O Expresso

O expresso

A manhã fresca de outono tinha sido invadida pelas vozes dos alunos que corriam pela estação, e a pela fumaça branca e cinza que o expresso de Hogwarts soltava. Ao lado do imenso trem vermelho o casal Weasley e seus filhos esperavam os amigos. Hugo estava ocupado nesse momento com Lílian, que fugira dos pais. A pequena ruiva olhava o trem cobiçosamente, enquanto imaginava se preferia a Grifinória ou a Corvinal, Hugo, ao lado dela, tinha um problema a mais... Ele desejava a Sonserina.

- Pai, cadê o Albus?

- Tentando descobrir pra que casa ele vai, ele ja vai aparecer.

- E se ele for pra sonserina?

- Aí vocês param de falar com ele.

- RONY!!!

- Oi -- disse Albus parecendo bem aliviado, o pequeno havia chegado junto de Harry e Gina, era realmente diferente visualizar o menino que sobreviveu como um homem de aparencia simpática, mas dura.

Rose, que já estava usando suas novas vestes de Hogwarts, riu para Albus. Para ambos aquele era o primeiro ano, o menino no entanto estava muito mais nervoso que ela própria. A poucos passos ela conseguia divisar um grupo de três pessoas, ela pôde reconhecê-los...

- Se você não ficar na Grifinória, vamos deserdá-la -- mas sem pressão.

- Ron!

Lílian e Hugo riram, mas Rose e Albus pareceram assustados. Hugo apesar de suas pretensões não tinha muito medo do pai, ele sabia que a mãe o apoiaria em qualquer decisão. Mesmo sendo um pouco sapeca, e adorando as gemialidades do tio, ele sentia uma certa obsessão pela casa da cobra.

- Ele não quis dizer isso -- disseram Hermione e Gina, mas Ron não estava mais prestando atenção. Seguindo o olhar de Harry eles olharam mais a frente em um ponto que a fumaça havia se esvaído e viram três pessoas .

- Veja só quem é.

Draco Malfoy estava parado com sua esposa e seu filho, um casaco abotoado até seu pescoço, o que acentuava seu queixo fino. O filho dele parecia com Draco, assim como Alvo parecia com Harry. Draco viu Harry, Ron, Hermione e Gina olhando para ele, se virou e foi embora. Rose soltou um muxoxo que não foi notado, eram eles que ela observava a algum tempo, principalmente o filho deles, Scorpius. Rose se lembrava de um certo momento das férias, e ainda não entendia o que acontecera...

- Então esse é o escorpiãozinho -- disse Ron -- Bata ele em todos os testes, Rosie. Graças a Deus que você herdou o cérebro da sua mãe.

- Ron, pelo amor de Deus -- disse Hermione, um pouco brava e um pouco sorrindo -- não tente colocá-los uns contra um outros antes mesmo da escola começar.

- Você está certa, sinto muito -- mas incapaz de se segurar ele acrescentou -- Não seja amigável com ele também, Rosie. Vovô Weasley nunca a perdoaria se se casasse com um sangue-puro.

Antes que Rose pudesse dizer alguma coisa para defender o loirinho, James chegou agitado. Aparentemente Ted estava indo muito bem com a prima Victória, Ted não era o exemplo perfeito de aluno, passara em Hogwarts com louvor e muitas detenções. Mas principalmente, Sirius parecia fichinha perto dele.

- Nos vemos no Natal.

- Adeus, todos- disse Harry enquanto seu filho o abraçava. -- Não esqueça do chá com o Hagrid na sexta. Não mexa com Pirraça. Não duele com ninguém até aprender como. E não deixe James o aborrecer.

- E se eu for para a Sonserina?

Ele murmurou somente para Harry que percebeu como esse medo do seu filho era real e grande. Harry baixou sua cabeça até que ficasse no mesmo nível da de Albus. Somente ele havia herdado os olhos de Lílian, Tanto James como Lílian tinham olhos castanhos claros como a mãe.

- Albus Severus -- disse Harry baixinho para que ninguém exceto Gina pudesse ouvi-lo, e ela fingiu que estava se despedindo de Rose, mas a pequena morena estava de ouvidos ligados na conversa do "tio". -Você tem o nome de dois grandes diretores de Howarts. Um deles era da sonserina, e talvez um dos homens mais corajosos que eu já conheci.

- Mas se eu for...

- A casa de sonserina terá ganhado um aluno excelente, isso não importa pra nós. Mas se importa pra você, você será capaz de escolher Grifinoria ao invés de Sonserina. O Chapéu Seletor leva em conta sua escolha.

- Verdade?- o pequeno arregalou os olhos ansiosos.

- Comigo foi assim.

Eles entraram no trem. Rose agitava o braço animadamente. Albus tinha um sorriso mais confortado e voltou para o lado da amiga Rose. Um pouco mais distante Ted acenava para Victorie jovialmente.

- Ele vai ficar bem - murmurrou Gina.

Quando Harry olhou para Albus, ele passou sua mão na cicatriz.

- Eu sei que ele vai.

- Pai, pai!- a pequena ruiva puxava o paletó do pai.

- Que foi Lily?

- Eu encontrei o tio George, ele falou que podia me levar pras gemialidades hoje, você deixa? Ele disse pra ser rapido, eu tenho que correr. você deixa né? Valeu!!!

Antes que Harry respondesse algo a pequena já tinha sumido entre as pessoas da estação. Embora Gina tivesse estranhado o irmão aparecer e não cumprimentá-los, convenceu-se que era George, então era bem capaz. Harry apenas riu das imaginações da mulher, passou o braço pelos ombros dela e sussurrou.

- Bem, finalmente um dia sozinhos.- A ruiva riu e abraçou-o pela cintura, aparatando juntos.

- Lily, Lily... O que você vai aprontar?- Ted suspirou quando viu uma mecha de cabelos ruivos escapulir para dentro do trem no último minuto.

 

 

 

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