Capítulo O5

Alguns minutos antes da cena final do último capítulo…

- Não acho que esse seja um local exatamente… tranqüilo. – Jill reclamou, tentando não parecer tão emburrada quanto realmente estava.

Ela e Remus haviam ido sentar na sala de estar, em um sofá de dois lugares. Pode-se dizer que não estava nem um pouco tranqüilo, já que era ali que a festa se concentrava.

- Bem, pelo menos podemos nos mexer. – ele disse com um sorriso, esticando os braços para o lado, para mostrar como tinham espaço, acertando nas costas de um rapaz alto e forte que estava logo ali. – Desculpe. – falou em rendição ao rapaz, quando este olhou feio para ele.

- Claro, muito espaço. – ela falou irônica, cruzando as pernas.

- Você está bem? – Remus perguntou preocupado, inclinando o rosto para frente para vê-la melhor.

- Sim. Só preciso de uma bebida. – se esticou para a frente, pegando uma garrafa de tequila que estava sobre a mesinha de centro. Ou o que restou dela. Tomou um longo gole, apertando os olhos fortemente em uma careta.

- Sente-se melhor? – perguntou, agora irritado pela atitude dela.

- Muito. – Jill sorriu bobamente para ele, e logo em seguida tomou outro gole.

- Chega disso. – arrancou a garrafa de suas mãos, e a colocou do seu outro lado, no chão. Ela fez cara de criança birrenta. – Vai me falar o que você tem hoje?

- Não. – ela murmurou e deitou a cabeça pesadamente em seu ombro. – Você parece esperto Remus, mas na verdade não é tanto assim. – falou com a voz lenta e embargada, soprando em seu pescoço. Jill não era nem um pouco forte com bebidas, e isso ficou bem claro naquele momento.

- Acho melhor você não beber mais por hoje… - Remus falou controlando a voz, tentando ignorar a respiração dela em seu pescoço.

- Não seja velho Remus. – ela falou o empurrando de leve, se apoiando nele para levantar. – Vamos dançar? – pediu com um sorriso enorme nos lábios, esticando as duas mãos para ele. Remus suspirou profundamente, e aceitou sua mão.

Eles foram até um grupo de pessoas que dançavam animadamente perto do aparelho de som. Jill passou os braços pelo pescoço dele, colando seu corpo ao dele.

- Não é uma dança exatamente lenta Jill. – ele falou tranqüilo, rindo de leve dela, que mal movia os pés no chão.

- Eu sei. Mas eu quero dançar assim. – ela riu de si mesma.

Ficaram por vários minutos assim, só mexendo levemente os pés de um lado para o outro. Jill colocava o rosto perto do de Remus, que respeitosamente se afastava, achando que ela não estava em seu estado normal. Não que ela não estivesse mesmo.

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Sirius e Marlene passaram pelo barril de chope, onde ele serviu um copo generoso para si mesmo. Lene o olhou feio, e arrancou o copo de suas mãos.

- O que foi? – ele perguntou indignado.

- Eu estou de carona com você. Nem pense que vai beber e depois bater o carro, mesmo que seja o carro de seu pai. – ela falou dura, e bebeu um pouco.

- Então você está pensando em voltar comigo? – Sirius provocou com seu melhor sorriso malicioso.

- Sim. Você vai me largar onde me encontrou quando sairmos daqui. – Lene disse fingindo que o que ele dissera não era nada demais.

- Ótimo. – tirou, delicadamente, o copo de suas mãos, e o depositou num balcão. - Então podemos aproveitar aqui mesmo. – a puxou pela cintura com vontade, e procurou seus lábios com desejo. Dessa vez, sem pensar, Lene esticou os braços até seu pescoço, o puxando firmemente contra ela, assim como ele também fazia. O beijo não demorou a se aprofundar, e enquanto se concentrava apenas um no outro, foram dando passos apressados para qualquer lado, até que Lene sentiu suas costas bater fortemente contra uma parede, e nem isso os fez se separarem.

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- Dizem que… que quando as pessoas bebem… elas tendem a falar coisas que não deviam... Como a verdade, por exemplo. – Jill falou tentando escolher bem as palavras, e não se enrolar muito. Eles ainda dançavam naquele ritmo lento. – Eu gosto de você Remus.

- Eu também gosto de você Jill. – ele falou calmamente, ainda não entendendo aonde ela queria chegar. Ou pelo menos fazendo de conta que não entendia. – Você é minha melhor amiga, como uma irmã pra mim.

