Capítulo 05



02 de maio de 1997


Salão Comunal da Grifinória


23h00min


 


 - Oh, Meu Deus!

Hermione acabara de soltar aquela exclamação. Nem em todos os livros que havia lido – e olha, não foram poucos – nem o uso do vira-tempo no terceiro ano seriam capazes de convencê-la que aquilo era verdade.


Olhou para os lados, Gina mantinha uma das mãos sobre a boca aberta,a outra encontrava-se largada ao lado de seu corpo, segurando o livro aberto, completamente estarrecida. Neville aparentava que a qualquer momento sofreria um desmaio. “ E não era pra menos” -  pensou


Olhou para Rony. Estava em choque, fato, mas completamente lúcido, tentando assimilar os fatos. Seus olhos se encontraram e ela quase se perdeu naquela imensidão azul, porem não se deixando levar acompanhou o movimento que ele fez ao desviar seus olhos do dela parando na pessoa a sua frente. “Ah, Harry!”


 


- OK. O que é que está havendo?  Você é parente do James? Eu não sabia que você tinha primos Pontas -  disse o jovem Sirius Black à sua frente, sem de fato olhar para o amigo, curioso observando Harry – Como chegaram aqui? Chave de Portal?


Harry encontrava-se mudo. Encarar a versão jovem e extrovertida de seu padrinho falecido a quase um ano não era nada fácil. Olhou para o lado procurando alguém que pudesse falar o que ele não conseguia. Parecia que lhe haviam arrancado as palavras da boca. Grato, viu Gina aproximar-se dele e dirigir-se ao seu “padrinho”.


- Me desculpe, Senhor... - começou a garota, não muito a vontade -  mas na verdade...


- Na verdade eu não sou tão velho ou importante para me chamar de senhor, ruivinha – interrompeu o moreno, alheio ao fato de que Rony ou Harry lhe pulariam no pescoço se chamasse Gina de ruivinha novamente. - Meu nome é Sirius. Sirius Black pra falar a verdade, embora- acrescentou em um cochicho – pode chamar-me de Sirius, ou Si, ou meu bem. - Virando para Hermione ainda soltou – você também pode – lançando-lhe uma piscadela.


Gina engoliu seco. Embora normalmente devolvesse uma cantada daquelas com uma resposta mal educada achou que dessa vez fosse melhor não faze-lo “controle o gênio Weasley, se controle!”. Embora ver a cara de Ronald, se retorcendo numa carranca extremamente distorcida por ciúmes  - mais por Hermione que por ela, tinha certeza - em outras circunstancias a faria rolar em gargalhadas.


- Eu sei seu nome – respondeu – e aliás, não fomos nós que aparecemos aqui, foram vocês. E vieram de bem longe, diga-se de passagem– acrescentou a ruiva.


- Mas é claro que não e...


- Sirius – interrompeu Lilly – creio que eles estão falando a verdade – disse a garota com um ar extremamente assustado, o que não condizia com sua personalidade.


- Ah é sabichona? Como é que você sabe? – respondeu o moreno


- Porque eu acho que, mesmo não entendendo nada de Quadribol, a Grifinória não ganhou nenhum campeonato de 1995, porque afinal de contas nós estamos em 1977!!!!! – respondeu a garota num rompante de gritos quase histéricos, avançando para o moreno sendo contida por James.


- Do que você está falando Lilly? – perguntou Alice, para a amiga.


Lilly só apontou. Na parede, acima da lareira havia um brasão. E nesse brasão lia-se claramente todos os campeonatos ganho pela Grifinória desde que quadribol havia sido admitido como esporte em Hogwarts. E lia-se claramente os mais recentes títulos – 1993 e 1995 – brilhando.


- Ok, Lilly, você me convenceu agora.


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02 de maio de 1997


Gárgula de acesso à sala do Diretor


23h05min


 


- E agora? Como fazemos pra entrar? – perguntou uma Alice Longbottom um tanto assustada – quer dizer, se vocês estiverem errados,  nós poderíamos ir para a enfermaria ou para as estufas, ou até pro quarto do papai e da mamãe, eu e Frank sabemos como entrar lá e...


