Por que não era preciso dizer.
A castanha chorava copiosamente. Ela ignorou quando ouviu Harry gritar seu nome.
Assim que saiu dos terrenos da mansão ela aparatou. Hermione olhou em volta, estava a alguns passos do portão dos terrenos de Hogwarts. Uma mulher conhecida vinha correndo.
Minerva Mecgonagal, antes professora da escola, tinha se tornado uma segunda mãe para Hermione. Quando Hermione entrou em um buraco sem fundo, quem a tirou dele fora Minerva. Agora as duas eram inseparáveis.
- Hermione! Eu vi você da torre de astronomia. – A mulher parou ao perceber o estado da garota.
Ela guiou a moça para seus aposentos. – sente-se meu bem. – pediu a diretora.
- O que aconteceu? – perguntou preocupada. – Foi o… O Malfoy. - A professora arregalou os olhos surpresa. – O mal… Malfoy!? – gaguejou.
- Sim. Você lembra o motivo por detrás do meu casamento?- a mulher apenas assentiu confusa. – Bom, hoje o infeliz do Malfoy veio me procurar para pedir desculpa por tudo o que ele disse quando terminamos. Por tudo o que ele não disse… - narrou à castanha. A professora a olhou confusa:- Mas se ele pediu desculpas isso é bom, não? – a garota bateu o pé irritada:- Não! Ele demorou demais. E pedir desculpas não vai mudar o passado! Foi tudo por culpa dele! – gritou, logo depois mudou de assunto.
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“Pedir desculpas não vai mudar o passado!” “ Foi o pior erro da sua vida!” estas palavras giravam nos pensamentos do loiro. O que ela queria dizer? O barulho de passos do lado de fora da biblioteca despertou Draco de seus pensamentos.
- Harry?- perguntou Malfoy. O moreno tinha uma cara de poucos amigos. :- O que você fez com a Hermione?- perguntou com raiva. – Nada! Eu só pedi desculpas por ter sido tão mau com ela, quando terminamos. – replicou o rapaz . O moreno olhou para o teto, como se pedisse paciência para Deus. :- Malfoy… você é algum tipo de retardado? A Hermione nunca superou o que você disse e na primeira conversa de vocês, você fala isso!?! – gritou. – Eu … eu não sabia. Como ela esta?- perguntou Draco preocupado. Harry o olhou com uma irritação aparente e respondeu acido:- Eu não sei. Ela desaparatou para deus-sabe-onde.
Depois disso saiu da sala. “ ela nunca superou, nunca superou” “isso quer dizer que, de alguma maneira, ela ainda se importa.” O moço sorriu, não podendo conter que uma pontinha de felicidade nascesse.
-Hermione!- A voz de Harry forrada de alivio ressonou pela biblioteca. Pondo-se de pé rapidamente Draco saiu da sala.
Hermione estava parada segurando Claire. Seus grandes olhos cor de caramelo frios como topázio. A moça ignorou todos os olhares assustados voltados para ela e fez sinal para Harry a seguir escada acima.
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Hermione... - começou Harry. Ele foi rudemente interrompido pela esposa. – Harry eu vou embora- disse ela guardando suas roupas na mala. - Espere Mione. Eu nem avisei minha mãe que vamos embora... - disse ele. Ela o olhou, tristonha, e murmurou:- Não... Só eu vou embora. Eu e Claire. Você vai ficar, vai ficar com a sua familia. E bem, é só durante o natal. – disse ela sorrindo tristemente.
- Hermione, foi só uma conversa... – suplicou Harry. –Não! Harry você não entende, não é? Eu te amo Harry, mas Malfoy... Malfoy era a profecia!Ele é a profecia! Se eu ficar aqui eu vou morrer! Não me obrigue a passar por isso. - agora ela chorava.
- Tudo bem Hermione. Mas para onde você vai? Seu pai não esta no Japão?- disse ele olhando para a mulher. – Esta. Eu vou para Hogwarts a pedido de Minerva. - Ela sorriu para ele, e afastou os cabelos escuros dos olhos verdes do marido.
- Harry… Harry… Então é assim? É assim que acaba? Este é o fim da linha?- perguntou ela o abraçando, seu corpo relaxando nos braços fortes do moreno. - Não Hermione! Não diga isso! Nunca! Por favor, não diga isso para mim… Não pra mim. - soluçou ele. Harry afundou seu rosto nos cachos escuros da esposa. - Mas é a verdade não é? Depois de todos estes anos… Nós voltamos ao inicio, não? Temendo pelo fim, evitando falar algo, com medo da reação dos outros. Agora somos apenas nós dois, de novo. - sussurrou ela.
- Hermione, minha Hermione. Você é minha, entende? Só minha. E nada que o estupido do Draco faça vai mudar isso, ouviu? Nada. Você é parte de mim, mais do que uma esposa. Você é minha eterna amiga, minha amante, minha mãe, minha mulher. Você que me construiu! Eu era um moleque bobo, lembra? E você… Ah, você era perfeita. Era bonita apesar de ninguem notar isso. Era inteligente, corajosa. E era boa. Boa com todos, com o boboca do Harry Potter, com o ciumento do Ronald Weasley, com o ingenuo Neville. Você era tudo o que eu queria ser, mas você era apaixonada por ele não lembra? E quando ele foi embora eu vi que você era mais, mais do que eu adorava. Você me ensinou a ser diferente, a ter personalidade, a não desistir do que eu acreditava. E eu acreditava… acreditava em você. E eu não desisti de você. Agora eu sei que você estava certa, eu não devo desistir das coisas que eu acredito. Eu acreditava em você, em nós, e aconteceu. E agora eu acredito em nós de novo, acredito em nosso amor, e eu não vou desistir dele. Não sem lutar, não sem morrer por ele e poder dizer que valeu a pena. Eu te amo Mione.- disse o moreno com a voz rouca.
A castanha chorava no fim do discurso. Ela abafou um soluço e encostou sua testa na dele, seus rostos tão proximos que sua boca roçava na dele quando falava:- Eu te amo Harry, e não vou desistir. Não vou desistir de você, nunca… - Ela não terminou a frase, pois Harry a beijou furiosamente. Seus labios a impediam de falar, mas ela não se importava. Porque não era necessario dizer.
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