Complicações




Disclaimer: Harry Potter pertence à J.K., minha BFF. Eu possuo Daniel e Evanna apenas. xD


Last Chapter:


Cada um deitou em sua própria cama, facilmente identificável pelos malões aos lados. Todos, depois de tanta comida e aventura, dormiram quase instantaneamente.


A primeira noite em Hogwarts foi a mais estranha da vida de Albus. Por incrível que pareça, ele ainda tinha o costume de acordar no meio da noite e se transportar para o quarto dos pais, dormindo entre os dois, agarrado ao pai. Quando ele fez 8 anos, Harry tentou desacostumá-lo ("Dê um tempo ao seu velho!"), mas fora inútil. Gina chegava a dizer até que sentia ciúmes de Albus.


Ele não só acordou várias vezes durante a noite, como chegou a levantar e começar a andar, até a subir em cima da cama de Daniel, que, pelo susto de ser acordado no meio da noite, quase o azarou.


Quando Albus finalmente acordou, já havia amanhecido. O dia primeiro de setembro havia sido um domingo, então, já era segunda feira e Albus estava super-atrasado. Olhando nas camas ao redor, ele viu que Scorp ainda dormia, mas Daniel já havia levantado.


- Scorp! Scorp! - Albus chamou. Eles estavam encrencados, de novo. Talvez esse ano fosse um pouco mais difícil que o esperado para os dois...


Scorp respondeu ao chamado de Albus com um grunhido de que já ia levantar, mãe. O desespero de Albus era praticamente palpável - ACORDE! Estamos atrasados!


O loiro levantou com um salto, e, apesar de Albus já estar quase pronto quando Scorp finalmente levantou, os dois sairam juntos do quarto. Albus nunca vira alguém se arrumar tão rápido.


- Qual é o primeiro horário de hoje? - Scorp perguntou, ao descer as escadas da sala comunal, vazia no momento.


- Herbologia, nas estufas, com o Prof. Longbottom - Albus respondeu, olhando para seu horário. - Junto com a Corvinal.


Encontrar a saída da escola, para chegar até as estufa não foi díficil, mas Hogwarts era uma escol realmente grande, e, ao chegar até as estufas, os garotos já tinham perdido metade da aula. Bateram de leve na porta de vidro da estufa e abriram uma brecha, por onde esperavam entrar sem chamar muita atenção. É claro que, no momento em que entraram, todas as cabeças se viraram para eles, inclusive a do professor.


- Vocês estão atrasados. - disse Prof. Longbottom, sem parecer nada além de sereno. Vários alunos se entreolharam. Era óbvio que o professor estava protegendo Albus.


Na aula inicial de Herbologia, os alunos viriam como seria o curso, como uma prévia. Para analisar o conhecimento de plantas mágicas e a capacidade de percepção dos alunos, o Prof. Longbottom começou com uma grande mesa ao centro da sala. Havia várias plantas em vasos na mesa, e cada vaso tinha um número.


- Como eu explicava, agora que terminei minha apresentação, gostaria que vocês formassem grupos de 5, peguem um pedaço de pergaminho, e separem os números das plantas em dois grupos: Um de plantas mágicas, e outro de plantas não-mágicas. Agora, como vocês vão descobrir se a planta é mágica ou não, é o trabalho de vocês - Neville deu uma piscadela travessa aos alunos, que começaram a se dividir em quadruplos e circular pela sala.


Albus e Scorp se juntaram à Rosie, Daniel e Evanna, ao final da estufa. Os três já haviam começado o exercício. (Daniel logo entendeu que o segredo era fazer cócegas na planta. Se nada acontecesse, ela não era mágica. Se ela risse, falasse, se movesse, chorasse, gritasse, mordesse, cantasse, explodisse, mudasse de cor e/ou forma, ou algo assim, ela era mágica.)


- Eu me perguntei se vocês ainda viriam. - Rosie disse, estendendo uma carta para Albus. Era uma carta de Gina.


