Uma visita a casa dos Evans.

Uma visita a casa dos Evans.



 


Lílian e sua família estavam ansiosos com a chegada de bruxos em sua casa. Bem, nem todos estavam ansiosos, Petúnia (irmã mais velha de Lílian) parecia nervosa e bastante contrariada com a chegada desses convidados, que para ela, pertenciam a uma classe de ser humano anormal e perigosa.


Enfim se ouviu um barulho de uma bomba explodindo na sala, e antes que qualquer um pudesse pronunciar qualquer palavra uma mulher alta de longos cabelos loiros trançados até o meio da costa adentrou a sala. Ela tinha um ar imponente e gentil; podia ser dizer que ela era bonita, mas não era uma beleza obvia. Junto a ela vinha um homem muito bonito e com um ar severo, seus cabelos eram de um tom castanho meio avermelhado; e ele tinha penetrantes olhos cinzas-violetas.


- Lil! – gritou uma menina que estava meio escondida atrás dos dois.


Ela veio correndo com os braços abertos em direção a menina de cabelos ruivos que estava parada e rindo no meio da sala


- Por um segundo pensei que nós podíamos ter errado de casa – falou Fay abraçando sua amiga – Imagina o problemão que ia ser.


As duas continuaram abraçadas, rindo, não acreditando que finalmente iam passar um verão juntas.


Enfim o bruxo com o rosto severo pigarreou, chamando a atenção das meninas.


- Ah, sim. Desculpe papai – disse Fay ao homem e voltando se para a família de Lil, disse – Sr, e Sra. Evas, esses são os meus pais, Grania e Eidil Baron. E eu sou a Fay, amiga de sua filha.


A menina andou na direção do casal simpático de trouxas parados no meio da sala e os cumprimentou com um aperto de mão.


Os dois eram um casal bonito, uma elegante mulher de olhos verdes e cabelos loiros e um homem de, já ralos, cabelos acaju e penetrantes olhos azuis. Os dois eram muito bonitos.


- Prazer em conhece – la – disse a Sra. Evans – Pode me chamar de Rose, esse é meu marido Jonh.


O Sr. Evans sorriu e deu um oi para todos.


- E essa é minha outra filha, Petúnia - continuou Rose – venha cá Petúnia, não seja mal educada.


Uma menina de cabelos loiros e uma cara de poucos amigos entrou na sala. Não exatamente na sala, ficou parada a soleira, olhando a todos.


Fay tentou dar um sorriso a menina, mas essa parecia incapaz de sorrir para qualquer pessoa. Fay desistiu.


- Bem, meninas, por que vocês não sobem e vão conversar enquanto nós conversamos sobre sua ida pra nossa casa, Lilian? – sugeriu a Sra. Baron.


- Certo, mãe.


Dito isso as duas subiram correndo pro quarto de Lílian.


Fay olhou pras fotos encima do cômodo ao lado da cama e achou estranho o fato delas continuarem imóveis. Será que essas pessoas não cansam de ficar paradas!? Pensou consigo mesma.


- E ai? Você acha que vai correr tudo bem? Meus pais vão me deixar ir?


- Claro! Minha mãe tem o poder de persuadir qualquer um. Até parece que ela é a Maldição Imperius em pessoa.


As duas riram e se jogaram na cama.


- Sempre quis saber como é a casa de um bruxo – Disse Lilian sonhando acordada, olhando para o teto.


- É normal. A sua que é doida!


Lil se sentou e jogou seu cabelo pra lado. Ficou confusa, como a sua casa era doida? Era a casa mais comum que ela conhecia!


- Minha casa é super normal!


- Não é nada – Fay se sentou e começou a falar fazendo grandes gestos com os braços, tentando representar as coisas que ia dizendo – Eu vi aquele negocio lá na cozinha quando a gente ia subindo, um troço que faz um barulhão e fica misturando umas coisas lá dentro. E ESSAS FOTOS E POSTERS!? Tão parados! Como vocês fazem isso!?


