As primeiras detenções
N/A Por favor, me perdoem qualquer nome escrito errado. Aí está o terceiro capitulo! Não pude terminar antes pois fui no cinema... Mas aí está, espero que gostem!
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Na hora do almoço James se lamentava por causa da aula de DCAT. Ele conversara com Sirius boa parte da aula e perdeu quando o professor explicava sobre o dever de casa e estava temeroso em perguntar para Remus o que era.
-Relaxa, James. Eu pergunto – Sirius o tranquilizou. James suspirou aliviado.
-Remus, me diz uma coisa?
-Sim, Sirius, vocês podem ver o que eu anotei para o dever de casa de DCAT.
-Mas é só para mim! – Remus o encarou.
-Você conversava com quem mesmo? Com você? Eu vi que James precisa também.
-Você vê demais – James murmurou. Os outros riram. Com a culpa removida, James pode apreciar totalmente a comida.
Sirius pareceu ver o que era a comida somente na hora que James começou a comer.
-GALINHA! – Ele exclamou. Os outros riram de novo – Vou engordar aqui, escreva o que eu digo.
-Nós acreditamos...
-Que bom.
Nesse momento, Lily Evans passou por eles. James virou o rosto rapidamente para ela. Ela também olhou para ele e fez cara de nojo. Sentou-se deliberadamente longe deles.
-Toda vez que ela passa, você a olha. Qual foi?
-Nada não, Sirius. Eu quero entendê-la... Ela é estranha.
-Estranha? Como assim, James?
-Ela estava brigando com o Ranhoso. De repente, o defende. Briga de novo e...
-Eles brigaram de novo? – Remus perguntou, parecendo interessado.
-Discutiram hoje de manhã. Vocês não viram, mas sim, eles brigaram.
-Aonde?
-Na entrada do Salão. Eles saíram um para cada lado.
-E mesmo assim ela defendeu Ranhoso? – Sirius perguntou incrédulo.
-Foi. Acho que ela nos odeia demais, ein?
Um minuto de silêncio se fez.
-Ei, James. Olha quem está te olhando. De novo.
Annie Cooper estava sentada na mesa da Corvinal, virada para eles e sorrindo tímida.
-Cara, é meu primeiro dia aqui.
-Deixa para mais tarde, então? Ignorar que ela está te dando o maior mole?
-Exato. Imagine o boato – Ele fingiu estremecer. Os outros riram – Na verdade, eu acho que está muito cedo para começar um relacionamento...
Os outros riram de novo e James passou a mão no cabelo. Annie pareceu derreter. Ele riu e desviou o olhar para Sirius. Ele abriu a boca, mas nessa hora Lily Evans passou por eles. E parou.
James esperou um minuto, os dois se encarando. Ele estava relaxado, com um meio sorriso no rosto. Ela estava raivosa, com os braços cruzados.
-Então. Como posso te ajudar?
Ela pegou um papel amassado e mostrou para ele. Ele reconheceu o pergaminho que usara para conversar com Sirius, no qual ele xingara Snape e falara um pouco mal de Lily na aula de DCAT. Pelo visto, ela lera.
-Pelo visto, não preciso. Sou uma nerd idiota, não é mesmo, Potter?
-Não. Só meio estranha – Passou a mão nos cabelos – Porque você é amiga do Ranhoso? Ele sim é idiota.
Lily largou o papel e deu um tapa bem dado na cabeça de James.
-O que aconteceu? – Prof. Minerva perguntou.
-Uh, nada, professora.
-Não fale isso, Potter. Eu vi que o senhor recebeu um tapa na cabeça. Devo saber de quem e por quê?
-Na verdade, professora, eu dei um tapa na cabeça do Potter. – Disse Lily.
-Posso saber por que, Srtª Evans?
-Por que eu sou uma nerd e Severus é um idiota. – A prof. Minerva apertou os lábios.
