Baba, Baby!
BABA, BABY!
(Hahaha... Coitado!)
Você não acreditou
Você nem me olhou
Disse que eu era muito nova pra você
Mas agora que cresci você quer me namorar
Ela estava linda. Linda como nunca. Ou como sempre. Só que de uma maneira diferente. Os longos cabelos vermelhos brilhavam ao sol, o rosto sardento e bronzeado cintilava, e mesmo na parte trouxa da estação, não havia um ser do sexo masculino que não a olhasse. Quando ela cruzou o portal 9 e 1/2, ouviram-se baques de malotes caindo e cochichos fervorosos cercando-a. O primeiro a se aproximar foi Neville Longbotton, sextanista da Grifinória, que disse, boquiaberto:
- Gi... Gina! Nossa! Como você está... diferente! Assim, linda!
Rony, emburrado como nunca e morrendo de ciúmes da irmã, intrometeu-se, meio grosso:
- Olha o respeito com a minha irmãzinha, Neville!
Dino Thomas e Simas Finnigan, que estavam próximos, comentaram baixinho entre si:
- Irmãzinha? Mulherão, isso sim!
Ela se divertia com as reações dos meninos. Disse ao irmão:
- Vamos, Rony, quero falar com a Mione!
E puxou o irmão trem adentro.
Você não acreditou
Você sequer notou
Disse que eu era muito nova pra você
Mas agora que cresci você quer me namorar
Acharam logo a cabine em que estavam Harry e Mione. Quando entraram, Gina, ficou decididamente vermelha ao ver que Harry engasgou-se com um Feijãozinho ao vê-la.
- Gina! - a garota sorriu ao ouvir seu nome pronunciado com tanta surpresa por Harry. - Nossa, o verão te fez muito bem, hein?
Rony fez uma cara de tremendo desagrado. Triunfante, Gina examinou Harry de cima abaixo e rebateu:
- É... Pode-se dizer o mesmo pra você, Harry Potter.
Rony fez uma cara pior ainda ao ouvir a resposta atrevida de sua irmã, sempre tão quietinha. Hermione olhou para Gina com uma expressão de "é isso aí, garota! Humilha!", que acoplada à resposta de Gina e à cara de Rony, fez Harry ficar da cor dos cabelos da menina.
- Bem - disse Gina. - Vou procurar minhas amigas. Até mais!
E deixou um beijinho no ar, antes de sair.
Não vou acreditar
Nesse falso amor
Que só quer me iludir, me enganar
Isso é caô
E pra não dizer que eu sou ruim vou deixar você me olhar
Só olhar, só olhar
Baba, baby
Não foram poucos os pedidos de amizade, ficada, namoro, casamento, que Gina recebeu naquele ano. Não havia um garoto em toda Hogwarts que não quisesse alguma coisa com ela, e nem uma garota, com exceção, talvez, a Mione, que não a invejasse.
De Neville Longbotton a Draco Malfoy, passando por Denis Creevey, Rogério Davies e Ernesto MacMillan, todos os garotos não comprometidos da escola já haviam demonstrado algum interesse por ela. Com exceção, é claro, a Harry Potter.
Ele era o único garoto que Gina insistia em provocar deliberadamente. Enquanto era simplesmente simpática e amável com os outros, com Harry era diferente. Sorria, olhava-o, tocava-o. E Harry ia se agüentando como podia. Se pelo menos Gina não fosse a irmã de seu melhor amigo...
Baba: olha o que perdeu
Baba: a criança cresceu
Baba: bem feito pra você, é
Agora eu sou mais eu
Isso é pra você aprender a nunca mais me esnobar
Baba, baby
Baby, baba
Baba, baby
Mas, antes de ser amigo de Rony, Harry era homem. E um homem em plena adolescência, com seus hormônios a mil.
Numa bela e fria madrugada, Harry estava sentado em frente à lareira, sem sono para ficar na cama. Ouviu um farfalhar de passos na escada e virou-se para ver quem era.
Gina vinha descendo as escadas, os cabelos vermelhos soltos e meio desarrumados sobre a camisola imaculadamente branca e um tanto quanto transparente e justa, a marcar as curvas bem feitas da menina, que o olhou e murmurou:
- Estou sem sono. Vou subir de novo pra ver se durmo.
Isso foi demais para Harry. Levantou-se num salto e alcançou a menina ainda no pé da escada. Murmurou:
- Gina...
E antes que pudesse se controlar ou entender o que iria fazer, Harry beijou-a. Um beijo quente, fervente, com surpresa, paixão e satisfação misturadas num único e inesquecível momento, um momento com o perfume de jasmim que vinha dos cabelos de Gina e o cheiro de hortelã que emanava do corpo de Harry, que ao final do beijo, perguntou baixinho, num daqueles sussurros que deixam a nós, mulheres, com um friozinho na espinha:
- É tão simples... Por que demorou tanto a acontecer? Por que você demorou tanto a entender?
Ela riu baixinho, ainda aninhada aos braços do rapaz, e respondeu, num daqueles murmúrios que nós, mulheres, sabemos que deixam a vocês, homens, louquinhos:
- Ah, Harry... Eu sei disso há muito tempo... Você que demorou a saber que salvar uma garota do Lord das Trevas não poderia significar só heroísmo...
E naquela noite linda, quente, maravilhosa e com cheiro de hortelã, começou o romance mais bonito, tórrido e famoso de todos os que acercaram os mais de mil anos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
N/A: me crucifiquem, me cuspam, me escarrem! Eu sei que é uma fic muito, mas muito bobinha, mas gente, tenham paciência comigo: foi minha primeira fanfic, escrita em 2004! Publiquei na aliança3vassouras e, como sabia que era meio ruinzinha, nunca mais fui atrás. Como sou lerda, só fui descobrir hoje que a A3V fechou e, dando uma olhada nos arquivos antigos do site, achei essa fic. Fiquei com dó de deixar ela ser deletada por toda a eternidade e pensei 'bem, não custa nada publicar no , né?' - e tcharam! Aí está :)
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