Capitulo único.
Alguém me interne no paraíso
Preciso urgente dar um tempo por lá
O dia passa enquanto eu perco o juízo
Quem foi que inventou
Que era assim?
Sorrisos plásticos,
Cumprindo seu papel,
enfeitando um rosto de pedra!
Se a regra é
ser tão simpático!
mesmo que seja só,
pra convencer toda a platéia.
Maldita seja a alta sociedade! Desde quando eu me vi obrigado a freqüentar isso? Casei com uma mulher que detesta isso tanto quanto eu, meus pais já não estão mais aqui, por causa da Guerra. Por que, eu me pergunto. Por que eu ainda estou aqui, fazendo sorrisos para pessoas detestáveis. Bem, acho que eu sei por que no final. Por que o nome Malfoy ainda necessita de alguns prestígios para sobreviver nesse mundo horrivelmente de interesses.
Uma coisa eu não posso negar, teve um dia. Um dia, num passado muito distante que eu amava essa bajulação em torno de mim, não exatamente de mim, mas no nome que eu carrego. Adorava os privilégios concedidos, adorava ir a qualquer lugar e as pessoas sempre me tratavam com o maior respeito, sem nem ao menos me conhecerem. Mas hoje eu vejo o quanto isso não me trouxe nada de bom, ela me ensinou isso. Todos devem nos amar como somos e não com o que temos.
Abraços vazios, olhares de gelo
tão descartáveis quanto cascas no chão
flashes capturam a melhor fachada
mas quem vê foto, não vê coração!
Não quero mais fantoches ao redor
agindo sempre assim
só quando for conveniente
pra ganhar bônus e somar pontos
à sua carteirinha de hipócrita oficial
Tantas adorações, taaantas fotos para a primeira página. De que isso me adiantou? Chegou a guerra, as pessoas esqueceram o respeito que tinham para com esse sobrenome. Difamaram, caluniaram, simplesmente tacaram no lixo. Praticamente cuspiam quando falavam da minha família, mas teve uma pessoa que nunca deixou de acreditar em mim. A ultima pessoa que eu esperava uma atitude dessa. Uma certa ruiva que sempre me incentivou a levantar da ruína que meus pais me colocaram. Servir a alguém que tinha propósitos sem fundamento, que sonhava com um futuro impossível para a nossa raça. Alguém que fantasiava algo que traria apenas benefício próprio, e nós que o ajudamos, simplesmente seríamos esquecidos no meio das ruínas que ele mesmo formou. Mas no fim ela me ajudou. E quando os três derrotaram ‘aquele-que-deixou-o-poder-subir-na-cabeça’ as pessoas me trataram como um coitado, que os pais obrigaram a servir ao ‘mal’, aonde na verdade nunca existiu esse mal, só existiu um confronto de poderes. Da pena, chegaram à bajulação de novo. Meu nome conquistou o prestigio que tinha antes quando eu casei com ela. Falaram que eu havia me regenerado e que estava enfeitiçado, sob controle dele. Mais mentiras, mais falsidade. E quando, na verdade, eu só queria uma vida em paz com ela, tive mais assédio. Entrevistas, jornalistas me perseguindo, mais fotos. Ela odiava isso, tive a impressão em alguns momentos, que ela pensava em desistir de tudo, desistir até de mim por causa do assédio, mas não! Estava enganado de novo! Ela é um alguém mais forte do que eu pensava. Encarou toda a falsidade desse mundo com um sorriso nos lábios, segurando-me pelos braços para não sucumbir a tanta coisa. No fim, eu fui fraco. E ela, a forte. Eu nunca quis estar nisso, ela muito menos. Mas soubemos lidar juntos, melhor do que ninguém. E hoje eu vejo como no fim não seria absolutamente nada sem ela do meu lado e a única coisa que eu desejo nesse momento é sair dessa sala com esses sorrisos falsos me encarando e me cumprimentando, quando ela e eles me esperam em casa com os seus sorrisos verdadeiros nos lábios.
I wanna be…
I wanna be…
I wanna be…
Away…
FROM HERE.
N/A: Oláá povo \o\, fazia um tempo que eu não escrevia, ai ontem eu tava escutando essa música na frente do pc e me veio uma súbita inspiração :P
Não ficou muito grande e nem lá essas coisas, mas foi feita com amor para vocês, meus queridos leitores *-*. Estou sem beta então perdoem-me os possiveis erros de português.
Obrigada por lerem e comentarem, caso vocês tenham lido a conversa chata da autora.
beijoss :*
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