-Potter, o senhor ganhará outra detenção. E você também, Evans. Nada dá o direito de agressões físicas. Verei os dois, no sábado, às oito horas, na minha sala. E não cheguem atrasados.
Lily saiu. James riu e passou a mão nos cabelos de novo. Outra coruja que ele conhecia pousou à sua frente.
-Olha, a resposta do papai!
-Ele não já tinha respondido?
-Não.
-E as bombas?
-Ele as mandou, mas disse que escreveria a carta de manhã, quando tivesse acordado.
James pegou a coruja com carinho e lhe deu um pouco do seu almoço. Ela lhe entregou a carta, que estava com um “P” selando-a. James sacudiu a cabeça.
James,
Não quero saber para quê você pediu aquelas Bombas. Se for alguma brincadeira, não se deixe ser pego. Se for pego, me avise! E cuidado com aquela aberração o Filch. Eu o conheci.
Parabéns por ter entrado na Grifinória, filho! Estamos muito felizes, assim como você. Sempre demonstrou preferência por Grifinória desde pequeno. Quando lhe perguntei, aos sete anos, você me disse: “Prefiro Grifinória, papai! Que nem você! Vou te orgulhar!”.
Saiba, meu pequeno, que você me orgulharia mesmo se não tivesse ido para Hogwarts.
Que bom que conheceu novas pessoas. Espero que goste deles. Chame-os para passar parte das férias lá em casa. Também as férias de Natal. Sei que você quer passar as férias de Páscoa na escola.
Mande novidades. Sua mãe manda beijos.
Beijos,
Seu pai.
-Responde logo, James! Conta que você foi pego duas vezes!
-Ah, mas a segunda vez não foi culpa minha!
-Quem foi que deixou o papel cair?
-Bem, fui eu.
-E você disse que era um bom jogador de Quadribol...
-E eu sou. Não caiu da minha mão; caiu do meu bolso – Sirius revirou os olhos. James rabiscou uma resposta para o pai (contando sobre as duas detenções) e mandou a coruja de volta.
-Vamos, gente. McGonagall ficará uma fera se chegáramos atrasados. Vocês sabem disso.
Então eles se levantaram, pegaram suas mochilas e foram para a aula de Transfiguração. James, é claro, sabia o caminho e direcionou os outros. Foram os primeiros a entrar na sala.
-Sr. Potter, Sr. Black – Ela disse, sem olhar para eles -, A detenção dos senhores será às sete horas hoje, sim? Tragam suas penas e suas tintas. O pergaminho eu fornecerei. Sr. Potter, a sua outra detenção no sábado não será comigo; tampouco a da Srtª Evans. O prof. Slughonr...
-Prof. Slughonr?
-Sim, Potter. Ele é o professor de poções. Ele pediu para que vocês dois o ajudem a separar uns vermes para a próxima aula do segundo ano.
-Então é para irmos para a sala dele?
-Logicamente, Sr. Potter. Sentem-se, por favor.
Eles escolheram os lugares da frente, contra a vontade de Sirius.
-Como iremos conversar?
-Nós não iremos.
-QUÊ? – Sirius disse, quase gritando. Prof. Minerva o olhou severamente.
-A Transfiguração é uma matéria séria, que tem de ser respeitada e encarada como tal – Ela disse, quando a sala toda se encontrava sentada – Não pode ser misturada com brincadeira e apenas os melhores bruxos conseguirão demonstrar algum talento. Começaremos com uma coisa fácil.
E pediu para James distribuir fósforos.
-Vocês deverão transformar o fósforo em agulha. Quem deixar parecido, ganhará pontos.
James logo percebeu que era uma coisa difícil. Se esforçou e, depois de meia hora, uma ponta do seu fósforo de repente se tornou pontiaguda.
Ele deu uma cotovelada nas costelas de Sirius e apontou para o seu trabalho.
-Como você fez isso?
-Ah, Sirius, meu caro. Eu sou um dos melhores bruxos.
