Pensamentos perdidos.



(Pessoal, eu vou postar a relação dos capítulos. Os nomes é claro.)


Quando olhei para a porta para ver se era a professora Coff que estava entrando, não era. Era o Prof. Donald. Professor Donald era o professor mais chato desse colégio. Adorava tudo organizado e certo.  Ele é um professor muito amargurado, provalvelmente teve uma infância muito difícil. Ou será que o proplema dele foi no colegial? Se fosse isso, explicaria o motivo da sua arrogância com os alunos. Ele é professor de matemática e Filosofia. Com ele, os alunos ralam para manter notas equilibradas. Então, o professor Donald entrou na sala já batendo com sua régua na porta para chamar a atenção da turma. E como sempre, funcionou. Ele conseguiu a atenção da turma inteira em apenas um minuto. E começou a falar, ou melhor reclamar.

- Que farra é essa? Nem parece que vocês estão em aula! Agora eu vou trocar os lugares de vocês e, nenhum aluno vai escolher o seu lugar. - Merda, justo agora ele tinha que fazer isso. Pensei.
- Gina, Ron e Harry. Vocês estão no meu grupo se for em grupo ou trio. Ta bom? Beijos. - Era melhor já falar com eles, por que eu já tinha idéia de que concerteza o professor Donald vai me trocar de lugar. Foi quando eu percebi que o Cedrico veio para a aula hoje. Cedrico Diggory.




Cedrico é o garoto mais lindo do colégio. 17 anos. Branquinho, com olhos cor de mel e seu cabelo arrepiado castanho, forte e, perfeito. É o garoto que mais mata aula no colégio e lá estava ele. Sentado no quanto da sala, ao lado de sua namorada, Fleur. Fleur Isabelle Delacour.



(Pessoal, perdoem o meu erro na hora da edição. O nome que era pra aparecer era Fleur só que eu tava editando várias ao mesmo tempo e nem reparei que tinha editado errado. Essa é a Fleur Isabelle Delacour.)


Fleur é a garota mais linda do colégio, loira com seu cabelo caindo nos ombros. 16anos. Corpo violão e também é muito popular. Ela tem sorte por estar com o garoto mais bonito do colégio, o garoto que eu amo! Pensei até em tentar ser melhor que ela, mas nunca teria chances. Quando percebi que o Cedrico estava olhando pra mim, virei para frente, olhando para o Rony.

- Mimi, é impressão minha ou o Cedrico estava te olhando, agora?- Gina falou, baixo demais para quase nem mesmo o Rony ouvir.
- Claro que não. De onde você tirou isso? Nunca que o Cedrico me olharia. - É, ele me olhou. Mas deve ter sido por que eu estava olhando diretamente pra ele. Como sempre, eu paguei mais um mico. E agora, era um mico que incluía o Cedrico. Não. Hermione, onde você estava com essa cabeça oca? Bem, não vou mentir que me perdi na boquinha linda do Cedrico mas...Ah.

- Ele é simplismente tudo!- De repente, me dei conta de que estava pensando alto demais e a turma toda ouviu.

Queria ter um lugar para enfiar minha cabeça e sumir daquela sala estúpida no momento em que todos estavam rindo de mim. A minha única saída foi enfiar minha cabeça dentro da mochila. Mas antes eu concluísse esse processo o prof. Donald me chamou. Levantei minha cabeça e vi que todos estavam me olhando. Olhei para o Professor.

-Sim? - Falei com o professor, tentando quebrar o gelo de tantos olhares em cima de mim.
-Srta. Granger, poderia vir até minha mesa? - Não pude negar esse pedido, não, essa ordem. Fui até a mesa dele e quando estava chegando, senti uma pressão vindo da mesa do Cedrico. Quando vi, Fleur estava me olhando de um jeito malvado. Só que não parecia que ela estava fazendo algo, mas sim, que ela estava com raiva e muita raiva de mim. Continuei andando, mas quando dei o último passo, caí. Todos começaram a rir mais ainda. Então o professor veio em minha direção.

