Capítulo Único
Todo meu jardim secou, e eu tenho que dar atenção a
isso, imóvel.
Sendo silenciosa com o amor que eu ainda sinto por
você, a rocha de sangue.
você pode tocar meu coração?
(The Sleeping Song - Within Temptation)
❀ ❀ ❀
Póstuma Flor
isso, imóvel.
Sendo silenciosa com o amor que eu ainda sinto por
você, a rocha de sangue.
você pode tocar meu coração?
(The Sleeping Song - Within Temptation)
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Póstuma Flor
Oque é uma flor? Uns dizem que são presentes dados às concubinas. Já os sábios exclamam ser a simbologia da esperança. Mas o que é uma flor senão o coração: a nascente de todo amor que deságua no rio de paixão. Tu a tocaste, ela floresceu no amor e padeceu de paixão. Agora, tu podes tocá-la? Receio não mais... O outono chegou e a secou. Mas por que meu coração ainda batia por ti, demônio? Amarga desilusão minha! Como pude acreditar que alguém orgulhoso e frio pudesse realmente me amar? Não somos sonserinos? Por que me trataste como uma sangue-ruim?
Meu nome soava falso em teus lábios, e, por favor, não me chame mais de “Minha Pansy”. Não sou mais sua... Eu não quero ser!
Eu estava sentada, feito uma pedra imota, lembrando dos dias em que tu arrancaste minha felicidade, olhei ao meu redor: havia milhares de fotos nossas espalhadas pela casa. Nós riamos, cumprimentávamos conhecidos, fazíamos poses para que no futuro todos vissem como fomos como casal. E te digo: fomos uma mentira, querido.
As cortinas pesadas e a mobílias escura me cingiam de escuridão, eu estava presa em meu devaneio constante, vive o horror! Lágrimas delatavam a dor que sentia, aquilo tinha de parar! E, surpreendentemente parou. Um objeto chamou minha atenção, um punhal que estava em cima da mesinha de centro. Ele estava me chamando com suas lâminas reluzentes, senti-o em minhas mãos implorando que eu cravasse sua língua ferina em meu peito, resisti; ele persistia – o punhal queria me amar, ele queria o meu coração... Não seria um suicídio já que eu estava morta sem teu amor. Na verdade, aquele ato seria uma entrega desesperada... Entreguei-me a ele, afinal, tu não me quiseras, não é, Draco? Senti a língua cortante daquele punhal, a dor latejava o meu corpo enquanto meu peito se enchia de nada.
Naquele instante, aquela flor que batia por ti, sonserino, estava em minhas mãos, e suas pétalas pingavam ao chão tingindo-o todo com minha vida. Ainda sentia os odores de angustia e tristeza. Enfim, era o outono se aproximando, eu estava morrendo, Draco, sem nunca ter provado verdadeiramente do teu amor... Pergunto-te novamente: o que é mesmo uma flor? É possível que haja uma em meu outono perene? Eu não sei e também não importa... Sou só um fantasma, não tenho mais um coração, ou melhor, não temos um... Mas se tu não me amaste quando eu era viva talvez o remorso te faça me amar em morte, daí tu descubras como cuidar com carinho de uma póstuma flor.
❀ Fim ❀
______________________________________________________________
N/A:
Esta é a terceira fic que eu fiz p/ o Chall Estações. As outras são semelhantes só no tamanho. Procurei usar a mesma estação do ano nas três, mas abordar de maneira diferente.
Outras fic feitas para o chall:
• Separados Pelo Outono
• Perséfone Dos Sonhos
Meu nome soava falso em teus lábios, e, por favor, não me chame mais de “Minha Pansy”. Não sou mais sua... Eu não quero ser!
Eu estava sentada, feito uma pedra imota, lembrando dos dias em que tu arrancaste minha felicidade, olhei ao meu redor: havia milhares de fotos nossas espalhadas pela casa. Nós riamos, cumprimentávamos conhecidos, fazíamos poses para que no futuro todos vissem como fomos como casal. E te digo: fomos uma mentira, querido.
As cortinas pesadas e a mobílias escura me cingiam de escuridão, eu estava presa em meu devaneio constante, vive o horror! Lágrimas delatavam a dor que sentia, aquilo tinha de parar! E, surpreendentemente parou. Um objeto chamou minha atenção, um punhal que estava em cima da mesinha de centro. Ele estava me chamando com suas lâminas reluzentes, senti-o em minhas mãos implorando que eu cravasse sua língua ferina em meu peito, resisti; ele persistia – o punhal queria me amar, ele queria o meu coração... Não seria um suicídio já que eu estava morta sem teu amor. Na verdade, aquele ato seria uma entrega desesperada... Entreguei-me a ele, afinal, tu não me quiseras, não é, Draco? Senti a língua cortante daquele punhal, a dor latejava o meu corpo enquanto meu peito se enchia de nada.
Naquele instante, aquela flor que batia por ti, sonserino, estava em minhas mãos, e suas pétalas pingavam ao chão tingindo-o todo com minha vida. Ainda sentia os odores de angustia e tristeza. Enfim, era o outono se aproximando, eu estava morrendo, Draco, sem nunca ter provado verdadeiramente do teu amor... Pergunto-te novamente: o que é mesmo uma flor? É possível que haja uma em meu outono perene? Eu não sei e também não importa... Sou só um fantasma, não tenho mais um coração, ou melhor, não temos um... Mas se tu não me amaste quando eu era viva talvez o remorso te faça me amar em morte, daí tu descubras como cuidar com carinho de uma póstuma flor.
❀ Fim ❀
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N/A:
Esta é a terceira fic que eu fiz p/ o Chall Estações. As outras são semelhantes só no tamanho. Procurei usar a mesma estação do ano nas três, mas abordar de maneira diferente.
Outras fic feitas para o chall:
• Separados Pelo Outono
• Perséfone Dos Sonhos
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