E começaram a rir. Baixo. Mas a professora conseguiu ouvir.
-Rindo de quê, Potter?
-Da cara do Sirius, professora.
-Porque, Potter?
-Porque ele não conseguiu fazer nenhuma evolução no fósforo.
-E o senhor conseguiu, Potter?
-Certamente que sim, professora. Não riria dele se não tivesse – Pegou, então, o fósforo com uma ponta pontiaguda e mostrou para a professora. Ela deu um meio sorriso e ia dizer alguma coisa, quando foi interrompida por uma voz feminina.
-Professora, terminei.
-Vinte pontos para a Grifinória, Evans – Ela disse após examinar a agulha. Sirius recomeçou a rir, dessa vez da cara de James. Este, por outro lado, concentrou-se mais no seu trabalho.
O fósforo se tornou prateado depois de dez minutos de muito esforço. Só faltava uma parte: a outra ponta precisava se transformar na cabeça da agulha. Ele tinha vinte minutos para terminar.
Minerva McGonagall se postou em frente àquele aluno encrenqueiro. Ele podia ter feito qualquer coisa hoje de manhã, mas era um bruxo admirável. James percebeu que tinha plateia, então aumentou seu esforço. A professora o olhou impressionada.
Finalmente, depois de quinze minutos inteiros, ele conseguira: transformara aquele fósforo em uma agulha.
A professora lhe deu um breve sorriso.
-Quinze pontos para o senhor, Sr. Potter.
-Quinze? Mas a senhora deu vinte para a Lily!
-Ela acabou primeiro. Deveria ter te dado apenas dez, mas você tem uma enorme força de vontade. Alguém mais produziu algum efeito nos fósforos?
Remus tinha produzido e ganhou cinco pontos.
-Parabéns, Super-J! – Ele disse.
-Para de me chamar assim, por favor?
-Tudo bem – Remus concordou, rindo um pouco.
-James, você é tão legal! – Disse Peter.
-Uh, valeu, Peter! – Ele disse confuso. Lily estava lá, de repente.
-Parabéns, Potter.
-Parabéns, Lily.
-Evans.
-Que seja, então. Evans. Qual foi?
-Minerva mandou eu vim lhe perguntar sobre nossa detenção.
-Ah, sim. Talvez você pudesse... Er, estar na sala comunal, lá pelas 19:30, no sábado.
-Olha, Potter, eu quero saber onde é.
-Pergunte à Minerva. Ou me acompanhe – Ele sorriu e passou a mão nos cabelos.
-Ótimo! Vou perguntar a ela! E ela me dirá, então nem sonhe!
E desapareceu.
Se viram novamente na aula de poções, onde ela conseguiu outros pontos para Grifinória, fazendo uma poção de curar furúnculos perfeita. James fez uma boa poção também, mas não recebeu nota máxima como Lily. O professor ficou encantado com ela.
-A melhor que eu já vi! – Ele exclamou enquanto observava a poção – Qual o seu nome?
-Evans, senhor. Lily Evans
-Descendente daquele bruxo que...
-Não, senhor. Sou nascida-trouxa, senhor.
-Hum... Fique com vinte pontos!
Foi a última aula do dia. Eles estariam livres pelo resto da noite. Todos eles, menos James e Sirius. Eles não se lamentavam, é claro. Tinham adorado o que tinham feito. Planos percorriam suas cabeças. Todos eles envolviam deixar Snape constrangido de alguma forma.
Mas enfim estava na hora de subirem para cumprir a detenção com McGonagall.
-Podem entrar – Ela respondeu quando James e Sirius bateram na porta.
-Boa noite. Primeiro dia de aula e já arranjaram detenção. O que passou na cabeça de vocês?
-Bem, professora – Começou James – Era só uma brincadeirinha com o Ra... Snape.
-Uma “brincadeirinha” que envolve Bombas de Bosta?
