dele, porém sempre com muita formalidade, sem nenhum sinal de afeto.
- Mas... – Draco olhou suplicante para Grow, que o ignorou e deu um pequeno empurrão de incentivo e aparatou.
Pânico começou a tomar conta de Draco, e olhou ao redor em desespero. Todas as crianças ao redor estavam chorando para seus pais, suplicando para não serem largados; quem dera se Draco tivesse alguém para suplicar e agarrar a perna. ‘Se fosse papai ele não estaria aqui, segurando o choro, com medo do que pode haver dentro desse prédio que chamavam de escola; ele já estaria lá dentro.’ Pensou Draco tristemente. Ele nunca conseguiria ser corajoso igual seu pai; Então engoliu o choro, pânico, desespero, e foi na direção da grande porta, aonde a professora esperava para receber as crianças, que ao ver o pequeno com tanta determinação sorriu ironicamente.
- Está preparado querido? Não vai chorar que nem as outras crianças?
- Não senhora.
- Então pode entrar e escolher um lugar para sentar-se. – falou a professora já o empurrando para dentro da sala.
Ele não era a única criança na sala, já havia pelo menos 10 crianças sentadas, algumas com os olhos vermelhos, outras com a cabeça baixa e com os ombros balançando, elas soluçavam. Draco sentou-se ao lado da única criança que não chorava ou não havia evidências que o tinha feito. Ele sorria.
- Oi. – Cumprimentou o pequeno ao seu lado
- Oi – Respondeu Draco timidamente.
- Eu sou Rony.
- Eu sou Draco. – Apertando a mão que era oferecida.
Silêncio.
– Seu cabelo é engraçado.
- Todos da minha família temos esse cabelo.. menos mamãe.. – Rony se aproximou de draco e cochichou – ela tá ficando com o cabelo cinza, só que ela não gosta quando eu falo essas coisas pros outros.
- Minha vó tem cabelo cinza, só que ela é velha.
- Por isso mamãe não gosta que eu fique falando, eu acho que ela não gosta de se sentir velha. Fred, meu irmão fica fazendo brincadeiras por causa disso.
- Ah..
- Você tem irmãos?
- hm.. não, sou só eu. – comentou baixo.
- Eu tenho seis irmãos mais velhos e uma irmã mais nova; que são o Bill, Charlie, Fred, George e Ginny. – Tagarelava o pequeno, chegando a perder o fôlego.
- Deve ser legal assim, ter tantos irmãos pra brincar...
- Ah, é legal sim, até eles ficarem bravos porque você pegou os brinquedos e sem querer quebro eles. Mas eu gosto deles, menos do Jorge, ele vive implicando comigo. Deve ser triste não ter irmãos..
- Pelo menos eu não preciso ficar dividindo brinquedos ou me preocupando em tomar cuidado com eles, eu posso quebrar quantos eu quiser sabe, que meus pais me compram outros. – Comentou inocentemente, sem reparar na ofensa.
- Hm, deve ser bom isso.. só que com quem você brinca? Já que não tem irmãos?
- Eu tenho um montão de amigos. – Mentiu Draco.
- Que legal.. Eles vão estudar com a gente? – Perguntou Rony alegremente.
- ...Não.
- Que pena, lá perto de casa não tem muitas crianças, então eu tenho que brincar com meus irmãos mesmo, e se você já tivesse amigos ia ser mais fácil, mas não tem problemas agora que a gente somos amigos. – Sorriu Rony que foi correspondido por Draco.
- Crianças. Chega de chorar. – Draco não tinha reparado mas enquanto conversava a chegaram pelo menos 10 crianças e ocuparam as cadeiras, antes vazias. – Eu sou a Senhora James, e serei a professora de vocês. – A professora era magra e já possuía alguns cabelos grisalhos, indicando a sua idade um pouco avançada. Ela possuía feições fortes e definidas, sem espaço para emoções. - Para nos conhecermos, vocês deverão vir aqui pra frente aonde eu estou, e vão se apresentar. Eu irei chamar seu nome então poderá começar as apresentações. Nome, idade, e podem falar o que mais gosta de fazer. Apenas uma coisa crianças. – A Senhora James caminhou em direção à sua mesa, aonde sentou-se e abriu a pasta que estava sobre a sua mesa.
– Smith? – Ninguém levantou. – Anne Smith? Vamos! Sem timidez crianças, estamos aqui para nos conhecermos, rápido! – Uma garotinha de cabelos pretos caminhou de cabeça baixa na direção do quadro negro, aonde a professora estava.
- Oi. Meu nome é Anne Mary Smith. Tenho 6 anos. Eu gosto de brincar no parquinho perto de casa junto com a minha irmã Joanne. – Enquanto falava, Anne arregalava os já grandes olhos pretos. Assustador, Draco pensou. E assim foram mais e mais crianças para se apresentarem.
- Draco Malfoy? Pode vir querido, sem timidez. – Draco estava ansioso. Parecia que tinha borboletas no seu estômago, tamanha a ansiedade. Rony sorriu para ele, incentivando-o.
