O Fim de Umbridge!



Era mais uma manhã fria, o que fazia os dias ficarem ainda piores. Harry já não agüentava mais, este, sem dúvida, era seu pior ano em Hogwarts.


            -Acho que preferia ter sido expulso da escola, ao menos poderia estar perto de Sirius, ele com certeza me daria atenção.


            -Cale a boca, Harry! Dumbledore deve estar muito ocupado.


            -Concordo com a Hermione. Agora que Você-Sabe-Quem voltou a Ordem deve ter muito o que fazer.


            -Eu sei disso Rony. Por isso mesmo que eu gostaria de estar lá, ajudando. Aqui em Hogwarts não podemos fazer nada com a Umbridge por perto.


            -Ao menos temos a Armada. Você viu Harry, como o Neville progrediu nas últimas aulas?


            A pergunta de Hermione não foi respondida por Harry, os três tinham acabado de entrar na sala de Transfiguração, e a professora McGonagall imediatamente pedia silêncio a eles.


            -Por favor, sentem-se. Hoje vamos aprender a transfigurar andorinhas em xícaras de chá. O feitiço é bem simples, mas requer muita atenção.


            -Hum, hum.


             A turma inteira se sobressaltou. Bem no canto da sala, um vulto rechonchudo e baixinho fitava-os com o sorriso mais falso da face da Terra.


            -Não acredito que ela se atreveu a vir inspecionar a aula da profª. McGonagall também. Quero só ver se ela é capaz de encontrar algum defeito nesta disciplina – disse Hermione aos outros dois.


            A profª. Umbridge já havia inspecionado algumas aulas e todos sabiam o quão impertinente a professora poderia ser.


            Apesar de claramente perceber a inquietação da turma e saber qual o motivo de tal rebuliço, a profª. McGonagall mostrou-se totalmente adversa e continuou sua aula como se nada tivesse acontecido.


            -Continuando, este feitiço muito provavelmente cairá nos NOM’s, então lhes recomendo que prestem muita atenção.


            -Hum, hum.


            Novamente Umbridge tossia, mas dessa vez mais alto e claro. Neville que estava sentado mais próximo a Umbridge, tremia.


            -Longbottom, contenha-se. É apenas um sapo coaxando – decretou a professora.


            -Profª. Minerva, se não me engano enviei-lhe um aviso, comunicando minha presença em sua sala de aula para vistoriar sua disciplina – falou Umbridge com ar de insultada.


            -Ah claro! Recebi sim, me desculpe, mas não havia reparado na sua presença. –respondeu muito seriamente McGonagall.


            -Imagine Minerva. Continue sua aula normalmente que irei apenas observar.


            -À vontade, Dolores.


            Umbridge voltou ao seu cantinho e de lá observava cada movimento da outra professora.


            -Srta. Granger poderia nos fazer uma demonstração de sua transfiguração?


            -Claro, professora. – respondeu Hermione.


            -Hum, hum.


            -Por favor, Srta.Granger continue.


            -Sim, professo...


            -Hum,hum.


            -Estou certa, Dolores? Você havia comentado que iria observar a minha a minha aula?


            -Certíssima, Minerva.


            -Então cale-se e pare de atrapalhar minha aula – bradou a profª. McGonagall.


            Novamente Umbridge corou.


            -Minerva, não sei se lhe foi comunicado, mas por ordem do Ministério, eu, Dolores Joane Umbridge, Alta Inquisidora de Hogwarts, tenho o poder de inspecionar e consequentemente demitir professores.


            -Estou ciente disso, Dolores. Mas creio que é impossível você inspecionar a minha aula se não para de me interromper.


            O nível de vermelhidão de Umbridge chegou a um ponto em que os alunos não sabiam se aquela era sua professora de Defesa contra as Artes das Trevas ou um pimentão.


            -Continue – falou Umbridge controlando sua voz, sorrindo falsamente.


            Hermione demonstrou sua habilidade em Transfiguração à turma, e de presente levou cinco pontos para a Grifinória.


            -Hum, hum.


            -O que é desta vez, Dolores?


            -Será que eu poderia fazer algumas perguntas a seus alunos?


            McGonagall assentiu com a cabeça. Umbridge começou então a passear pela turma, olhando para cada aluno, distribuindo sorrisinhos. Parou então a frente de um aluno alto, com dentes de coelho, o mais desajeitado da turma.