- Menina, será que dá pra você agir direito? Ou pelo menos tentar? - Isso ofendeu!
- Mas, professor...eu...é...eu...-Fui cortada pela Fleur, naquele momento.
- Ah, queridinha. Tá querendo convencer quem? Você tropeçou no seu próprio pé. - Que idiota essa garota! Eu pensei.
- Com licença, Srta. Delacour. Eu acho que ainda sou o professor aqui nessa sala. Então, eu gostaria que você respeitasse sua colega e ficasse de boca fechada enquanto eu dou a ordem aqui na sala. - Pela primeira vez, eu senti que amava esse professor.
- Er, mas professor, eu só estava...- E agora, o que aquela estúpida queria? Pensei, olhando fixamente para Fleur. Para minha sorte, o professor a interrompeu.
- Você só estava tentando se meter, quando você deveria ficar quieta? - É. Agora ela ganhou o que merecia. Olhei para ela de um jeito como se quisesse esnobar. Mas não pude nem aproveitar o momento. O professor me interrompeu.
- E você, mocinha? Acha que se livrou? Bom, eu quero que você sente do lado do Cedrico. - O que? Eu, do lado de Cedrico Diggory? Não acredito. Isso era a melhor e a pior coisa que poderia me acontecer. Pensei, olhando novamente para o Cedrico. Quando fui interrompida pelo professor.

- Que eu saiba, é pra hoje srta. Granger. - Que raiva. Eu queria fazer aquilo, mas também não queria.

Então obedeci o professor. E como se já não bastasse, ele ainda estava me recebendo com um sorriso no rosto. Aquele era concerteza, o sorriso mais lindo que eu já vi. Não vou dizer, que era o mais perfeito que eu já vi na minha vida, mas era o sorriso mais lindo desse colégio. Porque o sorriso mais perfeito, eu ainda não vi. Porque eu sei que é o da minha mãe. Aquele sorriso que o Cedrico me deu era...Ah, só sei que me perdi olhando para ele. Parecia que ele não ligava que eu sentasse do lado dele. Foi aí, que eu o respondi com um sorriso. Foi impossível resistir.

Quando eu estava chegando no meu novo lugar, eu nem tinha reparado que o professor já estava trocando o lugar de outras pessoas na sala. Ele colocou a Fleur do lado do Rony ( Ela tinha nojo dele. Dava pra reparar de longe.). Colocou Gina do lado de Harry. Deu pra reparar como a Gigi ficou. Ela o amava. Eu comecei a achar que o Harry tava começando a sentir algo pela Gina. Ele a olhou de um jeito que, se fosse comigo, eu derretiria. Tirei meus olhos deles dois e então voltei a olhar para o professor Donald.

Assim, que o professor ajeitou a sala, ele permitiu que a Prof. Hooch entrasse na sala para dar começo a sua aula. Ou melhor, passar a tarefa, a avaliação que todos eram obrigados a fazer. Quando a professora entrou na sala, todos os alunos levaram um susto. A professora estava de visual mudado. Estava como cabelo picotado num tom loiro cinza e incrivelmente linda. Não parecia nada com a antiga professora Hooch. Aquela professora triste. Ninguém esperava por essa mudança radical da professora.


Profª Hooch


A professora não parecia estar ligando para os olhares de todos os alunos da sala. Realmente ela não estava ligando. A professora Hooch começou a agir como se estivesse como sempre. Colocou suas coisas na mesa e tirou um piloto da sua bolsa. Foi até o quadro e escreveu.

" Tarefa do dia: Um relatório sobre um ente querido."

Era de se esperar que fosse algo como redação. Aliás, ela era professora de Português. Ela continuou escrevendo.

"A tarefa é sobre qualquer ente querido, mãe, pai, cachorro. Falar com detalhe da jornada que vocês farão para saber sobre esse ente."

Lembrei da minha mãe quando ela falou sobre um ente querido, quase desabei. Se eu não tivesse com a cabeça escostada na parede, eu iria desmaiar de desespero e tristeza. Então a professora virou para turma e ficou nos olhando durante um tempo.


- Eu tenho que falar que esse relatório é uma jornada. Uma jornada que vocês terão que vivê-la e aprender com isso. Não é pra vocês sairem escrevendo todas as informações que vocês conseguirem. Aprendam com cada detalhe que essa jornada trazer para vocês. Viaje pelo tempo, saia pela cidade atrás de informações. Mas vivam e aprendam. Essa é a importância dessa avaliação. É uma questão de maturidade. - Aquilo sim era um discurso. Pensei.

Gostei do que a professora estava falando, mas parecia que quanto mais a professora falava em viver essa busca, mas eu ficava com uma dor no meu peito, um aperto no meu coração. A professora não tinha terminado de falar, então desliguei meu subconsciente da idéia de pensar na minha mãe e voltei a prestar atenção no que a professora falava.

