Epílogo
Epílogo
6 anos depois...
- Lily amor. – Luke batia na porta do banheiro. O homem estava um pouco impaciente.
- VAI EMBORA! – Berrou Lílian de dentro do banheiro. A mulher estava sentada no chão. Seu corpo tremia inteiro.
- Líl, eu iria embora se, primeiro: essa casa não fosse minha, segundo: tivesse uma explicação para tal comportamento.
- Você vai odiar se eu te contar! – Disse Lílian chorosa.
- Lily, sua doida, sai desse banheiro agora, ou eu arrombo essa porta.
- Arromba então. – Mandou Lílian em tom de desafio. Luke não precisou nem pegar a varinha. Ergueu a perna e deu um chute na porta do banheiro. A porta cedeu e abriu rapidamente. Luke viu Lílian tremer assustada.
- O que é isso? – Perguntou o homem entrando e pegando Lílian no colo – Sua louca, esse chão está frio pra caramba, o que você está pensando?
Lílian segurou o choro e olhou para Luke.
- Vamos, eu vou te levar para a cama no quarto.
O homem atravessou a casa com passos largos e colocou Lílian em cima da cama.
- Ok, agora nós podemos conversar civilizadamente. – Disse Luke enquanto afagava o cabelo de Lílian – O que está acontecendo?
Lílian não respondeu, apenas caiu no choro.
- Meu Deus, o que você tem Lily? – Perguntou Luke abraçando a mulher.
- Eu me odeio.
- Bom, que tal me contar desde o começo pra eu entender a situação? – Perguntou Luke divertido. Lílian lançou um olhar irritado para o marido, mas sentou-se direito na cama para contar a história.
- Luke, eu fui ao médico hoje...
- Ao St. Mungus?
- Não. – Disse Lílian tremendo – Escolhi ir a um médico trouxa e...
- E...
Lílian prendeu o choro e continuou a falar:
- Eu entendo se você me odiar Luke, se você quiser terminar comigo...
- Lílian, amor, você está me assustando.
- Eu sou infértil. – Disse Lílian desabando no choro – Não podemos ter filhos Luke! Ah! Eu sinto muito!
O queixo de Luke caiu enquanto a mulher voltada a chorar.
- Você é infértil? – Perguntou o homem tentando compreender. Lílian soluçava ao seu lado com as mãos no rosto.
- Luke, me desculpe. Eu não acredito! Eu sabia que você estava querendo ter filhos esse ano! Eu ainda não posso suportar a ideia de não ser mãe.
- Peraí – Luke tentou entender -, você... nunca vai poder ter filhos?
Lílian fez que não com a cabeça. Casara com Luke um ano depois de terminar Hogwarts e os dois moravam juntos em uma casa no centro de Londres.
- Luke, eu quero ter filhos. – Choramingou Lílian e Luke a abraçou com forma.
- Calma Lily, nós vamos ter filhos.
- Você não me ouviu? Eu sou infértil!
- Eu ouvi perfeitamente, mas sabe, essa não é a única maneira de ter filhos. Existe adoção... barriga de aluguel. – Falou Luke docemente beijando o topo da cabeça de Lílian – Eu não acredito que você pensou que eu fosse te abandonar.
- Eu pensei – Lílian tentou enxugar algumas lágrimas -, você adotaria Luke? – Perguntou sorrindo fracamente.
- É claro. Qualquer coisa por você – falou Luke e hesitou um pouco antes de continuar – Eu te amo Lily.
Lílian se assustou momentaneamente com a declaração de Luke, mas sorriu em seguida.
- E eu te amo mais ainda. – Abraçou o marido depositando beijos em seus lábios.
- Sabe o lado bom? – Perguntou Luke pegando Lílian no colo – Agora eu não tenho que me precaver nunca! Posso fazer sexo com você à vontade.
Lílian riu e voltou a beijar Luke. Porém sua mente ainda estava captando a ideia de que nunca poderia gerar uma criança.
A família Weasley nunca se acostumara com a despedida de Rose.
A mulher não dava notícias há anos. Mandara algumas cartas para Lílian falando que morava com Scorpius em outro país e que ele agora estava no time reserva de um time de quadribol.
A família Malfoy recebera algumas cartas explicando o porquê de Scorpius não voltar para casa. Draco ficara mais frio do que nunca e Astoria rezava toda noite pelo filho.
Lílian guardava as cartas em uma gaveta dentro de sua mesinha do escritório.
Na manhã seguinte quando pegou uma das cartas para ler, ouviu uma batida na porta e como era a única em casa foi atendê-la.
- Sim? – Perguntou olhando para uma mulher morena com uma idade um pouco mais avançada.
- Senhorita Zabine? Lílian Zabine? – Perguntou a mulher. Ela tinha um embrulho no colo.
