Chá para dois ou mais
Capítulo 6 - Chá para dois ou mais
Martha terminou mal almoçando, e depois se recolheu com Severo à masmorra para ler algumas das cartas. Quase se arrependeu por ter pedido para lê-las.
Parentes de alunos (segundo Severo, a maioria sonserinos) o criticavam em termos bastante ácidos por ter trazido uma pessoa não-mágica para convívio com os alunos. O tom das cartas era apenas um pouco mais polido do que o que Draco Malfoy tinha usado anteriormente.
Severo dirigiu-se às suas aulas e Martha subiu as escadas para a biblioteca sentindo-se realmente deprimida. Parece que a situação iria ser ainda mais complicada do que eles tinham previsto. Será que ela agüentaria a pressão?
Madame Pince se mostrou tão simpática quanto da primeira vez que elas se viram, mas pelo menos agora Martha tinha um cartão de biblioteca. Ela recebeu mais instruções sobre a disposição dos livros e a recomendação de ficar fora da Seção Restrita. Alguns dos livros lá podiam ser perigosos para trouxas, alertou Madame Pince.
Ela pegou um livro que lhe pareceu interessante - Hogwarts, Uma História - e distraiu-se até que fosse hora do chá. Então desceu para a cabana de Hagrid, atravessando os corredores e com o saquinho de pó de mapa a postos. Mas pelo menos para lá não foi preciso pedir direções.
Atravessando o gramado, Martha ainda estava pensando mais nas cartas que tinham sido enviadas do que em qualquer outra coisa. E se ela não fosse aceita naquele mundo? Será que valia a pena deixar Severo numa situação tão difícil? E quando às "atividades extras" de espionagem que ele fazia?
De repente, ela se sentia muito mal e com muito medo. Talvez tenha sido por isso que quando a porta da cabana de Hagrid se abriu antes que ela batesse, ela deu um pulo para trás, assustada.
- AAHH!
Hagrid deu outro pulo:
- Argh! O que foi, dona?
Ela enrubesceu, ainda tentando controlar a respiração e com uma mão no peito:
- Não foi nada, Prof. Hagrid. Acho que eu estou um pouco alerta demais. Levei um susto.
- Oh, desculpe. É que eu a vi andando pelo gramado e resolvi abrir a porta. Quer entrar? Acabei de colocar água no fogo.
- Obrigada.
Ao entrar, Martha esqueceu-se de todas as suas agruras. A cabana de Hagrid era diferente de tudo que ela tinha imaginado, e ainda assim havia algo de aconchegante e agradável.
- Vamos nos sentar perto do fogo - convidou ele - Pode usar aquela poltrona.
Duas pessoas caberiam confortavelmente naquela poltrona, calculou Martha, que se sentou timidamente. Tudo na cabana de Hagrid era proporcional ao tamanho dele. Para Martha, tudo era uma grande fonte de curiosidade.
- Então a senhora é amiga do Prof. Snape?
- Por favor, Sr. Hagrid, me chame apenas de Martha.
- Aqui todos me chamam de Hagrid, também.
- Está bem, Hagrid. Eu sou amiga do Prof. Snape.
- Ele não costuma ter visitas. Foram colegas em Hogwarts?
- Não, nós nos conhecemos em Londres. Ele esteve lá essas últimas semanas, e eu o ajudei um pouco. Sabe, eu sou trouxa.
Ela ficou esperando a reação do homem grande. Ele a olhou apenas com mediana curiosidade:
- Quem diria. Sabe, eu não acreditaria nisso, porque geralmente trouxas me olham de maneira estranha, como se eu tivesse alguma coisa errada. Você não fez isso.
- Eu não vejo nada errado com você. Só porque você é grande e alto, não quer dizer que tenha alguma coisa errada.
Hagrid abriu um sorriso:
- Obrigado, dona.
- Martha, por favor.
- Vou tentar. Mas é difícil. Sabe, é o costume de tratar as damas com respeito.
