A Morte Leva Os Bons
Todos os creditos a JK Rowling e a Marina, que criou essa fic mas deixou-a para mim.
No Limite
Prólogo: A Morte Leva Os Bons.
Melanie se debruçou na sacada de madeira branca, iluminada pela fraca luz do poste ao lado da casa. Não era sua casa. Não tinha a linda vista da Torre Eiffel, não tinha o jardim cheio com tantas flores que ela própria cultivara; não tinha o cheiro de sua casa. O cheiro de sua mãe e de seu pai. Mas, agora, aquela teria de ser sua casa, pois tinha vendido o lugar em que crescera. Pois seus pais estavam na França e ela em Londres. Eles em um cemitério e ela em uma casa confortável. Eles mortos e ela viva.
Voltou-se para dentro novamente, e largou-se na poltrona azul clara ao lado da estante coberta de livros. Sua palheta de desenhos, o armário, uma televisão que não era usada com freqüência e o computador – uma das poucas coisas que ela aprendeu e gostou de usar, no mundo trouxa – ocupavam o cômodo bem iluminado. A cama no meio da parede da esquerda, o dossel transparente preso no alto, as fotografias mais queridas contornando-o. Fotos de seus pais. Parecia que séculos tinham se passado desde o “incidente” do verão anterior.
Flashback:
Paris – França:
-Melanie, vá pegar mais açúcar, s'il vous plaît? [Por Favor] – A mulher pediu, com seu sorriso carinhoso. Tinha os cabelos castanhos e curtos, ondulados, e olhos claros que beiravam entre verdes e azuis.
Uma belíssima garota, que aparentava dezesseis anos, com os cabelos da mesma cor e formato que os da mulher, compridos e um pouco abaixo dos ombros e olhos turquesa como o céu daquele dia calmo e normal, atravessou o enorme jardim correndo até a porta de vidro que levava até a cozinha.
-Père? [Pai] Papai? – Ela perguntou tranqüila, se esticando até o armário para alcançar o pote escrito “Sucre” [Açúcar].
Um barulho forte chamou sua atenção e o pote escorregou para o chão, enquanto a garota corria de volta ao jardim. Para sua surpresa, seus pais não estavam mais sozinhos. Seis figuras encapuzadas rodeavam seus pais. Os Comensais da Morte, como eram chamados, lançavam feitiços de todas as direções, e os dois Aurores desviavam por milímetros. Melanie tinha ficado tão hipnotizada pela cena, que só percebeu que estava perto demais quando um feitiço estuporante passou raspando em sua orelha. Automaticamente sua mão voou para o bolso do jeans, em busca da varinha.
Quando finalmente tinha a varinha em punho, já era tarde demais. Seu corpo parecia preso ao chão, e ela já não poderia ajudar. Seus olhos ficaram fixados nos pais, petrificados. Sua mãe, Allison, caiu para o lado enquanto executava com perfeição um feitiço, que acertou em cheio o peito de um Comensal três vezes o tamanho da mesma. Quando acertou o chão, sentiu uma varinha em sua nuca.
-Agora, ou vocês dizem o que o Mestre quer saber, ou a menina vira órfã. – Um dos encapuzados deu um passo a frente, mostrando-se o líder dos demais.
-Somos leais ao Ministério, Hacke. – Seu pai, Maxwell, riu. Independente da situação, seu pai era corajoso e inflexível, por isso se tornara o Auror mais importante daqueles tempos. Era sempre elegante, mas, agora, seus olhos estavam mais do que negros e os cabelos chocolate estavam, pela primeira vez, desarrumados. – Você não conseguirá uma palavra de nós.
Mel sentiu uma lágrima grossa escorrer pelo rosto, quando um raio vermelho acertou seu pai, e um grito de dor ecoou por todos os lados.
-Crucius! – Hacke disse novamente e prazerosamente. – Vamos lá, Charmant. Solte a língua, ou será a vez de sua mulher!
-Que tente! – Allison gritou, tentando levantar-se. – Acha que eu irei falar alguma coisa, está enganado seu traidor! Você servia ao Ministério, e era o braço direito do Ministro! Agora você tenta derrubar uma coisa que está acima do seu Lorde-
-Quieta. Você não sabe nada. Não sabe do que me acusa. Eu apenas estou fazendo um bem ao Ministério, ajudando-o a crescer, e com aquela incompetente da Bagnold (N/A: Pelos meus cálculos, ela era a Ministra nessa Época.), isso não poderá acontecer. O Lorde tem que ocupar o lugar que lhe pertence, o de Ministro Da Magia. E com gente como vocês no caminho, isso terá de esperar mais um pouco. Crucius!
O grito da mulher foi mais longo e forte, como a maldição. Melanie sentiu a visão borrar, as lágrimas escorrendo, o caroço na garganta por não poder gritar, por não poder impedir.
-Diga!
-Não!
-Crucius! Diga!
-Nunca!
-Chega! – Uma voz gelada e sem dono ecoou nos ouvidos de todos ali presentes. Os seis encapuzados, mesmo os machucados, se abaixaram numa profunda reverencia. – Deixem, podem conseguir isso com outras pessoas. Matem os dois.
Melanie tentou de tudo para se mexer, para protestar. A voz do Lorde Das Trevas ainda se repetia em sua cabeça, como um disco emperrado.
-E a menina, Milorde? – Hacke perguntou com a voz tremida, mas cheia de expectativa.
-Hahahaha. Deixe a menina, Hacke. – Ele riu estridente. – Quero que ela conte. Conte e espalhe a todos que quem não obedece ao Lorde, é punido.
Depois que o eco das palavras de Voldemort sumiu, a ultima coisa que Melanie viu foi um raio verde esmeralda, antes de ser estuporada e lançada contra uma árvore, e sentiu o pescoço quente e constatou sangrar. Mas isso não importava.
Estava morta. Seus pais tinham levado sua vontade de viver.
Fim do Flashback
Mel fechou o punho sobre a moldura da foto tirada um dia antes da morte do casal, seu aniversário de dezesseis anos. Estava de férias da escola francesa, Beuxbatons. Gostava de lá, mas tudo em Paris lhe fazia lembrar seus pais. Morava agora com seus tios, Camille e Jonathan. Uma coisa que a assustava, desde aquele dia, eram os sonhos que tinha. Seus sonhos eram confusos e se alternavam em reviver a morte de seus pais de forma vívida e sonhos com um garoto moreno de olhos verdes, que ela nunca vira na vida...
Mas, uma coisa ela tinha tirado daquele horrível dia. Ela iria se vingar de cada um dos Comensais que torturaram seus pais, e principalmente de Voldemort.
xXx
N/A: Well well well... Essa fic está sendo repostada, já que Marina, quem criou e com quem eu fazia parceria, desistiu e me deu de presente de natal adiantado. Pois é, ai está. Espero que curtam okss? Ahh, e eu sei q o Voldy não agia fora da Inglaterra, mas ignorem. Assim como a Bagnold tbm não é Ministra do Ministerio da França, mas ele estava atrás de um informação.
Beijoo
Elenco:
Melanie Charmant: Alexis Bledel.
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