Capítulo 6
Os rostos cada vez mais próximos e seus olhares nunca se desviavam do olhar um do outro. Até que venceram a curta distância que havia entre os dois e seus lábios se encontraram. Primeiramente o beijo foi tímido, mas quando suas línguas se encontraram passou a ser explorativo.
Hermione passou seus braços pelo pescoço de Harry e ele enlaçou uma das mãos na cintura dela, sendo que a outra continuou apoiada na grade, pois nenhum dos dois estava a fim de cair lá de cima. Preferiam ficar ali naquele beijo que estava cada vez mais profundo, se é que isto era possível.
Nem Hermione nem Harry sabiam decifrar naquele momento o que exatamente estavam sentindo, e também não estavam muito preocupados em decifrar. O que eles queriam mesmo era aproveitar o momento.
Seus corpos colados um no outro, o calor que cada um transpassava, o sabor dos lábios que tanto ansiavam em provar, o toque das mãos, tudo isso, todo este clima foi interrompido no momento em que eles ouviram o barulho de algo se quebrando no andar de baixo.
Os dois pararam de se beijar e ficaram um olhando para o outro. Os dois ofegantes.
Nenhum deles sabia o que dizer naquele momento. Harry então lembrando-se do porque de estar ali diz:
- Ér... Brenda pediu para lhe avisar que a comida já está pronta.
- Ah! Obrigada por avisar – Agradece Hermione um pouco corada e dando graças à Merlin por estar escuro e Harry não poder notar.
- Por nada.
Os dois estavam novamente se olhando, em silêncio.
Harry então olhando profundamente em seus olhos fala um pouco hesitante:
- Hum... Vamos... descer?
- Ahn... Vamos sim. Você desce primeiro tudo bem? – pergunta ela já imaginando o que Brenda diria ao ver os dois descendo juntos.
- Claro. Tudo bem – respondeu ele com um sorriso no canto dos lábios.
“Acho que ele pensou a mesma coisa que eu”, pensou Hermione.
E ela estava absolutamente certa, porque Harry pensou a mesma coisa que ela.
- Bem, vou indo – diz Harry saindo da varanda, abrindo a porta do quarto e logo depois saindo, fechando a mesma atrás de si.
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Harry desceu as escadas e foi em direção à cozinha.
Rony e Brenda já estavam sentados à mesa um ao lado do outro para variar um pouco. Eles conversavam sobre algo, mas no momento que viram Harry pararam. Harry abriu a boca para perguntar do por que de eles terem parado de falar, mas foi interrompido por Brenda que lhe olhava com um misto de divertimento e maliciosidade.
- Eu sei que ela não morreu, pois caso isto houvesse acontecido você já teria nos avisado e não teria demorado tanto com certeza. Mas, me diga, você avisou a ela que a comida já está pronta, ou vai me dizer que se esqueceu de avisar?
- Ham... Sim – Brenda levantou as sobrancelhas em forma interrogativa - Sim, avisei – ele estava realmente constrangido pelo fato de Brenda ser tão direta e sempre dizer de forma indireta coisas que fazem as pessoas ficarem quase sem ação.
“E o pior é que ela tem toda a razão do mundo. Eu não teria demorado tanto, mas fazer o que se houve mudança de plano? E olha que eu adorei a mudança.”
- Ah! Menos mal. E onde ela está? – perguntou Rony.
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Hermione olhou para a porta de seu quarto sendo fechada por Harry.
Harry.
Tão pouco tempo o conhecendo e já haviam se beijado. Hermione não entendia como isto fora acontecer.
“Ai meu Merlin! Eu estou tão confusa. Mas que eu gostei do beijo dele, ah gostei. Hermione chega! Pare de pensar nisto.”
O problema é que ela não conseguia parar.
“Vou descer e vou me distrair. Talvez.”
Chegando À cozinha ela houve Rony perguntar:
- Ah! Menos mal. E onde ela está?
- Estou aqui, se é de mim que está perguntando.
- Você mesma.
- Mi senta aí que eu to morta de fome – fala Brenda pegando um prato e já se servindo – Só estávamos esperando você e o Harry.
- Obrigada por esperarem.
- Tudo bem Mi, sem problemas, foi por uma boa causa – dizendo isto Brenda lhe da uma piscadela.
Hermione piscou várias vezes sem entender o que Brenda estava insinuando.
