Visita Inesperada.



Cap01- Visita inesperada.

A noite estava quente e silenciosa e um garoto de cabelos e rebeldes, olhos incrivelmente verdes e aparência de quem envelhecera muito em pouco tempo, os olhos transmitiam a dor e angustia que sua alma carregava, a pele pálida contrastava com as roupas negras que agora usava sempre.

Ele era Harry Potter, um jovem bruxo de quinze anos, que teve sua vida destruída por um bruxo das trevas muito poderoso e terrível, tão terrível que ninguém ousava dizer seu nome, mas Harry era diferente, ele ousava pronunciar o nome desse ser sem coração que atendia pelo nome de Voldemort.

Ele, Harry, naquele momento pensava em como ele perdia a todos aqueles que amava, mas uma sensação de esperança aflorou em seu peito, se tudo saísse como ele imaginava ele cumpriria a maldita profecia –que ele havia descoberto no ultimo semestre de aulas - e morreria, podendo assim reencontrar todos aqueles que ele amou, seus pais e seu padrinho Sírius, que havia sido uma espécie de pai e irmão mais velho.

Suspirou cansado e resolveu descer para o jantar, afinal ele precisava de forças para derrotar Voldemort, mesmo que isso lhe custasse –e ele esperava que sim - a vida.

**************

Sentiu tudo a sua volta girar e o chão lhe faltar, ainda pode ouvir sua mãe gritando por ela, antes de sentir seu corpo cair pesadamente e rolar escada abaixo.

-Onde estou? -ela perguntou assim que abriu os olhos e se viu em um quarto de paredes brancas e algumas bolas de vidro no teto iluminado o local, tentou sentar, mas sentiu as costelas doerem, fazendo-a soltar uma exclamação de dor.

-Fique deitada querida, logo, logo o médico virá aqui. –ela ouviu a voz de sua mãe lhe dizer, olhou para o lado e a viu, o rosto estava avermelhado, provavelmente pelo tempo de choro, as mãos estavam ocupadas tricotando uma manta com creme, ela sorriu e suspirou fechando os olhos e caindo novamente em um sono profundo.

*****************

-NÃO QUERO SABER!!! VOCÊ SABE MUITO BEM QUE MINHA IRMÃ VIRÁ PARA QUE O CORONEL A PESSA FORMALMENTE EM CASAMENTO!!!POR ISSO VOCÊ TRANCARÁ AQUELA AVE ATÉ SEGUNDA ORDEM!!! -Harry escutou a voz de seu tio Valter Dursdley ecoar pela casa toda.

-Se o senhor quer assim... –ele começou com uma calma incrível. –Só não me culpe se meus amigos vierem aqui para saber a razão de eu não mandar as cartas para dizer como estou! -ele disse, e imediatamente o Sr. Dursdley mudou sua cor, antes ele estava beirando o roxo e agora estava pálido como um fantasma, e como se o episódio ocorrido na estação King’s Kross estivesse ocorrendo novamente.

-Vá para o seu quarto...E não deixe Guida ou o coronel saber o que você realmente faz com aquela galinha. –ele disse temendo o que poderia acontecer se as ‘aberrações’ aparecessem em sua casa.

********************

-Ela estava sentada no consultório da Dra. Linsterm, a velha bruxa que cuidava dela desde o dia em que nascera e também sua madrinha, o consultório continuava o mesmo desde a ultima vez que estivera lá; a maca com um fino colchão e coberta por um lençol de linho branco, a parede atrás da escrivaninha estava enfeitiçada para mostrar os Alpes suíços, onde sua madrinha e medica, crescera até que sua família se mudasse para a Inglaterra.

-Olar mina querrída. –ela a cumprimentou com o sotaque suíço ainda carregado. –E enton...O que temos aqui minha pequena fada? -ela se perguntou analisando o resultado dos exames. –Mina fadina, chame sua mãe si?!

-Algum problema grave dinda? -ela perguntou para a velha bruxa.

-Virrgínia chame-a agorra si?! -a velha bruxa ordenou em um tom de voz que deixava claro que o assunto não seria discutido.

Chamou sua mãe e a viu entrar no consultório, tentou ouvir atrás da porta, mas logo percebeu que sua mãe ou até mesmo sua madrinha havia colocado um feitiço antiperturbação, como o que era usado na cozinha da ordem quando havia reunião, tempos depois sua mãe saiu e a levou para casa alegando que ela estava bem e que só tinha tido uma queda de pressão, por causa da tensão da guerra.

**************

A noite estava como nos últimos dias das duas semanas que ele passara na rua dos Alfeneiros, silenciosa e quente, e jantar ao lado de sua tia Guida lhe encarando com ar de desprezo não estava ajudando em nada, mas como de costume ele simplesmente ignorava esse fato.Ouviu a campainha soar e sob o olhar de sua tia Petúnia, ele se levantou da mesa e foi atender a porta.

-Olá Potter! -a Sra. Figg disse com um certo ar de descaso, mas agora ele sabia que era fingimento, pois ela assim como Mundungo vigiavam seus passos em Londres. –Chame sua tia, sim?

-Olá Arabella! -Petúnia disse em um falso tom de cordialidade.

-Olá Petúnia querida, você poderia me ceder o seu sobrinho por uns instantes?Preciso descer alguns caixotes do meu sótão e sinceramente, como vê, minha idade já não me permite estripulias. –a velha senhora disse em um tom levemente irônico.

-É claro que sim, vá ajuda-la moleque, e não apronte nada. –Harry acenou com a cabeça e seguiu a ‘vizinha-guardiã’, chegando lá ele encontrou a Sra. Weasley com o rosto avermelhado e com várias lágrimas rolando pelo rosto, agora, magro e com profundas olheiras, sendo amparada pelo Sr. Weasley que parecia em estado de choque.

Harry...Querido... –a bruxa começou, com a voz rouca e soluçando, fazendo com que o adolescente imaginasse quem havia sido a ‘vítima da vez’. –Eu quero...Nós queremos, lhe fazer um pedido. –ela disse após olhar para o marido e ele lhe acenar com a cabeça para que ela prosseguisse.

-Claro, senhora Weasley, pode pedir, vou fazer o que estiver ao meu alcance. –ele disse.

-Arabella, poderíamos... –o Sr.Weasley começou.

-Claro, claro...Por aqui! -ela disse levando-os até uma pequena biblioteca. –Fiquem a vontade, usem o tempo que achar necessário. –ela completou saindo do local.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.