O Triunfo de Snape



O TRIUNFO DE SNAPE


Eu sonhava com este dia há semanas. Nunca ficara tão ansiosa para ver Hogwarts como desta vez. E nada mais justo... As férias no mundo trouxa não haviam sido nada satisfatórias. Estava ficando cada vez mais difícil resistir ao uso da magia. Mas agora, finalmente, eu estava no melhor e mais seguro lugar em que poderia estar, me deliciando com as mais saborosas guloseimas oferecidas pela Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.


“Este ano temos o prazer de dar as boas-vindas a um novo membro do corpo docente: o professor Slughorn” – ecoava a voz do diretor pelo Salão Principal. – “é um antigo colega meu que aceitou retomar o cargo de mestre de Poções.”


Poções?” – surpreendeu-se Harry, enquanto eu ainda assimilava as palavras de Dumbledore.


Pelo visto não éramos os únicos confusos com as novidades. Todos os demais alunos entreolhavam-se, questionando se haviam ouvido direito.


“Por sua vez, o professor Snape assumirá o cargo de professor de Defesa contra as Artes das Trevas.” - completou Dumbledore.


Harry resmungou um “não” tão alto ao meu lado, que todas as cabeças viraram-se atentas para nós.


Mas ele não era o único contrariado: centenas de alunos murmuravam reclamações ao redor, com exceção dos sonserinos, é claro, que comemoravam o triunfo do diretor de sua casa.


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 - E então, senhorita Granger? Já decidiu por quais N.I.E.M.S. vai optar? – indagou a professora McGonagall, enquanto me abordava durante o café.


- Ah... Sim, professora. Estive pensando em Feitiços, Defesa Contra as Artes das Trevas, Transfiguração, Herbologia, Aritmancia, Runas Antigas e Poções...


- Certo... Mas suponho que ainda deve ter tempo de sobra para algumas matérias, não é, Hermione? – perguntou ela, com uma leve e discreta piscada.


- Sim, professora... Mas ainda estou em dúvida. Acho que devo aderir ao Trato de criaturas Mágicas, – optei, mais por remorso de magoar Hagrid, do que por vontade própria.  – História da Magia e Astronomia.


- Mais alguma, Srta. Granger?


- Não. A princípio não.


Então ela assentiu e se virou para Harry.


- Então, Potter, Potter... – disse ela, conferindo suas anotações ao se dirigir para ele.


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A primeira aula que sucedeu após as férias, foi Runas Antigas. A professora Bathsheba passou-nos uma série de livros a serem traduzidos, o que me fez prever que logo eu necessitaria de mais tempo.


Então, no final do dia, quando todas as aulas haviam acabado, corri ao banheiro dos monitores, onde finalmente usaria meu novo Vira-Tempo. Eu, sinceramente, esperava que aquele ano não fosse tão sufocante quanto o terceiro...


Tranquei a porta ao passar por ela e saquei minha varinha. Então, segurei firme a pequena ampulheta amarrada a meu pescoço. Eu precisaria apenas de algumas voltas para começar de novo aquele dia. Mentalizando um número, apontei a varinha para a pequena ampulheta e a fiz girar. Por um segundo as coisas ao meu redor escureceram e logo uma série de borros coloridos passava ao meu redor, levando-me à tontura. Fechei por um instante os olhos, desejando que aquele mal-estar passasse. Quando abri os olhos, as coisas ainda estavam confusas. Mas aquilo estava um tanto estranho... Eu sabia que fazia algum tempo que eu não voltava ao passado. No entanto estava demorando demais desta vez. As coisas giravam cada vez mais depressa e eu não me contive. Fechei pela última vez os olhos e senti meu corpo caindo.

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