- E daríamos de cara com a tal Professora Sprout de pijamas? Ou a Madame Pomfrey? Não obrigado - respondeu Albus, fazendo uma careta.


- Não acho que o momento seja propício para piadas Potter – disse Scorpius


- Sabe, eu realmente não sei o que...


Mas Albus não terminou de dizer o que não sabia, fora puxado para as sombras por 14 pares de mãos sendo que dessas 7 tentavam tapar-lhe a boca, enquanto passos no corredor anunciavam uma Minerva Macgonagal, menos enrugada e então professora de adivinhações caminhar em direção a Gárgula.


- Sorvete de limão – ouviu-se ela dizer, e então o surgimento da escada e o acesso à sala. Quando seus pés, ainda subindo não podiam mais ser visíveis os adolescentes saíram das sombras.


- Sorvete de Limão? – repetiu Frankie – por todos o fios brancos de Merlin, ele não podia ser menos criativo?


- A maioria das senhas era doces trouxas, ou doces estranhos do mundo bruxo. Ouvi papai comentando uma vez. – comentou James


- Com certeza esse é o Dumbleodore. Eu já achava que ele era estranho. Depois dessa. – comentou Scorpius.


- Bom vamos ver se ele é ou não mais estranho pessoalmente – disse Hugo, já subindo as escadas.


Ele e a irmã eram o retrato da determinação, desde que chegaram, conduziram os outros pelas sombras até chegarem ali, claro que o Mapa do Maroto ajudou um pouco, isso ficara a crédito de James. Estavam decididos, iriam falar com o professor sobre o que estava acontecendo com ou sem Prof. Minerva.


- Não é melhor esperar ela sair Rose? – disse Lilly com uma pequena careta.


- Não, é até melhor que ela esteja junto – falou a menina já subindo atrás do irmão levando todos os outros consigo.


Hugo estava parado na frente da porta, aguardando os outros.


- Então, quem vai na frente? – perguntou


Rose parou ao seu lado e sem lhe responder já entrou se anunciando.


- Professor Dumbleodore, muito prazer. Precisamos conversar.


Todos os quadros se viraram para ela, que sentiu as orelhas queimarem. Olhou para trás e os outros estavam parados à porta, parecendo estátuas. “ Grifinórios de meia tigela”. Respirou fundo.


 Mcgonagal um tanto surpresa perguntara-se em um primeiro momento porque diabos Hermione Granger estava com cabelos vermelhos. Depois reparara que ela possuía olhos azuis estremamente brilhantes, opostos aos castanhos da mãe. Seu olhar segui para a porta. Malfoy. Potter. Weasley. Longbottom. A maioria com “cabelos errados”. Afinal se seus olhos não estivessem lhe pregando uma peça, estava vendo um Neville loiro e uma Hanna Abbot morena, uma Gina Weasley de óculos, Rony Weasley pequeno e de cabelo cor avelã e Harry Potter duas vezes, uma versão ruiva um pouco mais alta e outra  uma cópia quase idêntica ao original, só perdendo pro retrato cuspido de Draco Malfoy à sua esquerda.


- Mas o que está acontecendo aqui? – perguntou a professora exasperada – Quem são vocês?


A “Hermione Ruiva” deu um passo à frente.


- Diretor Dumbleodore, Dir...Professora McGonagal, e-eu me chamo Rose Elizabeth Granger-Weasley. Nasci em 2005. Sou filha de Ronald Billius Weasley e de Hermione Jane Granger Weasley. Aqui atrás tem meu irmão, meus primos e colegas de Hogwarts. Estamos no ano de 2020, onde a senhora é diretora. Ou seja, viemos do futuro


- Mas como? -  a Professora exclamou – Albus?


- Presente. Mas acho que a senhora não está falando comigo. – disse a quase-cópia Potter, diante dos olhares de reprovação dos outros.


-Mas...


-Acalme-se Minerva. Entrem todos. E fechem a porta. Já esperava por vocês . Temos muito o que conversar. – Albus Dumbleodore divertia-se atrás dos oclinhos meia-lua. “Ah, isso vai ser interessante”, pensou.
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Desculpem a demora!

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