- Você não entende, não é? – ela reclamou, segurando as lágrimas. Jill Cooper não chora na frente dos outros, ainda mais se esse outro for Remus Lupin. Repetia constantemente para si mesma. – O que uma garota precisa fazer para chamar sua atenção? – pergunta irritada.

- Como? Ah… o que? – ele parecia confuso. – Jill, o qu...? – Remus parou de falar, e passou a pensar. – Jill… Cooper. – falou como se finalmente chegasse a uma conclusão.

“Uma sigla para você Remmie, JC.” Sirius havia falado.

- Você é tão idiota. – Jill falou também sem entender o que ele dizia. O efeito do álcool já estava passando, e ela começava a se arrepender de ter falado. O soltou e seguiu para as portas de vidro que levavam para a piscina, na esperança de encontrar Lily para que elas fossem embora.

- Espera! Jill! – ele chamava indo atrás dela. Jill era magra, e passava facilmente pelo amontoado de pessoas no caminho, ao contrário de Remus, que fazia um grande esforço para segui-la. Passaram por Sirius e Marlene, que se agarravam contra uma parede, quase atrás da cortina, como se não houvesse mais ninguém na festa.

- Pra que? Para eu me humilhar e falar mais besteiras do que eu já falei hoje? Não, obrigada. – ela falou em tom de voz normal, não suportava barracos e nem de gente com um ouvido nas suas conversas. Procurou com os olhos Lily. Ela estava sentada em uma das cadeiras, com James ao seu lado. Os dois sorriam um para o outro. Que se danassem, eles teriam outras oportunidades de ficarem juntos novamente um outro dia.

- Jill. – ele segurou seu braço, e ela se virou bruscamente.

- Me solta. – pediu entre dentes. Nem ela mesma entendia o porquê de estar tão furiosa, nem havia falado nada demais. Puxou o braço com força, deu um passo para trás, tropeçando na borda da piscina. Remus, num impulso, tentou a segurar, mas só conseguiu cair na água junto dela.

As cabeças se viraram para eles, já que ninguém, até o momento, havia entrado na água.

- Você vai me escutar agora. – ele falou baixo, para que ninguém mais ouvisse, o que era difícil, já que muitos se esforçavam para ouvir. Jill olhou rapidamente para o lado, e viu Lily com as mãos juntas na altura do rosto, e uma expressão indecifrável. Voltou seu olhar para ele. O banho de água a fez acordar completamente do porre.

- Não quero ouvir. – ela resmungou como uma criança birrenta, tentando se soltar das mãos dele.

- Você falou sério? Sobre gostar de mim? – Remus perguntava olhando intensamente para ela, bem de perto. Como ele não havia percebido antes? Jill não tentava exatamente esconder o interesse nele, e parecia que só agora ele havia notado. Como podia ter sido tão estúpido? Até seus amigos sabiam!

- Que diferença faz? Não importa o que eu sinta, você não sente o mesmo. – ela sentia os olhos arderem. Tudo o que queria era sumir dali, ainda mais por causa de todas aquelas pessoas em volta, esperando para ver o que ia acontecer.

- Depois eu que não sei de nada. – ele revirou os olhos, e apertou seus braços ao redor dela, inclinando seu rosto em direção de Jill.

- Não faça isso. – ela murmurou com um fio de voz, ao ver seu rosto a poucos centímetros do dela.

- Mesmo? Nem se eu quiser? – falou no mesmo tom, e sem esperar que ela respondesse, colou seus lábios nos dela, num beijo calmo, suave e delicado, que logo se transformou num beijo urgente e quente. Num impulso ela correu as mãos para os cabelos deles, afundando seus dedos ali, enquanto seu coração parecia que ia pular para fora, de tão forte que batia.

Aquilo pareceu acordar muita gente, que mesmo sem saber quem era o casal na piscina, gritava e assoviava em comemoração.

Eles se separam para pegar ar, e sem dar tempo de sequer pensarem, Jill o puxou pela nuca de volta.

- Vem! – Lily gritou para James, levantando da cadeira e o puxando para levantar também. – Hora da piscina! – gritou para os demais. James a olhou com os olhos arregalados, e foi arrastado para dentro da água com ela, quando Lily pulou com tudo. Menos de um minuto depois, a piscina já estava lotada de pessoas, incluindo um Sirius que veio correndo com uma Marlene, que não para de gritar, mandando ele parar, no colo.

