Herança e Sonhos
Era uma sexta-feira, quando Sly acordou Maya pulando em sua cama. No inicio Maya não entendeu o porque, mas logo em seguida lembrou-se que era seu aniversário, ao ver as pilhas de presente no chão de seu quarto.
- Feliz aniversário Maya! – Sly falou abraçando a irmã
- Brigada... – Maya falou se espreguiçando
Depois de uma conversa longa e animada, Maya se vestiu e desceu para tomar café com o resto da família, também tinha negócios a tratar com Lúcio. Os dois iriam ao Gringotes após o café da manhã para acertar os assuntos da herança.
Quando entrou na sala para tomar café todos á deram parabéns. Narcisa estava muito empolgada com a festa que teria mais tarde. Depois de um café muito animado, quero dizer animado na medida do possível, pois algumas pessoas ali ainda não estavam se falando fluentemente. Lúcio se levantou.
- Então Maya, vamos? – ele falou secamente
- Vamos. – Maya respondeu no mesmo tom enquanto se levantava
Os dois saíram da sala do café e foram até a sala, de lá foram via flú para o Beco Diagonal. O lugar estava atulhado de pessoas. Bruxos levando seus filhos para passear, bruxas fazendo compras de materiais escolares, bruxos a trabalho e muitos outros.
- Já é época de inicio de aulas... – Maya falou pensativa
- Daqui a uma semana eles voltam para Hogwarts. – Lúcio falou olhando a sobrinha
- O Draco volta...
Os dois foram até o Gringotes sem se falar nem uma vez. Entraram no grande saguão e Lúcio deixou Maya esperando parada por algum tempo enquanto falava com um Duende que estava sentado em uma mesa bem ao fundo. Alguns minutos depois Lúcio veio até Maya a conduziu por uma porta, eles andaram mais alguns minutos por corredores escuros e que cheiravam a mofo. Enfim entraram em uma sala com móveis todos feitos em carvalho e em uma grande cadeira estava sentado, um Duende com cara de sábio.
- Bom dia Sr. Malfoy. – o duende falou secamente
- Bom dia, bem você já sabe o que eu vim falar com você, já havia vindo aqui outras vezes tratar desse assunto.
- Sim, sim. Eu só preciso que sua sobrinha assine esse papéis e eu a entregarei a chave de seu cofre com a sua parte da herança. – o Duende falou esticando um pergaminho e uma pena a Maya
- Assine aqui. – orientou Lúcio – E aqui.
Maya pegou a pena e com a mão tremula assinou o documento, mas uma duvida ainda ficara em sua cabeça, Sly. Resolveu que ali era a melhor hora para perguntar.
- Sr. Você poderia me informar se a guarda da minha irmã não está no meu nome...
- Ora Maya, eu já falei com você...
- Shh... Não falei com você Lúcio. – Maya falou sem olhar para o tio
- Creio que no testamento de seu falecido pai não há nada sobre sua irmã, só havia coisas sobre sua irmã na parte que dizia respeito ao seu tio. – o duende falou olhando o testamento a procura da resposta – É diz bem aqui “Por favor Lúcio meu irmão, sei que não sou digno de lhe pedir nada. Mas quero que cuide da minha pequena Sly e que não a deixe ser levada por outra pessoa. Nem mesmo deixe que Maya saia de casa com ela quando receber a sua parte da herança...” – o duende leu em tom alto e claro
- Ok, obrigada. – Maya falou com os olhos ardendo – Vamos titio?
- Vamos. A chave Marvin? – Lúcio entendeu a mão para o Duende que lhe entregou uma chave dourada que ele entregou a Maya
Os dois saíram do banco calados, e prosseguiram um longos tempos calados. Maya reparou que o tio estava indo para um lado não muito visitado do Beco Diagonal, a Travessa do Tranco. E aquele lugar nunca tinha lhe feito bem, mas perseguiu calada.
- Você quer me esperar aqui? – Lúcio perguntou antes de entrar em uma loja
- Eu vou com você... – Maya falou entrando logo atrás dele na loja
Maya já havia estado naquela loja outra vez, era ali onde se compravam artigos para fazer qualquer tipo de magia negra, ficou olhando algumas estantes enquanto Lúcio negociava alguma coisa que ela não conseguiu identificar com o balconista. Saíram meia ora depois, Lúcio carregando um grande saco de galeões, Maya não o questionou sobre o dinheiro.
- Você quer fazer mais alguma coisa? – Lúcio perguntou
- Eu queria fazer um pedido para você do fundo do meu coração que muito te ama... – Maya falou se aproximando do rosto do tio
- Pode pedir. – Lúcio sussurrou para Maya
- Deixa eu ir com a Sly. – ela falou quase encostando os lábios nos de Lúcio
- Não... – Lúcio falou puxando Maya pelo pescoço
Os dois se beijavam como dois adolescentes. Na cabeça de Maya um desejo realizado. Na de Lúcio também, mas junto com um sentimento de culpa, afinal de contas Maya era sua sobrinha e ele prometeu para seu irmão que iria cuidar de suas filhas não que iria agarrá-las no meio do Beco Diagonal. Em um lapso de lucidez Lúcio empurrou a garota para longe e saiu andando.
Maya correndo alcançou o tio logo, ela agora via ele com outros olhos, como um sonho de consumo quase conquistado.
- Foi bom. – ela falou sorrindo maliciosamente para o tio
- Fique quieta. – Lúcio falou sem olhá-la
- Você gostou, eu vejo nos seus olhos... Não se preocupa eu não vou falar nada para sua esposa, nem pro seu filhote.
Lúcio parou abruptamente e olhou para a sobrinha. Maya o encarava com um olhar malicioso. Lúcio deu um tapa na sobrinha e a segurou pelo pulso.
- O que aconteceu aqui, vai ficar entre nós dois para o resto das nossas vidas. Ninguém mais vai saber! Entende? – ele sussurrou apertando mais o pulso de Maya
- Sim. – a garota falou intimidada – Mas você me ama, eu vejo nos seus olhos. – Maya falou deixando uma lágrima rolar
- Vamos para casa antes que essa situação fique mais constrangedora. – Lúcio falou um minuto antes de aparatar.
Deixando Maya sozinha em busca de um lojista que estivesse disposto a emprestar sua lareira para ela ir embora para casa.
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