A Carona .

Olá para todos que estao lendo! espero realmente que estejam gostando! e peço que comentem.. porque ai eu continuo escrevendo :)) enfim, em breve postarei o capitulo 3 - O Medalhão . sobrenaturalidades começarão a aparecer!                                  enjoy :)

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Capítulo O2 - A Carona .



Fomos andando em direçao ao portal principal do Queen’s. A nossa frente abriu-se um caminho de alunos, nos deixando passar. Me senti como uma rainha, cercada de seus humildes pebleus. Já na recepção, diminui o passo ate parar. Havia uma mulher em frente a uma mesa marrom conferindo os convites. Alguns retardatários ainda chegavam na festa. Todos com suas fantasias de alto-mar.

 

–       Obrigada. – murmurei, sem fita-lo nos olhos. Fiquei encabulada ao pensar que ele podia estar achando que eu me referia ao beijo. – Quer dizer, sabe, por me tirar de lá com o orgulho recuperado.

–      Bem, eu vi o que ele fez. Ou eu fazia aquilo, ou jogava ponche a na cara dele. E sabe... agente sempre tem que optar pela vingança mais sutil. – e deu um sorrisinho de lado. Ele era simplismente lindo.

 –      Mesmo? – não pude evitar: um sorriso malvado nasceu em meus lábios.

 –      Hã.. Você tem carona pra casa? – eu hesitei. – me... me desculpe. Eu ficarei aqui fora com você ate que alguém venha busca-la. Você nem me conhece direito.

 –      Não, não é isso – fiquei envergonhada com a minha falta de confiança. – é que eu tenho que avisar ao meu pai.

 –      Claro. – ele sorriu. Peguei o celular na bolsa e disquei o numero de casa. Chamou, chamou e caiu na secretaria.

 –      Oi pai, é a Hermione. – Dã. – olha, o Harry é um idiota. O Draco vai me levar em casa ok? Beijos. – agora pra ele – Pronto.

 

Dei meu braço a ele e seguimos em direção a porta dos fundos. As coisas estavam melhorando. Ao menos agora eu sabia que essa cidade não era feita apenas de idiotas caipiras. As nossas costas o chão fazia barulho. Harry vinha em nossa direção.

 

–      Hermione...

 –      Ah, oi Harry – seu semblante era de raiva e isso me deu prazer. – não precisa mais se preocupar, eu já arranjei carona. – me virei e segui em frente, com Draco ao meu lado.

 –      Hermione, espere. – parei e me virei para encara-lo.

 –      Você é um idiota. Não precisa ficar comigo por pena. Pode ir dançar. -  Ele pegou no meu braço e me puxou para um canto.

 –       Hermione, não seja burra!  Eu nunca vi esse cara antes e nem você o conhece. É perigoso Hermione! Deixa que eu te levo em casa.

 –      Já liguei para o meu pai. Não tem problema algum. – mas ele não largou meu braço. Ele parecia bastante preocupado agora. Puxei meu braço com força, desvencilhando-me.

 –      Então... Então vou seguir vocês de carro. Só pra ter certeza.

 –      Tanto faz. – no intimo, me senti ate melhor. Mas eu não diria isso. – Draco, seu carro esta nos fundos? – disse a Draco, que estava a uma pequena distancia de mim, do lado oposto ao amigo de Harry, que a presença eu só havia notado agora. Ele havia tirado a mascara e seus intensos cabelos ruivos agora, estavam a mostra.

–      Por aqui. – disse Draco, me estendendo o braço.

 

Eu e Draco andávamos na frente, seguidos por Harry e seu amigo. Já no estacionamento dos fundos, andamos em direção a um conversível preto. Era lindo. Draco deu a volta no carro estacionado ilegalmente acima do meio-fio e abriu a porta para mim. Entrei e ele fechou-a para mim. Logo atrás os faróis de Harry iluminavam a nossa traseira.

 

Draco deu partida e saímos em uma arrancada. Pus meu cinto de segurança e olhei no retrovisor. Meus cabelos voavam ao vento e minha maquiagem ainda estava boa. Pelo menos não estava feia. Eu conseguia ver o carro de Harry logo atrás do nosso, mas cada vez mais ia se distanciando. Ele era devagar demais. Aliás, o Draco estava andando um pouco rápido demais. Whatever.

 

–      Vira aqui na próxima esquina. Moro no lado Sul. – pedi a ele e ele virou. Mas em nenhum momento depois da nossa partida ele olhou pra mim, sequer falou comigo. Estranho...

–   Draco?