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- Isso é que é festa! – exclamou Sirius enquanto os seis, completamente molhados, saiam da casa de Prewett e iam procurar os carros.

- E parece que duas pessoas se deram bem hoje. – cantarolou Lily, indicando Jill e Remus, que vinham um pouco mais atrás, de mãos dadas e conversando baixo.

- Ou quatro. – Sirius falou passando o braço pelos ombros de Marlene.

- Pff, está falando sério? – ela o olhou com os olhos apertados.

- Nem vem, todos viram vocês dois naquela parede. – Lily revirou os olhos.

- Mas isso não quer dizer que eu tenha me dado bem. – Lene resmungou.

- Agora só faltam vocês dois. – Sirius falou com seu usual sorriso maroto, ignorando a morena. A ruiva baixou a cabeça, disfarçando um sorriso, e James suspirou. – Ou vão passar o resto da vida tentando provar que não existe mais uma tensão sexual entre vocês?

- Como? – Lily perguntou dividida entre o riso e a indignação.

- Nunca existiu uma tensão sexual entre a gente. – James falou, fuzilando Sirius com os olhos.

- Isso significa que minha amiga nunca lhe provocou nenhum tipo de desejo? – Marlene falou maliciosa, sorrindo como Sirius.

- Sabem, eu ainda estou aqui. – Lily reclamou, parando de frente para eles, com as mãos na cintura e uma sobrancelha erguida.

- Er… Lily, você se importa em voltar de carona com James? – Jill perguntou com um sorriso um tanto encabulado demais para ela.

- Vai agarrar o nosso santo amigo no carro? – Sirius perguntou a ela diretamente.

- Menos Sirius. – Remus o repreendeu, mas sem conseguir esconder o leve rubor em suas bochechas.

- Grande coisa, eu vou fazer o mesmo com a Lene depois. – ele deu de ombros, e levou um forte tapa no braço. – Autch, quer me matar hoje?

- Não seria de todo ruim. – Marlene falou brava enquanto os outros riam.

- Tudo bem por mim. – Lily falou simplesmente. – Isto é, se eu puder ir com você James. Não quero estar no mesmo carro que esse dois. – falou apontando para Sirius e Lene, que ainda discutiam.

- Por mim pode ser. – ele disse sincero. – É bom irmos logo, afinal, amanhã temos que trabalhar. – James resmungou a última frase, e todos o acompanharam com as lamúrias. – Até daqui, - continuou, olhando no relógio. – seis horas.

E saiu acompanhado de Lily.

- Aposto como eles vão se agarrar. – Sirius falou com certeza.

- Chega de apostas. – Remus revirou os olhos. – Vamos indo também? – perguntou a Jill, que ainda segurava sua mão.

- Sim. Até amanhã, vocês dois. E comportem-se! – ela falou divertida para eles. Sirius abraçou Lene, fazendo uma cara de santo, e novamente apanhou dela.

- Quanto tempo mais você acha que vai levar até o James admitir que perdeu essa aposta com o Sirius? – Jill perguntou enquanto dirigia até a casa de Remus.

- Não sei. Conheço James há tempo suficiente para dizer que ele é cabeça dura demais para admitir que perdeu algo para Sirius. – Remus disse pensativo. – Ou que vai perder.

- Mas Sirius também é insistente. E muito, diga-se de passagem. Mas vai dizer que não viu o jeito que Lily e James estavam hoje? Não sei como era no tempo que eles namoraram antes, mas eu, vendo a coisa hoje, diria que eles estão bem próximos de fazer alguma coisa. – ela contou suas observações, fazendo Remus rir.

- Lily e James sempre foram assim, afinal, eles são… Lily e James. Não tem melhor explicação. – ele riu. Ficou quieto por alguns segundo, parecendo pensar em algo. Jill estacionou o carro em frente a casa dele. – Quero que saiba que eu queria sim te beijar hoje. Não foi só pelo que você falou, embora isso tenha ajudado. – ele disse inclinando o rosto para perto do dela.

- Eu não pretendia ter falado daquele jeito. – sua voz tremeu um pouco, suas bochechas coraram, e ela viu os olhos de Remus brilharem rapidamente.