- Essa tarefa é para quatro pessoas falaram sobre um ente. O ente é de alguém, os outros no grupo terão que aprender com a vida do colega. Vocês terão que aprender juntos.- De repente, eu percebi que a professora estava me olhando.

Ah, pára de graça. Deixa eu adivinhar. A professora vai me chamar pra ser a primeira a testar essa tarefa?
- Hermione, você poderia vir até aqui e escolher seu grupo? - Acertei em cheio.

Virei a cobaia dos professores ou eles só estavam tentando ser legais comigo? Eu acho que a primeira é a resposta certa. Fui lá pra frente e fiquei do lado da professora.

- Nós sabemos que você é a mais certa de fazer um relatório perfeito.- É, ela estava se referindo a minha mãe. - Eu sei que você tem muito que saber sobre sua mãe e é por isso que eu te chamei pra ser a primeira. Quero que você saiba que eu fui amiga da sua mãe, ainda sou amiga dela. Quero que você saiba que o que você precisar, quando precisar, eu vou te ajudar, te apoiar. - Olhei para professora ouvindo ela terminar.

É impressão minha ou ela está falando da minha mãe? Nossa. Por essa eu não esperava. A professora Coff era amiga da minha mãe? Isso explicava como ela me tratava. Porque tudo é tão injusto comigo? Deixa eu adivinhar de novo. O Diretor é meu tio? Ha ha. Assim que a professora terminou eu dei um sorrido pra ela.

- Professora, obrigada pela ajuda. E o grupo que eu escolhi é Gina Weasley, Rony Weasley e Harry Potter.- Eles vieram até a professora. Assim que eles estavam bem do meu lado, a professora nos chamou na mesa e falou que era um trabalho em grupo e nos liberou. Não esperei nem um segundo. Como já estava com a minha mochila nas costas, puxei a Gina e saí da sala.

- E então? Sobre que ente querido nos vamos falar?- Gina falou.

Sem que agente percebesse, o Rony e o Harry já estavam do nosso lado. O Rony do meu lado e o Harry do lado da Gina. Eu precisava fazer algo pra me distrair e tirar as coisas que eu pensei na sala de aula. Então não aguentei.
- Que tal agente apostar uma corridinha até o refeitório? - Falei já correndo, olhando para a Gina, pro Rony e para o Harry.

Todos estavam correndo. Quando virei para olhar para a Gina, acabei esbarrando no Draco. Outra vez! Saí rolando no chão e ele também. Quando vi como estava a situação, ele estava deitado no chão e eu apoiada em seu peito com meu rosto colado ao dele. Olhei para ele. Senti algo estranho. Não deu para não olhar pra ele, quando de repente ele soltou um sorriso. Aquele sorriso foi pra mim? Que estranho. Era a primeira vez que eu vi o Draco sorrir. Levantei e fui correndo atrás do pessoal. O que eu estava pensando em não levantar logo que caí? Por que o Draco sorriu pra mim? Não entendi o motivo daquele sorriso mas gostei.

Assim que cheguei no refeitório, estavam todos sentados numa mesa do canto. Fui até eles e sentei do lado de Gina. Ela olhou pra mim, querendo explicação sobre o motivo da brincadeira no corredor.

- Está me olhando assim porque?- Falei, esperando que ela explicasse a reação dela.
- Será que dá pra você explicar o que foi aquilo com o Draco Malfoy?- Por que ela estava curiosa com aquilo? Não foi nada demais.
- Não foi nada demais. Só esbarrei nele e dessa vez eu caí e ele também.- Falei tranquila.
- Tá bom. Não vou insistir detalhes. Não agora. Mas será que dá pra você nos ajudar a resolver sobre quem é que agente vai falar no relatório?- Não acredito que eles estavam decidindo isso.
- Agente pode falar sobre o Elvis Presley. - O Rony falou.

Mas que coisa idiota que ele falou. No mesmo instante, eu e a Gina demos uma tapa nele.

- Claro que não, Ron. - Gina falou.
- Concerteza, não. Que tal Madonna?- Harry falou rindo.

Lá foi mais uma sessão de tapas.

Quando lembrei do belo discurso que a professora havia dado na sala de aula e acabei pensando em minha mãe. Foi aí que eu comecei a me sentir mal, triste. Se eu fizesse esse relatório sobre a minha mãe? Eu teria uma desculpa para saber mais sobre ela. Meu pai teria que falar sobre ela pra mim. Sem fugir. Seria a coisa mais confortante que eu já fiz na minha vida. E eu teria chance de conhecer minha mãe, minha querida e tão amada mãe.