Lily caiu na cama de tanto rir. Ela não acreditava que sua amiga ficasse impressionada com coisas que não tinham graça nem uma! Ah, se ela soubesse que as coisas do mundo dela que eram impressionantes de verdade.


- Isso é normal, Fay - disse enxugando as lágrimas dos olhos – Essas coisas são assim por que não tem magia.


Fay voltou a se deitar imaginando como devia ser difícil viver em um lugar que não existisse magia, sentiu até calafrios.


Enquanto as duas conversavam sobre as novidades dos amigos da escola sentiram como se tivesse uma pessoa a observa – las, ao se virarem viram um par de olhos azuis.


- O que você quer Petúnia? – Disse Lil ao par de olhos.


Ao invés de ficar sem graça por ser pega espionando sua irmã com a amiga, Petúnia parecia com raiva por Lily ter tido a coragem de chamar sua atenção.


- Eu achei melhor vigiar vocês - Petúnia as olhava com um olhar enojado e superior – pra ter certeza que as duas aberrações não vão fazer nada.


Ao ouvir o insulto gratuito de Petúnia, Fay deu um pulo da cama com um olhar feroz, indo em direção a menina trouxa, que pareceu ficar com muito medo e saiu correndo.


Nessa mesma hora Lilian se levantou e segurou o braço da amiga.


- Deixa ela. Ela tem ciúme por não poder fazer o que a gente faz. – Tentou justificar Lil.


- O que ela disse não tem desculpa Lily.


Lilian deu de ombros e volto a se sentar na cama, puxou o travesseiro pro colo e ficou olhando pra janela


- Ta, desculpa – Penalizou-se Fay – Nunca mais fico irritada com uma pessoa que nos insulte. Juro que da próxima vez fico calada como um se tivessem me silenciado.


Lily revirou os olhos e não pode deixar de rir da tentativa de desculpas da linda loirinha sentada a sua frente.


- Mas e aí? – achou melhor esquece o que sua irmã acabara de fazer – Como vai o seu primo encantado?- acrescentou uma careta ao citar James.


- Hum... Vai bem – Fay desviou o olhar para a parede cheia de flores a sua frente, não queria que seu rosto denunciasse sua apreensão.


Lilian pareceu nem perceber


- Fico tão feliz de você não precisar passar esse verão com seus tios. – Fay sentiu o quarto ficar mais quente – Assim eu posso ficar com você sem problemas!


Lily parecia muito feliz, percebeu a procurada Fay.


- Ele não é tão ruim assim Lily....


- Claro, e um trasgo não é nem um pouco feio.



Fay achou melhor não dizer mais nada.



 


- Bem, Lil. Espero que você se comporte e não esqueça de mandar umas cartas pro seu velho pai que vai sentir muita falta sua.


- Ah, pai. Não se preocupa, vou lhe escrever todos os dias.


Pai e filha se abraçaram bem forte. Nunca tinham passado um verão separados. Era um grande acontecimento em suas vidas.


- Jonh, não se preocupe, farei com que ela lhe escreva todos os dia – Garantiu Grania


- Obrigada, Gran. Não sabe como esses dois são unha e carne – comentou Rose


- Parece que eles se deram bem – cochichou Fay ao ouvido de Lily.


Ao termina as despedidas, com direito a pedaços de bolo de chocolate e cenoura e muitos beijinhos no rosto, os quatro bruxos foram pra lareira. A primeira a entrar foi Fay.


Ela queria ir primeiro pra não precisar ouvir sua amiga gritando em seu ouvido quando ouvisse as palavras “Montanhas Cumbrinas, casa sete”. Após dizer isso a menina foi engolida por chamas verdes e desapareceu.


Lilian ficou da cor das chamas


- Mas, mas essa é a casa de James Potter! – constatou perplexa.


- Sim, minha cara. – Falou Sr. Baron - É lá que vamos passar o verão.


De verde Lil passou pra vermelho.


Alguém ia perde a vida esse verão, e ela tinha o forte pressentimento que se tratava de uma jovem loira com grandes olhos violetas.

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