“Será possível ela ter visto alguma coisa?” Seu raciocínio foi interrompido por Harry que estava um pouco calado apenas ouvindo o que Brenda e Rony iriam falar para Hermione, afinal vindo de Brenda principalmente, ele esperava qualquer coisa.
- Não vai sentar?
Hermione olhou para ele e logo em seguida sentou-se desviando seu olhar do dele.
- Nós ouvimos barulho de algo quebrando aqui em baixo, o que foi? – pergunta Hermione.
- Ah! Nada de mais. Apenas Rony que quebrou um prato.
- Mas graças a minha varinha, e eu agradeço muito por ser um bruxo, eu consegui conserta-lo, apenas com um reparo – diz Rony com convicção, estufando o peito.
- Pelo menos isso né meu bem?
- O que você está querendo dizer hein? Que eu nunca faço nada certo?
- Às vezes você não faz mesmo, mas você supera tudo isto à noite...
- Tudo bem Brendinha, não queremos saber dos detalhes ok? – interrompe Hermione fazendo cara de nojo para eles, mas no fundo escondendo seu sorriso e sua vontade de rir na cara dos amigos – Isso é nojento, ainda mais na mesa.
- Ah ta bom! Falou a Virgem Maria.
Todos riram até Hermione, mas é claro que a morena não podia deixar de repreendê-la:
- Brenda!
- Qualé Mione, você sabe que eu tenho razão, ninguém aqui é santo não minha filha, aliás, eu acho que santo nem existe sabe? Este mundo está mais que perdido...
- Brenda entope está boca de comida, pelo amor de Merlin! Não era você que estava morta de fome?
- Perco o apetite quando entro em um assunto interessante.
- Ah sei. “Quando entro em um assunto interessante” – imitou Hermione ironicamente com uma voizinha um tanto quanto enjoada e estridente.
- Hei! Minha voz não é tão feia, enjoada, irritante e chatinha assim, é? – pergunta ela como se isso fosse o fim do mundo. Vendo que Hermione começou a rir, ficou séria e ameaçou - Diz que não ou eu mato você.
Hermione caiu na gargalhada, como quem duvida muito da ameaça da amiga.
- Brenda pergunte ao Rony – sugeriu Harry rindo também.
Brenda olhou para Rony, que é óbvio também estava rindo, com uma sobrancelha arqueada. O mais óbvio ainda é que instantaneamente ele parou de rir. Assim como Harry e Hermione que olhavam de um para outro.
- Anda, responda minha pergunta.
- Claro que não meu amor. Sua voz é linda, doce, suave...
- Ah! Assim não vale, ele tem medo de morrer – fala Hermione fingindo estar aborrecida, apoiada nos cotovelos que estavam na mesa.
- Cala a boca Hermione!
- Ora, ora Rony, está com medo mesmo, não? Mandando a Mi calar a boca – desafia Brenda com uma cara desconfiada.
- Claro que não! Só estou dizendo a mais pura verdade e você não acredita em mim, prefere acreditar na Mione.
Hermione, Brenda e Harry começaram a rir.
- Do que estão rindo?
- De você... é óbvio – fala Hermione tentando parar de rir.
- E por que de mim?
- Porque você é maluco meu amor, ah me desculpe – disse Brenda divertida – Mas é que você está levando nossa brincadeira um pouco a serio.
- É que a Hermione me ofendeu!
- Ofendi?
- É, ofendeu. Disse que tenho medo de morrer. E isto quer dizer, além de ter me chamado de mentiroso por tabela, já que você quis dizer que eu estava mentindo para a Brenda, que eu sou um homem medroso também.
- Na verdade eu só pensei na parte do medroso, mas já que a carapuça serviu.
- Ah muito obrigado, isto me consolou muito.
- De nada! Afinal, é pra isso que servem os amigos – diz Hermione com cara de anjinho (ou com a cara do gatinho do filme do Sherek).
- Com certeza! Apenas para deixá-los para baixo.
Todos riram. Até Rony.
- Hei Harry, você não fala nada não? Apenas ri?
- Sim. Eu prefiro apreciar este belo diálogo. Além do mais eu estou com fome.
Mais risos.
- Harry por que você ainda não se serviu? Você sabe que aqui você é da casa – diz Hermione um pouco envergonhada por não ter dito tudo isto antes, afinal Harry era um pouco tímido pra essas coisas, não se sentia totalmente à vontade. Já pra outras coisas... Já parecia um pouco menos tímido.
