CAPÍTULO VI
ironic.
VI
Não falara com Sirius desde aquela noite, mas o fato é que nós simplesmente ainda não havíamos nos encontrado, e eu duvidava que ele tivesse meu celular.
De qualquer forma, digamos que Sirius é tudo aquilo que uma mulher espera que seu homem seja. Quero dizer, é possível ser delicado e firme ao mesmo tempo? Sim, é possível porque Sirius o foi e... UAU.
Controle-se Marlene, foco, sem pensamentos pervertidos, por favor.
- Então, doutora, você acha que é muito grave? – a mulher me perguntou, enquanto me mostrava a mãozinha de seu filho.
Eu odeio fazer clínica, ODEIO!
Às plenas três horas da manhã, a mulher me aparece para falar de umas “bolinhas” que aparecem na mão do filho dela de cinco anos desde quando ele tinha dois anos. Ah, claro que isso acontece direto com o filho dela, mas por acaso não tinha nada hoje na mão dele, mas está sempre lá!
De verdade, por que essa mulher tinha que vir aqui justo no meu plantão?
- Não é grave, provavelmente é só uma alergia, já que essa irritação é esporádica. No entanto, não posso fazer um diagnóstico preciso. O ideal seria que você o trouxesse para o hospital quando ele estiver com a irritação.
- Marlene, Marlene... – Lily me chamava com um sorriso no rosto fazendo com que eu acordasse de meus devaneios – Você está bem?
- Estou, por quê? – eu perguntei sem entender.
- É só que você me parecia extremamente aérea... Nem percebeu que o Sirius chegou. – ela disse, e eu arregalei os olhos.
Então, Sirius chegara e eu nem percebi. Ele estava do outro lado da mesa, vestia jeans escuras, uma camisa xadrez cor de rosa e converses, ele estava cruelmente lindo, enquanto conversava com James sobre o último jogo dos Tornados.
- Eu realmente não havia percebido. – disse calmamente, observando-o com uma curiosidade contida.
- Eu percebi, você estava pensando no Edgar? – ela perguntou preocupadamente, pousando suas mãos nas minhas, fazendo com que eu me estremecesse.
Edgar. Há quanto tempo eu sequer pensava nele? Ele sempre fora um ótimo namorado, às vezes ótimo demais. Eu realmente não o merecia.
- Quem é Edgar? – Sirius perguntou confuso, fazendo com que eu risse levemente. Então, ele estava atento a minha conversa com a Lily.
- É o ex da Lene, eles terminaram antes dela vir para cá. – Lily explicou, atraindo olhares dos rapazes.
- Mas você está bem com isso, Lene? – James perguntou quase como fraternalmente.
- Estou. Quero dizer, Edgar é ótimo... Mas não dá para manter uma relação com um oceano nos separando. – eu disse, e James concordou.
- Por isso que eu nunca vou deixar minha ruivinha sair de perto de mim. – ele disse sorrindo marotamente.
Estava saindo do banheiro, quando senti um par de mãos me segurar e me empurrar contra uma parede. Pensei em gritar, mas antes mesmo que pudesse concluir tal pensamento encontrei as azuis orbes de Sirius a poucos centímetros de mim.
- Meu deus, você me assustou. – eu disse rindo levemente, agora aliviada em constatar que não seria estuprada ou qualquer coisa do gênero.
- Assustei, é? – ele perguntou maliciosamente, perto de minha orelha, fazendo com que eu arrepiasse.
- Aham. – qual é? Eu não consegui formular nada melhor para dizer, poucas fariam melhor do que eu nas condições em que eu me encontrava.
- Ainda está assustada? – ele perguntou depositando alguns beijos em meu pescoço, enquanto empurrava seu corpo contra o meu.
- Não mesmo. – respondi prontamente, colocando meus braços no pescoço dele e pousando meus lábios nos dele, iniciando um beijo.
Senti uma das mãos de Sirius entrar por debaixo da minha blusa, fazendo com que eu me arrepiasse. Ele me apertara levemente e então traçava um caminho direto para os meus seios. Eu agora tinha uma de minhas mãos entretendo-se no cós de suas calças, como se não tivesse nada mais interessante no mundo.