A professora Hooch tinha conseguido fazer com que eu pensasse na minha mãe. Depois de tanto tempo. Eu pude pensar nela sem que nada me limitasse por causa da idéia de um dia a conhecer. Mas, conforme eu pensava nela, parecia que alguma coisa dentro do meu peito iria explodir. A tanto tempo eu havia parado de pensar na minha mãe a não ser ontem. Parecia que o tempo fez com que eu sofresse mais ao pensar na minha mãezinha.

- Mimi, em que você está pensando? - Gina falou e todos olharam pra mim.

Não aguentei suportar a dor dentro de mim e comecei a chorar só de pensar em minha mãe. Não pude ficar ali, chorando sem explicar para eles o motivo. Saí correndo em direção ao portão da entrada. Sentei embaixo de uma árvore que tinha lá na entrada. Não aguentei prender o choro e comecei a chorar. Coloquei minha cabeça nas minhas mãos. Quando de repente, eu senti uma mão passando no meu cabelo. Levantei minha cabeça e vi que era o Draco. Ele estava olhando pra mim, sorrindo ainda com as mãos em meu cabelo. Parecia que ele estava tentando me confortar, consolar. Pela primeira vez, eu me senti bem perto dele. Tentei parar de olhar para ele, para seus olhos que estavam incrivelmente lindos, mas foi em vão. Me perdi no sorriso que ainda estava no seu rosto. Mas não durou muito tempo, porque ele me interrompeu. Ainda chorando, tentei prestar atenção nele.

- Hermione? É Hermione, não é? Seu nome! Prazer, sou Draco. Acho que você já deve saber que esse é meu nome.- Ele sabia meu nome? Nossa, que estranho. Ouvir ele dizendo meu nome. Era uma coisa nova.
- É sim.- Eu ri um pouco.- Sabia sim, que esse era seu nome. Mas, eu não tinha idéia de que você sabia o meu.- Tinha idéia de que ele sabia. Aliás, eu sou a garota mais desajeitada e atrapalhada do colégio e não tinha ninguém que não sabia meu nome.
- Ah. Como eu não saberia seu nome se toda vez, na hora da entrada, eu esbarro em você?- Ah, ele sabia meu nome só por causa disso. Um bom motivo. Mas, será que ele percebia que muitas vezes eu ficava o olhando muito? Será que ele ficava chateado por causa daquilo? Pensei.

Sem que agente percebesse, começou a chover. Nós saímos correndo em direção a cantina. Quando chegamos lá, eu fiquei olhando pra chuva cair. Quando percebi que o Draco estava me olhando. Olhei para ele, mas ele virou o rosto. Eu não tinha entendido o motivo mas, fiquei meio sem graça. Por que que eu tinha ficado sem graça? Eu precisava achar alguma distração para mim não acabar falando besteira.

Eu estava começando a ficar com sede. Pensei.

- Draco, eu acho que vou comprar uma coca.- Antes que eu pudesse ir, ele me puxou para o balcão. Me colocando sentada num banco. Então, ele pediu as cocas. Eu não tinha pedido pra ele comprar uma coca pra mim mas...
- Toma aqui. Eu também estava começando a ficar com sede.- Ele disse.
- Mas...Não precisa. Eu não falei que era pra você comprar uma coca pra mim. Eu falei só por falar. Eu iria comprar.- Respondi.

Tudo que eu tinha acabado de falar era verdade.

-Aceita aí. Eu só estou tentando ser cavalheiro. E você tá com sede.- Não dava pra teimar com ele. Peguei a coca e dei um gole bem demorado.
-É. Você realmente estava com sede.- Ri quando ouvi o que ele tinha dito, e então ele voltou a falar.- Mas, eu poderia saber o porquê do seu chororô embaixo daquela árvore?- Ele disse.

Já estava esperando que ele fosse perguntar isso mas eu não queria falar sobre. De repente, eu vi um cordão com os mesmos detalhes do meu. Fiquei um tanto curiosa.

- Draco, o que você tem no pescoço?- Perguntei. Estava muito curiosa.
-Ah. É um cordão que eu ganhei quando eu nasci.- Estava ouvindo-o com tanta atenção que fiquei quieta até demais.

Quando olhei de novo pra o cordão do Draco, me surpreendi. Percebi uma letra como pingente. Um "M".