-Sim, senhora – Respondeu Sirius – Foi assim que fui criado, a senhora entende, não? Os Black não são muito... educados.
-Bela desculpa. E o senhor, Potter?
-Moro num condomínio bruxo no meio do mundo trouxa. É assim que brincamos lá.
-Que brincadeira... interessante. Bem, eu disse que os senhores iriam escrever. E é o que farão. Preciso entregar uns textos para os alunos do sétimo ano. Façam quantas cópias eu mandar. Aqui está o modelo. Podem começar.
Eles se entreolharam e começaram a escrever. Eram duas folhas de pergaminho. Eles escreveram. E escreveram. E escreveram. Eram, na verdade, oito e meia quando McGonagall os liberaram.
-Boa noite, meninos. E pensem da próxima vez. Potter, não se esqueça de sua detenção no sábado.
-Sim, professora. Boa noite.
A escola estava vazia. Enquanto os dois iam para o Salão Comunal da Grifinória, ouviram duas pessoas discutindo baixo.
-Eu peguei uma detenção por causa de você, Sev, e agora você não quer mais me ver?
-Não, Li, é que..
-É que o quê?
-Parece que você não gosta mais de mim! – Nessa hora, Sirius caiu em cima de James e os dois rolaram até onde Snape e Lily estavam. Snape olhou para eles e saiu, descendo as escadas. Lily os encarou com raiva e entrou no banheiro feminino.
Sirius e James riram e foram para o Salão Comunal.
O resto da semana se passou de forma rápida.
Tiveram aula de DCAT, de novo, mas dessa vez James e Sirius prestaram atenção e anotaram o que era preciso para fazer o dever de casa.
Tiveram aula de feitiços, na qual Lily se saiu extremamente bem. Tiveram Herbologia.
Tiveram aula de História de Magia, que era uma chatice. O professor falava sem parar, era quase impossível de acompanhar. Remus e Lily foram os únicos a não caírem no torpor.
E tiveram Transfiguração de novo.
Depois de DCAT, a melhor matéria de James era Transfiguração. Embora ele adorasse Astronomia (uma desculpa excelente para ficar fora da cama tarde da noite), Transfiguração era muito bom. Apesar de a professora ser muito séria, ele gostava.
As suas melhores matérias eram aquelas que usavam varinha. Ele simplesmente adorava fazer mágica e enfeitiçava tudo em seu quarto. Sexta-feira amanheceu brilhante e seca. Ao levantar, James se espreguiçou calmamente. Olhou para a cama de Remus e a viu vazia.
-Estranho. Remus normalmente nos espera.
Então ele viu um bilhete na sua criado mudo.
James, minha mãe está mal. Fui no Saint-Mungus para vê-la. Ela tem uma doença crônica. Às vezes eu preciso vê-la, então eu sumo. Não se preocupe. Eu estou bem. Remus.
James leu o bilhete e o passou para Sirius, que acordava no momento.
-Nossa. Sinto pena dele. Mas de quem iremos copiar os deveres? – Ele perguntou, suspirando. Paul acordava também; apenas Peter continuava dormindo.
-Bom dia, gente. Qual o problema? Cadê Lupin?
-A mãe dele tem uma doença crônica, Paul. Ele tá no Saint-Mungus.
-Caraca! Tomara que ele melhore.
Eles terminaram de se arrumar e acordaram Peter. Quando desceram as escadas, Lily Evans estava sentada no sofá, esperando por eles. Ou por um deles.
-Cadê Remus? – Ela perguntou, visivelmente decepcionada.
-Bom dia, Srtª Evans – James disse, lisonjeiro. Depois se curvou em direção a ela, como quem faz adoração. Ela ignorou a brincadeira, enquanto Paul e Sirius riam.
-Cadê o Remus? – Ela perguntou, cruzando os braços e batendo o pé.
-Ele foi visitar a mãe no hospital.
-A mãe dele está doente?
-Sim, é o que parece.