Ele me beijava com tal sofreguidão que me fazia apenas querê-lo mais e mais. Atrevi-me cravar as unhas em seus glúteos, fazendo com que ele risse da minha impaciência.
- Melhor que a Edgar? – ele perguntou arrogantemente.
- Foda-se, Edgar. – eu disse, e isso pareceu agradar-lhe extremamente os ouvidos, pois agora ele me empurrava para dentro do banheiro sem se importar que mais alguém visse.
- Sirius, estamos num restaurante. – eu o repreendi, não que o que fazíamos até então não fosse digno de censura.
- Deixe de ser tão pudica, Kinnon. – ele disse, e eu obedeci tamanha a minha insanidade no momento.
A despedida de solteira de Lily certamente a deixara alterada. Todas as meninas estavam lá, Alice, Dorcas, Emmeline, amigas de faculdade e de trabalho e até Petúnia. Claro que fui eu quem serviu de babá da ruiva de um metro e meio, já que se dependesse de Emmeline, Lily estaria em coma alcoólico e sem bebê e se dependesse de Dorcas, ela provavelmente estaria do outro lado do canal da mancha na cama de um dos stripers franceses que Dorcas contratara.
Sério, será que sou só eu ou é realmente estranho imaginar o Remus namorando a porra louca da Dorcas?
De qualquer forma, não era a despedida de solteira de Lily que ocupava minha mente a maior parte do tempo. A curto prazo, o que me preocupava era a demora do maquiador em maquiar Lils. A longo prazo, eu me preocupava com o modo que Sirius vinha me tratando. Depois da noite no restaurante, certo que isso fora anteontem, mas eu tive a impressão que ele me evitava.
Talvez esse fosse apenas o jeito dele, pois o mesmo havia acontecido da outra vez. A única diferença era que nós havíamos nos visto pessoalmente nesse meio tempo.
A ideia que estivesse me evitando era algo com o que eu não sabia se não queria lidar ou se era algo com o que eu, simplesmente, não conseguia lidar.
Quero dizer, ele veio aqui trazer as sandálias que Lily havia esquecido e mal trocara palavras comigo.
FLASHBACK ON
Esperava impacientemente, Sirius chegar com as sandálias de Lily. Como que ele fora capaz de esquecer as sandálias dela? Quero dizer, é o casamento dela! Os sapatos que você vai usar no seu casamento não é algo que você esqueça.
- Marlene... – ele disse colocando a mão no meu ombro, fazendo com que eu me virasse para ele sorrindo.
- Hey... – é, eu realmente consigo soar mais idiota a cada segundo que passo perto dele.
- Aqui estão as sandálias da Lily. – ele disse me estendendo uma sacolinha do Bruno Frisoni.
- Obrigada. – eu disse sorrindo.
- Hum... Até mais tarde. – ele disse sem realmente saber o que dizer, depositou um beijo na minha bochecha e foi embora.
FLASHBACK OFF
Sério, foi assim. Dá ou não dá vontade de matar? Quero dizer, se ele queria só comer e jogar fora, ele podia ao menos avisar! Não é difícil, é?
Estava pronta para dar um tiro na primeira que pessoa que dirigisse a palavra a mim, mas como essa pessoa foi Lily resolvi me conter.
- Então? – ela me perguntou fofamente.
- Você está linda. – eu disse sinceramente. Eu estava com vontade de chorar de tão emocionada que estava em vê-la pronta, e olha que nem era hora do casamento.
Lily usava seu vestido de noiva e não aparentava estar grávida de forma alguma. Ela tinha os cabelos inteiramente presos em uma espécie de coque e sua maquiagem era simples e iluminava seu rosto deixando-a ainda mais bela.
- Mesmo? – ele perguntou, mas sem demonstrar insegurança alguma. Ela sabia que estava linda.
Remus acabava de realizar a cerimônia. Sim, Remus está realizando a cerimônia já que James e Lily decidiram não se casar no religioso.
Se controle, Marlene. Se controle! Não chore!
...
...
...
Droga, eu estou chorando.