Queridos Albus,


Como foi sua primeira noite sem seu pai? Espero que tenha sido melhor que a dele. Ele passou a noite inteira acordando e indo até o seu quarto para te pegar e levar para o nosso quarto. Ele não quer que eu diga, mas ele usou o ursinho de Lily para dormir agarrado, fingindo que era você. Espero que tudo esteja bem, e me mande um coru...


Acabou de chegar uma coruja. Parabéns meu grifinóriozinho, eu sabia que o chapéu seletor iria te mandar para a grifinória...


Neste momento, Albus parou. A boca de seu estomago fechou e Albus teve o impulso de vomitar ao lembrar das palavras do chapéu. "O senhor nunca será grande em Grifinória. Seu destino era, obviamente, outro.". Tremendo, Albus voltou a ler a carta.


...e que você não tinha que se preocupar. Agora... seu irmão está bravo com você. Você fez amizade com o menino Malfoy, certo? Eu quero que você saiba que eu e seu pai não nos importamos com os pais dos seus amigos, e vamos conversar com James. Parece que ele esqueceu o segundo nome que tem, a quem essa homenagem se refere e a família dessa pessoa.


Lily manda um beijo. Seu pai também. Teddy manda um abraço. Seu pai também. Seu pai manda mais um beijo. Seu pai manda você não esquecer dele. Seu pai manda você voltar para casa. Seu pai manda eu tirar o feitiço Levicorpus dele.


Um beijo,


Mamãe


Albus não pôde deixar de rir, mas sua vontade era de chorar. Sentia-se longe de casa, e a falta fazia com que seu coração ficasse apertado. Albus sabia que ainda havia o ano inteiro pela frente, e que iria demorar até o Natal chegar.


Rosie e Daniel já estavam acabando de selecionar as centenas de plantas que haviam na mesa, dando tempo a Scorp para conversar com Albus tranquilamente.


- Basta um tempo para você se acostumar...


Albus levantou os olhos da carta e olhou para Scorp. Não sabia o que responder, pois o nó em sua garganta não o permitia dizer nada, mas sentiu-se aliviado por não estar só.


- Senhor Malfoy. - Uma voz grave entrou e ecoou por toda a estufa. Vários alunos olharam, assustados, para a porta. A Profa. McGonagall estava olhando, séria e unicamente para Scorpius. - Acompanhe-me, por favor. - A professora disse, ignorando todos, inclusive prof. Neville Longbottom, que parecia ter levado um tapa. Alguma coisa mostrava a albus que ela estava muitíssimo brava, apesar de nada dizer. Scorp levantou-se, tremendo, e dirigiu-se a porta. Ao passar pela porta e desaparecer, a profa. Mcgonagall virou-se para o prof. Longbottom e pediu desculpa silenciosamente, fechando a porta em seguida.




Todos haviam notado o quão longe as estufas ficam da escola, mas o caminho pareceu ficar umas cinco vezes maior. Após sair da estufa, a profa. Mcgonagall não tinha dito nada, nem relaxado seu semblante. Olhava fixamente para frente, encarando o castelo, com Scorp a seguindo. Uma eternidade depois, chegaram à frente do saguão principal. A professora abriu a grande porta com um rangido e esperou com que Scorp passasse, mas, uma vez que parara de andar, ele parecia já não mais conseguir mover-se. Olhava fixamente para o chão, seus olhos enchendo de lágrimas, mas ainda segurando o choro.


- Professora... - Falou, finalmente, com um fiozinho de voz. - ... o que eu fiz?


A professora Mcgonagall estava esperando tudo, menos a carga de desespero em sua voz. Talvez as suspeitas fossem verdadeiras, e o menino sofresse aquilo... Minerva Mcgonagall fechou os olhos. Não. Ela não conseguiria nem imaginar.


- Senhor Malfoy, o senhor não fez nada, não se preocupe... - disse, abrindo os olhos. - O problema é... Veja bem, é a primeira vez que eu tenho que lidar com algo assim... Mas, seu pai e seu avô estão aqui, e eles querem transferir o senhor para a Sonserina.