Martha resolveu insistir no outro assunto:
- Então... você não se incomoda que eu não tenha poderes?
Como a água começava a ferver, Hagrid pôs-se a preparar o chá, dizendo:
- Por que me incomodaria? Muitos dos alunos também vêm de famílias trouxas. Eles não cresceram com magia por perto.
- Algumas pessoas estão reclamando da minha presença em Hogwarts.
- Ah, não deixe que isso a perturbe. O Prof. Dumbledore saberá dar um jeito nisso. Ele é um grande homem.
- Espero que sim. Eu... só tenho medo... - Ela fraquejou, sentindo as lágrimas voltando aos olhos. - Eu... Desculpe, eu...
Hagrid ficou penalizado:
- Oh, não fique assim. Aconteceu alguma coisa? Alguém a tratou mal por causa disso?
Tentando conter as lágrimas, Martha assentiu:
- Foi um dos alunos do Prof. Snape... Mas ele foi punido. Foi muito desagradável. Eu me senti muito mal.
Hagrid disse:
- Pois não deveria. Ainda há bruxos que acham que são melhores do que trouxas só porque têm poderes, mas eu acho que eles têm é medo. Porque os trouxas sabem sobreviver muito bem sem magia, e isso os torna extremamente inteligentes, na minha opinião.
Martha sorriu, confortada.
- Obrigada, Hagrid.
Ele passou uma imensa xícara, a maior que Martha já tinha visto.
- Quem sabe um chá não é exatamente o que você precisa? Ah, eu tenho também uns ótimos bolinhos crocantes.
Lembrando-se da recomendação de Severo, Martha disse:
- Er... talvez mais tarde, Hagrid, obrigada. Sabe, eu tenho que cuidar da silhueta.
Antes que Hagrid pudesse responder, algo lá fora chamou a atenção dele. Ele olhou pela janela e disse:
- Parece que alguém está vindo.
Já estava por toda a escola: Snape tinha uma amiga trouxa. Aquela devia ser a notícia do ano. Assim que terminaram a última aula do dia, Harry, Rony e Hermione correram para falar com quem talvez soubesse mais sobre isso, e certamente não esconderia deles: Hagrid.
- Hagrid! Hagrid! - gritou Harry batendo à porta da cabana.
Ele abriu a porta:
- Mas o que aconteceu, Harry?
Eles entraram na cabana, excitados, mal conseguindo respirar.
- Uma grande novidade! - disse Rony. - Sobre Snape.
- Queremos ver se você sabe alguma coisa sobre a amiga dele - disse Harry - Corre a notícia de que ela é trouxa!
Constrangido, Hagrid disse:
- Er... meninos, eu...
Hermione disse:
- Mas isso não pode ser, certo? Digo, Snape é sangue puro, e chefe da Sonserina, que só aceita sangue-puros. O que eles estariam fazendo juntos?
Martha respirou fundo. Realmente, eles tinham jogado uma bomba na escola e as explosões mal tinham começado. Ela resolveu poupar Hagrid do embaraço e chamou a atenção para sua presença, dizendo:
- Hagrid, você tem convidados? Espero não estar atrapalhando...
Os três garotos deram um pulo e olharam para ela, que estava bem atrás deles. A expressão deles ao ver que Martha estava bem ali, sentada em frente à lareira, com uma xícara de chá, foi impagável.
Hermione foi a primeira a tentar dizer:
- Srta. Scott, desculpe... Não tivemos intenção de ofender...
- Bem, vocês não tinham como saber que eu estava aqui. Mas eu não mordo. Por que não entram? Vocês são...
- Harry Potter.
- Rony Weasley.
- Hermione Granger.
Aqueles nomes não eram estranhos. Especialmente o primeiro.
- Harry Potter? O Prof. Snape me falou sobre você.
O menino, de cabelo preto desordenado e grandes olhos verdes por trás dos óculos, pareceu não gostar daquilo:
- Por favor, não acredite em tudo que ele lhe contou. O Prof. Snape... não gosta muito de mim.