- É Harry, você já é da casa – fala Brenda dando ênfase à palavra “já” e depois dando uma piscadela à Harry.
Hermione não entendeu bem o motivo da ênfase e nem da piscadela, mas deixou pra lá.
- Então chega de papo furado e vamos logo comer.
- Hermione espere um pouco, não esqueceu de nada não? – perguntou Rony bem na hora em que Hermione pegava seu prato.
- De que?
- De se desculpar, oras!
- Há! Era só o que realmente me faltava. ‘Ce ta de brincadeira comigo né?
- Não! Não estou não. Anda logo, pede desculpas agora Dona Hermione Granger.
- Uow! Ok, ok, Sr. Ronald Mandão Weasley. Desculpe-me.
- Agora diga que sou o cara mais especial pra você e que você me ama muito, muito, muito mesmo.
- Epa! Aí já é demais. E além do mais, se ela te dissesse isto é claro que estaria mentindo – interveio Brenda com cara de brava, mas no final fazendo uma carinha mais suave. Tipo diabólica.
- E ainda por cima me chama de mentirosa.
- Ah mulheres, não vamos começar de novo não é mesmo?
- Começar o que? – pergunta Brenda na entendendo o “de novo”.
- O papinho de mentiroso – responde Rony rindo – Afinal, o Harry continua com fome.
- Oh, é verdade. Vamos ao que interessa. Comer para nos mantermos vivos.
- Sempre fugindo do assuntooooooo – cantarolou Hermione colocando comida em seu prato.
- Está falando comigo? – pergunta Brenda.
- Uhum.
- Beleza! Conversamos depois, ok?
- Claro! Agora vê se deixa eu e o resto do povo comer aqui, ta legal?
- Vamos lá!
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Depois que todos terminaram de comer, limparam a cozinha e foram para a sala assistir a um filme.
Hermione foi até o DVD e colocou o filme cujo nome era: Um Amor para Recordar. (n/a: Indicação da Beta *-*)
- Já vi este filme, mas ele é tão lindo que resolvi compra-lo.
- Deve ser mesmo, pra você ter comprado – fala Brenda rindo de canto.
- Mão de vaca Brenda? Muito obrigada. O que vem de baixo não me atingi.
- A é? Senta num formigueiro e tira a prova real, meu amor.
- Obrigada pela dica, mas agora vou sentar aqui neste sofá e assistir a este lindo filme.
Rony e Brenda já estavam deitados no sofá de três lugares, então restou apenas o de dois para Harry e Hermione.
Hermione estava quase se sentando ao lado de Harry quando Brenda interrompe:
- Hei Mi, faz uma pipoquinha lá pra gente.
- Por que eu?
- Por que a sua pipoca é a melhor!
- Você ta retardada? A pipoca é de microondas, não tem como a minha ser melhor. Dã!
- Você tem a manha.
- Cala a boca Brendinha!
- Ta legal, você quer ajuda?
- Quero por gentileza.
- Pede para o Harry então.
- Brenda!
- O que? Você não disse que gostaria de uma ajudinha?
- Disse, mas você...
- Então! Harry por favor, você poderia...
- Brenda!
- O que?
- Chega, por favor?
- Ok, ok! Parei!
- Que ótimo.
Hermione estava saindo, mas parou ao ouvir Harry chamando-a:
- Oi?
- Você quer ajuda?
- Obrigada Harry, mas não precisa não. Eu volto já.
Ela lhe dispensou um sorriso e saiu.
Os outros três ficaram assistindo aos trailers do filme enquanto Hermione não chegava com a pipoca.
Cinco minutos depois ela voltou trazendo duas bacias de pipoca e uma bandeja com quatro copos de suco levitando.
Entregou uma bacia de pipoca para Rony e Brenda e um copo de suco para cada um.
- Valeu amiga – agradece Brenda nem olhando para Hermione e sim para a televisão onde agora passava o último trailer.
- De nada Loira.
Hermione senta-se no sofá ao lado de Harry e lhe entrega um copo de suco.
- Obrigada.
- Por nada.
“Ela tem um perfume tão bom. Tudo nela é tão bom...”
- Mione, você está com o controle, então aperta o play aí fazendo um favor – fala Brenda agora olhando para Hermione.
- Claro.
