A Descoberta
- Pai, anda, eu vou me atrasar...
- Calma Maisa!- o pai sorriu da expectativa da filha.
- Não sorria, dirija!- ela entrou no banco de trás do carro pulando e acariciando a linda varinha que tinha nas mãos.
- Você vai ter um ataque hoje.- riu o pai enquanto ajeitava o malão da filha no banco de trás do carro.
- Pai, eu estou indo pra Hogwarts, eu sou uma bruxa!- ela ensaiou um feitiço com a varinha enquanto o pai se sentava no carro e dava a partida.
- Cuidado, ou eu viro sapo.
- PAI!- ele riu enquanto dirigia.
Maisa Geller e seu pai...Ora eles se amavam, e não era pra menos. Ela tinha 11 anos, tinha sido uma aluna muito esperta na escola e uma criança ainda mais esperta dentro de casa, acostumada a pregar peças em todos e sair de anjo. Ela tinha mesmo uma cara de anjo, como toda criança aos 11 anos que vai para Hogwarts, sorridente e falante.
- Eu vou contar tudo, vou mandar uma coruja por dia, eu vou...- seus olhos brilhavam a cada palavra dita.
- Descer do carro senão vai perder o tal trem.- Maisa nem percebera que eles já haviam chegado à estação.
- É mesmo...-ela correu a apressar o pai a tirar o malão do carro e arranjar um carrinho, enquanto segurava a gaiola de uma linda coruja negra com rajados cinza- Você vai ter trabalho querida Isa.
- Vamos filha, já são dez pras onz...
Ele não pôde continuar a frase, a filha já começara a correr pela estação segurando o carrinho e a gaiola. Ele ria enquanto corria atrás da menina e estranhou quando ela parou.
- Cadê a 9 e 3/4?- ela parou em frente a uma parede encarando as plataformas 9 e 10.
- A gente devia perguntar a um guarda..- mas Maísa fora mais rápida, aquela menina não conseguia ficar parada.
- Sra. Onde é a plataforma 9 e 3/4?- Maisa perguntou a uma mulher que parecia gentil e a personificação das fadas de contos de fadas.
- Você também vai a Hogwarts, querida?- sorriu a senhora de grandes olhos castanhos.
- Sim - ela disse sorrindo de olhinhos fechados, como sempre fazia para ganhar a simpatia de todos.
- Meu filho também vai, James, venha cumprimentá-la.
- Oi meu nome é James, James Potter.- o garoto saiu de trás da mãe e estendeu a mão para ela.
- Prazer Maísa Geller!
Ela estendeu a mão para apertar a do garoto a sua frente, enquanto com a mão sobressalente ele despenteava os seus cabelos negros, ela sorriu para o menino. O pai olhava desconfiado, dua crianças talvez não pudessem perceber a súbita atmosfera que fora criada por um simples aperto de mão, mas os pais sempre sabem.
- Esse é meu pai.- ela apontou para o pai que já se prostara ao lado da filha.
- Prazer, Richard Geller.
- Helga Potter.- os dois trocaram um rápido cumprimento de mãos.
- Mãe, o trem.- chamou Thiago impaciente puxando-a por uma das mãos.
- Sim, já vamos. O Sr. é um não bruxo? Por que se for, não pode...- ela tentou ser delicada com ele.
- Tudo bem, eu entendo. Tenha um bom ano minha filha, boa sorte- ele se abaixou para abraçar Maisa.
- Tchau pai, não se assuste com a Isa.- a menina balançou a gaiola que carregava em uma das mãos.
- Pode deixar.- ele piscou para a filha.
- James você vem depois, eu vou levar a Maisa, ok?- o garoto deu de ombros e a senhora se virou para a pequena- Maísa, confie em mim, ok?- Helga segurou uma das mãos da menina.
- Ta bom!
Richard acenou enquanto Maisa e a mulher de cabelos negros passavam pela parede entre as duas plataformas, ele não se assustou, uma certa mulher já havia feito comentários sobre esse mundo diferente ao qual ele nunca pertencera. James foi logo atrás com seu próprio carrinho, Richard fez o caminho de volta sorrindo, sua filha seguia os passos da mãe, ah como ele sentia saudade daqueles olhos verdes que ela passara a Maisa... Angélica...Angélica Ravenclaw. Sua mulher.
Maísa deveria ter se espantado com o enorme trem vermelho que a esperava na estação, apitando insistentemente, a lembrando de que devia correr e pegar uma cabine. Mas impressionantemente tudo que ela podia ver era James se despedindo da mãe, a qual pedia que cuidasse da "menina nova". Embora estivesse tão empolgada para ir a Hogwarts, ela parecia sentir-se gravitar ao redor dele, como se não pudesse perdê-lo de vista.
- Não se preocupe mãe. Vamos Maisa?- ela nem sequer percebera que ele já subira no trem e a chamava da porta do mesmo.
