O começo do fim. ~*1

O começo do fim. ~*1



Thiago tinha um sorrisão de orelha a orelha agora. Saiu correndo, derrubando a pobre da enfermeira ao passar. Severo foi calmamente até a mulher e pôs a mão em seu ombro.


-Dê um desconto pra ele. Estava muito nervoso. – ele sorria, se dirigindo ao quarto da esposa.


Lilian estava lá; seu olhos muito verdes, marejados, seu sorriso meigo, acariciando a filha.


-Sev! – ela sorria ainda mais ao vê-lo. – É a nossa menininha querido!


-Meus parabéns, amor! Ela é muito linda. – ele lhe dava um beijo na testa. – Tudo bem com você?


-Tá brincando? Eu estou ótima! E como está a Su?


-Bem, Thiago está la com ela. É um menino.


-Oh! O Pontas deve estar dando pulos. – ela ria.


-Bom, você sabe como ele é... – ele ria também.


-Viu? Eu te disse que podíamos ter uma criança loirinha! – Lilian acariciava as mechas douradas da criança.


-É. E ela tem os olhos verdes iguais aos da mãe!


-Verdade. – a ruiva suspirava. – E onde está o meu pequeno Draco?


-Ah! Está com o Roinck. Quer que eu chame?


-Mas é claro! Eu quero meus filhotes pertinho de mim!


Com um acendo de varinha, Severo chamava o elfo, que desaparatou no mesmo instante, com o pequeno Draco (que agora já era mais da metade do tamanho de Roinck).


-Mama! – o loirinho estendia os braçinhos, abrindo um sorrisão para a ruiva.


-Oi, meu amor! – ela dizia, enquanto Severo ia levando a criança até a mãe. – Upa! Eu estava com saudades! – ela o abraçava.


-Esta é sua irmãzinha. – Severo apontava a menorzinha


-E como vamos chama-la, amor?


-Ué. Você e a Susana já não tinham decidido os nomes? – ele ria.


-Bem. O Pontas que escolheu o nome do filho, e nós pensamos em Katherine. Mas não sei se você gosta...


-Está perfeito, Lilly. A nossa pequena Kate!


-Ête! – Draco agitava as mãozinhas, sorrindo.


-Isso mesmo, querido. – Lilian beijava as mãozinhas do filho. – a nossa Kate.


De repente, chega à porta, fazendo folia, um Sirius muito sorridente. Vinha seguido pela enfermeira que ralhava com ele.


-Não pode entrar aqui assim, senhor Black. Não é horário de visitas! – eles chegavam à porta.


-Tudo bem, ele é o padrinho. – Severo dizia entre risos para a enfermeira, que saia dali resmungando.


-Este hospital está virando uma zona! – ela bufava.


-Mulherzinha estressada! – Sirius já ia abraçando Snape.


-Parabéns Papi!


Severo respondeu com um resmungo. *¬¬*


-E onde está a minha futura artilheira da Grifinória? – ele ia até Lilian. – Oi ruiva!


-Olá Almofadinhas! – a mulher ria. – Esta é a Kate. – ela entregava a menina no colo de Sirius.


-Eu não vou quebrar né? – ele pegava a criança, meio sem jeito. – Oi Katezinha! Eu sou seu padrinho, sabia? Sou eu que vou te ensinar todas as coisas divertidas de se fazer. – ele piscava. – Tudo o que aqueles bundões ali não te ensinarem.


Severo e Lilian giravam os olhos.


-Ela é tão pequenininha! – Sirius tinha um sorriso meio débil.


-O que esperava? – Lilian ria.


-Ela tem os seus olhos, Lilly! – ele olhava de uma para a outra.


-Isso foi um elogio?


-É. Pode ser. – ele piscava. – Mas eu é que não vou dizer isso com o Sevinho por perto! – ele sorria maroto para os dois.


-Com licença! – Thiago batia na porta e ia entrando, seguido pelo leito de Susana que ia flutuando e pela enfermeira, com cara de poucos amigos.


-Pronto, senhor Potter. Espero que agora pare de perturbar as enfermeiras.


Severo, Lilian e Sirius ficaram parados, de boca aberta, observando a inusitada cena que se formava. O leito onde estavam Susana e o bebê parou bem ao lado do de Lilian.


-Mas o que é...? *oO*


-Nem pergunte! – Susana ria.


-Oi Su! – A ruiva sorria para a amiga. – Parabéns pelo seu garotinho!


