Prólogo






Moulin Rouge.


Amor em Vermelho .

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There was a boy,
(Havia um rapaz)

A very strange enchanted boy
(Um estranho e encantador rapaz)

They say he wondered very far, very far
(Eles diziam que ele vagava muito longe, muito loge)

Over land and sea
(Sobre terra e mar)

A little shy and sad of eye
(Um pouco tímido e de olhar triste)

But very wise was he
(Mas muito muito sábio ele era)

And then one day,
(E então um dia)

One magic day he passed my way
(Um dia mágico ele passou pelo meu caminho)

And while we spoke of many things
(E enquanto falávamos de várias coisas)

Fools and kings
(Tolos e reis)

This he said to me
(Isso ele me disse) 


The greatest thing, you’ll ever learn is just to love and be loved in return.
(A coisa mais importante, que jamais aprenderá é simplesmente amar e ser amado)


The Moulin Rouge.


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 Prólogo


Ora, olá.


Não sabia que chegaria tão cedo. Ou, talvez, tenha perdido o horário. Peço perdão por isso. Vejo que já entrou na vila, ótimo, poupou-me do trabalho mais complicado. Não se preocupe por não estar me vendo, as ruas andam muito vazias ultimamente, eu te guio. Você está logo abaixo do arco, certo? Muito bem, pode seguir reto, não tenha medo, siga... Isso mesmo. Não adianta olhar em volta, não estarei ai. Também não se preocupe com o homem na esquina, ele está bêbado, nem sei há quanto tempo ele parou de tocar, faz meses que não ouço ele e sua alegre gangue incendiar as ruas com suas cantorias. 


  A mulher ai na frente, que você pode chamá-la de prostituta, também não lhe fará nenhum mal, ela já fora dançarina uma vez, agora não tem alma nem para a simplificação do prazer que é o seu trabalho. De fato, era uma mulher admirada pelos homens, que dispensaram sua companhia nas noites de orgia de outrora.


Voltando ao seu caminho. Vire a esquerda e siga reto, lhe darei ainda mais poucas instruções. Vejo que veio sozinho, melhor, realmente melhor. Não estou preparado para uma platéia. Não precisa se apressar, teremos bastante tempo. Oh sim, teremos. Vê o prédio antigo na esquina, a sua esquerda, no final da rua? Lá mesmo. 


Agora suba as escadas, a velha olhando a janela nem percebeu a sua entrada, continue subindo, cuidado com o terceiro degrau do segundo lance, ele range. Siga em frente no corredor de tapeçaria roída e preta, com vários tingimentos de bebidas. O quarto número 6, pode entrar.


- Olá. Seja bem vindo a minha humilde casa. Espero que não ligue para os papeis soltos por ai. Posso lhe oferecer algo, um copo de absinto? Não, vejo que é um homem mais correto do que eu. Sente-se, por favor, sente-se.


- Você é...


- Não importa quem sou. Deixei de ser alguém a muito tempo. O que importa é que sou o que você quer. – A voz rouca vinha de algum canto no escuro.


- Você tem a história da queda do Moulin Rouge. 


- Exatamente. Escrita em meio a essas páginas que agora você pisa. Ora... – Ele riu cansadamente, sem humor quando o homem levantou os pés alarmado. – Não se preocupe. Está tudo aqui, na minha cabeça. Nas minhas memórias... – Sua voz falhou.


 - Quem é você? – Perguntou o homem, a voz serena, quase persuasiva.


 - Já lhe disse, - Suspirou. – que não sou mais ninguém.


 - Quem você foi, então? Algum daí foi alguém, você mesmo disse. – O riso sem humor veio novamente.


 - É um homem perceptivo, jornalista. Muito perceptivo. Mas antes de responder a sua pergunta deixe-me saber seu nome.


 - Dumbledore, Albus Dumbledore. Mas aposto que se desse dois passos em direção a luz do luar, poderia ver com quem estou falando.


Passos se seguiram, o homem empurrou alguma garrafa que rolou até bater no pé da mesa que jazia empoeirada no canto perto da janela. A aparência do homem era a mais triste que Dumbledore já havia visto em toda sua longa vida. A barba por fazer e as olheiras profundas o deixavam dez anos mais velho, seu cabelo desgrenhado e seus olhos apagados e sombrios o faziam parecer uma pessoa sofrida e amarga.


- Qual o seu nome, filho? – Perguntou Dumbledore, gentilmente.


- James Potter. – Respondeu ele.


- Então... Você me disse que tem a história da queda de Moulin Rouge. Poderia me contar? - James riu.


- Sim, lhe contarei toda a história, se for paciente para ouvi-la.


- Serei. – Concordou o velho. – Quem foi o culpado? – O sorriso sombrio desapareceu dos lábios de James.


- Todos. Ninguém. – Esfregou os olhos e pegou a garrafa de absinto em cima da mesa empoeirada, ela estava ao lado de uma máquina de escrever reluzente que se destacava no meio da desordem e da sujeira ao redor, e encheu um pequeno copo, o virando em seguida.


- Você conheceu alguém que esteve por trás dos muros? Por trás do moinho vermelho?


James olhou pela janela e o viu.


- Eu estive atrás dos muros. Nos bastidores, na pista, no salão, no teatro. Eu estive dentro do elefante.


- Do elefante? - Perguntou Dumbledore com um tom de admiração. - Então, o que falam sobre ele é verdade?


- Sim. – James sorriu tristemente. Apoiado no batente da janela, ainda mirando o moinho de vento. – Minha primeira noite dentro do Moulin Rouge e eu recebi a honra de ir direto ao elefante.


- Poderia me explicar melhor?


- Tudo começou em 1900. Eu vinha de Londres para cá. Afinal, a França era o centro da Revolução Boêmia. Músicos, poetas, artistas, pintores, todos conhecidos como ‘Os Filhos da Revolução’.  Nada havia ouvido sobre Moulin Rouge, ainda.


- O que era, em sua opinião, O Moulin Rouge? Naquela época. – James se virou e se apoiou na parede.


- Um clube noturno... Uma danceteria, um bordel. O reino dos prazeres noturnos. Dirigida por Horácio Slughorn. Onde os homens mais ricos e poderosos poderiam passar a noite com as mais belas criaturas do submundo, as chamadas 'Diamond Dogs'. Imagine só: Sem leis, sem limites. Apenas uma regra: Nunca se apaixonar.


Dumbledore esperou, pacientemente interessado.


- Eu desobedeci logo na primeira noite a única regra dentro de Moulin Rouge. – Seu riso sombrio se partiu. – A mais bela de todas aquelas criaturas... Lily. Eles a chamavam de 'Sparklin Diamond'. Ela era a estrela do Moulin Rouge.


Dumbledore observou, enquanto James abaixava a cabeça.

- Uma cortesã. Ela vendia seu amor para os homens.


Passaram-se exatamente cinco minutos, no relógio de Dumbledore, desde que James falara pela última vez. Seu olhar fixo em algum ponto além do jornalista. Ele não o interrompeu, nem perguntou, apenas esperou, pesaroso pelas palavras.


- A mulher que eu amava está... - Ele olhou para a janela, a luz do luar fazendo a única lágrima que caia dos olhos castanho-esverdeados cintilar. - Morta.


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N/A: O que acharam? Eu adoraria se comentassem nem que for pra me xingar!

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