O mundo de Scorp desabara. Temia a reação do seu avô, mas não imaginava que isso o faria ir até Hogwarts. Scorp estremeceu, pensando no que aconteceria. Talvez fosse melhor não ir. Talvez fosse melhor simplesmente desistir e estudar em Durmstrang, como seus avós maternos queriam. Infelizmente, antes que Scorp pudesse enfim decidir-se sobre o que fazer, estavam parados em frente a porta da sala de Mcgonagall.


- Entre, senhor Malfoy... - A profª abriu a porta, esperando que Scorp passasse. Com apenas três passos, ambos estavm na sala, e a porta havia sido fechada. A sala de Mcgonagall tinha um formato bem diferente, como uma descida. Meio inclinada, Scorp podia ver seu pai e seu avô sentados abaixo do seu nível, permitindo-o ve-los mesmo que estivesse com a cabeça meio abaixada.


Draco malfoy estava sentado em uma poltrona confortável vermelha. Seu rosto transmitia certa apreensão, mas, como Scorp sempre o vira fazer quando estavam juntos do seu avô, seus olhos mostravam nada mais que tédio. Lúcius, por outro lado, parecia sobrar na outra poltroan, idêntica. Assim que Scorp e a professora entraram, Lucius levantou-se e olhou para Scorp, com o nariz torcido. As vestes de Scorp já haviam adquirido o tom vermelho, e o leão de grifinória se sobressaia no símbolo da escola.


- Sente-se, senhor Malfoy, por favor. - A profª Mcgonagall disse, dirigindo-se a sua cadeira, do outro lada da grande mesa de mogno.


- Vou ficar em pé, Mcgonagall, o tempo que eu quiser. - Lucius respondeu, venenoso, voltando-se para a professora. Se Mcgonagall intimidou-se de alguma forma, não demonstrou.


- Eu pedi para o seu neto sentar-se, Lucius. Pouco me importa se você está em pé, sentado ou o que for.


Lucius estreitou mais os olhos. Scorp sentou-se na terceira poltrona, a última a esquerda, deixando seu pai entre ele e seu avô. Draco olhou para Scorp pela primeira vez desde que o menino entrara na sala. Seu rosto mantinha-se fechado, mas algo mostrou a Scorp que tudo estava bem. Ou melhor, tudo estava o melhor possível. Não que isso fosse grande coisa.


- Scorpius! - Lucius gritou, como se cuspisse o nome. - O que você fez de errado?


Scorp sabia o que estav acontecendo. Seu avô havia feito uma pergunta, ou seja, esperava que Scorp assumisse que havia feito algo muito errado. - Eu fui escolhido para a Grifinória, e não para a Sonsorina... - O fio de voz de Scorp quase não foi audível, mas foi eficiente. Conhecia seu avô, então sabia que seria melhor responder da forma como ele queria do que não dizer nada.


Lucius Malfoy explodiu. Comçou a gritar com todos ali, mas principalmente com Scorp. Dizia tantas coisas ao mesmo tempo que Scorp mal conseguia distinguir algumas palavras, ouvindo "NUNCA ACONTECEU NESSA FAMÍLIA..." e "VOCÊ MACULOU O NOSSO SANGUE...". Finalmente, Lucius calou-se por milésimos de segundos. - Pegue suas coisas. Você vai sair daqui. Prefiro ter um neto abortado que um... grifinório. - Lucius disse, finalmente, olhando com nojo para Mcgonagall.


A professora mais uma vez mostrou-se indiferente. - Infelizmente... Ou melhor, felizmente, senhor Malfoy, que pode decidir se vai sair ou não da escola não é o senhor, mas o próprio aluno. - Lucius fez um som parecido com um engasgo, mas não recebeu nenhuma atenção. Mcgonagall virou-se para Scorp. - Você quer sair de Hogwarts, senhor Malfoy?


- Não! - Respondeu Scorp, antes de pensar melhor. Lucius virou-se ferozmente para ele, enquanto Draco subitamente endureceu.


- O QUÊ? MESMO SABENDO QUE VOCÊ VAI TER QUE FICAR NESTA ESCÓRIA, VOCÊ AINDA QUER FICAR AQUI? - A pouca força que possuia esvaiu-se de Scorp. Encarava o chão, com a boca fechada. Lucius soltou ruidosamente a respiração. - Certo então. É você quem sabe. Ou você volta conosco para casa, para ser devidamente castigado... - Scorp estremeceu. - ... ou fica aqui, e perde a sua família.