- Agora vamos deixar disso, que eu estou quase chorando aqui. – Remus disse, secando uma devassa lágrima que escapara de seus olhos – Acho que falo por todos aqui presentes, que tudo o que mais queremos é que vocês sejam extremamente felizes, o que inclui o Júnior aí... – ele disse apontando para a barriga de Lily – Vocês são um exemplo de o que é amor para todos nós aqui, são uma verdadeira inspiração... E James, seja homem, beije a Lily.
Antes que eu pudesse processar o que Remus tinha dito, James já beijava Lily. Ele havia a abraçado e a pegado no colo para facilitar a diferença de altura entre os dois. Palmas ecoaram pelo salão e flashes pareciam não vir apenas dos fotógrafos.
- Você está bem? – Remus perguntou colocando uma mão em meu ombro, e eu confirmei fungando meu nariz levemente.
- É que foi tão lindo, Remmie. A Lily casou, minha melhor amiga, casou... – eu dizia emocionada enquanto as lágrimas rolavam livremente pelo meu rosto.
- Os dois são perfeitos um para o outro, não? – ele perguntou sorrindo, secando discretamente outra lágrima que escapara de seus olhos.
- Eles são. – eu confirmei sorrindo.
- Deu para perceber o quão nervoso eu estava? – ele perguntou calmamente.
- Não. – respondi prontamente, pois para mim Remus estava sendo o mesmo Remus posudo de sempre.
- Eu estava me segurando para chorar, você não tem noção do medo que eu tinha em começar a chorar como um bezerro desmamado ali. – ele disse, e eu tive que rir.
Estava parada encostada numa das paredes do salão, esperando que o alvoroço em volta do casal se acalmasse para que eu pudesse cumprimentá-los.
- Oi. – ouvi Sirius dizer perto de mim e eu não pude evitar que um sorriso brotasse em meus lábios.
- Hey... – eu disse feliz.
- Passou? – ele perguntou, e eu o encarei sem entender – Você estava chorando e tal...
- Ah sim, já estou bem melhor. Obrigada.
- Não por isso... – ele disse sorrindo meigamente – Kinnon...
- Sirius! – uma voz estridente gritou, torturando meus ouvidos.
Quem julguei ser a dona de tal voz, logo surgiu ao lado de Sirius. Era uma mulher alta, deveria ter seus 1,80m, seus cabelos eram longos e platinados e de tal caimento que faria a Barbie sentir inveja, ela vestia um Valentino preto super curto e calçava as sandálias douradas mais lindas que eu já havia visto, suas unhas haviam sido meticulosamente pintadas com um esmalte holográfico dourado. Ela era muito bonita, não tinha como negar, mas sua maquiagem a deixava estranha. Extravagante demais, não valorizando os delicados traços de seu rosto.
Eu não tinha motivos para antipatizar com a mulher, no entanto isso fora mais forte que eu. Eu simplesmente não fui com a cara daquela mulher.
- Não vai nos apresentar, Sih? – ela perguntou com a irritantemente aguda voz dela.
- Claro, desculpe... – ele disse visivelmente incomodado. Então ele me encarou com os olhos de dor de quem pede perdão – Mary, esta é Marlene McKinnon. Marlene, está é Mary Black, minha esposa.
N/A.: É isso aí, ironic. está, oficialmente, terminada. Espero que tenham aproveitado estes seis mini capítulos da fic. Enfim, acho que é isso. Obrigada e comentem, Miss Laura Padfoot.
N/B.: OMG! Marlene! MATA ELE, MANO! MATA! Hahaha, não é sério, o Sirius foi nojentinho, um panaca completo, nojinhos de você, Sirius Black, seu viado sem escrúpulos. –Q Enfim, a Marlene deveria voltar para o Edgar agora, isso sim, rum, o Sirius merece queimar no mármore do inferno. Quanto ao Remus, bom, ele é lindo, o casamento foi lindo, foi tudo lindo. Só o Sirius que é feio. Isso mesmo. Haha. Ah, que triste, meu ironic. acabou e essa é a hora que eu não sei mais o que dizer porque essa é minha ultima N/B idiota em ironic. Ai, que sad, que sad. Acho que vou acabar aqui :/ Beijos, Gih Meadowes.
N/A.2: Sirius Black é um cretino. Sem mais considerações.
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