As cartas (in)esperadas



Disclaimer: É preciso mesmo isso? Bom, eu não criei Harry Potter, nem qualquer um dos seus personagens, não tenho direito algum sobre ele, e estou escrevendo a fic por pura diversão, sem fins lucrativos...


Capítulo 1- As cartas (in)esperadas

Um dia de férias ensolarado. Qualquer estudante normal estaria radiante ao abrir a janela do seu quarto e ver um céu azul e sem nuvens, quando ainda por cima não teria que ir às aulas. Qualquer um, exceto Harry Potter. Porque Harry Potter não era um estudante normal. Ele era aquele quem havia derrotado o Lorde das Trevas cinco vezes, e não sentia nenhum orgulho disso.


Batidas insistentes na porta do quarto fez com que Harry acordasse. Por sorte, sonhara apenas com coisas banais. Ele levantou sonolento e abriu a porta, encontrando Tio Valter, que olhava carrancudo para ele.




- Ainda dormindo, moleque? Bom, quem se importa. Escute aqui, nós estamos saindo.


- Nós quem?


- Como, nós quem? Petúnia, Duda e eu! Ou você por acaso acha que estou aqui para te convidar para sair também? E eu não quero saber de você dar um passo para fora desta casa enquanto não voltarmos. Entendido?


Harry olhou para ele, ainda sem saber direito se estava ou não acordado, mas consentiu. Seria melhor mesmo ficar sozinho, sem precisar ficar dando explicações a ninguém.


- E sem praticar qualquer coisa relacionada ao seu mundo!


- Sim, tio Valter. Sem sair de casa, sem praticar magia. O.K. Mas posso saber aonde vocês vão?


- No almoço de comemoração ao aniversário do Deputado Lowndes. – E, estufando o peito, completou: Fomos convidados.


- Ah, parabéns, disse Harry, entrando no quarto e fechando a porta. Pôde ouvir um resmungo do tio e os passos na escada. Não fazia nem idéia de quem fosse o Deputado Lowndes. Abriu a janela bem a tempo de ver o novo carro dos Dursley dobrando a esquina.


O garoto sentou na cama e contemplou o teto. Estava de férias havia uma semana, e não achava nada de interessante para fazer. Não tinha recebido notícias de seus amigos, Rony e Hermione, nem de ninguém do mundo bruxo, nem mesmo a Sra. Figg, sua vizinha, que há quase um ano atrás descobrira que era uma bruxa abortada. A casa dela estava completamente fechada, e ele tinha ouvido duas vizinhas fofoqueiras comentarem que ela estava viajando. A gaiola de Edwiges estava vazia fazia dois dias. Harry sabia que a coruja estava caçando, mas sentia falta da amiga, ela era a única que lhe entendia, quando estavam na Rua dos Alfeneiros, número 4.


Harry não entendia como tinha agüentado tanto tempo. Os últimos dias com certeza tinham sido os piores de sua vida. O principal motivo, claro, era a morte do padrinho, Sirius. Aos poucos, ele ia percebendo que Sirius havia mesmo deixado o mundo dos vivos, e que nunca mais voltaria. Tudo parecia mentira. Um pesadelo. De noite, ao ir se deitar para dormir, Harry esperava que, quando acordasse, tudo voltasse ao normal. Mas, infelizmente...


Freqüentemente o garoto sonhava com o padrinho. Mas eram sempre sonhos felizes... O padrinho sempre voltava e dizia que tudo não passara de um mal entendido... Às vezes, Harry visitava em sonho o Departamento de Mistérios, no Ministério da Magia, e revivia a noite em que Voldemort o possuiu por instantes... Mas, em seus sonhos, Sirius sempre aparecia do outro lado do véu e voltava para lutar contra os Comensais da Morte.


A coruja deixou o Profeta Diário em cima da escrivaninha, e assim que paga foi embora. Harry agora lia o jornal por completo, desde as manchetes até os anúncios de compras. Isso lhe proporcionara saber que depois do retorno confirmado de Lord Voldemort, bruxos menores de idade foram autorizados a praticar magia, em casos inevitáveis, por questão de defesa. “Ah, agora eles acreditam em mim”, pensou Harry. “O ano passado Voldemort já havia retornado, e fui quase expulso de Hogwarts para me defender de dois dementadores...”


