O feitiço final
Cap- “O feitiço final”
Era uma prisão.
Sim, uma prisão a qual ele não conseguia deixar para ver-se livre.
Aquelas verdadeiras ‘grades’ o prendiam tão eficazmente que ele se sentia um condenado, mesmo sem julgamento.O que fazer?
Em uma mesa ali perto haviam deixado uma varinha exposta, como que propositalmente.(‘Tão perto, mas tão longe...”)
Ele segurou-se nas grades e com um pouco de esforço levantou-se vacilante.Estendeu o braço por entre as grades tentando alcançar aquela coisa brilhante em cima da mesa, mas foi em vão.
Quase no mesmo segundo, caiu sentado novamente e resmungou irritado.
Tentou mais uma vez com sacrifício levantar-se, mas outra vez não obteve sucesso.
Sacudiu os braços, irritado, mas nem de longe parecia desistir.Olhou com tanta determinação para aquelas “grades” que ninguém se surpreenderia com o que aconteceu.
As dobradiças do berço praticamente explodiram e a lateral caiu com um estrondo.Harry arregalou os olhos, espantado, mas no minuto seguinte já estava batendo palminhas com o sucesso de sua missão.
Desceu sem dificuldade nenhuma e engatinhou rapidamente até a mesa, onde puxando uma toalha, conseguiu finalmente o troféu que almejava: a varinha.
Rindo gostosamente, começou então a sacudi-la tentando imitar os gestos de seus pais, conseqüentemente provocando um festival de faíscas vermelhas, douradas e roxas ao redor de si.
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Caroline Gladden caminhava calmamente pelas ruas de Londres.
A noite estava magnífica com seu manto negro salpicado por sardas brilhantes.
A jovem resolvera voltar do profeta diário andando ao em vez de aparatar.Afinal fazia uma linda noite e Carol adorava andar sozinha sentindo a brisa gelada acariciar-lhe a face.
Fora mais cedo visitar a amiga Sâmara que permanecia de cama, mas felizmente apresentava sinais de recuperação.Já estava até conversando normalmente.
Já próxima a rua de seu apartamento, percebeu a sua frente uma estranha movimentação.Não notou de imediato do que se tratava, ou o que acontecia ali, até que se aproximando mais do local pode perceber gritos, lampejos de varinhas, trouxas correndo e estranhas figuras encapuzadas.
Percebeu imediatamente do que se tratava: Um novo ataque, é claro.
Pensou em chamar a Ordem, mas como?Não dava tempo de ir até a sede...
Foi surpreendida quando um jovem tropeçou enquanto corria e caiu aos seus pés, sangrando furtivamente por um corte na testa.
Carol rapidamente ergueu o garoto e se postou na frente dele quando percebeu um feitiço vindo naquela direção.
-PROTEGO!- bradou sacando a varinha.
Conseguiu fazer com que o jovem fugisse, enquanto ela própria voltou-se para o comensal que lançara o feitiço, iniciando com ele uma furiosa batalha de feitiços.Aquilo sim era um verdadeiro duelo de bruxos.
Carol estava surpresa consigo mesma.Não que ela nunca duelara com um comensal, mas realmente ela não era um primor em duelos.A jovem era muito agitada e tinha dificuldade em se concentrar.
Conseguiu por fim derrotar o comensal a sua frente, e ele caiu ao chão estatelado fazendo a jovem vibrar aliviada, e ainda mais surpresa consigo mesma.
-Carol!
Ela virou-se ingenuamente pensando ser algum de seus amigos ou alguém da Ordem, que a chamara.
Distraída com essa esperança, ao se virar um feitiço de luz alaranjada a atingiu em cheio na barriga.
A mulher arregalou os olhos, surpresa.Soltou a varinha que caiu ao chão com um estrépito.
Carol cambaleou e apertou a barriga com as mãos que imediatamente se banharam com a quantidade de sangue que corria pelo enorme corte produzido pelo feitiço.Ela ergueu os olhos e pode ver o comensal a sua frente se aproximar a passos lentos.
Caiu de joelhos ao chão, com as vestes encharcadas por seu próprio sangue e novamente erguendo os olhos pode ver o exato momento em que o comensal da morte, postado a sua frente, retirou o capuz.
Carol sentiu que seu coração iria sair pela boca.Talvez por medo...talvez por dor...ou talvez por surpresa.
-Pettigrew!- ela exclamou com dificuldade, estupefata.
-Olá Gladden –ele sorriu.- Você por aqui?
O rapaz a sua frente parecia ter se “realizado”.Parecia que ver aquela jovem ali, aos seus pés, agonizando lentamente, era um premio.
Os olhos de Carol se encheram de lagrimas e sua visão ficou momentaneamente embaçada.Não suportando mais a dor que a consumia, caiu ao chão deitada de barriga para cima enquanto lagrimas quente rolavam pelo seu rosto, por dor e medo.
Não acreditava ter sido derrotada.
Fechou os olhos e suspirou lentamente.Estava ficando cada vez com mais dificuldade para respirar e tentava ferozmente forçar o ar a entrar em seus pulmões.Isso fazia a dor do corte em sua barriga aumentar mil vezes.
Ela abriu os olhos novamente e viu acima de si o rosto redondo de Pedro Pettigrew.
