Grifinória x Sonserina
Capítulo 15: Grifinória x Sonserina
Aquela cena havia chocado à todos os quatro. Perguntas ecoavam na cabeça deles. E todas bem parecidas. “O que aconteceu para as duas brigarem desse jeito?” , “Lorkoff e Isabella brigando? Por quê?”.
- É bom pararem! – ordenou Draco ao notar que ambas queriam continuar com aquilo.
- Isa, pára! – implorava Hermione com medo da amiga se machucar.
- Me larga Malfoy! Me solta Weasley! – disse Lidiane exaltada. – Vou voltar para a escola.
A garota guardou sua espada e em seguida rumou para o castelo.
- O que foi isso? – perguntou Rony ainda assustado.
- As duas ficaram malucas! – disse Draco nervoso.
Isabella guardou sua espada e endireitou-se. Fitou os amigos, um a um, e depois encarou Draco. “Por quê ele está aqui?” perguntava-se mentalmente.
- Quase se mataram! – exclamou Hermione.
- Não foi nada. Apenas um desafio de espadas. Só isso. – disse Isabella com firmeza.
- Não levaram o desafio um pouco à sério demais? – perguntou Rony.
- Está tudo bem Rony. – disse Isabella.
- Vamos voltar para Hogwarts. Você está tensa. – comentou Harry enquanto segurava a mão da garota.
O olhar de Draco cruzou com o de Isabella. Ambos estremeceram, logo desviaram o olhar. E sem dizerem mais nada, cada um seguiu seu caminho. O loiro para p Três Vassouras e ela para Hogwarts junto dos amigos.
No dia seguinte, sempre que Isabella e Lidiane encaravam-se, era quase possível ver faíscas saltarem dos olhos de cada uma. Apenas elas sabiam o que realmente havia ocorrido em Hogsmead.
No jantar, Dumbledore chamou a atenção dos alunos ao pedir silêncio.
- Bem, hoje a Copa de Quadribol começa. O primeiro jogo será Grifinória versus Sonserina. Boa sorte aos dois times.
Os alunos ficaram eufóricos. Assistir a uma partida de quadribol entre Grifinória e Sonserina era um verdadeiro espetáculo, uma das coisas mais fascinantes da escola.
Os times treinavam como nunca. Afinal, aquele era o último ano letivo de ambos os capitães dos times, Harry e Draco, e vencer aquela copa era algo realmente importante.
Mas aconteceu algo que poderia prejudicar fatalmente o time da Sonserina: Lidiane Lorkoff havia alterado os balaços na véspera do jogo, fazendo com que o alvo fosse apenas Isabella.
“Vamos lá, Lestrange... Vamos ver se joga quadribol tão bem quanto falam.” Pensava Lidiane enquanto guardava os balaços na caixa.
***
Na manhã do dia 12 de novembro, os alunos estavam completamente agitados enquanto tomavam café da manhã.
Na mesa da Sonserina...
- Vamos. – disse Draco para o time enquanto se levantava.
O time da casa das serpentes deixou o Salão Principal sob assobios e aplausos dos alunos da Sonserina. No vestiário...
- Vocês sabem o que fazer. Jogo sujo. Treinamos muito e não foi para perder, foi para vencer daqueles idiotas da Grifinória. Esse ano, a Taça de Quadribol será nossa. – disse Draco quando todos os jogadores já estavam prontos. – Lestrange, você...por ser a melhor artilheira tem o dever de não errar.
Isabella revirou os olhos. Sabia que ele só estava dizendo aquilo para provocá-la. Alguns instantes depois foram chamados para irem para o campo.
- Vamos. – disse o loiro.
Cinco minutos depois eles já estavam jogando. Isabella havia aberto o placar ao marcar o primeiro gol da Sonserina. Após alguns minutos, ficou evidente que os balaços avançavam apenas contra Isabella. Esta, desviava como podia e marcava alguns gols.
Dez minutos de jogo...
-Isabella! Cuidado! – berrou um dos artilheiros da Sonserina.
Harry, que estava ao lado do artilheiro e bem próximo de apanhar o pomo-de-ouro, olhou para cima ao ouvir aquilo.
Viu um dos balaços acertar em cheio o ombro de Isabella, fazendo-a perder o equilíbrio e ficar pendurada na vassoura com uma das mãos. E naquele mesmo segundo, o outro balaço surgira e acertara a vassoura, partindo-a no meio.
Harry sentiu alguém esbarrar nele. Era Draco. O loiro passara velozmente por ele e apanhara o pomo. Mas aquilo não importava. Tudo o que ele, Harry, conseguia pensar era em pegar Isabella. E foi o que ele fez. Agarrara a amiga no ar.