- Sou eu. – Disse Lílian indecisa.
- Eu sou da Assistência Social – disse a mulher com um sotaque que Lílian não reconheceu – e estou aqui por causa da senhora Malfoy.
Lílian sentiu um aperto ao ouvir o sobrenome.
- Rose Malfoy?
- Exato, e por causa de seu marido, Scorpius Malfoy.
- Eles estão bem? – Perguntou Lílian preocupada. O que a assistente social fazia em sua porta?
- Eles estão mortos senhorita Zabine. – Lílian segurou-se na porta com firmeza.
- Mortos? – Perguntou Lílian sentindo lágrimas nos olhos.
- Será que eu poderia entrar? – Perguntou a mulher com uma tristeza perpassando seus olhos.
- Claro, entre.
Lílian conduziu a mulher até a sala.
- Senhora...
- Yhama. – Disse a mulher e Lílian apenas ergueu as sobrancelhas.
- Ok, senhora Yhama, será que... Eu não entendi errado? Quero dizer, mortos? Como assim mortos? Eu não entendo, eu...
- Eles morreram senhorita Zabine – disse a mulher como quem se desculpava – em um acidente.
- Acidente? – Lílian não conseguia entender. Eles eram bruxos!
- Sim.
- Como foi o acidente?
- De carro.
- CARRO? – Lílian berrou sem conseguir se conter. O que eles estavam fazendo em um carro?
- Pelo visto o senhor Malfoy admira muito esses automóveis. Seu escritório em casa era todo decorado com fotos de carros etc.
- E... eles bateram em algum lugar ou...?
- Não. – Disse a mulher. – Foi numa curva, um carro bateu de frente no carro deles e eles capotaram.
Os olhos de Lílian se arregalaram enquanto lágrimas caíam de seus olhos.
- Eu sinto muito senhorita Zabine, eu não viria até aqui te dar essa notícia triste se a situação não fosse um pouco mais delicada.
- Mais delicada? – Perguntou Lílian tentando conter as lágrimas. A mulher fez que sim e mostrou o que Lílian pensou que fosse um embrulho. Um bebê dormia profundamente em cobertas. Ele era loiro com alguns fios ruivos.
- Ele é... ele é... – Lílian não conseguia terminar de falar.
- Romeo Malfoy – disse a mulher e Lílian ofegou -, ele estava no banco de trás do carro em uma cadeirinha de bebê, preso pelo cinto de segurança. Foi o único que sobreviveu.
As lágrimas caíram mais intensamente agora nos olhos de Lílian.
- Não sei se a senhora sabe – começou a mulher -, mas a falecida senhora Malfoy deixou você como tutora do seu filho caso lhe acontecesse algo.
A boca de Lílian se abriu de espanto.
- Nós entendemos se a senhora não quiser cuidar dele...
- Não! – Lílian exclamou indo até a mulher – Posso pegá-lo?
- É claro.
A mulher passou o bebê para Lílian que o pegou gentilmente. O bebê se mexeu, Lílian sorriu para ele que agora a encarava.
- Oi Romeo. – Disse Lílian sorrindo. O bebê apenas bocejou – Onde eles estavam morando?
- Canadá. – Disse a mulher – Viemos do Canadá.
Lílian concordou sem tirar os olhos do bebê.
- Eu tenho que te entregar a papelada senhora – disse a mulher pegando vários papéis na bolsa -, e você precisa assinar alguns papéis também.
- Claro. – Lílian concordou e encaminhou a mulher até uma mesa.
Depois de alguns minutos assinando papéis e pegando outros importantes, a mulher foi embora deixando Lílian sozinha com o bebê.
- Romeo é? – Disse Lílian enquanto colocava o bebê na cama. O garotinho sorria. – Eu sou a tia Lily – disse Lílian com os olhos ainda marejados.
O garotinho ainda a encarava quando ela o pegou no colo, sem todos aqueles lençóis e panos.
- Você é lindo, tem a cara dos dois – disse Lílian. A mulher sentiu novas lágrimas voltando-lhe aos olhos – O que eu direi aos seus avós? E para o resto da família? É claro que contarei a verdade. Sua mãe e seu pai merecem que eu conte a verdade.
Pela primeira vez uma sombra de tristeza perpassou o rosto do garoto, como se ele entendesse o que ela estivesse falando. Lílian tremeu e isso fez com que o bebê tremesse junto.
- Não se preocupe – disse Lílian sentido-se um pouco melhor -, eu vou cuidar de você. Você pode me chamar de mãe.
O bebê levantou a mão e pousou-a no rosto de Lílian. A mulher sentiu lágrimas diferentes em seus olhos. Pensou que parte de si tinha morrido com a notícia de não poder ter filhos, mas aquele garotinho era um presente de Deus para ela.