-Obrigada Lilly. Pra você também, é uma linda menininha!


Thiago já ia entregando o filho no côo de Snape.


-Este é o Harry, seu afilhado.


-Tenha cuidado, Pontas! – ele ralhava, pegando a criança com cuidado e levando até Lilian.


-Olá, pequeno Harry! – ele sorria para o afilhado.


Draco já pulava instintivamente no colo de Thiago.


-Opa! E aí, garotão! Você viu que linda a sua maninha?


-Ok, já chega dessa bagunça. Quero todo mundo pra fora. As mamães precisam descansar. – a enfermeira os expulsava dali.


Nunca aquele lugar tinha visto tanta bagunça como naquele pouco tempo em que estiveram ali.


 


 


-Surpresaa!


Lilian ouvia gritarem la da sala, quando entrava na casa do Largo Grimmauld. Severo e Thiago haviam entrado na frente. E Susana estava logo atrás dela, parando no hall de entrada.


-Tudo isso pra mim? – elas ouviam a voz de Thiago.


-Hunf! Foi com esse idiota que estragamos a surpresa? – Sirius bufava.


-Eu te disse que nós tínhamos que gritar só quando elas entrassem aqui. – era a voz de Marlene.


-Não sabem nem fazer uma surpresa... – Alice ria deles.


-Ah, olha quem fala, Melancia...


-Do que você me chamou?


-Er... nada.


-Iii... começou... – Marlene ria.


-Protejam seus ouvidos. – dizia Lupin.


-Siiiiiirius Black! Você não sabe o que é uma mulher grávida, com fome, e irritada!


 Portanto FECHE A SUA BOCA SE QUISER VIVER!


-Er.. Desculpa Alicezinha. Você quer um sapo chocolate?


A morena e a ruiva trocaram olhares divertidos e foram em seguida para a sala, onde os amigos já as esperavam.


-Ér... Surpresa? – Sirius estendia os braços, já tirando Kate do colo de Lilian.


-Eu achei que ia morrer de saudades da minha princesinha!


-Só faz uma hora que você saiu do hospital. – Severo dizia.


Agora com os braços livres, Lilian já ia abraçando os amigos que ali estavam.


-E onde está o Pedro? – Lilian perguntava para Lupin.


-Eu não sei. – ele dava os ombros. – tenho certeza de que enviamos uma carta avisando.


-Bom, ele já deve estar chegando. – ela sorria.


-É uma linda menina, Lilly. E tem os seus olhos. – Frank sorria.


-Acho que perdeu a filha. – Lupin apontava Sirius, que brincava, todo bobo, com Kate.


-Ele não sai de perto dela um segundo. Fora que ele não para de falar sobre ensinar quadribol a ela e tudo mais... – ela virava os olhos.


-Me digam uma coisa.. - Susana quase não continha o riso. Quem está a fim de ver umas fotografias? – ela segurava um envelope nas mãos.


-E o quê, por Merlin seria isso? – dizia Lupin.


-Ah, não! – Sirius ia decidido até ela para pegar o envelope. Na mesma hora, Susana atirou para Lilian, que ficava dançando com o envelope e provocando Sirius.


-Ah, você quer? – ela balançava o envelope para ele.


-Me dê isso, ruiva!


-Vem pegar! – ela saia correndo para trás do sofá.


-Ah, qual é, Lilly? Você não teria nenhuma chance.


-Medo, Almofadinhas?


-Chega disso. – Severo pegava a carta e começava a abrir demoradamente, provando Sirius.


 -Você... não... Argh Sevinho. Está bem, abra. – ele cruzava os braços, fazendo biquinho.


-Ah, agora eu quero saber o que tem ai! – Marlene se manifestava.


-Isso, só depois do jantar. – Thiago passara correndo e furtara a carta, guardando-a nas vestes.


-Te dou vinte galeões se queimar isso, Pontas querido!


-Vai sonhando...


-Ahhh, qual é? Não tem nada demais ai.


-Se não tem nada demais, não tem problema nenhum agente dar uma olhada depois de comer..


-Trinta e cinco?


-Nem por cem, meu caro Almofadinhas. Assunto encerrado. Até depois do jantar, claro. – Thiago sorria maroto.


-Você por acaso já foi ver se o Monstro não assassinou o pobre Roinck la na cozinha? – perguntava Marlene.


-Cacetada! Eu esqueci. – ele passada pelo olhar assassino de Lilian.


-Monstro!