- Meu ombro... – murmurou ela com a voz embargada pelas lágrimas.
- Calma Isa...Você vai ficar bem logo... – sussurrou Harry contra o ouvido da garota enquanto descia rapidamente.
- Você não apanhou o p...
- Não importa.
Os sonserinos estavam comemorando a vitória. Os batedores do time das serpentes agarraram os balaços que insistiam em seguir Isabella.
Enquanto isso, a garota era levada para a enfermaria, não por seus companheiros de time, afinal, eles estavam mais preocupados em ir comemorar a vitória sobre a Grifinória no salão comunal da Sonserina. Foram Harry, Rony e Hermione que a levaram para a Ala Hospitalar.
Madame Pomfrey resmungava algo do tipo “Esses jogos horríveis e perigosos...” enquanto cuidava de Isabella.
- O que aconteceu? É grave? – perguntou Harry preocupado.
- Ela deslocou o ombro. Por isso sentiu tanta dor. Mas já está melhorando. Podem ir. – respondeu Papoula querendo cuidar a sós de sua paciente.
O trio não tentou protestar, sabiam que não adiantaria nada. Despediram-se de Isabella e em seguida saíram da enfermaria. Rumaram em silêncio para uma sala de aula vazia.
- Os balaços foram alterados. Viram como eles iam certeiros na direção da Isa? – perguntou Hermione.
-Sim. Mas...quem será que os alterou? – perguntou Harry.
- Está na cara que foi a minha irmã. – resmungou Rony cruzando os braços.
- Rony, não acho q...
- Mione, só temos um jeito de saber. – interrompeu Harry, bastante sério. – Vamos procurar Gina e conversar com ela.
Rony e Hermione concordaram e saíram da sala com o amigo. Começaram a procurar pela ruiva. A encontraram no jardim, sentada na beira do lago. Ainda trajava o uniforme de quadribol da casa dos leões, assim como Harry e Rony.
- Gina, queremos falar com você. – disse Harry.
- Falem. – disse a garota enquanto levantava-se.
- Gina... – começou Hermione, porém, foi interrompida por Rony.
- Seja sincera como uma verdadeira Weasley. – disse o rapaz tentando controlar-se. – Foi você quem alterou os balaços para atacar a Isabella?!
- Rony, você está me acusando?! – perguntou Gina indignada.
- Estou! Você mudou muito...
- Ela cresceu, Weasley. – disse Draco com firmeza após aproximar-se.
- Olhem! O Malfoy caindo da vassoura...na nossa conversa. – disse Rony enquanto apontava e olhava para o céu, usando um tom sarcástico nada costumeiro.
- Não se intromete Malfoy. – disse Harry estreitando os olhos.
- Me intrometo sim. Só vocês não perceberam que ela cresceu...
O coração de Gina estava a mil. Aquele loiro de olhos cinzentos estava defendendo-a. Estava cada vez mais perto de conquistá-lo. A ruiva voltou a realidade com o susto que levara. Rony estava indo para cima de Draco, mas, felizmente, Harry e Hermione o impediram e o levaram para o castelo.
Voltou sua atenção para o sonserino. Este, que estava observando o trio partir, notou o olhar e o retribuiu.
- Obrigada, Draco.
- Não foi nada. Estamos quites agora.
Gina forçou um sorriso. Os dois sentaram-se na beira do lago, lado a lado. Ficaram em silêncio por um tempo. Draco virou o rosto e percebeu uma lágrima rolando pela face da ruiva.
- O que foi, Virgínia?
- Eles suspeitam de mim... – murmurou a garota tristemente.
- Eu não.
Gina virou-se para ele, fazendo com que os olhares se cruzassem. Estremeceu ao senti-lo acariciar sua face para enxugar as lágrimas que caíam de seus olhos castanhos.
- Vamos...não chore. Fica mais bonita quando sorri.
A ruiva sorriu docemente, fascinando-o.
“Ela é tão diferente da Isabella...Doce...Dependente...Tão diferente.” Pensava Draco enquanto desviava o olhar dos olhos de Gina e fitava o lago.
N/A: Olá!!! Desculpem a looooonga demora. Obrigado pelos comentários. Adorei todos eles. Muito obrigado mesmo. É bom saber que estão gostando da fic. Isso me motiva a continuar escrevendo. Ah...tenho uma novidade...Resolvi fazer uma trilogia onde a última parte será como cada personagem seguiu seu caminho...Aliás, eu já comecei a trabalhar em cima dessa história...Bem, chega de notas...Valeu mais uma vez. Até a próxima!
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