            -Sr. Longbottom, o senhor considera a profª. McGonagall uma boa professora?


            Neville tremia dos pés a cabeça, ele olhou para todos os seus colegas, procurando um sinal de apoio, e foi nos da profª. McGonagall que ele o encontrou. McGonalgall lançou-lhe um olhar cheio de ternura e encorajador. Harry se espantou com tamanha mudança, a professora sempre fora tão séria, e agora encarava Neville com um olhar de Sra. Weasley. Sentiu-se profundamente aliviado de ter uma mulher assim á frente de sua casa, a Grifinória.


            -A profª. McGonagall é uma excelente professora, é com ela que tenho um dos meus melhores desempenhos – respondeu Neville.


            A turma toda sabia que Neville havia exagerado um pouco na sua afirmação.


            -Ah que maravilha! Poderia nos dar uma demonstração de seus talentos em Transfiguração? Creio que já aprenderam a transformar livros em tinteiros. Por favor, Sr. Longbottom, levante-se.


            Enquanto Neville ia em direção a Umbridge, a mulher fazia anotações em sua prancheta. Neville agora estava mais branco do que nunca.


            -Certo, Sr. Longbottom, pode começar.


            Neville tirou sua varinha do bolso, sacudiu-a e murmurou algo imperceptível para todos. O feitiço dera errado. Ao invés dos livros virarem tinteiros, Umbridge agora era um deles, um pequeno tinteiro cor de rosa com uma enorme boca (ainda parecia uma sapa). O tinteiro bradava insultos a Neville. McGonagall correu a acudir e num rápido feitiço trouxe Umbridge de volta a seu estado normal.


            Imediatamente, Umbridge partiu para cima de Neville.


            -Ora, seu muleque abusado. CRUCIO.


            Neville rolava de dor no chão, todos os alunos se levantaram para ajudar o colega, mas a profª. McGonagall foi mais rápida que os demais.


            -ESTUPEFAÇA – bradou McGonagall.


            Umbridge voou longe com o poder do feitiço de McGonagall, mas logo se levantou.


            -Protetora de sangues-ruins. ESTUPORE.


            -PROTEGO.


            As duas professoras travavam um grandioso duelo. Faíscas e luzes verdes e vermelhas voavam para todos os lados, os alunos se protegiam atrás das classes, observando cada detalhe.


            Ambas as bruxas eram muito poderosas, seus poderes se equivaliam e Harry não poderia apostar como terminaria este duelo. Hermione estava aos prantos.


            Umbridge acertou um feitiço que quase desmontou McGonagall, mas a velha grifinória não se abateu e continuou seu duelo, lançando em um segundo de descuido de Umbridge um feitiço escudo em volta dos alunos. A professora não esquecera de seus alunos.


            Nesse instante, um lampejo verde passou raspando o peito da bruxa mais alta. McGonagall estremeceu de raiva, incrédula do que acabara de testemunhar. Rapidamente transfigurou a sua mesa em um enorme leão de fogo, que rugia para cima de Umbridge. O felino entrelaçou a bruxa que parecia um sapo em cordas de fogo, prendendo-a indefesa. Umbridge havia perdido a batalha.


            -Desde o primeiro momento em que pisastes nesta escola senti uma repulsa instintiva contra você. Conheço-lhe de outras épocas, e sei o quanto vale o seu caráter, mas nunca, por mais cruel que fosse, imaginei que seria capaz de atacar um aluno com uma Maldição Imperdoável, e principalmente, lançar contra minha pessoa o AVADA KEDAVRA. Dumbledore não gostará nem um pouco disso.


            Umbridge bufava de raiva, seus cabelos estavam bagunçados ao nível extremo e seu bem passado conjunto rosa confundia-se com a poeira sobre sua roupa. E o pior, encontrava-se encurralada por um leão que já fora a mesa da outra professora.


            -Srta. Granger, vá a sala do diretor e peça que compareça a minha sala urgentemente. Ah, antes que me esqueça, ele gosta de sorvete de limão.


            Imediatamente Hermione se levantou e saiu porta á fora.


            -Você acha que Dumbledore poderá fazer alguma coisa? – ria-se Umbridge. –Cornélio nunca permitirá que eu saia de Hogwarts. Dumbledore está ficando velho, irei assumir o seu lugar.