Hermione pegou o controle que estava no braço do sofá e fez o que a amiga pediu. Depois se virando para Harry perguntou:
- Harry, você se importa em dividir a pipoca? É que eu coloquei apenas em duas bacias, mas se você quiser eu posso pegar uma só para você...
- Não! Tudo bem. Sem problemas.
- Xiiiiii! – Brenda pediu silêncio, pois o filme começara.
- Desculpe – disseram Harry e Hermione sussurrando juntos para Brenda.
- Ta tudo bem. Era só para incomodar.
Hermione revirou os olhos e deu uma risadinha baixa. Harry apenas a observou.
“Ela é tão linda. Potter o filme já começou, vai assistir vai. Não adianta nada ficar pensando nela agora, só porque você a beijou não significa que isto acontecerá novamente.”
Parando com seus pensamentos e briguinhas internas, Harry concentrou-se apenas em assistir o filme. Pelo menos por enquanto.
Assim como todos ali, Harry comia pipoca e bebia seu suco.
Num certo momento Harry e Hermione levaram suas mãos de encontro à bacia ao mesmo tempo, o resultado foi que suas mãos se tocaram.
Hermione sentiu como se uma onda elétrica perpassasse por seu corpo, então lentamente retirou sua mão de perto da dele e ao mesmo tempo lembranças vieram-lhe à cabeça: Harry passando protetor em suas costas, Harry a segurando pela cintura enquanto lhe beijava.
“Hermione pare com isso. Você está apenas se torturando sozinha. De nada adianta ficar lembrando-se disto de cinco em cinco minutos. Vai que para ele isto não passou de um momento de carência?”
Ela torcia para que não fosse apenas isto.
Já Harry se punia mentalmente por ter tocado sua mão na de Hermione. Não que ele não quisesse e não gostasse, muito pelo contrário, mas ele estava tentando assistir ao filme sem pensar na morena. Algo meramente impossível.
Cada vez que ele olhava para Rony e Brenda deitados no sofá abraçadinhos, ele lembrava que Hermione estava ao seu lado. Apenas sentada ao seu lado, e nada ele podia fazer. Quer dizer, poder ele até podia, mas não iria, pois não sabia qual seria a reação dela.
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O filme já estava no final quando Harry sentiu algo em seu ombro. Era Hermione. Havia adormecido.
Ele instintivamente começou a acariciar-lhe os cabelos. Eles eram tão macios, como seda.
Minutos depois o filme terminou então Brenda levantou-se do sofá assim como Rony.
- Oh! Ela dormiu. É melhor acorda-la Harry – diz Brenda olhando para amiga que dormia feito um anjo.
- Não precisa, eu a levo até seu quarto.
- Como quiser – Brenda sorriu para Harry – Eu vou na frente então, assim arrumo a cama para você a por lá, ok?
- Claro! Obrigada Brenda.
- Sem problemas. Vou indo.
Brenda se retirou e Harry pegou Hermione no colo.
Rony pegava os copos e as bacias.
- Vou levar isto até a cozinha e depois vou para o quarto. Boa noite Harry.
- Boa noite Rony.
Rony também se retirou e então Harry saiu da sala e começou a subir calmamente as escadas. Mesmo Hermione não pesando quase nada ele subia com calma para não acorda-la.
Chegou ao quarto e reparou que Brenda já havia arrumado a cama e também já havia se retirado.
Delicadamente ele a deitou na cama e a cobriu.
Ficou um tempo ali apenas a observando e depois deu um delicado beijo em sua testa.
- Boa noite – sussurrou ele mesmo sabendo que ela não o ouviria.
Deu mais uma olhada para ela e saiu fechando a porta atrás de si.
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N/A²: Eu nem ia postar este cap pq ninguém comenta na fic, mas como ele ta rolando aki no pc resolvi posta-lo, até pra ver se alguém ainda vai ler e comentar. Sei q fiko idiotaa mas...
ana carolina pereira da costa: Q bom q gostou da fic, e quanto a eu escrever bem, q isso, nem escrevo, se escrevesse teria beem mais leitores e bem mais coments XD, espero q continue acompanhaandu a fic e comentando!! BeijOOs
rosana franco: Eu naum desisti da fic naum, apenas naum postei mais capítulos rsrsrs, por falta de comentárioos... e espero q vc realmente axe a fic boa, ta gostando msm?? Beijãoo
N/B: Agora eu betei! Ai q felicidade! Capitulo Mara Jééh, estou ansiosa pelo próximo (vê se não demora muito). Beijos!
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