Após a leitura do jornal bruxo, o garoto desceu para tomar café da manhã. Encontrou, em cima da mesa da cozinha, o jornal trouxa aberto, com um título de reportagem circulado à caneta: Inauguração de novo parque de diversões WONDERFUN está prevista para amanh, o que deixou Harry muito curioso. Ora, por que motivo estaria marcado algo banal como isto? A matéria dizia:



A tão esperada obra do WONDERFUN foi finalmente concluída, e a partir de amanhã, crianças e adultos poderão desfrutar de horas de alegria e prazer no mais recente construção da empresa B&M, o WONDERFUN tem mais de 500 inovadas e divertidas atrações.



O WONDERFUN não é voltado para nenhuma faixa etária. Tanto crianças como adultos, adolescentes e até mesmo pessoas de idade, podem aproveitar suas maravilhosas ousadias: para os pequenos, desde um simples carrossel até uma pequena- grande montanha-russa, onde a altura máxima das crianaçs é de 1,40 cm; para a “gente grande”, os mais destacados brinquedos são Torre do Terror, Escada da Fama, Velhos Dinos, Ao Espaço, e Passado & Futuro, todos muito bem elaborados, e, apesar de darem medo por suas alturas elevadas, completamente seguros.



Existem áreas específicas no parque, com temas diferentes. Os brinquedos e as atrações possuem o tema da área em que se localizam. Piratas e Vikings, Jurássico e Mundo Bruxo são as maiores. O WONDERFUN...


Mas Harry não quis mais saber o que o WONDERFUN proporcionava. Um, porquê o texto era extremamente mal escrito, e dois, porque não estava interessado em ir. Até porque, que graça teria ir sozinho? Ele, subitamente, viu três ingressos ao lado do jornal: três entradas para o Wonderfun. Marcadas para dali a dois dias. “Então é por isso que a reportagem está marcada. Meus tios ganharam entradas para o parque.” Harry riu. Não era no dia da estréia.


Um barulho de asas batendo o despertou dos seus pensamentos. Edwiges voava ao redor dele, com uma carta, que foi rapidamente desamarrada e aberta. A coruja começou a bicá-lo.


- Ei, Edwiges, peraí, olha só, é da Mione!



Oi Harry,


Como estão suas férias? Ah, desculpe por não ter lhe escrito antes, mas é que eu estava tão envolvida com uns primos e tios meus que vieram nos visitar, que quase nem tive tempo para nada... Eu estou na casa do Rony, mas não se preocupe, temos uma surpresa para você. Apenas não saia de casa amanhã, está bem?


Nos veremos logo.


Mione.



Na casa do Rony. Surpresa. Não saia de casa. Harry se enfureceu.


- Quem ela pensa que é para me dar ordens? E por que eu nunca posso ficar sabendo de nada? Mais um verão em que fico sozinho, enquanto meus amigos se divertem juntos!


Edwiges piou, demonstrando solidariedade, e tornou a voar em volta do dono. Harry estava antes tão eufórico para abrir a carta da amiga que não viu mais uma carta presa na pata da coruja. Apanhando-a e sentindo-se traído mais uma vez, ele começou a lê-la.



Talvez você esteja um pouco revoltado por ficar tanto tempo sem notícias nossas, Harry, principalmente depois da perda que teve. Por isso não vou nem lhe perguntar como estão as férias, e se está se divertindo, porque já sei a resposta. Claro que não estão boas. Sirius não pode lhe mandar cartas, Rony e Hermione não estão aí contigo, e seus tios não devem estar lhe tratando muito melhor... Mas no fim, tudo acaba bem, e se as coisas não andam bem, é porque ainda não é o fim. Harry, não é o fim de seu verão, e, enquanto eu não estiver a serviço da Ordem, tentarei fazer de tudo para melhorar essas férias que, pode ter certeza, não andam boas para ninguém.


É por isso que você deve ficar um pouco mais feliz. Iremos nos divertir muito, ao menos por um dia, todos nós.


Até amanhã, garoto,


Abraços,


Lupin.



Harry leu o fim da carta novamente para se certificar. Sim, estava escrito “até amanhã”. Isso provavelmente significava que...


- Amanhã! Vou vê-los amanhã! É amanhã! - saiu gritando pela casa. Após se acalmar, tomou seu café da manhã e subiu para seu quarto a fim de começar a arrumar suas coisas. Certamente deixaria a casa dos tios. Mas uma frase que o diretor de sua escola havia dito no fim do ano letivo agora se instalara em sua mente e não queria sair. Enquanto Harry pudesse chamar de sua a casa de seus tios, nada poderia acontecer... Ele estava mais seguro ali... Um remorso foi tomando conta do garoto, que nem percebeu a campainha tocando, impacientemente.

..........



N/A: Oi pessoal!! Tudo bem? E aí, gostaram do primeiro capítulo? Então deixem comentários e votem, que logo logo eu posto o segundo, combinado?

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