Lágrimas de um coração partido

Lágrimas de um coração partido



Era mais uma tarde ensolarada de verão na mansão Malfoy. Normalmente vocês ouviriam uma história dizendo que o lindo Draco estava brincando sozinho no jardim da mansão, mas dessa vez vai ser um pouco diferente. Haviam mais duas crianças no jardim com Draco, Sly e Maya Malfoy. Filhas de Lúcifer irmão de Lúcio que havia morrido a 3 anos, as duas meninas haviam se mudado para a mansão Malfoy. Draco no início não havia gostado da idéia, relutou um pouco. Mas foi vencido, e agora já até gostava de ter suas primas morando com ele.
Sempre teve mais afinidade com Sly, a mais nova, mas com a sua idade e tinha bem mais cara de Malfoy do que Maya. Sly era loira de cabelos bem longos e brilhantes, com os típicos olhos cinzentos dos Malfoys, muito vaidosa e sempre com os cabelos bem penteados. Com seu ar arrogante havia conquistado a família bem mais rápida do que Maya.
Maya era quieta, as vezes até misteriosa, tinha cabelos tão compridos quanto os de Sly, mas escuros, e olhos azuis profundos. Sempre foi simpática com todos, mas nunca deixando a relação ficar intima nem mesmo com sua irmã. O único em que a garota realmente confiava era no seu tio Lúcio.
Na época em que foram para a mansão Sly tinham 10 anos, igual a Draco, e Maya 12 de modo Maya foi para Hogwarts e os dois puderam se conhecer mais ficando mais um ano juntos em casa e se tornaram bem mais amigos.
***
5 ANOS DEPOIS
- Passei! Passei Draco! – Sly pulou no pescoço do primo
- Legal! Eu também! – Draco falou a abraço
- Que gritaria é essa na sala garotos? – Narcisa entrou na sala com uma bolsa de água quente na cabeça
- Mamãe eu e a Sly passamos no NOM’s! – Draco falou animado
- Ainda bem, nem quero imaginar o que seu pai faria se você não conseguisse. – disse Narcisa abraçando os dois
- Você viu Maya? Passei mana! – Sly falou sentando do lado da irmã que lia um livro como se não houvesse mundo a sua volta – Maya!?
- Oi. – ela falou como se estivesse acabado de sair de um transe – O que você falou Sly?
- Eu e o Draco passamos no NOM’s.
- Legal! – ela falou dando um breve abraço na irmã – Parabéns mesmo!
Maya se levantou e foi até Draco, que estava mostrando à mãe a carta com as notas. Narcisa estava muito satisfeita com o filho e a sobrinha. Maya parabenizou o primo e depois voltou a se sentar e ler seu livro sobre seres da floresta.
- Isso merece uma comemoração! – disse Narcisa – Hoje o jantar vai ser comemorativo, vou até chamar alguns amigos da família.
- Não precisa de tanto Narcisa. – repreendeu Lúcio soltando seu Profeta Diário – Para que vangloriar tanto, eles não estão se formando nem nada, só passaram em um testezinho bobo.
- Testezinho bobo, Lúcio? Você mesmo disse quando Maya passou ano retrasado que esse era o primeiro caminho para o sucesso. E até fez uma festa para ela.
- Isso foi antes. Agora eu penso que isso é um teste ridículo que aquele velho caduco do Dumbledore inventou para desgastar o cérebro dos alunos.
- Ora Lúcio não seja ridículo! – reprovou Narcisa – Venham crianças vamos para o jardim comemorar. Venha Maya.
Naquela noite depois de uma breve briga Narcisa conseguiu fazer sua festinha para os mais chegados, todos cumprimentavam e davam os parabéns para Draco e Sly que estavam muito felizes com a aprovação. Estava tudo muito luxuoso, “um exagero”, Lúcio não se cansava de repetir, e repetir. Mas todos comeram, beberam, conversaram e até se esqueceram porque estavam ali. Até mesmo Sly que estava agora preocupada com o sumiço repentino de Draco da festa.
- Maya! Você viu o Draco por aí? – Sly perguntou à irmã que estava sentada na poltrona favorita do tio.
- Ele passou lá para fora há algum tempo...
