Amor Unilateral



Eu? Jurar amor? Para quê?


Você não me engana mais.


Me anulei por você


Só pra ter desilusão.


 


 


 A decisão estava tomada, coloquei um ponto final. Durante anos, acreditei em um amor que não existe. Um amor só meu. Um amor unilateral! Vivi desse sonho, jurei amor eterno. Mas não, não dá mais! Acabou. Hoje saio da sua vida. Não quero seu dinheiro! Não quero seu nome! Levarei apenas o que também é meu! Acreditei que meu amor fosse forte o suficiente para nós dois. Pensei que pudesse amar sozinha. Num jogo unilateral, que eu perdi. Hoje saio da sua vida, cansei da desilusão, não posso ser feliz, junto de ti.


 


 


Você pode até chorar
De joelhos implorar
Que eu não vou voltar atrás
Na minha decisão.


 


− Pansy!- A voz soou trêmula.


 


Ele estava sentado na beirada da poltrona, suas pernas separadas, os braços apoiados no joelho. A cabeça baixa. Ele nunca era despojado assim. Nunca! Parei! Estúpida!  Ainda o amo! E ouvir meu nome dos lábios dele sem a arrogância, e o desamor costumeiros foi diferente.


 


− Você não pode estar falando sério!


− Não estou falando Draco. Estou agindo. Agindo como deveria ter feito há anos. Quando ainda era uma criança e o conheci.


−Pansy! Eu não quero que vá!- ele disse com dificuldades, seu orgulho ferido.


− Não está em suas mãos, você não pode fazer mais nada quando a isso! - disse fria.


− Pansy, se sair por essa porta... - a voz dele soou gélida e fez meu coração acelerar e esfriar.


 


Ele era violento, poderia me machucar. O grito dele acordou a criança em meus braços.  Acalentei-a rapidamente sussurrando em seu ouvido que estava tudo bem.  Ouvir os balbucios do filho o fez mudar de idéia, e o tom de voz alterou.


     


− Nós somos uma família. Não pode me tirar do meu filho, ele precisa de mim... Do meu amor! - ele disse incerto, talvez por ser a primeira vez que falava de amor.


− Ele não pode sentir falta do que nunca teve. E sobre família... Te falo sobre isso desde que éramos crianças. Cansei. Nunca fomos uma família! Não se pode ser uma família de uma pessoa somente.


− Pansy! – a voz dessa vez soou falha.


 


Ele choraria. Inusitado. Draco Malfoy chorando diante de mim. Ele me olhou, e seus olhos piscaram, num segundo seus joelhos estavam no chão.


 


− Pansy!- ele disse mais uma vez.


− Tarde demais para implorar! - eu disse gélida. Aprendi com o mestre. O mestre da frieza, dos maus tratos, do desamor.


 


Eu sempre fui tão fiel
E você nem pensou em mim
Me envolveu e mentiu
Mas agora que acabou
Se recusa a entender
Não aceita e não vê


 


 


− Draco! Fui fiel a você. Uma vida inteira de fidelidade e devoção. Alguma vez você pensou em mim?


− Pansy! - ele disse e tentou pegar em minha perna.


− Não toque em mim! - gritei desesperada, talvez por saber que o “calor frio” dele poderia me fazer mudar de idéia. Em meu desespero continuei – Nunca mais toque e mim Draco! Nunca! Foi se o tempo que você tomou minha inocência, minha virgindade em um canto escuro de Hogwarts. Foi-se o tempo em que podia me envolver para ter sexo. Acabou! Se for prazer o que você quer, encontre nas ruas, em outras camas, mas meu corpo não será seu novamente. Jamais!


− Não. Não. – ele disse baixo, escondendo os olhos de mim.


 


 


Mas de fato não dá mais
Nem pra mim e pra você


Nem que o mundo acabe eu vou partir pro seu próprio bem não tente me impedir


 


 


− Você não vai a lugar nenhum! Você sabe que eu só tenho você. Você e meu filho! - ele disse gritando. - Sorri amarga e ele continuou.


− O que quer que eu diga para que você fique?


− Nada do que dizer vai me fazer ficar. Nenhuma palavra, nenhum gesto. Eu estou fazendo o caminho de volta Draco, eu fui longe demais nesse caminho por você, fiquei perto e você e longe de mim. Mas eu estou voltando e não tente me impedir.


 


 


Chega de amor unilateral
Só vivi um sonho, nunca foi real


 


 


Imagens de minha vida passaram em minha mente. Nosso primeiro beijo, tão frio e impessoal para ele. Só agora percebi. Nossa primeira vez, prazer exclusivamente para ele. Nosso filho, amor para mim, descaso por parte dele. Unilateral!


 


− Draco, você sempre foi tão unilateral. Só seu lado importa para você. Sua frieza não me contagiou. Não precisa fingir ter um coração de carne, quando eu sei por experiência própria que o que bate em seu peito é um coração de pedra.


 


 


Você só me deu desilusão


 


 


− Agora viva com a solidão, Draco, porque ao menos você me deu um filho, e com ele nunca mais serei sozinha. Mas você... Você vai apodrecer até a alma. Você e seu geniozinho medíocre, você plantou sua própria solidão. Adeus Malfoy.


 


Dei alguns passos e bati a porta, fingindo não ouvir os soluços dele. Soluços e lágrimas que não me comoveram. Beijei a cabeça do meu filho. Ele me sorriu terno. Agora era real. Não era mais um amor unilateral.


 


 


 


~*~*~


 


 


N/A: Bom... Pessoas, fui contagiada por uma maré Draco e Pansy! Hauahauhauah Espero que gostem. Sabe apesar das songs serem meio, digamos, ‘’bregas’’.  O que interessa é a historia. Amei escrevê-la. Quem sabe um dia eu me aventuro com esse shipper de novo. Mas me digam, merece comentário?


 


Mrs. Mari Oldman - Thanks tá?  Calma que já já faço uma Sirius/Mione pra você! Mas vai ser com Jorge e Matheus! Hauahuahuaha


 


Ártemis Granger - Me perdoe se ficou meio a sua fic! Hauahauahau Já conversamos sobre isso! Beijos! Não mandei me viciar. Ta vendo? copiei! Huuuhhu


 


 


 


N/B (Mrs. Mari Oldman): Well… Jôsy uma Sirius/Mione com Jorge e Mateus é quase um crime, mas fazer o que? Gosto é igual braço – tem gente que não tem. (Brincadeirinha – você sabe que eu te amo né?) Você tem um dom pra tirar leite de pedra, é isso que eu penso quando você faz essas songs. Adorei essa, gostei muito da idéia de uma Pansy menos passiva, mesmo que tenha demorado ela tomou alguma atitude, coisa que eu faria também. Obrigada por mais uma fic ótima! Beijos!

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