-Sim... senhor. – Monstro tinha uma cara nada amigável. Era visível seu mau humor.


-O-onde esta o Roinck?


-Na cozinha... senhor. Limpando a mesa. – ele dizia com desprezo.


-Porra Sirius onde você colocou a porcaria da carta? – Thiago berrava.


-Olha a boca! Tem crianças aqui. - Alice ralhava com ele.


-Não peguei, caramba! Nem vem. Como é que eu ia pegar se eu tô aqui?


-Então quem foi?


*silêncio*


-Eu. Tô. Com. FOME! – Alice já ia para a cozinha.


-Ok, vamos comer. Mas eu to de olho em você. – Thiago apontava dois dedos para seus próprios olhos e depois para Sirius.


-Caramba, quando é que vocês vão crescer? – Severo dizia, meio irritado.


-Ah, larga mão de ser chato, senhor “Eu-trabalho-no-ministério” – dizia Thiago.


-Alguém tem que ser sério por aqui. Do contrário, as crianças vão pensar que moram no jardim de infância..


-É verdade, Potter, vê se cresce. – Sirius debochava.


-Meu Deus, olha quem fala! Ô senhor “gu-gu-da-da” da Kate. – Lupin o provocava.


-Ora, seu... – ele corria atrás de Lupin.


-O jantar está na mesa. – Roinck aparecia na sala, quase sendo acertado por um vaso que Sirius jogou em Lupin.


-Ah. Finalmente. – Alice bufava.


-Cara, alguém já notou como a Alice dobrou o índice temperamental dela ultimamente? – era Thiago.


-Porque será, não é? – Susana o encarava fulminando com o olhar.


-Que gritaria é essa? Marlene descia as escadas.


-As crianças estão dormindo. Ou vocês já esqueceram?


-Putz. Caramba. Eu tinha esquecido. Foi mal. – Sirius disse irônico - Ah sim, você já pensou em LANÇAR UM ABAFIATO no quarto?


-Não precisaria. SE VOCÊ CALASSE A BOCA!


-Ok. Chega, chega, já passou. Tudo é alegria, nós nos amamos e somos uma familia feliz. -  Susana se metia.


 -Hey, quem quer cantar? – Thiago fazia sua “cara feliz”.


-NÃO! – todos diziam ao mesmo tempo.


-Ok. Já que é da vontade de todos... – ele pigarreava. – “Eu te amo...


-Argh... – Alice o ignorava e sentava na mesa.


-....Você me ama....


-Maravilha. Agora vamos ter um jantar suuuper harmonioso. – Lilian virava os olhos.


-Nós somos uma...


-POTTER! – todos diziam juntos.


-Ta bom, ta bom. Sem cantoria na mesa.


-Mas e as fotos? – Marlene pedia.


-Sumiram. - Sirius tinha um sorriso de orelha a orelha.


-Como assim, sumiram?


-Sumindo.


-Quem deixou o Sirius pegar?


-Nomgom. – Thiago dizia de boca cheia.


-Sumiram mesmo. – Severo dizia mais sério.


-Por via das dúvidas, eu ficaria de olho na conta bancária do Pontas. Se aparecerem Trinta e cinco galeões “do nada” agente já sabe onde está a carta. – dizia Lupin


-Hey! – Thiago se indignara.


-Vocês já decidiram o nome? – Lilian virava-se para Alice, desviando o assunto.


-Acho que sim. – ela tomava um gole de suco. – Pensamos em Neville ou Aurora, se for menina.


-Que gracinha – Sirius debochava. A ‘Alice no país das maravilhas’ e a ‘Bela adormecida’.


Todos, menos Lilian, olharam para ele, sem entender nada.


-São contos de fada do mundo Trouxa... – ele dizia como se aquilo fosse óbvio.


-E desde quando você sabe alguma coisa sobre os trouxas?


-Ta. Ta. Eu li os livros que a Lilian comprou para a Kate. Mas é só porque eu vou ter que ler pra ela depois.


-Aaaham. – Lupin debochava.


-Ah, cala a boca, Aluado!


O resto do jantar foi normal. Quer dizer, nada é tão normal quando se tem Thiago e Sirius num mesmo ambiente, mas eles não discutiram mais.


 


-Oi papai! – Draco ia abraçar Snape logo que ele entrou pela porta. Tinha sido um dia cansativo no ministério. Muitos desaparecimentos e cada vez mais ataques aos trouxas. Alguns dos comensais mais perigosos estavam soltos, desde a última grande fuga. O loirinho brincava sozinho na sala. Severo se admirava de ver como o filho era independente e quieto, desde muito pequeno.