- Draco, essa letra aí no seu cordão é de que? Se eu puder saber.- Tentei parecer amigável.
- É um "M". De que eu não sei, mas só sei que a inicial do meu destino é essa.- Inicial do destino dele? Como assim?
- Como assim "inicial do seu destino"?- Eu não estava entendendo nada do que ele tinha falado.
- É que onde eu nasci, tem uma tradição. Cada criança ao nascer ganharia um cordão com a inicial do seu destino. E cabe a nós, procurarmos o nosso destino e nos convencer do que vem pela frente.- Agora eu estava o acompanhandoe. Estava ficando antenada.- Só que eu ainda não conheci o meu destino, nem se quer cheguei perto.- Ele disse.
- Mas, como você sabe quando está perto do seu destino?- Eu, agora, estou muito curiosa. Até demais. E isso não é bom.
- Eu não sei direito. É como se você sentisse uma ligação que nos conecta. Como se você só tivesse olhos para o seu destino. Como se você só pudesse ver o seu destino, numa escuridão. Como se fosse sua luz.- Ele terminou.
- Você fala como se já tivesse passado por essa experiência.- Eu falei.

Fiquei surpresa. Por que ele tinha falado de um jeito como se já tivesse conhecido seu destino. Aquilo realmente me deixou muito interessada a saber mais da história do colar e dessa do destino. Mas eu fui interrompida.

- Hermione, eu reparei que você tem um colar com uma inicial. Qual o significado dessa inicial?- Ele falou enquanto pegava no meu colar e o observava, comparando ao seu.
- Não sei direito. Eu também ganhei quando eu nasci. Minha mãe me deu esse colar. Acho que era para que eu nunca esquecesse dela.- Como se isso fosse possível. - Ela me deu esse colar e foi embora.- Terminei e vi que o Draco estava me olhando.
- Mas ela foi embora assim? Sem mais nem menos?- Ele perguntou.

Pude ver que ele estava tentando disfarçar a curiosidade.

- Ela deixou uma carta pra mim. Escrito que no dia do meu aniversário eu a conheceria, que ela me deixou com meu pai para que pudesse resolver problemas e que era para me proteger do que pudesse vir pela frente. Faltam só 13 dias para que eu possa conhecê-la e não recebi nenhum sinal da minha mãe.- E isso já estava me deixando com raiva e muito triste.

Mas, uma coisa me dizia que alguma coisa está para acontecer e tem a ver com minha mãezinha querida.- Fiquei pensando por um tempo e me dei conta de que ainda estava com o Draco na lanchonete e ele estava me olhando. Dava pra ver que ele não estava entendendo nada.

- Oh, Draco. Desculpa por isso. Eu acabei me perdendo em meus pensamentos. Ultimamente tenho pensado muito em minha mãe.- Falei. E era verdade mesmo. Tenho pensando muito em minha mãe.
- Ah, tudo bem. Você apenas teve um momento só seu. Às vezes agente precisa de um momento só nosso.- Ele disse. De forma que parecesse amigável.

Achei legal o modo que ele estava conversando comigo. Parecia que éramos amigos íntimos. E eu estava precisando de um amigo assim. Novo.

- Draco. Eu te agradeço por estar me ajudando. É muito legal da sua parte. E eu que pensei que você tinha algo contra mim.- Tinha que falar isso e resolver qualquer problema que estava pendente.
- Eu? Algo contra você?- Ele respondeu com uma expressão confusa.
- É, você. Por que sempre que agente se esbarra, você me olha com uma raiva. Como se eu tivesse feito algo pra você.- Eu estava precisando tanto desabafar, soltar isso que acabei ficando um pouco nervosa.
- Não. Claro que não tenho nada contra você, é que uma vez eu vi uma foto de uma amiga da minha mãe que parece muito com você.- Essa pessoa que parecia comigo deveria ser minha mãe. Pensei. Eu tinha que saber mais sobre essa pessoa. E ele continuou.
- E essa amiga dela a magoou muito. Eu peguei raiva dessa pessoa e eu acabei confundindo ela com você. Me desculpe por isso. Eu não devia...- O interrompi.

Mas, sem que eu percebesse comecei a chorar desesperadamente. Ele então ficou me olhando, como se quisesse fazer alguma coisa para impedir minha tristeza.

- Essa...pessoa...- Gaguejei enquanto tentava falar o que eu queria dizer.- Essa...pessoa...deve ser minha mãe.- Tinha que ser. Que outra pessoa pareceria comigo sem ser meu parente?
- Deve ser?-Ele disse meio que confuso.

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