Ela pareceu preocupada.
-Vocês poderiam me avisar quando ele voltar?
-Não sei, não. Evans... – Começou Sirius.
-Que é isso, Sirius? Honremos a Grifinória e sejamos cavalheiros! – Disse James – Pode deixar, Lily, nós faremos isso por você.
Ela olhou boquiaberta para ele. E se consertou.
-Obrigada, James. Agradeço a sua... ajuda.
Ela se virou para sair. Os outros perceberam o uso do nome de batismo.
-EI, Lily!
-Quê?
-Você já falou com Minerva? – Ela corou.
-Não tive a oportunidade.
-Então...
-Então te espero amanhã – Ela disse. Corou mais um pouco. Ele sorriu e passou a mão no cabelo. Isso ela não viu.
-Nossa, James. Você conseguiu! – Sirius disse alegre.
-Não, cara. Ela só aceitou ir para uma detenção comigo.
-Eu ouvi um “só”? Isso significa que James foi fisgado?
-Claro que não! Nós nos odiamos!
-Não, meu caro. Ela te odeia. Admita que você gosta dela – James se preparou para negar, mas Sirius virou a cara. Um minuto de tentativas infrutíferas e James suspirou.
-Ela é uma pessoa legal. Dá para ser amigo dela. Mas você está esquecendo do maior defeito dela.
-Qual é? – Paul perguntou.
-Ranhoso! – James e Sirius disseram juntos. Eles riram enquanto iam sair pelo buraco, mas alguns alunos do primeiro estavam olhando excitados o quadro de avisos. Lily saiu de lá com um gemido.
James se meteu no meio de todos para ver o que era. E aquele aviso fez o seu dia mais bonito.
-Aula de voo! Sexta que vem! Sabe o melhor?
-Quê? – Sirius perguntou.
-É com a Sonserina! Ou seja...
-Ranhoso! – Eles riram mais uma vez. James pôs o braço no ombro de Sirius e assim eles desceram para tomar café.
-Hoje temos as sextas livres. Vai fazer o quê?
-Ai, Sirius. Tô pensando em assistir os testes de Quadribol da Grifinória.
-O teste é hoje?
-Sim, é.
-Vai fazer de gaiato? – James sorriu.
-É claro! Os testes de apanhadores são sempre os primeiros. Quando...
-Quando? Você não acha que seria melhor um “se”?
-Não. Quando o capitão me escolher, avisarei que eu não posso jogar, pois sou do primeiro ano.
-E ele ficará decepcionado e ansioso para o ano que vem, quando você entrará!
-É, esse é o meu plano. E é também meu plano ser capitão no quinto ano.
Sirius bufou.
-É, vai sonhando.
Eles começaram a comer animados e famintos, discutindo sobre Quadribol.
A aula de DCAT foi... interessante. James usou a varinha pela primeira vez e ganhou pontos. Não apenas ele, mas Lily e Sirius também.
O almoço foi rápido para os Grifinórios. Boa parte deles faria teste para o time de Quadribol e estavam ansiosos.
-James – Sirius começou – Você não tem vassoura... Como fará?
-Fácil! Eu digo que ainda não tenho vassoura. E pego uma emprestada.
-Você é... cara, você é um gênio!
-É, eu te disse, lembra? Você riu da minha cara.
-Você também riu!
-É verdade...
Eles terminaram de almoçar e James subiu para trocar de roupa.
Quando eles chegaram no campo, o sol brilhou mais forte e o capitão ainda estava a caminho, com a caixa nas mãos. Parecia pesado.
-Quer uma ajudinha? – James perguntou.
-Sim, obrigado. Vai fazer o teste?
-Vou. Mas ainda não tenho vassoura.
-Não tem problema... Seu corpo daria um bom apanhador...
-Esse é o meu plano.
-Prazer, sou Ethan Cox, capitão da Grifinória.
-Prazer, sou James Potter e esse é Sirius Black.