Draco levantou, mas ao ver a cara de seu pai, continuou calado. Scorp não queria perder seus pais, mas a ameaça de castigo do avô o fez continuar no mesmo lugar.


- Ótimo. - Lucius disse. - Draco, você deverá ter outro filho. Um que honre a família que tem, por que eu não tenho mais neto. E vamos embora daqui, não aguento mais ficar neste lugar. E você! - Voceirou para Scorp, apontando-lhe o dedo indicador. - Procure um lugar para passar férias, por que na MINHA casa você não entra mais!


Scorp continuou a encarar o chão, enquando Lucius virava e encaminhava-se para a porta. De repente, sentiu que alguém estava puxando-o para um abraço. Era seu pai, que havia abaixado-se a sua poltrona. Scorp sabia que Draco o amava, e aquele abraço provavelmente transmitia mais afeto do que Scorp já recebera na vida. O corpo de Draco era frio, mas sem ser desagradável. Mais como um banho gelado num dia muito quente. Scorp sabia que seu pai não o abandonara, mas sabia também que não poderia ir contra o seu avô. Sem dizer uma palavra, Draco o soltou e seguiu o pai. E, então, finalmente, Scorpius chorou.




Scorp não apareceu mais na aula de Herbologia, nem estava presente na aula de transfiguração, que estendeu-se até a hora do almoço. Albus perguntou à profª Mcgonagall onde Scorp estava, e recebeu a resposta seca de que Scorp estava indisposto. Achando estranho, Albus decidiu que procuraria o amigo assim que fosse possível. Talvez até fosse até o dormitório para conversar. Escreveu uma nota para Rosie, informando-a do seu plano, recebendo a resposta que ela também iria. Passou o recado também para Daniel, que disse que os acompanharia. Infelizmente, a aula de transfiguração era com os alunos de Lufa-lufa, então, Evanna não estava com eles.


A primeira aula de transfiguração foi ainda mais difícil do que os garotos esperavam. Até mesmo Daniel, que possuia conhecia um bom conhecimento de magia teve dificuldade em transformar o palito de fósforo em agulha, apesar de conseguir antes do final da aula. Rosie também conseguiu deixa o palito meio prateado, enquanto Scorp nada conseguiu. Apesar da aula, profª Mcgonagall estava distante e demorava alguns segundos para responder qualquer pergunta.


Quando o sinal finalmente bateu, informando que o almoço começara, Albus seguiu Rosie e Daniel até a sala comunal. Era impressionante como os dois já conheciam Hogwarts. Rosie tentava falar sobre a aula, mas Daniel insistia em mudar de assunto, o que Albus agradecia, já que não se saira muito bem no exercício. A sala comunal tenha poucos alunos, nenhum dos quais Albus conhecia. - Provavelmente ele está no dormitório de vocês, se ele está indisposto... - Rosie disse. - Deem uma olhada, se tudo estiver bem, eu entro.


Daniel entrou no dormitório, junto com Albus, e estava vazio, exceto por Scorp, que estava deitado em sua cama. Daniel colocou a cabeça para fora e chamou Rosie, que entrou apressada, e fechou a porta. - Por favor, Albus, não conta pro meu pai que eu entrei no dormitório masculino, por que, você...


Rosie calou-se ao ver a expressão de Daniel. Albus estranhou o silêncio abrupto e olhou para Daniel, que tinha um olhar de pena direcionado para Scorp. Albus então prestou mais atenção no colega. Scorp chorava, seus olhos grandes e meio arroxeados, mostrando que provavelmente aquilo já estivesse acontecendo a um tempo.


