A volta das Relíquias da Morte



 Harry acordou em seu quarto na manhã seguinte, pensando em todos que se foram durante o período de Voldemort. Pensou em Remo e Tonks, mortos na Batalha de Hogwarts, e em seu afilhado, Ted Lupin, o filho dos dois, que jamais irá conhecê-los, assim como ele mesmo jamais conheceu os seus pais, graças a Voldemort. Pensou em Fred Weasley, o único Weasley que não sobreviveu ao período de Voldemort, também morto na Batalha de Hogwarts. Pensou em Dumbledore, em Sirius, como queria que eles estivessem aqui comemorando essas férias com ele. Essa praia, esse sol, Harry se lembrou das fotos de Sirius todo bronzeado com suas ficantes trouxas na praia de biquíni, também bronzeadas. Esse hotel, esse quarto, essa viagem, tudo. O que estariam fazendo agora? Harry imaginou  Tonks mudando a cor dos cabelos para enganar os trouxas desse Hotel. Fred fazendo todos rirem junto com Jorge. Dumblendore comprando um sorvete de limão, seu sorvete favorito. Como eu gostaria, pensou Harry, que todos estivessem aqui, curtindo tudo isso com ele e o resto.


 Harry estava tão pensativo que nem notou que segurava uma pedra e a girava três vezes na mão.


Instantaneamente a pedra brilhou e dela saíram 7 vultos.


Remo Lupin estava do mesmo jeito que Harry lembrara, com as mesmas roupas que morrera e um sorriso no rosto, acompanhado pela Tonks, os cabelos Harry não soube dizer de que cor estavam, pois ela estava, assim como os outros, meio transparente, um pouco mais sólida que um fantasma. Mas, pela sua expressão, Harry concluiu que, se estivesse viva, os cabelos estariam Rosa - Chiclete, como sempre ficavam quando ela estava feliz. Ao lado do casal vinha Fred, batendo um papo amigável com Sirius, que estava com as mesmas roupas que quando atravessou aquele véu. Tiago e Lilian também vinham em sua direção, sorrindo muito para ele. E, atrás dos dois vinha ninguém mais que Alvo Dumblendore, as mãos ilesas, uma aparência mais jovem.


-Olá, Harry, porque nos chamou de novo?- perguntou Lupin.


 Harry estava muito confuso, há dois meses havia chamado Lupin, Sirus, Tiago e Lílian com a Pedra da Ressureição para que os encorajasse a caminho da morte. Mas, como...


-Sentiu saudades da gente, Harry?- perguntou Sirius.


-Quer pedir algum conselho ao seu velho pai?- perguntou Tiago.


-Sente falta de um carinho de mãe?- perguntou Lílian.


-Onde estamos, Harry?- perguntou Fred.


-Voltamos a vida?- perguntou Tonks.


-O que o perturbas, Harry?- perguntou Dumblendore.


 Harry estava muito confuso, não os chamara, como podia ter chamado? A Pedra da Ressurreição estava na floresta proibida, em Hogwarts, ou não?


 Levando as mãos ao bolso, Harry percebeu que havia nele duas varinhas, mas como? Só trouxera a sua, ele as retirou do bolso e conferiu.


A varinha das varinhas se encontrava ao lado da sua varinha de fênix, mas como? Ele também não a tinha trazido, deixara no túmulo do seu último dono.


-Eu... eu ñ sei como vieram parar comigo, eu as deixei em Hogwarts, como... – explicou Harry, mais confuso que nunca.


-Harry, você lembra que eu lhe disse que você era o verdadeiro Senhor da Morte? Possuidor das Relíquias da Morte? –perguntou Dumblendore.


 Harry confirmou com a cabeça.


-Então, você não pôde se livrar delas, das três Relíquias da Morte, pois elas lhe pertencem.


-Quer dizer que elas vieram atrás de mim?


-Isso mesmo.


-Mas, como? –perguntou, ainda confuso.


-As Relíquias da Morte, uma vez juntadas, irão sempre perseguir o seu novo senhor.


-Mas eu nunca as juntei.


-Mas já tocou nelas, como senhor, e também já as utilizou. Elas anseiam a se juntarem, tornando-se o objeto mágico mais poderoso de todos. Mas só o seu verdadeiro senhor poderá juntá-las.


-Mas, não quero me tornar imortal.


-Então mantenha-as  assim, separadas – concluiu Dumblendore.


-Harry, o café já vai ser servido, quem são? – chamou uma voz as suas costas.


 Gina entrara no quarto, completamente vestida, e parava ao ver as versões dos mortos que saíram da pedra.


-Ué, você também pode vê-los, Gina? – perguntou Harry, surpreso.


-Claro que posso, por que? – perguntou, franzindo a testa.


-Mas, vocês não me disseram que eram invisíveis a todos os outros, que eram parte de mim? – perguntou, olhando para Sírus, Lupin e seus pais.