- Por quê?
- Por causa do meu pai. Eles estudaram juntos e não... se davam bem.
- Ah, entendo - Martha olhou para os três, que pareciam bastante constrangidos. - Olhem, não precisam ter medo de mim. Prometo que não digo a Severo nada do que me disserem.
Hermione indagou:
- É verdade que é trouxa?
- Totalmente.
- Então como...?
- Quer saber como encontrei o Prof. Snape? Em Londres. Trabalhamos juntos por algum tempo no mundo trouxa.
O ruivinho chamado Rony Weasley exclamou:
- Sai dessa! Snape trabalhando como trouxa?
Martha sorriu:
- E trabalhava muito bem. Ele tinha outros amigos, amigos queridos que tivemos que deixar para trás. Eles adotaram Severo como se fosse da família.
Os três se entreolharam, boquiabertos. Hermione disse:
- Também há boatos de que você vai ser professora.
- Não, eu pretendo auxiliar o professor de Estudo dos Assuntos Trouxas. Quem sabe assim eu consiga fazer alguns alunos entenderem que não há tanta diferença entre trouxas e bruxos?
Hagrid disse:
- Martha foi destratada por um aluno sonserino.
Os três se entreolharam e disseram ao mesmo tempo:
- Malfoy.
Martha ficou impressionada:
- Como vocês sabem quem foi?
Hermione deu de ombros:
- Questão de lógica. Só Malfoy seria capaz de tamanha arrogância.
O menino Weasley quis saber:
- Foi por isso que Sonserina perdeu 100 pontos?
- Exato - confirmou Martha. - O Prof. Snape puniu o Sr. Malfoy.
- Sai fora! - exclamou Weasley - Snape jamais tirou pontos de sua própria casa!
- Bom, ele tirou hoje - disse Martha, angustiada. - Ele parecia tão desapontado. Eu me senti tão mal, sem poder fazer nada. Parece que a culpa é toda minha. Eu... - Dessa vez as lágrimas vieram com força, e ameaçavam cair pelo rosto de Martha. - Oh, desculpem, mas eu... estou nervosa...
Martha não agüentou e caiu no choro, afundando o rosto nas mãos. Os alunos ficaram chocados, e Hagrid ficou ainda mais penalizado.
- Não fique assim, dona. Vai dar tudo certo. Tome - Ele passou um pano de prato. - Vai tudo dar certo.
- Desculpem - Ela enxugou as lágrimas com o canto do pano. - Mas... a última coisa que eu quero é prejudicar o Prof. Snape. Só que parece que está tudo dando errado, e eu sou a culpada por tudo que está acontecendo. Eu jamais deveria ter vindo.
Hagrid disse:
- Acho que está sendo muito dura consigo mesma.
- Eu deveria ter pensado em Severo, no que isso implicaria para ele. Os alunos não gostam de mim, a Profª McGonagall também não,e acho que muitos professores concordam com ela. Além do mais, Severo pode ser banido! E a culpa é toda minha!
Harry se adiantou em dizer:
- Nem todos os alunos pensam como Malfoy.
- É - disse Rony - Se Malfoy não gosta de você, alguma coisa boa você deve ter. Mas ainda é um mistério porque você anda com Snape.
Hermione disse:
- Rony, isso não é óbvio?
- O quê? O quê?
- Pense um pouco.
Mas o garoto Weasley parecia tão sem pistas quanto antes. Já Harry Potter, por outro lado, arriscou raciocinar em voz alta:
- Você não é parente dele, se não seria bruxa. Então... mas não pode ser!... Você é a namorada do Snape?
Weasley quase caiu para trás:
- O quê?!
Martha quis saber:
- Alguma coisa errada nisso?
Hermione tentou emendar:
- É que... bom... É uma surpresa....
Mas Weasley não tentou esconder. Fez cara de nojo:
- Ew! Como pode ficar com Snape? O que vale esse sacrifício?