- Vamos.
Ela puxou o malão até onde ele estava, segurando a coruja com a outra mão, ele logo colocou o malão no corredor e a gaiola sobre ele, o trem já ameaçava partir, o apito soando e as rodas começando a girar. Maísa teve medo de ser deixada, mas James rapidamente a pegou por uma das mãos e a puxou com a outra enquanto o trem começava a pegar velocidade, eles riram acenando para a aflita mãe de James da porta do trem.
Mesmo que tivesse gravitado aos eu redor, Maisa ainda não havia prestado a devida atenção no garoto até aquele momento. Profundos olhos castanhos, cabelos negros, despenteados, sem um pingo de ordem, o dono deve ser igual, ela pensou. O corpo era magro, mas era mais alto que ela com toda certeza, seu rosto estava a altura do queixo dele, a boca rosada sorria quando ela percebeu que ele notara que ela estava analisando-o.
Maísa corou de leve e sorriu, a menina Geller tinha uma feição que não podia incriminá-la, era impossível esperar de um rosto tão angelical mais do que boas ações, o que se transformava em um grande perigo. Maisa era de fato uma boa garota, mas nenhuma santa. Os dois começaram a caminhar atrás de uma cabine vazia, agora era James quem analisava a pessoinha a sua frente, a menina era baixa, mas tinha seu encanto, e ele sabia disso. Cabelos castanho escuros, levemente encaracolados, olhos verdes, duas esmeraldas a brilharem ao sol, feições angelicais, mas fortes, um mistério.
- James.
- Sírius!
Ele cumprimentou o amigo de longa data, ambos semrpe se cruzavam em algum evento que os pais iam, a presença do outro semrpe aprecia fazer as longas horas se tornarem puro divertimento. Sírius era um pouco mais alto que James, tinha os cabelos na altura da orelha, parecia um indiozinho para Maisa. Seus olhos eram negros e penetrantes, e exibia um belo sorriso, maravilhoso para ela.
- Maisa!- o menino gritou enquanto acenava a mão an frente dos olhos da menina- Sírius já conseguiste outra fã- disse James fingido mágoa.
- Pare James! - ela desviou o olhar de Sírius por um leve momento antes de estender a mão para o menino -Prazer, Maísa Geller!
- Sírius Black!- ele beijou-lhe a mão, sem desgrudar os olhos dos olhos dela, que sentiu um arrepio subir pela espinha- Vamos, essa cabine ta vazia.
Eles entraram numa cabine no final do meio do trem. James sentou de frente para Sírius, enquanto se acomodou ao lado do primeiro, Sírius simplesmente não desviava o olhar dela. Entraram mais dois meninos no vagão: Remus Lupin, usava óculos, cabelos castanhos curtos, era menor que os outros dois, magro, mas muito gentil e educado, lindos olhos castanhos claros. E um certo Peter Pettigreww, gordinho, baixinho, cabelos oleosos, modos rudes, jeito assustado, ela teve quase um ataque quando ele ameaçou sentar ao seu lado.
- Peter, deixa eu sentar aí? É que aqui ta muito...frio.- salva por Sírius.
- Tudo bem.- ele se calou o resto da viagem.
- Valeu- ela sussurrou para Sírius ainda olhando o ratinho.
- Isso vai te custar- ela o olhou estranhando- To brincando- ele sorriu e ela riu.
- Ei Black, ela tava comigo, pare de se engraçar.- James fingiu começar uma briga puxando-a para perto de si.
- Não tenho culpa se você é lento Potter.- Maisa se levantou entrando na brincadeira.
- Se continuarem assim eu vou ficar com o Lupin.- ela riu e todos gargalharam.
- Com licença...
Uma menina, cabelos ruivos longos e lisos, olhos verdes como os dela, leves sardas, talvez mais alta, jeito tímido, apareceu na porta da cabine. Maísa sentiu algo diferente, invasão do seu espaço, talvez...Ela não sabia, só sentia desejo de afastar a ruiva que entrara, ela sentia ciúmes dos seus novos amigos, uma vontade ineplicavel de pular no pescoço da garota poluia seus pensamentos, como uma fera protegendo sua cria, mas ninguém notou, a menina nova roubara todas as atenções. Ela não entendia porque sentira isso.
- Oi, pode entrar.- James disse extremamente solícito, o que a fez sentir ainda mais raiva.
- Eu estava procurando uma cabine, mas essa parece cheia, licença...
- Não, pode entrar- sorriu Remus.
- É, sempre tem mais espaço e a Maísa não ia nos aturar sozinha.- Sírius levou um pisão no pé da morena, mas nem titubeou o sorriso.
- Sério?- a ruiva respondeu e Maísa ainda não acreditava que ela não tinha percebido a vontade de matá-la.
- É pode ficar, se você não achar que vai ser chato.-sorriu James.
- Não é isso, é...- ela olhou apra baixo desconcertada.