- Hmm.. Oi... Eu so Draco Malfoy... Tenho 6 anos. O que eu mais gosto de fazer é... – Draco gostava de desenhar, mas ninguém tinha falado que gostava de desenhar. Todos gostavam de brincar com os irmãos, amigos, pais, babás, mas draco não tinha com quem brincar.
- Não precisa de timidez crianças! Pensei que já tinha explicado.. – A professora o encarava, furiosa. Draco engoliu em seco.
- Eu gosto de brincar com os meus amigos, principalmente jogar quadribol. – Mentiu. Draco odiava ser solitário, ainda mais fingir que não era. E voltou para sua cadeira ao lado de Rony e um garoto gordo que não fora ainda se apresentar.
E as crianças continuaram a ir se apresentar até que chegou a vez de Rony, que sorriu para a professora e caminhou quase saltitando para se apresentar. A professora rolou os olhos com tamanha felicidade.
- Oi, eu sou Rony. Ronald Billius Weasley, só que Billius é tão estranho.. mas todo mundo me chama de Rony. Tenho 6 anos e 6 meses. O que eu mais gosto de fazer é brincar com meus irmãos e brincar com o rato do meu irmão, o Perebas. Esse meu irmão é o Percy. Eu tenho seis irmãos. O Percy, o Bill, a Ginny, o Fred, o George e o Charlie. Eu sei nossa família é grande mas assim é que legal, casa sempre cheia...
- Ronald! Eu falei apenas uma coisa que você goste de fazer. Obrigada por compartilhar mas eu não pedi a sua árvore genealógica. – Cortou a Sra. James. – Pode ir se sentar Ronald. – Que levantou-se e caminhou no lugar aonde Rony estivera.
- Agora crianças vamos começar logo. Eu irei distribuir uma folha em branco para cada um e vocês irão desenhar um lugar que vocês mais gostem aonde vocês estarão com a sua família. Cuidado Ronald, desenhos pequenos pra caber essa sua pequena família.– Ironizou, enquanto estava indo pegar um chumaço de folha sulfite que estava na sua mesa e alguém levantou a mão.
- Sim?
- Professora James, meu cachorro faz parte da minha família. Posso desenhá-lo também? – Perguntou um pequeno que possuía cabelos e olhos castanhos.
- Senhora James querido. Senhora James. – Repetiu a professora, essas crianças eram tão lentas. - Se você o considera sua família, sim, é permitido.
Logo em seguida outras crianças levantaram a mão.
- Sim Mary. Pode falar.
- Professora, e o meu gato? Posso desenhá-lo?
- Crianças, é Senhora James. Repitam comigo ‘Senhora James’, vamos. – E a sala repetiu. Muito lentos. – E vocês podem desenhar todos que vocês considerem da família, não importa se é seu gato, cachorro ou rato. – E jogou um olhar para Rony. Agora chega de perguntas, apenas desenhem. – E foi passando de mesa em mesa distribuindo uma folha para cada criança. – Como vocês repararam, crianças, no centro da mesa circular aonde vocês estão sentados há uma caixa cheia de crayons, lápis de cores, canetas coloridas. Vocês escolhem o que usarão. Agora sem mais distrações, ao trabalho.
Logo que a professora terminou de falar, Draco se inclinou para o centro da mesa e começou a procurar por crayons. Ele não foi o único, começando uma pequena briga por materiais.
- Crianças! Não sejam afobadas! – Gritou a Sra. James para a sala. – Um de cada vez! Aonde está a educação de vocês?
Os pequenos, educadamente, começaram a desenhar. Alguns desenharam a sua casa, o parquinho, o bosque, montanhas, mas Draco desenhou um Salão, o salão de festas da Mansão Malfoy; aonde ele estava no meio e no seu lado direito estavam seus pais, e no esquerdo Grow. Ele não gostava de Draco, mas passava a maior parte do tempo com ele então, era da família já, até mais que seus pais.
As crianças foram para o recreio às 10 horas e Draco foi logo pegando o sanduíche natural que haviam feito para ele. Ao seu lado Rony colocou na mesa a sua lancheira, que tinha um lobisomem desenhado, e tirou um sanduíche de pasta de amendoim e uma Jell-o.
- Eeeeecat, sanduíche natural. Que ruim pra você. – O gordinho ao lado de draco comentou, olhando com nojo para seu sanduíche feito perfeitamente pelo chef francês tão exigido pela sua mãe.
- Ignore ele Draco, quer metade do meu? É de pasta de amendoim. – Ofereceu Rony, rolando os olhos para o gordinho.
- Hm.. não sei. É bom?
- Você nunca comeu sanduíche de pasta de amendoim? Tá brincando né? – Perguntou Rony com olhos espantados.
- Não tô.. Minha mãe não me deixa ter essas coisas em casa fala que é uma ‘invenção industrial nojenta.’ E se eu pedir para no nosso Chef só falta ele querer me bater pela cara dele...