Uma onda maternal apossou-se da mulher.
- Lily? – Chamou uma voz da porta. Luke estivera observando a cena – Nossa, foi rápida com a adoção, hein?
Lílian sorriu com adoração para o marido, mas depois seus olhos ficaram tristes.
- Luke, eu tenho uma notícia para dar.
- Percebo – falou Luke chegando perto da esposa e dando-lhe um selinho. Observou o bebê e ficou um pouco espantado – Você foi arranjar um bebê com a cara do meu melhor amigo.
- Luke – Lílian não sabia por onde começar -, esse é Romeo Malfoy. Acho que temos muito o que conversar. Nós e as famílias todas, inclusive a Malfoy.
3 anos depois...
- ROMEO! – Luke acabara de gritar com o garotinho que corria pela casa – ROMEO VOLTA AQUI!
O garotinho corria com uma vassoura nas mãos e uma expressão marota.
- HÁ! – Gritou Luke quando cercou Romeo. O garoto encostou na parede parecendo estar rendido.
- Papai bobo. – Falou em uma voz infantil. Luke riu para o garoto enquanto tirava a vassoura de suas mãos.
- Já disse para não pegar minhas coisas Romeo!
- Romeo quer vassoura. – Disse o garoto chorando.
- Romeo faça 10 anos que Luke te dá vassoura – disse Luke rindo e pegando o garoto no colo – Eu já disse meu filho, isso é perigoso.
- Bobo. – Disse Romeo batendo no braço de Luke, que apenas riu.
- Eu preciso trabalhar, cadê sua mãe? LÍLIAN?
- AQUI! – Luke ouviu o berro de Lílian vindo do quarto.
O homem entrou colocando Romeo no chão e olhando para a mulher que analisava alguma coisa na cama.
- Chegou alguma coisa? – Perguntou Luke indo até a mulher – Alguma carta?
Lílian apenas fez que não e depois de alguns minutos encarou o marido com um sorriso no rosto.
- O que foi? – Perguntou Luke curioso.
- Luke, aconteceu. – Disse Lílian sorrindo.
- O que? – Perguntou Luke sem entender.
- Luke, eu estou grávida.
O queixo de Luke foi até o chão como da vez em que ela falou que era infértil.
- Mas... mas... você disse... você disse que era infértil...
- Eu sei! – Disse Lílian sorrindo – O médico disse que as chances de eu ter um filho eram mínimas, mas parece... bem, parece que alguma força superior ajudou muito nisso.
A mulher agora chorava e correu para os braços do marido.
- Você vai ser mãe! – Disse Luke contente abraçando Lílian.
- Eu já sou. – Lembrou Lílian olhando para Romeo que observava a cena sem entender.
- Romeo, você vai ganhar um irmãozinho. – Disse Luke sorrindo e pegando o garoto no colo. Romeo sorriu e abraço o pai.
- Eu vou ter um bebê – disse Lílian sorrindo como se não pudesse acreditar -, eu vou ter um bebê.
Mais tarde, nove meses mais tarde nascia em um hospital um casal de gêmeos.
Depois do parto, Lílian se encontrava com Luke e Romeo. Os dois fitavam Lílian, que segurava os dois bebês.
- E os nomes? – Perguntou Romeo curioso.
Lílian sorriu para Luke que concordou sabendo que nomes a mulher ia dar.
- Ela vai se chamar Rose – disse Lílian sorrindo fracamente – e ele: Scorpius.
- Gostei. – Falou Romeo enquanto parentes das duas famílias chegavam ao quarto para parabenizar Lílian pelos dois filhos.
A família agora estava completa.
Por mais triste que o destino pudesse parecer ele sempre prega uma peça na gente.
Fazendo com que mesmo quando pensamos em desistir de tudo...
Uma sombra de felicidade nos perpasse, fazendo-nos sorrir.
E mesmo no final, na hora mais sombria do dia, o amor nos faz ser capaz de superar tudo.
*** Fim ***
Gente, eu não acredito que eu terminei a Fic.
É, é difícil de acreditar, nossa, foram quinze capítulos até aqui e postados tão depressa.
Desculpe se eu não agradei alguém com o final, eu me esforcei o máximo que eu pude e saiu isso. Por favor, gente, comentem, acabou a Fic. Por favor, comentem mesmo.
Nossa, eu estou chorando, não sei se de felicidade ou de tristeza por ter acabado uma Fic.
Eu gostaria de agradecer a todos que acompanharam, votaram e comentaram na Fic.
Obrigada pelo incentivo, pessoal. Vejo vocês em outras Fics minhas ook? Se vocês quiserem claro.
Beijooos,
Ciça ;******
Amo vocês.
Comentários (1)
Que lindo... nossa é uma das minha fics favoritas.
2011-11-12