Martha deu de ombros:
- Para mim não é sacrifício nenhum. Mas eu entendo que como professor de vocês, seja difícil pensar nele como... tendo uma namorada.
- É meio estranho - confessou Hermione. - Mas é que o Prof. Snape deve ser o mais odiado da escola. Ninguém gosta dele!
Martha sorriu:
- Eu gosto dele. Acho que algumas pessoas podem se intimidar com a atitude dele. Mas é preciso olhar além disso. Aliás, com qualquer pessoa.
Harry disse, baixinho:
- Gostaria que ele fizesse isso comigo. Ele me odeia.
Martha indagou:
- Quer que eu fale com ele sobre você, Harry? Eu normalmente não me meto nos assuntos acadêmicos do Prof. Snape, mas se você quiser, eu posso...
- Não, obrigado - interrompeu Harry. - É bem provável que tudo tenha o efeito contrário e ele termine me azucrinando ainda mais.
- Como achar melhor. Mas a oferta continua.
- O que ele falou a meu respeito?
- Ele contou o que aconteceu com você: sabe, sobre seus pais e Voldemort.
Weasley arregalou os olhos:
- Ele lhe falou sobre Você-Sabe-Quem?
- Claro. Disse que os trouxas também poderão sofrer muito com a ascensão de Voldemort. Eu tinha que saber o que está acontecendo aqui, agora que este vai ser meu novo lar.
Weasley parecia incomodado:
- Você precisa mesmo repetir o nome dele?
Martha não entendeu:
- Mas se eu não disser o nome de Voldemort - Rony fez uma careta - , como você vai saber de quem estou falando?
Hermione disse, irritada:
- É o que eu vivo dizendo a esse bocó!
Harry explicou:
- Voldemort é tão temido que seu nome sequer é pronunciado. Ganhou o nome de Você-Sabe-Quem ou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
- Nossa, que coisa horrível. Eu já ouvi o Prof. Snape falar nele como o Lorde das Trevas. E você sobreviveu a ele diversas vezes, Harry. Que garoto corajoso.
Mas Harry deu de ombros:
- Não sei quanto a isso. Parece que coragem nunca esteve presente nessas horas.
Martha sentiu que aquele era um assunto meio delicado para Harry. Rony confirmou:
- Harry não gosta de falar muito nisso, Srta. Scott.
- É claro, eu entendo, Harry. Mas se você quiser conversar com alguém que está bem por fora, e tem uma visão trouxa da coisa, pode me procurar.
O garoto ficou olhando para ela como se ela tivesse dito uma verdade lapidar. Martha imaginou que só o que Harry quisesse era ser tratado como uma pessoa normal. Ela sorriu para ele e mudou de assunto:
- Hagrid, seu chá está muito bom. Quem sabe os meninos não querem um pouco também? Aí eles podem me falar um pouco sobre Hogwarts. Vocês estão todos na mesma casa?
O resto da tarde se foi em conversas e risos na casa de Hagrid. Martha sentiu grande parte da tensão e desânimo se esvaírem na conversa com os três alunos da Grifinória e Hagrid. Ela descobriu que Hagrid era filho de uma giganta e um trouxa. Depois Hagrid fez questão de mostrar seus bichinhos. Alguns deles deram um grande susto em Martha, mas Hermione jurou que isso era normal com Hagrid, que tinha predileção por bichos que ele chamava de interessantes, mas que as demais pessoas chamavam de perigosíssimos.
Ela se trocou para o jantar, que foi mais uma ocasião cheia de embaraços, pois agora a escola inteira sabia que ela era trouxa. Depois do jantar, Dumbledore veio falar com os dois a respeito do incidente com Draco Malfoy e as cartas. As notícias realmente não paravam:
- Severo, achei que gostaria de saber que recebi uma carta dos membros do conselho diretor da escola. Eles estarão reunidos essa noite. Minha presença é esperada.
A expressão de Snape tornou-se fechada e sombria:
- Entendo, diretor.
