O Mapa do Maroto
O MAPA DO MAROTO
Terça-Feira, 3 horas e 24 minutos da tarde. Masmorra - Dormitório de Severo Snape.
Era incompreensível a enorme raiva que se apoderava de Snape. Ele sempre se dedicara a causar uma má impressão em seus alunos. Almejava que todos o temessem e que o respeitassem. Estava acostumado a ser odiado e temido por todos. Mas mesmo assim, encontrava-se completamente chateado com a garota que ousara xingá-lo em um estúpido pedaço de pergaminho.
Não sentia-se nem um pouco arrependido por ter obrigado sua aluna a utilizar a Pena de Sangue. Estava zangado demais. E ainda por cima, Dumbledore já estava bem longe do castelo, o que significava que ele teria de iniciar sua perseguição, o que era absolutamente contra sua vontade.
Então, adiantando-se, abriu a gaveta de sua cômoda, e dela tirou um pedaço de pergaminho. Imediatamente, sacou sua varinha e dando um leve toque no pergaminho, pronunciou:
- Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom!
De repente, linhas de tinta começaram a delinear as seguintes palavras:
Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinha e Pontas,
fornecedores de recursos para feiticeiros malfeitores,
têm a honra de apresentar:
O MAPA DO MAROTO
Sim! Snape possuía o Mapa do Maroto em mãos. Possuía-o há três anos, desde que o tomara de Harry Potter. Mas nunca o mapa havia sido tão necessário e profícuo como agora. À sua frente, tornavam-se visíveis todos os detalhes do castelo, juntamente com inúmeras pegadinhas que representavam cada indivíduo presente dentro e fora deste. Severo passou os olhos por elas, até encontrar o nome de Hermione Granger. Tudo indicava que a garota se encontrava no banheiro dos monitores e estava sozinha. Em que estaria pensando agora? O que estaria fazendo? Estava certo... Neste exato momento, Hermione Granger encontrava-se sozinha, mergulhada nas águas quentes da banheira, permitindo que lhe caíssem as últimas lágrimas. Já havia lançado inúmeros feitiços em seu pulso, mas o máximo que conseguira foi eliminar as cicatrizes por cinco minutos. Elas sempre voltavam de novo. Snape não era nenhum tolo, mas mesmo assim, não tinha a mínima idéia de como procederia com sua missão. Não conseguia se imaginar seguindo a sabe-tudo. Pela primeira vez, Severo sentiu-se mal pelo modo como tratara sua aluna. Praticamente desobedecera Alvo. O conhecia há anos... E tinha certeza de que, quando o diretor disse nada de mal, incluía cicatrizes nos punhos.
Garanto que está afogando as lágrimas, antes que algum de seus amiguinhos a encontre em estado lastimável... Pensou Snape.
- Vigie-a, siga-a, monitore-a. Faça o que for preciso, mas não permita que nada de mal aconteça a ela. - as palavras de Dumbledore ecoavam em sua mente.
Que maldição... Snape sentia-se absolutamente confuso e transtornado... Teria de odiar e proteger Hermione, ao mesmo tempo. E ele precisava começar logo.
Necessitava imediatamente de um plano...
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