            -Faça-me rir Dolores. Fudge anda fazendo vista grossa para muitas coisas ultimamente, mas, não poderá encobrir duas Maldições Imperdoáveis. Seus dias em Hogwarts estão contados. – sentenciou McGonagall.


            Os alunos que ainda estavam pasmados com o duelo de suas duas professoras começaram a arrumar suas classes, cada um sentou-se em seu lugar, aos olhos atentos da Profª McGonagall.


            -Acho que desta a Umbridge não escapa, tomara que a levem pra Azkaban. – sussurrou Rony á Harry.


            Harry torcia desesperadamente que seu amigo estivesse certo, livrar-se de Umbridge seria maravilhoso.


            No momento em que Harry sonhava em seu pensamento ver Umbridge nas celas de Azkaban, um vulto alto entrava rápido pela sala. Era um homem velho, com barba até a cintura, chapéu cone azulado com estrelas prateadas e uma longa vestimenta azul cor do céu. Atrás de Dumbledore vinha Hermione ofegante.


            -Alvo, que bom que você chegou. – aliviou-se McGonagall.


            -A Srta. Granger me relatou os fatos apressadamente, o que aconteceu Minerva? – o diretor olhava seriamente para a colega, percebia-se claramente que estava nervoso, mesmo tratando-se de um bruxo extremamente calmo.


            -Nossa preocupação tinha fundamento, Umbridge sem dúvida foi mais um erro de Fudge, não tem a mínima dinâmica com os alunos. Imagine Alvo, ela foi capaz de lançar uma Maldiação Imperdoável contra o Sr. Longbottom e outra contra mim.


            -Com a confiança que tenho em Minerva nem preciso verificar com ninguém a veracidade dos fatos. Mas creio que ninguém aqui não concorde com a profª McGonagall.


            Nenhum dos alunos fez nenhuma objeção, muito pelo contrário, todos consentiam com a cabeça. Alguns, inclusive, bradavam palavrões.


            Dumbledore continuou sua fala.


            -Bom, creio que nada mais nos impede de prosseguir. Enviarei um comunicado especial diretamente á Cornélio, e acredito que não tardará a chegar. Aos alunos, estão dispensados. Peço apenas que o Sr. Lonbottom permaneça.


            Os alunos se retiraram da sala, ao passarem perto de Umbridge não perderam a oportunidade de caçoar da professora.


            Harry, Rony e Hermione chegaram ao corredor felizes da vida, assim como os colegas. Seguiram o caminho do Salão Comunal da Grifinória e lá permaneceram até a chegada de Neville.


            -Até que em fim você chegou Neville. O que aconteceu com a Umbridge?


            -Deixe de ser curioso Rony.


            -Nem venha com essa Mione, aposto que também está ansiosa.


            Neville então começou a falar, e todos os colegas grifinórios ouviam atentamente.


            -Assim que vocês saíram Dumbledore mandou uma carta a Fudge. Não se passaram muitos minutos e ele chegou, acompanhado de um auror, acho que era Chequebolt.


            -Schacklebolt. – corrigiu Harry.


            -Isso mesmo. – continuou Neville. –Fudge chegou irritado, achou que Dumbledore o havia chamado por besteira. Assim que viu Umbridge presa nas cordas de fogo apavorou-se, começou a exclamar pedindo o motivo de Umbridge estar presa. Dumbledore explicou o que havia acontecido, vocês tinham que ver a cara do Fudge. A Umbridge não abriu a boca nenhuma vez. Dumbledore disse então que Umbridge tinha que ser levada a Azkaban, e, foi aí que Fudge quase enlouqueceu. Fudge disse que todo mundo algumas vezes perde o controle e o afastamento de Hogwarts seria o suficiente para Umbridge. Mas Dumbledore não se deixou levar pela conversa de Fudge e disse que segundo não sei qual decreto Umbridge deveria ser presa. O auror que estava com Fudge concordou com Dumbledore, e, imediatamente pediu que a profª McGonalgall soltasse Umbridge para poder levá-la. Essas horas Umbridge deve estar encarcerada em Azkaban.


            A turma inteira pulou de alegria, o desfecho da história não poderia ser melhor.


           


 


 


 


 


           


           


           


 


           


           


           


             


 

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