Único
Nome do autor: Dione Kurmaier
Título: O Grande Teatro
Capa: -
Ship: TG
Gênero: Romance
Classificação: K+
Observação: Universo Alternativo
Link para a fic se ela já estiver publicada: -
Tema: # "Nós somos todos marionetes. A diferença é que eu enxergo minhas cordas."
O Grande Teatro
Por Dione Kurmaier
- Nós somos todos marionetes. A diferença é que eu enxergo minhas cordas. – Ele disse a ela, que se virou repentinamente. Escovava os cabelos em frente ao espelho, e ele já havia se deitado. Ela o olhou com desdém, enquanto ele sorria maldosamente, passando a mão pelos cabelos. – Eu posso ter sido usado, mas sei muito bem usar. E você é a prova viva disso.
- E quem lhe disse que eu também não enxergo as minhas cordas, querido? – Ela respondeu colocando a escova sobre a penteadeira, passando a mão sobre os cabelos ruivos, voltando-se novamente para o espelho.
- O simples fato de que eu usei, abusei e me lambuzei de tudo que você e sua mente puderam me oferecer. E você continua aqui, me servindo, depois de tudo que lhe fiz passar. – Ele se levantou para ir em direção a ela, que quando se esquivou, foi pressionada na parede pelo corpo dele, com um baque.
- Eu já não sirvo a você. Já não faço mais parte dos seus jogos mentais. – Ela tentava fingir o desdém, mas estava ficando cada vez mais complicado graças aos beijos em sua nuca e pescoço. – Você usou e abusou de minha mente e meu corpo. Fez-me de marionete e me levou pra lá e pra cá, mas agora tudo mudou. – Ela o empurrou, enquanto ele ainda sorria. – Eu acordei. Acordei e agora cortei as cordas que me prendiam a tudo isso. – Ela apontou para o belíssimo quarto e para todos os seus pertences, se afastando da parede. – Cortei as cordas que me controlavam e me levavam até você. Agora minha mente e meu corpo pertencem a mim, e a mais ninguém.
Ele bateu em sua face, enquanto a jogava contra a parede novamente. Ela se debatia, enquanto ele prendia seu corpo na parede. Ela tentava se soltar, enquanto a fúria dele tomava conta.
Os dois arfavam, suavam e se encaravam, enquanto a luz diminuía e se apagava. A cortina a frente do casal se fechava, para dali a 30 segundos se abrir novamente e para poderem agradecer ao público presente a primeira de várias apresentações nos teatros de Londres.
Os dois se desgrudaram um do outro. O público se levantava e aplaudia fervorosamente, enquanto Ginny arrumava sua roupa, e Tom a pressionou na parede novamente. Ela rolou os olhos nas órbitas, enquanto ele continuava com o mesmo sorriso de escárnio da peça.
- Minhas palavras podem até parecer um tanto quanto teatrais Tom, mas nós dois sabemos o quão essa peça tem de verdade.
- Você até tenta fugir de mim, Ginny. Essa peça é a maior prova disso.
As cortinas se abriram enquanto eles seguiam para a beira do palco. Agradeceram ao público e também bateram palmas, mas ninguém percebeu que um dos atores presentes tinha movimentos muito mais controlados e nervosos que o outro. Parecendo outra marionete.
FIM
NA: Essa fic foi escrita para o XXIII Mini-Chall do 6v. Essa fic é Universo Alternativo, onde Ginny e Tom são atores e estão a interpretar uma peça juntos. Na verdade, mais que uma peça. Comentem.
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