A Visita Inesperada
Enfim, chegaram a s férias de Natal, e eu resolvi procurar os meus melhores amigos e explicar pra eles tudo...
Arrumei minhas coisas e saí de Hogwarts, mas não fui para o Expresso de Hogwarts... Fui pra Hogsmeade e desaparatei para o Largo Grimmald... Algo me dizia que eles estavam lá...Usei o feitiço da Desilusão, só por precaução...
Entrei sorrateiramente no Largo, com as casas iguais e com a casa de número 11 ao lado da de número 13, coisa que os trouxas encaravam como um “erro divertido”.
Vi 3 Comensais observando a casa mas não ousei me comunicar com eles... Se eles soubessem que sou uma das fiéis do segredo estaria morta...
Entrei na casa e desfiz o feitiço, no mesmo instante que uma voz falava:
--- Severo Snape?
Mal tive tempo para responder, quando um sopro de ar gelado passou por mim e enrolou minha língua, e, ao mesmo tempo, um vulto alto se levantava do tapete empoeirado, e, para piorar, a cortina do velho quadro da Sra. Black se abriu
--- SEUS SANGUES-RUINS NOJENTOS, ESCÓRIA DA MINHA RAÇA, SAIAM DA MINHA CASA!
O vulto se aproximou de mim, mais magro, os cabelos e a barba esvoaçando às costas, horrivelmente familiar, e gritei à plenos pulmões quando pude:
--- Não o matei, senhor!
O vulto explodiu e uma nuvem de pó se fez. Ergui minha varinha e desfiz ela, fechando a cortina do retrato da Sra. Black.
Fui ao final do corredor aparentemente sem ser percebida, onde desci as escadas que levavam à cozinha e parei atrás da porta, ouvindo gritos de horror que certamente eram de Mundungo Fletcher...
Novamente lancei o Feitiço da Desilusão em mim e entrei disfarçadamente na cozinha.
---Tira ele daí! Tira ele daí, ele devia ser preso! – Berrou Mundungo
--- Monstro, não! – Harry falou, entre irritado e divertido.
Depois disso Harry perguntou sobre um medalhão e Mundungo falou ter dado ele à Dolores Umbridge.
Foi nessa hora que resolvi aparecer, mas vi que foi uma má ideia...
Guardei minha varinha e levantei os braços, num gesto de rendição.
--- Como entrou aqui? – Harry me perguntou, apontando a varinha pro meu peito.
---Sou uma Fiel do Segredo também... Por favor me deixem explicar...
--- Por que está aqui? Explique-se, Comensal...
Comecei a contar toda a história pra eles, explicando como me tornei Comensal. Eles mal se mexeram enquanto ouviam a história e continuavam apontando a varinha pro meu peito.
Harry, por fim, baixou a varinha
--- Poxa, Mari, você assustou muito a gente... Pensei que você fosse mesmo aliada do...
---NÃO! Não diga o nome dele! É Tabu!
Harry e Hermione não expressaram emoção alguma ao ouvir isso, mas Rony botou a mão na boca, espantado.
--- Meu Deus... Tabu? Faz séculos que não usam isso...
--- O que é isso? – Harry perguntou, curioso.
--- Quer dizer que o nome foi amaldiçoado, e quem dizer ele torna-se rastreável. Isso, mesmo que eu não goste da ideia, foi genial... Só quem realmente é contra o Lord das Trevas diz o nome dele...
--- Então quer dizer que aqueles Comensais em Tottenham Court só sabiam onde a gente estava...
--- Porque vocês disseram o nome dele... Sim, tecnicamente foi isso... – Completei olhando um pouco temerosa os três, que baixaram e guardaram as varinhas.
--- Vamos jantar, então... Mari, desculpa, mas é que a gente desconfiou muito de você – Hermione disse um pouco envergonhada.
--- Dumbledore disse para eu não contar isso pra ninguém... Mas eu confio demais em vocês... Eu sabia que iriam se esconder aqui, então vim ajudar vocês no que vão fazer... Não preciso saber o que é, mas sei que vai derrotar o Lord das Trevas...
A partir dali, fomos planejando como entraríamos no Ministério, e eu ajudei eles à fazer mais Poção Polissuco com alguns ingredientes que havia roubado do estoque particular do Snape quando estava na casa dele...
Depois de três meses planejando, finalmente conseguimos entrar no Ministério. Entrar foi até fácil, mas a partir daí...
Nós tivemos que nos separar assim que Umbridge encontrou a duplicata de Mafalda Hopkirk (que era a Hermione) no elevador e a levou para o Departamento de Mistérios. Rony(que estava como Reginald Cattermole) e o Harry (que estava como Alberto Runcorn) e eu (que estava de Julianne Wakerback) continuamos no elevador. Yaxley entrou e encontrou o Rony, e começou a se impor, como se fosse Ministro.
---Cattermole! Até que enfim te achei! Está chovendo na minha sala! Eu quero que esteja tudo seco daqui há 10 minutos, ou nunca mais var ver a sua mulherzinha de Sangue-Ruim! Aliás... Pensei que estivesse com ela, não?
--- E-eu... Eu ia lá agora, senhor...
--- Pois agora vai arrumar minha sala, Cattermole, se não quiser que eu ponha sua árvore genealógica em inquérito!