Sly foi até o jardim pretendendo dar um susto em Draco ou algo do gênero, mas quando viu o que viu não tinha mais tanta certeza se queria isso. Draco estava aos amasos e beijos com Alicia McNair, sua melhor amiga. Justo ela que sabia de tudo, de todo seu amor por Draco. E há anos vinha lhe dando palpites sobre isso, agora... Agora estava lá, mesmo sabendo de tudo, ela estava lá, se agarrando com o seu Draco. Seu primeiro e único amor em toda a sua vida. Os olhos de Sly começaram a se encher de lágrimas e ela foi andando devagar para trás, mas sem tirar seus olhos dos dois, tentando não ser vistas, mas poder ver. Sly tropeçou em uma pedra e fazendo o barulho suficiente para os dois se virarem e a verem, os olhando fixamente com os olhos vermelhos.
- Sly! – Alicia se soltou dos braços de Draco – Não é o que você pensa!
- Não Ali? O que é então? – Sly berrou pondo toda sua raiva para fora – Você! Justo você que sempre soube de tudo, que me deu conselhos, que foi minha amiga! Ou... Amiga? Perdão eu não vejo nenhuma pessoa que seja minha amiga nesse jardim, e isso serve para os dois!
- Eu to de consciência limpa! – Draco falou olhando fixamente para a prima
- Cala a boca Draco! Você não sabe tudo que aconteceu!
- Claro que sei a Alicia me contou que você morre de amores por mim, na verdade eu até já imaginava toda aquela simpatia comigo. – Draco falou com sua voz mais convencida – Mas Sly a realidade é dura, eu não sou seu... Você não é minha única fã por aí, mas se você quiser uma horinha eu posso conseguir para você.
Lágrimas silenciosas rolavam pela pele pálida de Sly e o ódio de Draco e Alicia crescia cada vez mais. Tinha vontade de espancar Draco e toda aquela sua cara de bonequinho de porcelana e soquear Alicia até ela ficar mais esmagada do que creme de abacate. Sly se abaixou e pegou a pedra em que havia tropeçado, ela devia ser um pouco menor do que a palma da sua mão, na verdade ela não olhou, pegou a pedra de olhos fechados e levantou com ela na mão. Como se não fosse ela que estivesse fazendo os seus movimentos a pedra saiu voando de sua mão e parou direto bem no meio da testa de Draco que caiu pra trás berrando com a testa sangrando.
- Acho que a única hora que você precisa agora é uma em um bom médico! – Sly berrou antes de entrar em casa batendo a porta.
Subiu as escadas correndo e quase atropelou Maya que havia acompanhado tudo pela janela no andar de cima. A irmã tinha um leve sorriso nos lábios e os olhos fixos no primo ainda deitado no chão enquanto a magricela McNair berrava histericamente.
- Ele mereceu! – Maya falou sorrindo para a irmã e a abraçando.
- Eu odeio o Draco! Odeio! Eu quero que ele morra, exploda, que os miolos dele se espalhem pelo mundo! – Sly falou pondo mais força no abraço.
- Vem, é melhor você ir dormir Sly, antes que vejam o estrago na cabeça do Draco. – Maya falou guiando a irmã até o quarto.
Levou um longo tempo até Maya convencer Sly de que era melhor tomar a poção para dormir, pois a irmã estava uma pilha de nervos. E que certamente amanhã o dia seria muito estranho naquela casa.
Depois que Sly dormiu Maya saiu do quarto e no meio do caminho para seu quarto encontrou o tio voltando do quarto do filho.
- Belo estrago que sua irmã fez. – ele falou frio
- Eu achei bem merecido, se você não for se ofender com minha opinião. – ela falou no mesmo tom
- Sua irmã não pode mais ficar aqui. – Lúcio falou sem olhar nos olhos da sobrinha
- E para onde você pretende mandá-la? – Maya perguntou rindo do que o tio havia falado
- Lúcio segurou Maya e a encarou – Para qualquer lugar, Narcisa está furiosa. É só por algum tempo.
- O tempo que for...Eu vou junto.
- Você não vai a lugar algum, não seja idiota Maya! – Lúcio berrou
- Porque eu não posso ir? Você pode me dizer? – ela falou já esperando a reação
- Hmm... Porque não! – ele falou nervoso
- Porque não Lúcio? – ela perguntou torcendo a boca
- Porque eu não quero! – berrou ele – Você não pode fazer tudo o que você quer na vida, garota, deixe de ser mal educada e vá pro seu quarto.
Maya foi para o quarto olhando para trás, para o tio que havia ficado parado a olhando com uma cara de intrigado e bobo? Não, Malfoys nunca ficam com cara de bobo ficam?

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