-Batedor? – Ethan perguntou a Sirius.
-Na verdade, Ethan, eu não farei o teste.
-Hum... Eu sou artilheiro. Bem, venham. Pode dar uma volta na minha vassoura se quiser, Potter. Então eu vejo como você voa.
James sorriu e disse: “Sim, obrigado”. Ethan entregou a vassoura para ele.
James sabia o que fazer; passara quase onze anos de sua vida fazendo isso. Deu um pequeno impulso e começou a voar. A vassoura era boa e ele voou mais rápido. Deu uma volta completa no campo em um minuto ou menos, depois cruzou o campo diagonalmente em zig-zag. Por fim, desceu.
-Você voa bem, Potter. É ágil e veloz. Como se sairia com o pomo...? – Então as pessoas chegaram e Ethan precisou reunir todos.
-Muito bem, gente. Me chamo Ethan Cox e sou o capitão da Grifinória. Vou avaliar como vocês voam e selecionar os melhores para fazer os testes.
Houve um “ok” coletivo.
-Dividam-se em grupos de dez, por faixa de tamanho. Potter, vá no primeiro grupo. Vão! Potter e mais dez.
James pegou a vassoura e deu o impulso. As outras pessoas não eram tão boas quanto ele. Depois de cinco grupos darem a volta, Ethan chamou doze jogadores.
-Quem é apanhador? – James e outro garoto, do quinto ano, levantaram a mão.
-Na verdade, se organizem. Goleiros ali, goleadores aqui e batedores lá. Os apanhadores ficam aí mesmo...
Por fim, ele soltou as bolas e eles treinaram com elas.
-Muito bem. A equipe é Ana Parks, goleira, Marcus Peeks e Andre Watson, batedores, eu, Rachel Wilker e Carol Schidmit, goleadores, e James Potter, apanhador.
-Er, Ethan?
-Quê, Potter?
-Eu, er, não poderei jogar.
-E porque não?
-Sou do primeiro ano.
-E porque fez o teste?
-Para me preparar para o ano que vem.
Ethan riu, mesmo contra a vontade e escolheu o outro garoto para ser apanhador, com uma péssima cara.
-Nossa. Você realmente foi escolhido – Sirius se admirava, horas depois, na Sala Comunal. Eram seis da tarde e eles dois eram vistos fazendo o dever de casa. Cena rara, mas necessária. Os professores haviam passado muitos deveres de casa.
-Eu te disse.
-Você realmente voa muito bem.
-Valeu – James disse. Guardou os deveres de casa na mochila e passou a mão no cabelo.
-Já acabou? – Sirius perguntou.
-Já. Quer ver?
-Claro! Aí podemos dar uma volta.
-Não, cara! Podemos fazer algo legal.
-Passear pela escola é legal!
-Sei lá... Podíamos ir lá no lago. Roubar um pão e dar para a Lula Gigante...
-Hum, é uma ideia.
-Sabe, prefiro ficar aqui.
-Como é? – Sirius arfou.
-Sei lá, jogar Snap Explosivo...
-Isso é aquele jogo maluco de baralho? – Paul perguntou. Ele vinha com Lily.
-É. Quer jogar? – James convidou.
-Na verdade, eu e Lily estamos procurando gente para brincar de Salada de frutas.
-Salada de frutas? Isso é um prato?
-Não, James. É uma brincadeira trouxa.
James esqueceu que Paul era parte bruxo, parte trouxa.
-Como é?
-Bem, sorteamos uma letra e temos que responder uma série de coisas com essa letra.
-Vamos, Sirius?
-Tô nessa! Cadê os pergaminhos?
E então eles começaram a jogar. Ficaram na Sala Comunal até meia-noite, apenas jogando. Lily ganhou.
-Ai, como é doce a vitória... – Ela comentava de brincadeira, se espreguiçando.