--- Sim, senhor...
Rony saiu no andar seguinte. Eu e Harry continuamos no elevador até que Pio Ticknesse apareceu, seguido por Percy Weasley.
--- Dia, Ministro... Dia, Percy. - Harry falou confiante.
--- Dia. – Ambos responderam ao mesmo tempo, entrando no elevador.
--- Julianne, precisava mesmo falar com você... Estou precisando de alguns formulários médicos sobre alguns dos nossos agentes do Departamento de Mistérios...
--- Certo, Ministro, os trarei o mais rápido possível. – Falei e saiu uma voz calma e monótona.
De repente, o que eu menos esperava. Arthur Weasley apareceu. Percy ficou extremamente quieto e vermelho.
--- Dia, Ministro...
--- Dia, Weasley... Vamos, Jully, você tem muito o que fazer ainda!
Dei uma última olhada pro Harry antes de ir com o Ministro. Percy veio comigo.
Pensei comigo mesma: “Eu to ferrada...” E estava mesmo.
Quando chegamos na sala do Ministro, vi que era bastante ampla e quadrada, como um imenso cubo, e em suas paredes vários formulários, livros e apenas um retrato: O de um homenzinho com uma peruca prateada das épocas medievais. Um pedaço de tela encardida, na minha opinião... Após termos chegado, o retrato cumprimentou o ministro cordialmente, mas Pio Ticknesse mal olhou para o quadro.
Ao ver aquela testa protuberante e brilhante na minha cara eu quase fiquei cega, e ele foi direto quanto ao que queria.
--- Weasley, pode sair, quero ter uma palavrinha com a srta. Wakerback.
--- Sim, senhor. – Percy saiu e fechou a porta imediatamente.
De uma porta lateral saiu Belatriz Lestrange, junto com Yaxley.
--- Jully, precisamos da sua árvore genealógica... É um assunto urgente! - Disse Yaxley um pouco exaltado.
--- Sim, sim... Sua árvore, srta. Wakerback.
Naquela hora eu suei frio... Não sabia como inventar um modo de sair dali rápido e sem eles perceberem que sou Mariana...
--- Mas vocês sabem que eu sou filha do grande alquimista George Williams Wakerback e neta do maior amigo de Nicolau Flamel, o grande preparador de Poções Michael Richard Wakerback.
--- Mas e os antecessores desses magos, quem são? – Pio Ticknesse indagou desafiador.
--- Quer mesmo que eu liste a linhagem de alquimistas Wakerback mesmo?
--- Sim, quero, e o mais urgente possível! – Alertou Ticknesse.
--- Então vou para a minha sala... Se me dão licença... – Disse rapidamente, saindo da sala e correndo para o elevador – O efeito da poção estava acabando.
Saí correndo para o Átrio, já com as vestes maiores e numa transição entre eu e e a Julianne, que apareceu do nada numa das lareiras que ainda estavam sendo lacradas.
Por pura sorte vi Yaxley indo atrás de alguém. Empurrei um bruxo baixinho pro lado e peguei o pó de flu e gritei “Beco Diagonal”, parando direto na loja do Olivaras.
Como já era de se esperar, estava tudo vazio, sem ninguém por perto. Isso me deixou preocupada... Não só com o Olivaras, mas sim com o Beco diagonal inteiro... O mundo bruxo estava sendo dominado pelas Trevas... E eu não podia fazer nada... Não por enquanto.
Decidi voltar ao Largo Grimmauld para ver como estavam as coisas.
Ao chegar, encontro a porta aberta: Mau sinal... Depois, dei de cara com Yaxley, que veio brandindo a varinha pra cima de mim.
--- O que está fazendo aqui, Black? – Ele perguntou apontando a varinha para o meu peito.
--- Estou aqui por ordens do Lord das Trevas...
--- Mas o Lord das Trevas não mandou você ficar nas proximidades de Hogwarts, junto com o Snape? – Indagou desafiando-me.
--- Ele mudou de ideia... Achou que os que vieram vigiar são incompetentes demais para esse serviço, e achou que uma garotinha de 17 anos seria mais eficaz que esse bando de marmanjos...
--- Você acha que está falando com quem, Black? Pensa que tem Snape aqui pra te proteger? Eu acho que não, garotinha... Se continuar agindo assim, eu vou cuidar para que você deixe de existir...
--- E se você tentar repetir essas palavras, vou fazer com que você engula elas com um quilo de lesmas... Pensando bem, nem as lesmas aguentam o seu bafo... Nunca te apresentaram à uma pasta de dente não?
--- Crucio!!! – Yaxley gritou apontando a varinha pra mim, que simplesmente desviei do feitiço.
--- No dia em que deixar de ser previsível me chama pra duelar, tá?
--- Crucio! Crucio! CRUCIO!!! – Feitiço atrás de feitiço, Yaxley ficava cada vez mais irado, e eu apenas ria da incompetência dele.
--- Acho que o Ticknesse é mais retardado que o Hagrid, pra ter sucumbido à sua vontade... E você ainda se diz Comensal... Bem, é melhor eu ir, não quero mais perder meu tempo com um idiota feito você...
Ao dizer isso eu desaparatei, e o Yaxley ficou espumando.
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