Mas Martha não estava suficientemente esclarecida e quis saber:
- O que isso quer dizer? Quem são esses membros?
Snape explicou:
- São os diretores da escola. Eles decidem tudo o que acontece em Hogwarts.
- Provavelmente serei chamado a esclarecer o assunto - disse Dumbledore. - Os pais de alunos não demoraram a cumprir as ameaças.
- O que vai acontecer?
- Não se preocupe, minha cara. Fique tranqüila. Nada de mal lhes acontecerá enquanto eu for diretor de Hogwarts.
Martha pareceu um pouco mais tranqüila, mas na verdade, estava longe de ter paz. Ainda mais quando os dois chegaram às masmorras e Snape lhe disse:
- Eu quero lhe dar uma coisa. Coloque isso.
Era um colar de prata, ou melhor um pingente, com uma linda gota verde cristalina. Martha tomou-o nas mãos, maravilhada:
- Severo, ele é lindo!
- Fico feliz que tenha gostado, embora esse não seja seu propósito inicial. Você deve usar esse colar o tempo todo. Ele carrega um feitiço que vai me avisar, esteja eu onde estiver, se você estiver em perigo.
Martha pareceu alarmar-se ainda mais:
- Isso é mesmo necessário, Sev? Acha que eu posso estar em perigo?
- Daqui por diante, as coisas deverão se tornar ainda mais difíceis. Precisamos estar preparados. Eu não vou deixar que nada lhe aconteça.
Ela agarrou-se a Sev, dizendo:
- Tenho medo do que pode lhe acontecer.
- Não se preocupe comigo. Com você ao meu lado, eu sei que nada poderá me deter.
Ela sorriu e ele aproximou os lábios dos dela. Como ela precisara disso durante o dia! Tê-lo em seus braços, senti-lo perto dela, com seu calor, seu corpo para lhe transmitir confiança e segurança. O beijo se aprofundou, com os braços dele ao redor do corpo dela, ambos sentindo a respiração mais acelerada.
Foi quando aconteceu.
Com um puxão, Severo se separou dela e com um grito mudo foi ao chão, segurando o braço, contorcendo-se de dor. Martha soltou um grito:
- Sev! - Ela se ajoelhou ao lado dele - O que houve, querido? O que você está sentindo?
Amargo, ele respondeu, entredentes:
- Algo que eu não esperava sentir tão cedo. A Marca Negra.
Aquilo Martha sabia o que significava. Era o chamado de Voldemort, umas das provas mais terríveis pelas quais eles passariam e ambos sabiam disso. Ela arregalou os olhos e agarrou-se a ele, num momento de pavor:
- Severo, não!
Ele se ergueu, livrando-se dos braços dela e dizendo gentilmente:
- Você sabe que eu tenho que ir. Estarei de volta assim que puder, mas não me espere acordada.
Martha estava nervosa e tremia:
- Sev, como poderei dormir sabendo onde você está indo? E o que pode acontecer?
Ele recomendou:
- Pode tentar a companhia de Dumbledore, se não quiser ficar sozinha. Mas eu preciso ir agora, Martha.
Lágrimas rolavam pelo rosto dela, que assentiu, engolindo o choro. Mas a verdade era que ela estava apavorada. Aquela bem que podia ser a última vez que vira Severo e o coração de Martha se abriu num vazio terrível diante dessa perspectiva. Ela ergueu-se e num impulso colou seus lábios nos dele, depois suspirou:
- Volte para mim, Severo. Volte para mim, está ouvindo? Eu quero você de volta são e salvo, e se Voldemort tiver algo em contrário, mande ele vir até aqui me enfrentar!
Snape não pôde deixar de sorrir, enquanto acariciava o rosto dela, tentando secar algumas das lágrimas:
- Eu voltarei.
Em seguida, ele separou dois frascos de poções, pegou a capa e uma máscara branca e saiu das masmorras, deixando atrás de si apenas a mulher que amava, sem saber direito se jamais voltaria a vê-la.
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