O moreno tirou a capa e pendurou-a no cabideiro, indo em seguida para a cozinha.


-Ola, querido! – Lilian dizia, dando mingau para Kate. – diz oi pro papai, filha!


-Tudo bem com as minhas garotas? – ele beijava a bochecha rosada de Kate, beijando Lilian em seguida.


-Nasceu o menino de Frank e Alice, Sev!


-Hum, que ótimo. E eles estão bem?


-Sim. Falei com Augusta hoje de manhã. É um belo garoto, segundo a avó. Parece que eles decidiram chama-lo de Neville mesmo.


-Ok. Acho que vamos dar um tempo pra eles. Semana que vem nós vamos vê-los, já que o Pontas e o Almofadinhas conseguiram fazer agente ser banido do hospital pelo mínimo de seis meses...


-Ainda não acredito que não vou poder ir ver a Alice só por causa daqueles dois...


-Nem eu...


-Frank já disse que vai voltar ao trabalho na semana que vem...


-Por Merlin, quanta teimosia! Eu já cansei de falar pra ele que aproveitasse esse tempo. Não é só pra ele ficar mais com o filho, mas é por uma questão de segurança também. As coisas nãos estão nada boas para o lado dos nossos aurores, Moody anda muito preocupado com ele e com Alice. É o segundo auror que aparece morto, só esta semana.


-Eu fico tão preocupada por Alice... – Lilian mordia o lábio inferior.


-Não se preocupe tanto. – ele beijava a testa da ruiva – Vai ficar tudo bem...


-Ah, Thiago convidou para um almoço na casa deles no domingo. Frank, Alice, Sirius, Pedro e Marlene também vão. Digo que nós vamos?


-Claro. Assim eu já converso com o Frank.


-Sev! Eu tinha me esquecido de contar! – ela dizia eufórica. – Draco fez o seu primeiro feitiço hoje!


-Jura? – Snape erguia a sobrancelha para ela.


-Ele fez flutuar o sabonete quando estava no banho. Foi coisa pouca, mas foi a sua primeira mágica! – ela sorria muito e Severo também


 


-Você já viu os novos vizinhos, Lilly? – Snape perguntou, sentando-se na mesa e puxando uma maçã do cesto.


-Oh, sim! Eles tem um menino da idade de Kate... Muito simpática a mulher. Rosana o nome dela, e Samuel, me parece o nome dele. Mas porque está perguntando isso?


-Por nada... é só que me sinto mais tranquilo de saber que estou te deixando em um lugar de boa vizinhança. Samuel trabalha no departamento de acidentes mágicos. É boa gente...


-Hum...


Nesse momento, Draco cruza a cozinha e vai até a mãe. Tinha um enorme corte em um dos dedos, mas segurava firme e não derramou sequer uma lágrima. Lilian fechou o ferimento com um aceno de varinha.


-Não estava doendo, querido?


-Hun hun – ele fazia negativamente com a cabeça, esfregando os olhos e voltando para a sala.


 


Ouviram um estampido próximo da porta e em seguida, Sirius Black entrava sorridente.


-E ai, carinha? – ele bagunçava os cabelos loiro-platinados de Draco.


-Oi. – Draco respondia com um sorrisão.


-Boa noite, minha princesa! – ele estendia os braços para Kate, que abria um sorrisão indo para o colo dele.


-Humm.. o cheiro está ótimo! – ele beijava a bochecha da ruiva, de olho na panela que fumegava no fogo.


-Fica para o jantar? – Lilian perguntava risonha.


-Bom, já que insistem tanto...


-Eu não insisti nada... – Severo dizia sarcástico.


-Ouch! Boa noite pra você também. E essa doeu, Sevinho!


-Oh, como se você algum dia fosse deixar de ser tão cara-de-pau e começasse a se importar com as minhas indiretas...


-Roinck, temos mais um para o jantar! – Lilian avisava o elfo, que estava cortando batatas mais ao fundo da cozinha.


-Sim, senhora! – o elfo baixava a cabeça para o que fazia, levitando mais batatas até o monte onde ele cortava.


 


(...)


 

Bom, este capítulo será dividido em duas partes, posto a outra em breve!
E ja aviso, ela infelizmente não será muito feliz.. :\


:*
Comenteem! *-* 

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