Albus sentou-se de um lado de Scorp, e Rosie do outro. Daniel sentou-se aos pés da cama, e assim ficaram por um tempo, enquanto os soluços de Scorp diminuiam vagarosamente. Albus chegou até a pensar como não tinha ouvido o choro do amigo, de tão alto que estava. Os três em silêncio, ninguém falava nada, e o único som audível era o choro de Scorp, que diminuiu gradativamente, até soluços esporáticos. Enfim, Scorp levantou os olhos para os amigos. Albus então soube o que fazer. Sem segurar-se, abraçou Scorp. E sentiu um solavanco quando Rosie juntou-se ao abraço. E, então, mais uma vez, quando Daniel entrou no abraço. E assim ficaram, até o final do horário do almoço.




Mesmo que nada tivesse sido dito, Scorp sentia-se inexplicavelmente melhor. Conseguiu participar das aulas do restante da tarde, apesar de não conseguir manter a atenção por muito tempo. E o melhor, todos os seus amigos respeitaram sua situação e nada perguntaram. Inclusive, alguém deve ter conversado com Evanna, que, quando o encontrou no último horário, de história da magia, o cumprimentou com um sorriso caloroso, mas não o tratou diferente, nem fez nenhuma pergunta, respeitando seu espaço pessoal.


O dia todo passou muito devagar, mas também muito rápido. Scorp sentia que cada segundo passava como se fosse um minuto inteiro, mas nada lembrava, como se aquele minuto inteiro fosse nada a não ser um borrão. Quando a última aula, história da magia, com o fantasma prof Binns, chegou ao fim, todos foram para o Grande Salão.


- Scorp, você quer comer alguma coisa? - Rosie perguntou, maternalmente.


Scorp balançou a cabeça. Seu estomago estava completamente amarrado. O grupo sentou-se ao lado de Victorie e suas amigas da Corvinal, logo no inicio da mesa da Grifinória. O salão ainda estava meio vazio, mas o jantar já estava servido.


- Gente, como História da magia é chato! - Daniel falou. - Eu nunca tinha estudado isso antes...


- Eu achei bem interessante, sabe, estudar o que aconteceu com os nossos antepassados bruxos. - Rosie disse, sorrindo. Finalmente um dialogo mais relaxante.


- Achei um saco. - Evanna disse.


- É inútil. Vocês vão ver que nada daquilo é importante. - Rosie e Albus viraram-se para ver James parado atrás, seu olhar meio feroz em direção a Scorp. Albus interveio, antes que james disse alguma coisa.


- Certo, James. Que bom que você falou o que você acha, agora pode nos dar licença?


James estreitou os olhos. - Albus, você está me enchotando? - Albus inicialmente ficou paralisado, mas então fez que sim com a cabeça. James então murmurou "você vai se arrepender" e deu as costas para o grupo. Albus continuou encarando-o enquanto ele ia até a mesa da Lufa-lufa e sentava-se ao lado do menino que era provavelmente seu primo, Dursley. A forma como o menino se arrumou no banco mostrou que ele já conhecia James.


- Obrigado. - Ao ouvir a voz de Scorp, Albus virou de volta para olhar o amigo. Seu rosto estava sem expressão, mas Albus sentia a gratidão. Albus sorriu e continuou seu jantar.




O segundo dia foi melhor que o primeiro. Scorp ainda não estava normal, mas já conseguia conversar, apesar de negar-se a dizer o porque de estar daquela forma. Não que alguém tivesse insistido, Albus perguntou uma vez durante o café da manhã se ele queria conversar e Scorp disse que não naquele momento.


A primeira aula de terça-feira era Defesa Contra as Artes das Trevas, com o prof. Dennis Creevey. Albus estava ansioso para ter tal aula, pois seu poi havia dito que era sua matéria favorita, e era a que ele tinha mais facilidade.


- A arte das trevas é um problema que segue a magia desde os primórdios de sua existência. - O professor era calmo, sua expressão tranquila. Era relativamente baixo, e loiro. - Tal problema criou a idéia de que magia é sempre negativa, para os trouxas. O que eu vou tentar ensinar para vocês é como lidar, e combater, as artes das trevas.