-Sabe, eu confesso.Você esta sendo a minha primeira vitima, sabia?Meu mestre vai ficar contente quando eu lhe contar que peguei uma sangue-ruim.- ele vibrou com uma risadinha sórdida.-Ele ainda não acredita muito no meu potencial.Mas depois dessa noite, e da informação que em breve lhe darei...
Os pensamentos voavam pela mente de Carol, que estava começando a montar o quebra-cabeça daquela história.
Não era Remo o espião.Não era Remo Lupin quem os estava traindo.Era Pedro.Pedro Pettigrew.
Um ódio súbito tomou conta da jovem.
-E tem motivos por não confiar em você!Afinal...você não passa de um interesseiro pegajoso, não é?- Carol proferiu lentamente.
Pedro a olhou com desgosto.
-Eu escolhi o lado certo.O lado que vai vencer.O Lado do poder.E você... você ficou do lado dos perdedores.
-Escolhi o lado da luz.Dos m-e-u-s-a-m-i-g-o-s!- ela bradou furiosamente e se arrependeu logo depois, porque ficou ainda mais difícil respirar e a dor do corte aumentou.
Pedro riu histericamente, tal como um rato.
-VOCÊ é patética Gladden...
-E você...um traidor.Traidor!- nesse momento Carol sentiu um horrível gosto de sangue na boca e tossiu.
Tentou sentar-se, mas foi em vão.Não tinha forças nem para se erguer, quanto mais para aparatar.
-Sabe, eu podia acabar com você agora mesmo, Gladden. Mas prefiro vê-la agonizar lenta e dolorosamente.Afinal, você é a primeira sangue- ruim de minha...como vou dizer...carreira.
Carol não conseguia responder.As palavras não saiam.Sentia o gosto de sangue quente na boca, ao mesmo tempo em que o sangue ia-se de sua barriga para as mãos que ainda tentavam inutilmente estancar a hemorragia.
Momentaneamente o rosto de Petigreew desapareceu e a mulher ouviu a voz dele ordenar: “Mosmorde”.Ao ver o sinal de Voldemort pairando sobre si, Carol sentiu novas lagrimas rolarem de seus olhos.Agora sim ela estava desesperada.Sentiu que aquela caveira no céu era o mensageiro que impiedosamente anunciava que não existia mais esperanças.Iria morrer.
O rosto redondo e feio do gorducho apareceu novamente e sorriu:
-Boa morte, Carol...
Pedro então sumiu e Carol ouviu os passos dele se afastando.
Ela deu um novo suspiro tremulo e doloroso, virando o rosto e olhando para a lua no meio do céu, que parecia incrivelmente fúnebre ali parada, redonda e cheia.
Lagrimas desesperadas rolavam pela face da jovem que agora se encontrava deitada em meio a uma poça feita de seu próprio sangue.
Ela ainda ouvia gritos a sua volta e se perguntava como ninguém a via ali?Por que ninguém vinha ajuda-la?Talvez porque todos estivessem ocupados de mais tentando salvar a si próprios.
O rosto de Lílian e James veio a sua mente; Jessy dançando com Remo na festa de casamento; Sâmara rindo de algo que os marotos disseram; e Sirius dando sua famosa gargalhada...
Lembrou-se de Hogwarts e de tudo que gostava.
Sentiu uma pontada no coração.Pousou a mão sobre o peito tremulo e tombou a cabeça de lado, mas já não sentia o asfalto frio.Nem ouvia as pessoas gritando a sua volta.
Os olhos de Carol, antes dotados do constante brilho maroto, agora estavam vidrados.
Caroline Gladden estava morta.
[...]
Dumbledore foi quem deu a noticia logo no outro dia de manhã.A Ordem inteira ficou chocada com a perda de mais um membro.
Lílian passou muito mal depois de ouvir as palavras de Alvo.James teve que leva-la para casa.
Sirius ficou literalmente em choque e se não fosse a ajuda de Pedro ele nem conseguiria chegar em seu apartamento.Apartamento o qual dividira com Carol.Dividira.Passado.Pois agora ela estava morta.
Jessy veio imediatamente à Inglaterra quando soube da noticia e Sâmara se culpava por estar 'de cama' no dia do assassinato.Se culpava por ter sido descoberta por Voldemort e não ter podido impedir a tragédia.
Remo ainda estava viajando e não foi localizado.O que aumentou ainda mais as suspeitas sobre seu caráter.E todos acreditavam que ele era um comensal.
Mas nenhum deles imaginava o que ainda estava por vir.Ah, se eles soubessem que isso era só o começo...
Continua...
*~*~*~*~*~*~*
N/A:
Deprimente ñ???=/
Gente eu to tendo mto pouko tempo pra eskrever ...por isso a demora, me desculpem!E me desculpem pelo cap tb!!!*~*
Mas issu jah tava na minha cabeça a muuito tempo!
No começo desse cap eu kix mostrar o primeiro feitiço do harry!!!^^
achu q uma "fuga" eh bem a cara dele, neh???(risad)
Comenteeeem!
Fui............
Comentários (1)
Que triste,quando vi que carol estava morta lagrimas escoreram no meu rosto sem eu quere.é deprimente a morte da carol.
2013-01-29