- Lílian aqui!- eles ouviram uma menina gritar e logo viram a dona da voz, uma morena de olhos castanhos- Oi, vamos Lílian.
- Ok, tchau a gente se vê depois.-as duas "intrusas" deixaram a porta da cabine.
Maísa quase suspirou de felicidade quando viu a ameaça sair porta afora, afinal o que acontecera, ela devia ter ficado feliz, não? Mais uma menina, uma amiga... Mas por mais que tentasse imaginá-la como amiga, ela só sentia uma aversão pela garota e nada mais.
- Ma, já passou o ciúme?-perguntou Sirius gozador.
- Anh?- ela olhou para ele comos e tivesse despertado de um transe
- Eu senti aquele pisão.-ele fez cara de dor.
- Ué Sírius, agora você aceita pisões, é?- riu-se James.
- James, sua amiguinha tem uma pisada forte sabia...- Maisa não respondeu, séria virou-se para a porta e seguiu em direção a ela- Ma, desculpa, eu não queria...
- Onde você vai?- perguntou Lupin preocupado.
- Sair... Para deixar os meninos comentarem a vontade da ruivinha.-ela parecia tão séria que nenhum dos meninos aguentou.
- Como é?- James riu
- Eu não sou tonta, sei reconhecer os olhares de três bobos quando vêem uma garota.- ela abriu a porta e olhou James como um gato olha um rato.
- Sabe não, senão tinha percebido os nosso quando você apareceu.- Sírius disse e ela corou.
- Quer saber Ma, se você sair, pode se preparar, a gente vai falar de você até cansar.- comentou James.
- James!- ela estava vermelhinha.
- Acho que entramos num consenso...Ma, você nos deixa bobos, Sírius falou enquanto os três faziam cara de cachorros sem dono.
- Seus..- ela riu e todos gargalharam enquanto James levantou, fechou a porta e a puxou para o colo dele.
- Vem cá linda, eu fiquei de cuidar de você.- ele a abraçou enquanto Sírius protestava- Ordens da Sra. Potter, não posso negá-las.
- Divide pelo menos.
- Ei, eu não sou objeto pra ser dividido.- protestou ela.
- Mas vai ter que se dividir em pelo menos três- riu Remus.
- Eu pensei que você era quietinho.-ela abriu a boca espantada.
- É como dizem, os quietinhos são os piores.- Sírius disse e ele assentiu.
- Onde eu vim parar?
Eles passaram o resto da viagem rindo e brincando, mal sentiram quando Hogwarts chegou. Ela passara a viagem inteira sendo "dividida" entre os colos dos três, como uma bonequinha de louça, o brinquedinho deles. Pettigreew até tentara puxá-la para seu colo, em vão, Sírius não o deixou, ele não aprecia morrer de amores pelo garoto e ele ficou acuado em seu canto. Na hora de pôr as vestes de Hogwarts foram expulsos os quatro.
- Era mais fácil você ter saído.
- Não discuta James. Esqueceu? EU mando em vocês.- ela riu enquanto caminhavam até um grande homem.
- ALUNOS DO PRIMEIRO ANO POR AQUI! ALUNOS DO PRIMEIRO ANO POR AQUI! Olá!
- Oi, você é alto...-ela esticou a cabeça pra trás pra poder enxergar o rosto dele.
- Sou, não sou?- ele riu bondosamente - Vamos, cinco em cada canoa.
Os cinco entraram numa canoa e esperaram todos os alunos do primeiro ano fazerem o mesmo, então elas começaram a se mover sozinhas, passeando pelo lago até ser possível se ver um enorme castelo.
- Nossa.- os olhos da menina brilharam de admiração.
- Hogwarts. Linda não?-Sirius sorriu.
- Pode apostar Sírius.- ela nem percebeu quando a mão dele correu até a dela e a segurou, ela estava demasiadamente encantada com tudo.
- Sírius..- James alertou o amigo.
- Ta bom James...-ele tirou a mão da dela, ao que ela virou-se para e os ecarou confusa.
- Melhor não entender Ma.- Lupin disse e todos riram.
- Eu vou ter que me acostumar com essa cumplicidade de vocês?
- VAI- responderam em coro.
Maisa se virou para o castelo sorrindo, era lá que viveria os sete melhores anos de sua vida, ela sentia, e estava feliz...Tinha amigos, amigos que adorava. Então um cabelo ruivo tapou sua visão do castelo e ela percebeu quem era, perguntava-se por que não gostava nem um pouco daquela menina, mas não tinha idéia, ela simplesmente não ia se acostumar com ela...Não ia.
Nota da Autora:
Como eu disse essa fic está pronta, mas eu estou tentando melhorar um pouquinho, sem mudar os fatos. Se tiverem alguma crítica, sugestão, ou elogio, MANDEM COMENTÁRIOS POR FAVOR!!! Eu imploro!
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