-Vamos jogar de novo? – James perguntou animado. Ficara em segundo lugar, perdendo por 50 pontos.
-Vamos, dessa vez tenho que ser melhor! – Sirius disse amuado. Ele ficara em último, quase duzentos pontos atrás de Lily.
-Tá combinado. Amanhã de noite?
-Não, eu e Lily temos detenção.
-Verdade. Esperaremos vocês, então.
-Ok, valeu.
James foi dormir pensando no jogo. Lily era realmente uma pessoa legal. Dava para se divertir com ela.
E foi pensando na brincadeira que ele adormeceu...
James só acordou meio-dia. Sirius, Lily e Paul estavam conversando na Sala Comunal. Lily virou a cara quando ele chegou e Paul caiu na risada.
-James, me faz um favor? – Sirius pediu.
-Quê?
-Por mais que eu adore e idolatre o seu corpo lindo, se veste?
James então olhou para baixo. Ah, claro. Estava vestindo apenas a sua calça de moletom que usava para dormir. Ele corou.
-Er, desculpem. É sábado, sabem como é...
-Tudo bem. Acho que a única que não gostou foi a Lily... – Sirius disse – Porque eu e Paul adoramos ver seus músculos expostos... – Eles suspiraram juntos. James riu.
-Vou me trocar, então. Er, depois eu volto. Já almoçaram?
-Não. Estávamos te esperando.
James subiu a escada num piscar de olhos. Ele era tão lerdo.
Como esquecera de trocar de roupa. Olhou para a única pessoa que continuava a dormir: Peter. James colocou sua bermuda e uma camisa simples. Não estava com saco para vestes escolares hoje.
-Ai ai... – Sirius suspirou – Agora aquela imagem dele com a calça de moletom velha nunca sairá de minha mente...
James perdeu a paciência (mesmo tendo rido) e deu tapa na cabeça de Sirius. Os dois riram de novo.
A tarde passou voando. Eles conversaram sobre muitas coisas e Lily tirou dúvidas dos três. Por fim eram sete e meia e Lily e James tiveram que sair.
A sala de Slughonr era nas masmorras. O professor de poções adorava Lily, e ficou surpreso por vê-la ali. Pegou leve com ambos e os liberou nove horas.
O castelo estava vazio quando eles saíram da detenção. Fora divertida, pois Slughonr ficara conversando com eles.
James e Lily andavam lado a lado. Estavam calados; não tinham nada a dizer. De repente, Lily começou a andar mais rápido e James a seguiu.
-Lily, qual o problema?
Ele não conseguiu entender.
-Lily! Ei, Lily!
Então a garota parou de repente. James passou por ela e olhou para seu rosto.
-Lily, tudo bem com você? – Ele perguntou.
-Sim, tudo ótimo! Foi maravilhoso correr pela escola! – Ela afirmou, respirando fundo e sorrindo.
-Tem certeza?
-Claro! Vamos fazer de novo!
Antes que James pudesse responder, Lily saiu correndo. Ele a seguiu de novo, dessa vez rindo com ela. Mas, de repente, Lily tropeçou em alguma coisa.
-LILY! – James gritou. Ele correu antes que ela batesse sua cabeça no chão. Ele conseguiu e ela caiu em seus braços.
-Lily, você tá legal?
-Tô... – Ela murmurou. Seus rostos estavam perto demais... James olhou profundamente nos olhos verdes, que também o olhavam. Lily parara de sorrir. Então, lentamente, James se curvou para o rosto da menina nos seus braços (ele estava sentado no chão e o tronco de Lily no seu colo) e a beijou.
N/A NÃO ME ODEIEM! Foi uma coisa que me ocorreu. Acho que o capitulo foi muito grande... tinha que ter um desfecho emocionante. Vou trabalhar no quarto capitulo. Já me disseram que o beijo foi precoce, mas é muito bonitinho. Reviews, please! Beijos, amo vocês! P.S. -> Por favor, espalhem, se der....
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