- Eu sei. Mas acho que eu precisava que você falasse. – encostou os lábios nos dela, num selinho demorado. – Mas eu gosto de você Jill. De verdade. – deu mais um selinho, este rápido, e saiu do carro antes que ela falasse algo.

Jill, com a boca aberta, o viu acenar e entrar em casa. Sacudiu a cabeça rapidamente. Tinha acontecido mesmo, ou ela estava dormindo, ou sob o efeito do álcool? Pensava consigo mesma. Sacudiu novamente a cabeça, resolvendo que era melhor acreditar que era verdade. Ligou o carro e dirigiu para casa, ainda perdida em pensamentos.

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- Gostou de me espancar, não é? – Sirius perguntou a Marlene, fazendo cara de coitado.

- Esse seu rostinho não me engana Sirius Black! – ela exclamou. – Vamos logo que eu ainda tenho que me preparar bem para o meu sono de beleza, já que ele não vai ser muito longo. – Lene falou fingindo ser extremamente vaidosa, mexendo nos cabelos, que agora estavam levemente armados por causa do banho de piscina.

- Como se você já não fosse bonita o suficiente. – ele falou revirando os olhos, e abrindo a porta do carro, exatamente como fizera quando fora pegá-la em casa. - Minha bela dama. – fez uma reverencia para que ela entrasse. Marlene sorriu em agradecimento e entrou.

- Andou fazendo aulas de boas maneiras? – ela perguntou quando ele sentou ao seu lado.

- Eu sempre fui educado com você Lene. – Sirius revirou os olhos novamente.

- Então acho que não nos falávamos muito antes. – Marlene fez uma cara divertida de falsa-pensadora.

- Viu? Não venha com pedras na mão para mim. – ele fez biquinho, olhando para ela.

- Olhe para a frente quando estiver dirigindo! – reclamou, empurrando seu rosto com a mão e rindo.

- Lene, você ainda vai acabar me quebrando. – ele também riu, fingindo colocar o maxilar no lugar. – Mas sabe, eu não me importo nem um pouco. – falou parando e desligando o carro.

- Aqui não é minha casa. – ela falou apertando os olhos para tentar ver a casa em que estavam parados na frente. – Sirius Black! Você é um sem vergonha! Eu não disse para virmos para a sua casa! – Marlene falou irritada, e cruzando os braços.

- Mas não é minha casa. – Sirius falou rindo dela.

- E de quem é então? – perguntou ainda emburrada.

- Não sei. – ele deu de ombros, e ela ergueu uma sobrancelha. – Só parei aqui para ficar um pouco mais com você. – sorriu maroto, deitando a bochecha no apoio de cabeça de seu banco, para encará-la divertido. – Sabe, para eu poder te agarrar e você não ter para onde fugir. – acrescentou se esticando para cima dela, já passando um braço por seus ombros.

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- Chegamos. – Lily falou, olhando para a casa pela janela. Olhou para James, que estava em silêncio, olhando para algum ponto indefinido da casa. – Estamos ficando sem assunto um com o outro ou é impressão minha? – ela arriscou dizer.

- É o que parece. – ele riu pelo nariz. – Desculpe por isso. – falou, e ficou mais alguns segundos em silêncio.

- Desculpar pelo que? – ela perguntou confusa.

- Não sei. – ele riu nervoso. – Por não saber o que falar para você.

- Ah… tudo bem, acontece. – ela sorriu. – Até amanhã James. - Se inclinou para beijá-lo na bochecha, e desceu do carro.

Ele esperou até ela entrar, para então ir para sua casa. Nenhum deles dormiria muito nessa noite.

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- Acho que temos alguém que vai começar a namorar em breve aqui. – Jill falou se apoiando sobre o balcão de Marlene, enquanto esta ligava a máquina de algodão doce. – Já falei que você fica fofa demais com esse tom de rosa? – acrescentou com uma cara que chegava próxima ao nojo.

- Eu sei que fofa demais não é uma coisa boa. Esse rosa é terrível. – Lene resmungou. – E Remus já está querendo te pedir em namoro? – perguntou com a sobrancelha erguida.

- Não, sua besta. – Jill revirou os olhos. – Estou falando de você e Sirius.

- O que ele falou agora?! – Marlene perguntou assustada, olhando para a barraca em frente. Sirius dormia profundamente com a cabeça sobre o balcão de madeira, enquanto James mirava uma das armas de tinta nele.