O professor bateu com a varinha no quadro negro, onde palavras imediatamente começaram a aparecer, descrevendo a parte teórica do feitiço Lumus. - Entendam que, esta matéria é, talvez, a mais importante que os senhores vão estudar. É aqui que você vão aprender a sobreviver. E saibam que este tipo de estudo não termina nunca. Meu irmão, por exemplo... Ele participou da Segunda guerra mágica, conhecida como Batalha de Hogwarts, e morreu em combate. É claro que seus conhecimentos de defesa contra as artes das trevas era bom, mas infelizmente, ele não soube se defender de um feitiço e isto foi o fim. - o professor correu os olhos na sala, mergulhada em silêncio.


O professor fechou a cortina e apagou as luzes. - Por favor, comecem a praticar agora.




Lumus não foi um feitiço difícil de fazer. Logo, todos os alunos tinham conseguido acender a ponta da varinha satisfatoriamente, apesar de alguns não conseguirem manter o fluxo de luz por muito tempo. Valter Dursley, por exemplo, acendia a ponta da varinha, e então, surpreso, a deixava cair, fazendo com que ela se apagasse de novo. A partir do meio da aula, os alunos começaram a praticar o feitiço Nox, que apagava a varinha. Por fim, acendiam e apagavam a varinha. Todos gostaram bastante da aula, principalmente por que, efetivamente, haviam usado magia.


O restante das aulas foram tranquilas. No dia seguinte, tiveram a primeira aula de Poções, com a Sonserina. O prof. Boot pareceu não gostar muito dos alunos da Grifinória, mas seu problema principal era com Albus. O professor criticou tudo que Albus fazia, desde copiar do quadro, até as técnicas de preparo de poções, tema da primeira aula.


A aula também era novidade para Daniel, que só começaria a estudar poções este ano na outra escola, então estava no mesmo grau que os colegas, mas ainda assim conseguiu se sair melhor. Na verdade, ele ficou tão bem quanto Rosie, apesar desta estar realmente estudando, e Daniel estar fazendo mais a partir da explicação. Após o final da aula, os alunos que haviam parado Albus e Scorp no primeiro dia voltaram a para-los.


- Então, Scorp, fiquei sabendo que você foi deserdado... ? - Scorp endureceu. Era Nott, o rapaz moreno. Ele riu. - Eu avisei que você iria se dar mal, se aliando a estes perdedores...


- Saiam daqui! - Rosie disse, apontando para a porta.


- Eu ficaria calada se fosse você, sua mestiçazinha nojenta. - Nott respondeu, com cara de desdém. Voltou-se então para Scorp.- Você e estes perdedores da Grifinória não perdem por esperar...


E saiu, com seus amigos, dando risada. Scorp abaixou a cabeça, sendo observado pelos três colegas. Ninguém sabia muito o que dizer. Deserdado? Rosie decidiu conversar com sua mãe, talvez ela pudesse dar algum conselho para que ela pudesse falar para Scorp.


- É verdade. Meu avô me deserdou. - Scorp ainda encarava o chão. - Ele tentou me mudar para a Sonserina, mas, como eu não quis, ele disse que não teria um neto na Grifinória. Perdi minha família. Agora, não tenho mais nada...


Daniel colocou sua mão sobre o ombro de Scorp. - Olha, você tem a nós. Não se preocupe, estamos juntos nessa.


Scorp levantou a cabeça e olhou para seus amigos. Não parecia que fazia apenas algumas horas que haviam se conhecido. Com alguns passos, alcançou a porta, abriu e saiu da sala, sendo seguido por Albus, Daniel e Rosie. Talvez eles não soubessem o que fazer, mas ainda assim sabiam com quem fazer.


- FIM DO CAPITULO -




Voltei!


Eu sei, eu sei, ninguém deve nem lembrar que esta fic existe, né? Desculpem por ter sumido, tinha desistido de escrever, na verdade. Tipo, foram 2 anos, tantas coisas aconteceram. Então, enquanto estava fazendo intercambio(!), eu encontrei o manuscrito do início deste capítulo, e fiquei mooooorta de vontade de continuar.


Espero que vocês gostem, e voltem a ler esta fic, e se vocês puderem divulgar e deixar uma review, eu fico suuuper agradecida!


Carpe Diem!


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