–      Tarde demais. – ele disse calmamente ainda sem olhar pra mim. Senti meu rosto perdendo a cor. – Agora acabou. Não tem mais jeito. Eu lhes disse que seria fácil, você é apenas uma adolescente. Fácil ate demais.

–   Como é que é? – minha boca ficou seca.

Ele acelerou o carro e olhou pra mim. Agora, seus olhos azuis eram aterrorizantes. Afastei-me ao maximo e pus minha mão na maçaneta. Ele apenas sorriu.

–         Não me leve a mal Hermione. Você é apenas mais um nome na lista, alias, uma alma a ser coletada. Eles disseran que ia ser impossivel, mas voce é apenas mais um nome. Um nome importante, mas um nome. Voce e a sua vidinha vao sera minha passagem para um lugar melhor.

–        Mas-mas... – o que ele estava dizendo? Ai meu deus! O que ele estava falando? Estou ferrada. – Harry. Ele-ele esta nos seguindo.. e-e meu pai tambem.

 –        Como se isso mudasse alguma coisa.

 –        Pare! – olhei pra tras desesperada. Harry estava mais distante a cada segundo que Draco acelerava. So se via duas luzes ao longe. – Pare ja esse carro! As pessoas sabem onde estou! Voce nao pode fazer isso!

 –        Parar o carro? – ele falou olhando-me novamente. – se voce insiste.

 

Ele pisou no freio bruscamente e girou o volante. Meu grito se misturou ao som que os pneus faziam na terra. O carro havia saido da estrada. Entrei em panico quando a percebi que a gravidade me empurrava para o sentido contrario do normal. O carro estava de cabeça para baixo.

 

Droga! Isso é um conversivel! Pus minhas maos no meu pescoço e tudo escureceu. A dor era arrasadora. Quando achei que estava tudo perdido, sou puxada novamente para cima e sinto o ar frio da noite bater nos meus cabelos. Respirei o maximo que pude antes do carro virar novamente e rolar barragem a baixo.

 

–        Não! – gritei inutilmente quando o carro parou de rodar, de cabeça pra cima. Fui impulsionada contra o cinto de segurança e senti uma dor alucinante nas costas quando fui impulsionada de volta.

 

Tudo estava quieto. Se mover doia. Respirar doia. Deus, tudo doia! Olhei para o vidro do parabrisa que estava todo despedaçado. Virei para vasculhar o carro. Olhei tudo ate que meus olhos pausaram no lugar onde o Draco deveria estar sentado, mas estava vazio.

 

–        Hermione! – chamou uma voz distante. – Hermione!

 

Era Harry. Virei-me para olha-lo. A luz de seus farois iluminava sua silhueta que estava descendo o barranco. Enchi meus pulmoes para chama-lo, mas emiti apenas um gemido quando duas maos seguraram meu rosto e o viraram bruscamente.

 

–        Draco? – ele estava parado ileso ao lado do carro. A lua iluminava ele e seu pingente formando uma aura cinza ao seu redor.

–        Hm.. ainda viva. – ele falou friamente. Lagrimas brotaram dos meus olhos desceram pela minha face machucada. Esse foi o pior aniversario! Meu pai vai me matar.

–        Estou com dor. – que coisa mais idiota pra se dizer pro cara que acabou de tentar te matar, mas foi o que saiu.

–        Nao tenho tempo pra isso.

 

Largou meu rosto que, desprevinido, bateu contra o porta-luvas à minha frente. Isso fez minha cabeça latejar mais ainda. Ele pos a mao por dentro de sua fantasia de pirata e de la tirou uma faca suja de vermelho. Era sangue. Comecei a me debater porem o cinto de segurança impedia qualquer movimento para sair dali. Tentei gritar, mas minhas forças me abandonaram quando ele levantou seu braço para tras como se fosse me golpear. A luz do luar brilhou na lamina.

 

–        Nao! – gritei quando a faca me atravessou. Ou acho que atravessou. Ela desceu como gelo pelo meu peito, mas eu nao senti nada. Olhei para baixo sem acreditar que nao estava machucada. Meu vestido nao estava rasgado e nao saia sangue de mim, mas eu sabia que tinha acontecido algo, porque a faca havia perfurado meu corpo e o assento do banco.

 

–   O que... – parei de falar quando percebi que minha voz nao existia. Aliás, eu não me senti existente. Então tudo, tudo que existia foi se distanciando. Tudo foi se transformando em um mero borrão. A ultima coisa de que me lembro foi de ter visto Harry alcançando o carro acompanhado de seu amigo ruivo.

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