- Deixa disso Lene. – Jill ria alto. – Estou falando do que você falou esses dias. “Só vou namorar Sirius Black no dia que você se declarar para o Remus.” E bem, eu fiz isso. – falou, e suas bochechas ficaram em um tom rosado.

- Você entendeu mal. – Lene retrucou arrumando o cabelo em baixo do boné. – E você não tem que trabalhar, não? – perguntou antes que a outra abrisse a boca. Ela só revirou os olhos, concordando e saiu.

Nem dois segundos depois ouviu-se o grito de Sirius, provavelmente por todo o parque.

- Você perdeu a noção das coisas, foi? – ele ainda gritava indignado, enquanto James tinha literalmente se sentado para não cair no chão de tanto rir. Ele havia atirado na lateral do corpo de Sirius uma bala de tinta vermelha. – Isso dói pra c******!

- Acho que já chega de brincadeiras, não acham? – Sr. Mathews apareceu, com seu bigode recém aparado, o que era perceptível pelo resto de creme de barbear embaixo do queixo, e a cara em uma expressão dura. – E limpe essa sua blusa, senhor Black! – falou, para logo sair pelo parque, colocando mais funcionários em seus devidos postos.

- É isso ai, vocês ouviram o chefe! – Remus chegou sorridente, entre os dois antes que Sirius tentasse matar James. – Vão trabalhar e sem brigas, crianças. – empurrou segurou o portãozinho da barraca de Sirius para que ele não saísse.

- Olha quem falando. – James comentou com uma sobrancelha erguida.

- Você ainda vai se ver comigo. – Sirius ameaçou, apontando o dedo indicador para James, que fingiu sentir medo. – Mas nos conte, caro amigo lunático, como foi ontem com a bela Jill?

- Vocês viram como foi. – Remus falou sorrindo de canto.

- Estamos falando sobre a carona, a parte em que vocês estavam sozinhos no carro. – James disse maliciosamente, se apoiando sobre a portinha de madeira, assim como Sirius fazia, para encararem o outro.

- Nada de mais. – ele deu de ombros. – O Sr. Mathews está vindo de novo. Voltem aos seus postos Marotos. – piscou o olho e sumiu por trás das barracas.

- Ele pensa que escapa. – Sirius disse.

- Só pensa. – James concordou.

- E o mesmo vale para você. – falou no mesmo tom ameaçador de antes e se voltou para o seu balcão.

- E ai caras? – Aaron os cumprimentou, se apoiando no balcão de James. Sirius apenas acenou, furioso demais por causa da bala de tinta.

- Aaron. – James cumprimentou indiferente. Ele podia ser irmão da Jill, que era uma das pessoas mais legais que ele conhecia, mas ainda sim não era flor que se cheire.

- Fiquei sabendo que está saindo com Lily Evans. – comentou casualmente.

- Não estou saindo com ela, só dei uma carona. – James tentou soar desinteressado.

- Bom, mas eu sei que você sabe o que está em suas mãos. Quer dizer, Lily é uma garota muito bonita e simpática. Acho até que posso dizer que foi a melhor que eu já peguei, se é que me entende. – falou com um sorriso sacana. O outro apertou os olhos para ele. – Sabe como é, as ruivas são uma loucura, principalmente essa ai. Faça bom proveito. – disse em tom provocativo, e sai.

James quase avançou pra cima dele, se não fosse Sirius para segurá-lo.

- Você ouviu isso? – James perguntou indignado. O outro apenas concordou, pensativo. – Acha mesmo que ela dormiria com esse idiota?

- Eu não sei cara. – Sirius falou apreensivo. – Só não vá fazer nenhuma idiotice.

- Olha quem falando. – o outro falou mais calmo, e passou a se concentrar no trabalho até a hora do intervalo.

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- Parece que alguém não dormiu muito essa noite. – Jill cantarolou ao chegar ao lado de Lily na montanha-russa.

- Está tão na cara assim? – a ruiva perguntou esfregando o rosto.

- Sim, suas olheiras estão quase nas bochechas. – ela falou sincera. – Isso tem algo a ver com um certo Maroto de óculos?

- Talvez… - murmurou sorrindo, alguns segundos depois. – Mas é complicado.

- Não vejo o que pode ser complicado nisso. – Jill disse liberando a passagem para um grupo de pessoas entrarem no brinquedo. – Vocês se gostam, e os dois sabem disso. Aliás, todo mundo sabe disso. A não ser pelo meu irmão, mas ele é um idiota e nunca gostou de nada que não fosse ele mesmo. – suspirou inconformada.