-Calma, Harry, deixe eu explicar – disse Dumblendore – sim, somos partes de você, invisíveis a todos os outros sim, mas Gina pode vê-los porque ela também é parte de você, é sua namorada. Quando você ama alguém profundamente, como no caso, ela se torna parte de você, e portanto pode ver tudo que você vê.


-Ah, q massa – respondeu Harry.


-Vocês são os pais de Harry? – perguntou Gina, dirigindo-se a Tiago e Lílian.


-Somos, e você deve ser minha nora – respondeu Tiago.


-É, sou- confirmou Gina, sorrindo. – Você se parece muito com o Harry, caramba, igualzinho.


-É porque não estamos vivos, não temos cores, portanto você não pode ver a cor dos meus olhos – disse Lílian- mas, quando eu era viva, tinha os olhos exatamente iguais ao do Harry.


-É, ele já me falou, o que todos não se cansavam de reparar, enfim, vamos descer, Harry, o café vai ser servido.


-Vocês  vão esperar? – perguntou Harry as versões.


-Esperaremos- respondeu Lupin.


 Na mesa do café.


-Vocês não imaginam – comentava Gina – quem está lá em cima, são os que morreram durante o período de Voldemort, os pais de Harry também estão lá.


-Não me diga – caçoou Jorge.


-É sério, mas talvez vocês não possam vê-los.


-Por que? – perguntou Jorge.


  Harry explicou sobre as Relíquias e sobre a Pedra da Ressureição.


-Ah, que pena, queria muito rever Fred - disse a Sra.Weasley, triste.


-Então olhe com seus próprios olhos, mamãe – disse alguém as suas costas.


 Ela se virou. Fred e as outras versões haviam descido para a mesa do café.


-Não podemos ficar longe do Harry por muito tempo, afinal foi ele quem nos chamou – explicou Sírius.


-Fred!!! – a mãe correu pra abraçá-lo, mas ele recuou.


-Mamãe, você não quer que pensem que você é maluca, os outros não podem nos ver nem nos ouvir, vamos pra um lugar isolado.


 Então eles terminaram o café e voltaram para o quarto de Harry.


-Professor  Dumblendore, eles também podem vê-los? –perguntou Harry.


-Todos são partes de você, Harry, a família Weasley sempre foi como sua 2ª família, e Rony e Hermione sempre foram seus melhores amigos, não me referia apenas a namorada, mas a todos que você ama profundamente – respondeu.


-Fred, que saudades de você – exclamou a Sra.Weasley, finalmente abraçando-o.


-Saudades de você, parceiro – disse Jorge, abraçando-o também.


-Tonks, minha miguxaaaaa – exclamava Gina – que saudades.


 Todos ficaram conversando por um bom tempo, Harry comentou:


-Prof.Dumblendore,  Gerardo Grindewald, aquele bruxo das trevas que você derrotou continua vivo, como?


-Não sei, Harry, mas agora que você falou, não lembro de ter visto Grindewald no mundo dos mortos, isso é realmente muito estranho.


-Será que eu vi errado, quando tive a visão da morte dele pelas mãos de Voldemort?


-Pode ter sido.


-Mas como, eu tava na mente de Voldemort.


-Não tenho idéia, Harry, só podemos imaginar.


-Pensei que os mortos viam tudo.


-Pensou errado, só vemos quem chega para o nosso convívio – encerrou Dumbledore- agora Harry, nós temos que ir, não podemos ficar muito tempo aqui no mundo dos vivos.


-AH, que pena!


-E lembre-se, Harry, não nos chame mais, não vale a pena ficar trazendo de volta a esse mundo quem descansa em paz – Disse Lupin.


-Ok então, adeus!


-Adeus – despediram-se os vivos.


-Adeus – despediram-se as versões, e retornaram a Pedra da Ressurreição.


 Depois disso, Harry, Rony, Hermione e Gina foram pra praia, juntos, comentando os fatos.


-Primeira  vez que vejo Dumbledore sem idéias nem palpites de alguma coisa – disse Harry.


-Mas também, Harry, ninguém é capaz de saber de tudo – disse Hermione.


-Eu sei.


-O que será que Grindewald quer comigo? O que?


-Vai ver ele quer se livrar do Garoto que Derrotou o Lord das Trevas Definitivamente - disse Rony.


 Ao anoitecer,  Rony e Hermione retornaram ao Hotel, mas Harry e Gina ficaram para aproveitar o momento juntos.


-Que linda noite, né, minha ruiva?


-É, meu lindo, nada melhor que estar caminhando com você.


Os dois continuaram a caminhada, e Harry, distraído com seus pensamentos, não notou quando Gina se soltou da sua mão. Quando ele olhou para os lados que percebeu, Gina sumira:


-Gina!!! – chamou – cadê você, amor?


 Mas Gina não apareceu.


-Não pode ser, Gina!!! – gritou desesperado.


 Um vulto se materializou na sua frente:


-Muito bem, Harry Potter, agora me entregue as Relíquias, agora.


 Gerardo Grindewald acabara de aparatar na sua frente.























Pronto, demorei (e como) mas finalmente postei o sexto capítulo. Sinto falta de comentários, o que houve, não estão gostando?

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