- Noooooossa, que droga. Olha, pega aqui. Experimenta, aposto que você vai gostar. – Ofereceu o ruivinho metade do seu sanduíche ‘nojento’. Draco aceitou e apertou os olhos para o sanduíche esperando que alguma coisa ruim acontecesse. Nada aconteceu. Ele deu uma mordidinha e mastigou várias vezes, e quando Rony viu já tinha comido a metade inteira.
- Amanhã eu peço pra minha mãe fazer um sanduíche a mais, pode ser? Aí a gente se livra desse treco estranho que fazem pra você. – E Rony foi logo terminando de comer a sua metade e foi indo pegar a sua Jell-O. – Olha a minha gelatina eu não divido, até porque não tem como, mas amanhã eu te trago uma também tá? Pra experimentar.
Após comer aquele sanduíche supergostoso de pasta de amendoim Draco nem voltou a pegar no seu sanduíche, apenas o colocou de volta na sua bolsa, e esperou o fim do recreio para voltar a desenhar. A professora deixou eles desenharem até terminar a aula. Na saída Grow estava esperando por ele.
- Tchau Draco. – Despediu-se Rony antes de correr para sua mãe
- Tchau Rony. – Draco abanou o braço e caminhou lentamente até Grow. E foram para casa. Acabou primeiro dia de aula.. e draco amou a escola. Menos a parte da Sra. James, ela era horrível.
No segundo dia de aula aconteceram as mesmas coisas. Choradeira. Agarração de perna. Sra. James gritando, desenho, então casa. Porém nesse dia Draco comeu um sanduíche inteiro de pasta de amendoim. Que coisa gostosa. Draco amava pasta de amendoim. E a Jell-O era delicioso. Nojento que nada, Draco amava as coisas industriais. Quando tocou o sinal sinalizando o término da aula, Draco já estava agarrando sua mochila para ir embora quando a Sra. James o segurou pelo braço.
- Draco, Creio que um Elfo não seja considerado da família. –Apontou a Sra. James para o seu desenho do dia anterior aonde Grow estava. – Se seus pais souberem disso eles não vão gostar nada.
- Por favor senhora James, não precisa falar para os meus pais, só vai preocupar eles à toa. – Choramingou Draco.
- Desculpe Criança, mas aposto que seus pais iriam querer saber que você considera um elfo, um escravo, da família. – E aproximou-se de Draco, cochichando. – Eles ficariam horrorizados em saber que você anda se envolvendo com o garoto Weasley, classe inferior, sabe? Apóiam os sangues-ruíns.
- Eu não Sra. James, por favor, me desculpe. Prometo que isso não vai acontecer de novo. – choramingou de novo, à toa. Pois a professora já tinha se virado e foi saindo da sala.
Draco correu para a porta e foi na direção de Grow, que estava com a mão enfaixada e possuía vários hematomas pelo rosto e nos lugares aonde a sua fronha não tampava. Draco olhou para ele horrorizado.
- Grow, está tudo bem?
- Sim senhorzinho. Por favor, não me desenhe mais. Nunca mais. Por favor.. Nunca mais. – E aparatou os dois para a mansão dos Malfoy’s.
No próximo dia, às 8:40 Draco estava na Hall da entrada, esperando por Grow impacientemente, para ir à escola. Que não apareceu. Draco foi atrás dele, que falou:
– O senhor Malfoy me informou que à partir de agora terá aulas em casa, por um professor particular, senhorzinho. Ele chegará semana que vem, então está liberado para ir se divertir
Draco foi atingido por uma fúria e batendo o pé foi ao escritório do seu pai
- Pai, porque o senhor me tirou da escolinha? Eu gostava de lá! Eu quero voltar para lá! – gritou o pequeno.
- Draco, não ouse falar comigo nesse tom. Quem você pensa que é? Acha que pode mandar em mim? – O Sr. Malfoy não gritou porém sua autoridade era visível.
- Desculpe-me papai. Eu.. me desculpe... Eu apenas queria voltar para a escola papai, eu gostava de lá.
- Isso não vai acontecer Draco. Você se misturou com gente errada, para começo de conversa não deveria ter te mandando para lá. Eu temia que isso acontecesse e aconteceu. Agora eu preciso trabalhar. – E voltou para a papelada que estava na sua mesa.
Naquela manhã Draco chorou, como nunca havia chorado. Havia perdido seu único amigo e voltado para a solidão de antes. Sozinho na mansão Malfoy.
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N.A.: heeey, tá aqui o primeeeeiro.
é, eu sei o nome da escola é ridiculo, não tenho culpa da minha imaginação pequena ): HOIDHSAOIDHASD
e quanto ao rony aparecer, alguns podem achar tosco e tals, mas eu achei que ficou engraçadinho.
Cecília Potter, cara seus comentários com certeza incentivaram, obrigada viiu; espero que goste.
Qualquer coisa critiquem, eu não vou achar ruim, quer dizer, talvez no começo ache, mas só vai fazer com que eu melhore a fic.
Aha, pouco comprado seu cometário né sis? HAHAHA, foda-se. :3
ée isso, espero que gostem. beeijo:*
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