- É que passou tanto tempo. Ele conheceu outras pessoas, eu também. Querendo ou não a gente se distanciou. – Lily falava baixo, com a cabeça deitada sobre os braços no balcão.

- Por favor, não diga que meu irmão foi a pessoa que você conheceu!

- Credo, não! – falou com nojo. – Eu só quis fazer de conta que também conheci alguém interessante nesse tempo. O que não aconteceu. – elas riram.

- Eu acho que você devia falar com ele. – Jill disse com certeza. – E essa tal de Melany que se dane.

- É Melissa. – Lily riu,e Jill deu de ombros. – Vou dar uma de Jill e falar com ele então. – disse ainda rindo, no que a outra a empurrou com o ombro de leve.

- E olha quem vem vindo ai. – a morena indicou com a cabeça. – Aproveita a chance.

James vinha caminhando devagar, com as mãos nos bolsos e uma expressão indecifrável no rosto.

- A gente pode conversar? – ele pediu ainda com a mesma cara.

- Ah… claro. – Lily concordou desconfiada, mas Jill sorria confiante para ela. – O que foi James? Você está com uma cara estranha. – ela comentou quando eles já tinha se afastado um pouco do movimento. Ele parou, e virou de frente para ela.

- O que aconteceu entre você e Aaron Cooper? – perguntou diretamente, em um tom frio, fazendo com que Lily se espantasse.

- Como assim? Não aconteceu nada. – falou baixo e um pouco nervosa.

- Mesmo? – ele ainda perguntava no mesmo tom, e ela suspirou.

- Bem… a gente ficou… algumas vezes… - Lily falava sem conseguir encará-lo.

- Só isso?

- Claro que só isso. – ela falou logicamente. James ainda estava sério, a encarando. – Escuta, você não é a única pessoa aqui que pode se envolver com outra pessoa! – disse um pouco irritada pela expressão dele.

- Mas tinha que ser justamente Aaron?

- Quer saber? Foi a gente ficou sim, mas não foi nada demais. Não sei o que chegou aos seus ouvidos, mas eu nunca ficaria com ele se soubesse que você voltaria! – Lily falava já bastante irritada.

- O que?! – perguntou confuso.

- Eu não sabia que eu voltaria para cá, e mesmo assim nunca me envolvi demais com alguém pensando que de algum modo seria uma traição a você! E quando eu volto para cá, descubro que além de você ter sumido da cidade, estava namorando. – a última frase foi quase um sussurro. Ela sentia seus olhos começarem a arder, mas não choraria. – E Aaron estava praticamente se jogando para cima de mim…

Eles ficaram em silêncio por algum tempo, um sem nem olhar para o outro.

- Não venha me atacar assim, sem razão, de novo. – Lily resmungou, e virou as costas para voltar para a montanha-russa.

James a viu sumir de vista, e sentou em um banco. Passou as mãos pelos cabelos, quase arrancando todos os fios tamanha a força que usava. Suspirou profundamente e esfregou o rosto com as mãos. Porque havia falado daquele modo com ela? Ele não era ninguém para reclamar do fato de ela ter se envolvido com outra pessoa. Eles nem mesmo eram um casal para ele agir daquele modo.

Ela ainda o deixava louco.

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- Me explique agora mesmo o que deu em você! – Jill chegou em James no final da noite, quando estava entrando em seu carro para ir embora, o empurrando com força. Remus vinha quieto ao seu lado, não adiantaria se ele pedisse a Jill que ela se acalmasse. – Minha amiga foi embora logo depois que você se falaram. Não quis me dizer nada do que aconteceu, então você vai me explicar!

- Fica calma Jill. – James pediu em um suspiro. A garota não parava de bufar e o olhar feio. – Eu fui um idiota, admito isso.

- O que foi que você disse para ela? – ela perguntava com os braços cruzados. Remus parecia temeroso pelo amigo, sem saber se interferia ou não. Ele suspirou novamente, passando a mão pelos cabelos.

- Eu a repreendi por ter ficado com o seu irmão. – falou de uma vez.

- Você o que? Ficou maluco? Até onde eu sei você também tem uma namorada. Ela não pode ficar com outra pessoa por acaso? Não que eu aprove que essa pessoa seja meu irmão idiota, mas enfim… - Jill falou menos brava, mas como se James também fosse idiota.

- Eu sei, ‘tá legal? Não sei o que me deu. – ele resmungou.

- Mas eu sei o que você vai fazer: vá até a casa dela agora e implore por desculpas! – falou dura, apontando o dedo para ele. Um sombra de riso passou pelo rosto de Remus, mas logo ele disfarçou com um ataque de tosse. Jill parece muito engraçada quando quer impor algo a alguém. Menos para James, para quem ela parecia extremamente aterrorizante.

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N/A: eu sei, eu sei, tenho que me esconder por completo .-. e como sempre, eu tenho uma desculpa :D primeiro foi o final de ano com provas e tudo o mais (e eu passei em todas as matérias o/ tenho a impressão de que já falei isso, hm*), e agora eu estou na casa da minha vó, e eu tinha esperanças de que ela tivesse um internet decente, e não uma que leva mais de um minuto para carregar a página inicial do Google, agora imagine o FeB, ou , e eu sou uma pessoa totalmente sem paciência sobre ter que ficar esperando. Isso sem falar que minha vó me colocou no trabalho (sim, eu estou trabalhando :O eu nunca acreditaria se não visse com meus próprios olhos, mesmo que eu seja uma folgada, e fique dando uma de Remus e passeando de um lado para o outro toda hora :D), então fiquei sem tempo de novo u.u mas consegui terminar esse capítulo, e não ficou exatamente como eu queria, mas acho que não ficou tão ruim assim :S o próximo, que também é o último, já está pronto, e eu posto ele amanhã.

Respostas:

nath krein: Remus lerdo é uma coisa fofa, ahaha. A Lene foi muito eu naquele momento, fazendo idiotices e depois se ferrando, se bem que no caso dela ela não se ferrou nada, uahaua. Nossa, quantas perguntas haha! A maioria delas estão respondidas durante esse capítulo :D e aqui está, mesmo que eu tenha prometido postar ano passado :p

Lúuh McKinnon Black: hahaha, que bom que gostou de todos eles *-* sim sim, mães é que não nos entendem, ao invés de incentivar a gente em alguma coisa querem que a gente largue tudo u.u haha

Miss Laura Padfoot: aah, escreva J/L`s *-* eu vou ler quando tiver uma net decente de novo, haha. auhauhauah, concordo totalmente com o elogio ao Sirius, haha. Mil desculpas pela demora :/

Gih Meadowes:  que bom que gosta tanto assim *-* vou falar mais uma vez pra ti, tu me viciou em Glee u.u agora fico boa parte do tempo ouvindo as músicas, e louca da vida quando demora pra sair um episódio novo! haha. Desculpa a demora :/

Nah Black: Remus lerdo, adoro, auhauaha. Eu tive que acabar ali, senão esse capítulo aqui ia ser um nada :p sim, fora pessoas chatas e grudentas! Melissa duas caras u.u hahaha. Valeu por todos os comentários *-* mas devo dizer que fiquei super chateada por eu não ter postado antes, to até com vergonha .-. então espero que tenha ficado bom, senão eu me mato de vez [/drama.off] e mais uma vez, perdão pela demora :/ e eu vou sim passar na sua fic, nem que eu leia um paragrafo por dia! O que é imposivel, já que todas as tuas são viciantes, e eu to bem atrasada com a leitura já né? ;x e, ah! Eu assisti o episódio de Supernatural que tu fez Casual Contact! Mas a tua fic ficou mil vezes melhor que o episódio, mesmo que eu seja maior paga-pau da série :p

eugênio: hahaha. Eu também to super atrasada para ler as fics, então beleza :D

Marys.: haha, o Remus é igual a mim na lerdeza e em matar trabalho, uahuaauha. Veja o filme sim, eu recomendo, não é uma superprodução, mas é bom de assistir ^^ Concordo contigo, amo todos esses que tu citou, só não sei quem é o último deles (ou não lembro agora). Haha, ninguem gosta do Aaron, nem eu :p e mals pela demora :/ tomara que goste deste e do próximo também ^^

Eu agradeço muuuuuito a quem comentou e teve paciência de esperar. E também quero pedir desculpas por não ter lido as fics que costumo acompanhar :S mas eu prometo que antes de inventar escrever qualquer outra fic, vou colocar em dias as que leio :D

Acho que é só isso por hoje.
Beijos da autora mais irresponsável do mundo :*